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LERNER, DELIA. LER E
ESCREVER NA ESCOLA: O
REAL, O POSSÍVEL E O
NECESSÁRIO.
PORTO ALEGRE: ARTMED,
2002
POR MIRIAN RAQUEL M. CRUZ MACEDO
O livro Ler e Escrever na escola: o real, o possível e o necessário,
aborda o trabalho escolar especificamente em suas práticas de leitura
e escrita, destacando a necessidade de observá-los como objetos de
ensino que dependem de transformação da prática docente na
alfabetização básica.
Capítulo 1: LER E ESCREVER NA ESCOLA: O
REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO
O que se põe como necessário para nós é o enfrentamento do real
no intuito de formar alunos praticantes da cultura escrita na
sociedade no tempo presente.
Para tanto é necessário redimensionar o ensino das práticas de
leitura e escrita como práticas sociais. Precisamos formar uma
comunidade de leitores e escritores.
Para esse redimensionamento é preciso olhar e analisar cinco
questões presentes na escola:
“Na escola (...) a leitura é antes
de mais nada um objeto de
ensino. Para que se transforme
num objeto de aprendizagem, é
necessário que tenha sentido
do ponto de vista do aluno, o
que significa – entre outras
coisas – que deve cumprir um
função para a realização de um
propósito que ele conhece e
valoriza. Para que a leitura
como objeto de ensino não se
afaste demasiado da prática
social que se quer comunicar, é
imprescindível “representar” –
ou “reapresentar” -, na escola,
os diversos usos que ela tem
na vida social.”
PRINCIPAIS QUESTÕES PRESENTES NA
ESCOLA:
 1- A escolarização das práticas de leitura e de escrita proporciona
problemas intensos;
Para trabalhar na escola as práticas sociais reais é necessária uma mudança
no processo de democratização do conhecimento e da função implícita de
reproduzir a ordem social estabelecida.
2- Os fins que se notam na escola ao ler e escrever são diferentes dos
que dirigem a leitura e a escrita fora dela – não há função social real;
Para uma aprendizagem significativa é necessário aliar os propósitos
didáticos e os propósitos comunicativos de ler e escrever.
3- A inevitável distribuição dos conteúdos no tempo pode levar a
parcelar o objeto de ensino;
As práticas de leitura e escrita são totalmente indissociáveis que sobrevivem a
divisão e à sequenciação dos conteúdos.
PRINCIPAIS QUESTÕES PRESENTES NA
ESCOLA:
 4- A necessidade institucional de controlar a aprendizagem leva a
pôr em primeiro lugar os aspectos mais compreensíveis da
avaliação;
 5- A maneira como se distribuem os direitos e obrigações entre o
professor e os alunos, determina quais são os conhecimentos e
estratégias que as crianças têm ou não a oportunidade de exercer
e, portanto, quais poderão ou não aprender.
 Como o dever do professor é avaliar, o aluno tem poucas
oportunidades de auto controlar o que compreendem ao ler e de
auto corrigir seus escritos.
O POSSÍVEL a fazer é
aliar os propósitos da
instituição escolar aos
propósitos educativos
de formar leitores e
escritores, criando
condições didáticas
favoráveis a uma
versão escolar mais
próxima da versão
social dessas práticas. LER POR PRAZER
Para esse fim é necessário:
a) A elaboração de um projeto
curricular;
b) Articulação dos objetivos
didáticos com objetivos
comunicativos, essa
articulação pode efetivar-se
através de uma modalidade
organizativa sabida que são
os projetos de produção-
interpretação;
c) Os projetos orientam as
ações para a realização de um
objetivo compartilhado.
É imprescindível compartilhar a
função avaliadora.
Capítulo 2 : PARA TRANSFORMAR O
ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
 Para que a escola produza transformações substanciais com o objetivo
de tornar as práticas de leitura e escrita significativas, é necessário:
 Formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas decifradores do
sistema de escrita.
 Formar seres humanos críticos aptos de ler entrelinhas e de adotar uma
posição própria.
 Formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis
que a leitura oferece, disposta a se identificar com o semelhante ou
solidarizar-se com o desigual e hábil de admirar a qualidade literária.
 Orientar ações para constituição de escritores, de pessoas que saibam
informar-se por escrito com os demais e com elas mesmas.
 Atingir produções de língua
escrita conscientes da
pertinência e da
importância de certo tipo de
mensagem em determinado
tipo de posição social.
 O desafio é que as crianças
manejem com eficácia os
diversos escritos que
circulam na sociedade.
 Obter que a escrita aceite
de ser na escola apenas um
objeto de avaliação para se
constituir num objeto de
ensino.
• Gerar a descoberta do emprego
da escrita como instrumento de
raciocínio sobre o próprio
pensamento, como recurso para
organizar e reorganizar o próprio
conhecimento.
Resistir a discriminação que a
escola age atualmente, não só
quando cria fracasso explícito
daqueles que não conseguem
alfabetizar, como também
quando impede aos outros que
aparentemente não fracassam,
chegar a ser leitores e
produtores de textos
competentes e independentes.
A ESCRITA QUE SE LÊ NAS RUAS É
REVELA MAIS QUE O IDEB
O desafio é combater a
discriminação unir
esforços para
alfabetizar todos os
alunos assegurando a
apropriação da leitura
e escrita como
ferramentas
essenciais ao
progresso
cognoscitivo e dar
crescimento pessoal.
É POSSÍVEL MUDANÇA NA
ESCOLA?
 A instituição sofre uma verdadeira tensão entre
dois polos contraditórios: A rotina repetitiva e a
moda são obstáculos para a verdadeira mudança.
As mudanças acima apontadas só serão possíveis
através da capacitação qualitativa dos professores e
da instituição escolar. Será preciso estudar os
mecanismos ou fenômenos que ocorrem na escola e
impedem que todas as crianças se apropriem dessas
práticas sociais de leitura e escrita.
ACERCA DO “CONTRATO
DIDÁTICO”
1. O contrato didático serve para deixar claro aos professores e
alunos suas parcelas de responsabilidades na escola e na
relação ensino/aprendizagem.
2. Estabelecer objetivo por ciclo para diminuir a fragmentação
do conhecimento;
3. Atribuir maior visibilidade aos objetivos gerais do que aos
específicos;
4. Evitar o estabelecimento de uma correspondência termo a
termo entre os objetivos e atividades;
5. Ultrapassar o tradicional isolamento entre a “apropriação do
sistema de escrita” e “”desenvolvimento da leitura e escrita”
Vale lembrar que as mudanças
são possíveis se o coletivo
escolar assim o fizer. A escola
deve se tornar um ambiente de
formação da comunidade leitora
e escritora.
No caso da alfabetização, duas
questões são fundamentais:
assegurar a formação de
leitores e produtores de textos e
considerar como eixo de
formação o conhecimento
didático.
Capitulo 3. Apontamentos a partir da
perspectiva curricular
 Os documentos curriculares devem aliar o objeto de ensino com as
possibilidades do sujeito de atribuir um sentido pessoal a esse saber.
 Os documentos curriculares devem ter como foco a adoção de
decisões acerca de conteúdos que devem ser ensinados - o que é
prioritário;
 O que deve permear essas escolhas são os verdadeiros objetivos da
educação: incorporar as crianças à comunidade de leitores e
escritores, e formar cidadãos da cultura escrita.
 IMPORTANTE: leitura não deve ser uma tarefa sem um propósito
específico
A leitura e a escrita
nascem sempre
interpoladas nas
relações com as
pessoas, supõem
intercâmbios entre
leitores acerca dos
textos: interpretar,
indicar, contestar,
intercambiar e outros de
acordo com seus
interesses e
necessidades. Esse é o
verdadeiro sentido
social dessa prática.
Os comportamentos do leitor e do escritor
são conteúdos e não tarefas
 Comportamento leitor: explanar, recomendar,
repartir, confrontar, discutir, antecipar, reler, saltar,
identificar – de acordo com o objetivo da leitura
 Comportamento do escritor: planejar, textualizar,
revisar.
Ambos são conteúdos atitudinais e procedimentais
 A escola precisa permitir o acesso aos textos através
da leitura em suas diferentes funções: (informar,
comunicar, instruir, divertir...)
CAPÍTULO 4: É POSSIVEL LER NA
ESCOLA?
 Leitura com duplo propósito: o propósito didático e o propósito
comunicativo.
 primeiro propósito corresponde a ensinar certos conteúdos
constitutivos da prática social da leitura, com a finalidade de
que o aluno possa utilizá-la no futuro, em situações não-
didáticas;
 O segundo propósito parte da perspectiva do aluno, ou seja,
daquilo que é de seu interesse no momento da aprendizagem.
Importante: Para atingir os dois propósitos Lerner sugere o trablho com
projetos.
 OS PROJETOS ALIAM A APRENDIZAGEM ESCOLAR
À UMA FUNÇÃO REAL PARA OS ALUNOS.
.
Ler para definir um problema prático;
Ler para se informar de um tema interessante;
Ler para escrever ou produzir um texto;
Ler para buscar informações específicas;
Ler para escolher, entre os contos, poemas ou
romances
GESTÃO DO TEMPO, APRESENTAÇÃO DE
CONTEÚDOS E ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
A autora sugere o trabalho de leitura e escrita na sala de aula por meio de:
 Projetos – apresentam assuntos nos quais a leitura ganha sentido cujos
múltiplos aspectos se articulam para a elaboração de um produto tangível;
 Atividades Habituais – repetem-se de forma metódica previsível uma vez
por semana ou por quinzena, durante vários meses ou ao longo de todo ano
escolar;
 Sequências de atividades – são dirigidas para se ler com crianças diversos
exemplares de um mesmo gênero, de gêneros de diferentes obras de um
mesmo autor ou de diferentes textos sobre um mesmo tema; incluem
situações de leitura cujo único propósito explícito e compartilhado com as
crianças, é ler;
 Situações independentes: estas dividem-se em situações ocasionais e
situações de sistematização
ACERCA DO CONTROLE: AVALIAR A
LEITURA E ENSINAR A LER
 A AVALIAÇÃO TEM DUPLA FUNÇÃO:
1. verificar o que os alunos aprenderam;
2. VERIFICAR o que o professor se propôs ensinar.
O professor como um ator no papel
de leitor
É POSSÍVEL SIM LER NA ESCOLA
 se a escola produzir uma mudança qualitativa na gestão do tempo
didático;
 se a escola conciliar a necessidade de avaliar com as prioridades
do ensino e da aprendizagem,
 se se redistribuem as responsabilidades de professor e alunos em
relação à leitura para tornar possível a formação de leitores
autônomos;
 se se desenvolvem na sala de aula e na instituição projetos que
deem sentido à leitura, que promovam o funcionamento da escola
como uma micro sociedade de leitores e escritores em que
participem crianças, pais e professores, então... sim é possível ler
na escola.
Capítulo 5: O PAPEL DO CONHECIMENTO
DIDÁTICO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR
O saber didático É o resultado do estudo sistemático das interações que se
produzem entre professor e aluno, os alunos e o objeto de ensino;
 é produto da análise das relações entre ensino e aprendizagem de cada
conteúdo específico;
 é elaborado através da investigação rigorosa do funcionamento das
situações didáticas.
 O registro realizado pelo professor é fundamental para dar vida ao
conhecimento didático – BASE PARA AVALIAÇÃO DO PROFESSOR E
MELHORAR A SUA PRÁTICA.
“Se a escola ensina a ler e
escrever com o único
propósito de que os alunos
aprendam a fazê-lo, eles
não aprenderão a ler e
escrever para cumprir
outras finalidades (essas
que a leitura e a escrita
cumprem na vida social); se
a escola abandona os
propósitos didáticos e
assume os da prática
social, estará abandonando
ao mesmo tempo sua
função ensinante”.
DÉLIA LERNER

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  • 1. LERNER, DELIA. LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2002 POR MIRIAN RAQUEL M. CRUZ MACEDO
  • 2. O livro Ler e Escrever na escola: o real, o possível e o necessário, aborda o trabalho escolar especificamente em suas práticas de leitura e escrita, destacando a necessidade de observá-los como objetos de ensino que dependem de transformação da prática docente na alfabetização básica.
  • 3. Capítulo 1: LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO O que se põe como necessário para nós é o enfrentamento do real no intuito de formar alunos praticantes da cultura escrita na sociedade no tempo presente. Para tanto é necessário redimensionar o ensino das práticas de leitura e escrita como práticas sociais. Precisamos formar uma comunidade de leitores e escritores. Para esse redimensionamento é preciso olhar e analisar cinco questões presentes na escola:
  • 4. “Na escola (...) a leitura é antes de mais nada um objeto de ensino. Para que se transforme num objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, o que significa – entre outras coisas – que deve cumprir um função para a realização de um propósito que ele conhece e valoriza. Para que a leitura como objeto de ensino não se afaste demasiado da prática social que se quer comunicar, é imprescindível “representar” – ou “reapresentar” -, na escola, os diversos usos que ela tem na vida social.”
  • 5. PRINCIPAIS QUESTÕES PRESENTES NA ESCOLA:  1- A escolarização das práticas de leitura e de escrita proporciona problemas intensos; Para trabalhar na escola as práticas sociais reais é necessária uma mudança no processo de democratização do conhecimento e da função implícita de reproduzir a ordem social estabelecida. 2- Os fins que se notam na escola ao ler e escrever são diferentes dos que dirigem a leitura e a escrita fora dela – não há função social real; Para uma aprendizagem significativa é necessário aliar os propósitos didáticos e os propósitos comunicativos de ler e escrever. 3- A inevitável distribuição dos conteúdos no tempo pode levar a parcelar o objeto de ensino; As práticas de leitura e escrita são totalmente indissociáveis que sobrevivem a divisão e à sequenciação dos conteúdos.
  • 6. PRINCIPAIS QUESTÕES PRESENTES NA ESCOLA:  4- A necessidade institucional de controlar a aprendizagem leva a pôr em primeiro lugar os aspectos mais compreensíveis da avaliação;  5- A maneira como se distribuem os direitos e obrigações entre o professor e os alunos, determina quais são os conhecimentos e estratégias que as crianças têm ou não a oportunidade de exercer e, portanto, quais poderão ou não aprender.  Como o dever do professor é avaliar, o aluno tem poucas oportunidades de auto controlar o que compreendem ao ler e de auto corrigir seus escritos.
  • 7. O POSSÍVEL a fazer é aliar os propósitos da instituição escolar aos propósitos educativos de formar leitores e escritores, criando condições didáticas favoráveis a uma versão escolar mais próxima da versão social dessas práticas. LER POR PRAZER
  • 8. Para esse fim é necessário: a) A elaboração de um projeto curricular; b) Articulação dos objetivos didáticos com objetivos comunicativos, essa articulação pode efetivar-se através de uma modalidade organizativa sabida que são os projetos de produção- interpretação; c) Os projetos orientam as ações para a realização de um objetivo compartilhado.
  • 9. É imprescindível compartilhar a função avaliadora.
  • 10. Capítulo 2 : PARA TRANSFORMAR O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA  Para que a escola produza transformações substanciais com o objetivo de tornar as práticas de leitura e escrita significativas, é necessário:  Formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas decifradores do sistema de escrita.  Formar seres humanos críticos aptos de ler entrelinhas e de adotar uma posição própria.  Formar pessoas desejosas de embrenhar-se em outros mundos possíveis que a leitura oferece, disposta a se identificar com o semelhante ou solidarizar-se com o desigual e hábil de admirar a qualidade literária.  Orientar ações para constituição de escritores, de pessoas que saibam informar-se por escrito com os demais e com elas mesmas.
  • 11.  Atingir produções de língua escrita conscientes da pertinência e da importância de certo tipo de mensagem em determinado tipo de posição social.  O desafio é que as crianças manejem com eficácia os diversos escritos que circulam na sociedade.  Obter que a escrita aceite de ser na escola apenas um objeto de avaliação para se constituir num objeto de ensino.
  • 12. • Gerar a descoberta do emprego da escrita como instrumento de raciocínio sobre o próprio pensamento, como recurso para organizar e reorganizar o próprio conhecimento. Resistir a discriminação que a escola age atualmente, não só quando cria fracasso explícito daqueles que não conseguem alfabetizar, como também quando impede aos outros que aparentemente não fracassam, chegar a ser leitores e produtores de textos competentes e independentes.
  • 13. A ESCRITA QUE SE LÊ NAS RUAS É REVELA MAIS QUE O IDEB
  • 14. O desafio é combater a discriminação unir esforços para alfabetizar todos os alunos assegurando a apropriação da leitura e escrita como ferramentas essenciais ao progresso cognoscitivo e dar crescimento pessoal.
  • 15. É POSSÍVEL MUDANÇA NA ESCOLA?  A instituição sofre uma verdadeira tensão entre dois polos contraditórios: A rotina repetitiva e a moda são obstáculos para a verdadeira mudança. As mudanças acima apontadas só serão possíveis através da capacitação qualitativa dos professores e da instituição escolar. Será preciso estudar os mecanismos ou fenômenos que ocorrem na escola e impedem que todas as crianças se apropriem dessas práticas sociais de leitura e escrita.
  • 16. ACERCA DO “CONTRATO DIDÁTICO” 1. O contrato didático serve para deixar claro aos professores e alunos suas parcelas de responsabilidades na escola e na relação ensino/aprendizagem. 2. Estabelecer objetivo por ciclo para diminuir a fragmentação do conhecimento; 3. Atribuir maior visibilidade aos objetivos gerais do que aos específicos; 4. Evitar o estabelecimento de uma correspondência termo a termo entre os objetivos e atividades; 5. Ultrapassar o tradicional isolamento entre a “apropriação do sistema de escrita” e “”desenvolvimento da leitura e escrita”
  • 17. Vale lembrar que as mudanças são possíveis se o coletivo escolar assim o fizer. A escola deve se tornar um ambiente de formação da comunidade leitora e escritora. No caso da alfabetização, duas questões são fundamentais: assegurar a formação de leitores e produtores de textos e considerar como eixo de formação o conhecimento didático.
  • 18. Capitulo 3. Apontamentos a partir da perspectiva curricular  Os documentos curriculares devem aliar o objeto de ensino com as possibilidades do sujeito de atribuir um sentido pessoal a esse saber.  Os documentos curriculares devem ter como foco a adoção de decisões acerca de conteúdos que devem ser ensinados - o que é prioritário;  O que deve permear essas escolhas são os verdadeiros objetivos da educação: incorporar as crianças à comunidade de leitores e escritores, e formar cidadãos da cultura escrita.  IMPORTANTE: leitura não deve ser uma tarefa sem um propósito específico
  • 19. A leitura e a escrita nascem sempre interpoladas nas relações com as pessoas, supõem intercâmbios entre leitores acerca dos textos: interpretar, indicar, contestar, intercambiar e outros de acordo com seus interesses e necessidades. Esse é o verdadeiro sentido social dessa prática.
  • 20. Os comportamentos do leitor e do escritor são conteúdos e não tarefas  Comportamento leitor: explanar, recomendar, repartir, confrontar, discutir, antecipar, reler, saltar, identificar – de acordo com o objetivo da leitura  Comportamento do escritor: planejar, textualizar, revisar. Ambos são conteúdos atitudinais e procedimentais  A escola precisa permitir o acesso aos textos através da leitura em suas diferentes funções: (informar, comunicar, instruir, divertir...)
  • 21. CAPÍTULO 4: É POSSIVEL LER NA ESCOLA?  Leitura com duplo propósito: o propósito didático e o propósito comunicativo.  primeiro propósito corresponde a ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social da leitura, com a finalidade de que o aluno possa utilizá-la no futuro, em situações não- didáticas;  O segundo propósito parte da perspectiva do aluno, ou seja, daquilo que é de seu interesse no momento da aprendizagem. Importante: Para atingir os dois propósitos Lerner sugere o trablho com projetos.
  • 22.  OS PROJETOS ALIAM A APRENDIZAGEM ESCOLAR À UMA FUNÇÃO REAL PARA OS ALUNOS. . Ler para definir um problema prático; Ler para se informar de um tema interessante; Ler para escrever ou produzir um texto; Ler para buscar informações específicas; Ler para escolher, entre os contos, poemas ou romances
  • 23. GESTÃO DO TEMPO, APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDOS E ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES A autora sugere o trabalho de leitura e escrita na sala de aula por meio de:  Projetos – apresentam assuntos nos quais a leitura ganha sentido cujos múltiplos aspectos se articulam para a elaboração de um produto tangível;  Atividades Habituais – repetem-se de forma metódica previsível uma vez por semana ou por quinzena, durante vários meses ou ao longo de todo ano escolar;  Sequências de atividades – são dirigidas para se ler com crianças diversos exemplares de um mesmo gênero, de gêneros de diferentes obras de um mesmo autor ou de diferentes textos sobre um mesmo tema; incluem situações de leitura cujo único propósito explícito e compartilhado com as crianças, é ler;  Situações independentes: estas dividem-se em situações ocasionais e situações de sistematização
  • 24. ACERCA DO CONTROLE: AVALIAR A LEITURA E ENSINAR A LER  A AVALIAÇÃO TEM DUPLA FUNÇÃO: 1. verificar o que os alunos aprenderam; 2. VERIFICAR o que o professor se propôs ensinar.
  • 25. O professor como um ator no papel de leitor
  • 26. É POSSÍVEL SIM LER NA ESCOLA  se a escola produzir uma mudança qualitativa na gestão do tempo didático;  se a escola conciliar a necessidade de avaliar com as prioridades do ensino e da aprendizagem,  se se redistribuem as responsabilidades de professor e alunos em relação à leitura para tornar possível a formação de leitores autônomos;  se se desenvolvem na sala de aula e na instituição projetos que deem sentido à leitura, que promovam o funcionamento da escola como uma micro sociedade de leitores e escritores em que participem crianças, pais e professores, então... sim é possível ler na escola.
  • 27. Capítulo 5: O PAPEL DO CONHECIMENTO DIDÁTICO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR O saber didático É o resultado do estudo sistemático das interações que se produzem entre professor e aluno, os alunos e o objeto de ensino;  é produto da análise das relações entre ensino e aprendizagem de cada conteúdo específico;  é elaborado através da investigação rigorosa do funcionamento das situações didáticas.  O registro realizado pelo professor é fundamental para dar vida ao conhecimento didático – BASE PARA AVALIAÇÃO DO PROFESSOR E MELHORAR A SUA PRÁTICA.
  • 28. “Se a escola ensina a ler e escrever com o único propósito de que os alunos aprendam a fazê-lo, eles não aprenderão a ler e escrever para cumprir outras finalidades (essas que a leitura e a escrita cumprem na vida social); se a escola abandona os propósitos didáticos e assume os da prática social, estará abandonando ao mesmo tempo sua função ensinante”. DÉLIA LERNER