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O Grande Educador: Agostinho da Silva, in 'Considerações' 
É além de tudo essencial que a escola se não separe do mundo; 
não há escolas e oficinas; há um certo gênero de oficinas em que 
trabalham crianças nas tarefas que lhes são adequadas e lhes vão 
facilitando o desenvolvimento do corpo e do espírito; vão 
colaborando no que podem e no que sabem para que a vida 
melhore. Ninguém fugirá da escola e a olhará como um horror no 
dia em que a deixemos de conceber como o lugar a que se vai para 
receber uma lição, para a considerarmos como o ponto de 
condições óptimas para que uma criança efetivamente dê a sua 
ajuda a todos os que estão procurando libertar a condição humana 
do que nela há de primitivo; não se veja no aluno o ser inferior e 
não preparado a que se põe tutor e forte adubo; isso é o diálogo 
entre o jardineiro e o feijão; outra ideia havemos de fazer das 
possibilidades do homem e do arranjo da vida; que a criança se não 
deixe nunca de ver como elemento ativo na máquina do mundo e 
de reconhecer que a comunidade está aproveitando o seu trabalho; 
de número na classe e de fixador de noções temos de passá-la a 
cidadão. 
O grande educador não pensa na escola pela escola, como o 
grande artista não aceita a arte pela arte; é incapaz de se encerrar 
na relativa estreiteza de uma vida de ensino; a escola, de tudo o 
que lhe oferecia o universo, é apenas o ponto a que dedicou maior 
interesse; mas é-lhe impossível furtar-se a mais larga atividade. De 
outro modo: trabalha com ideias gerais; não dirá que esta escola é 
o seu mundo, mas que esta escola é parte indispensável do seu 
mundo. E quererá também que toda a oficina passe a ser uma 
escola; que haja o trabalho proporcionado e alegre, amorosamente 
feito, porque se sabe necessário ao progresso, levado a cabo numa 
atitude de artista e de voluntário, disciplinado remador na jangada 
comum; que se não esmaguem as faculdades superiores do 
operário sob o peso e a monotonia de tarefas sem interesse e sem 
vida; que se faça a clara distinção entre o homem e a máquina; que, 
finalmente, se ajude o trabalhador a encontrar na sua ocupação, em 
todas as ideias que a cercam e a condicionam ou que ela própria 
provoca, o Bem Supremo da sua vida e da vida dos outros.

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  • 1. O Grande Educador: Agostinho da Silva, in 'Considerações' É além de tudo essencial que a escola se não separe do mundo; não há escolas e oficinas; há um certo gênero de oficinas em que trabalham crianças nas tarefas que lhes são adequadas e lhes vão facilitando o desenvolvimento do corpo e do espírito; vão colaborando no que podem e no que sabem para que a vida melhore. Ninguém fugirá da escola e a olhará como um horror no dia em que a deixemos de conceber como o lugar a que se vai para receber uma lição, para a considerarmos como o ponto de condições óptimas para que uma criança efetivamente dê a sua ajuda a todos os que estão procurando libertar a condição humana do que nela há de primitivo; não se veja no aluno o ser inferior e não preparado a que se põe tutor e forte adubo; isso é o diálogo entre o jardineiro e o feijão; outra ideia havemos de fazer das possibilidades do homem e do arranjo da vida; que a criança se não deixe nunca de ver como elemento ativo na máquina do mundo e de reconhecer que a comunidade está aproveitando o seu trabalho; de número na classe e de fixador de noções temos de passá-la a cidadão. O grande educador não pensa na escola pela escola, como o grande artista não aceita a arte pela arte; é incapaz de se encerrar na relativa estreiteza de uma vida de ensino; a escola, de tudo o que lhe oferecia o universo, é apenas o ponto a que dedicou maior interesse; mas é-lhe impossível furtar-se a mais larga atividade. De outro modo: trabalha com ideias gerais; não dirá que esta escola é o seu mundo, mas que esta escola é parte indispensável do seu mundo. E quererá também que toda a oficina passe a ser uma escola; que haja o trabalho proporcionado e alegre, amorosamente feito, porque se sabe necessário ao progresso, levado a cabo numa atitude de artista e de voluntário, disciplinado remador na jangada comum; que se não esmaguem as faculdades superiores do operário sob o peso e a monotonia de tarefas sem interesse e sem vida; que se faça a clara distinção entre o homem e a máquina; que, finalmente, se ajude o trabalhador a encontrar na sua ocupação, em todas as ideias que a cercam e a condicionam ou que ela própria provoca, o Bem Supremo da sua vida e da vida dos outros.