Este documento discute a literatura tradicional e as suas características principais. Explica que a literatura tradicional é considerada património popular, cultural e tradicional, e descreve formas como contos, lendas, fábulas e provérbios. Também discute características comuns dos contos tradicionais e inclui exercícios de escrita criativa sobre contos tradicionais atualizados.
2. O que significa?...
Património Literário
Tradici
onal
Popular Literatura
Cultura
A literatura tradicional pode ser considerada…
Património popular, porque não se conhece o seu autor, já que foi sendo
contada, recontada e alterada oralmente de geração em geração. Diz-se ainda
que é popular, pois terá sido a classe do povo a criar estas histórias, tendo por
base as suas vivências e os seus sonhos.
Património cultural, pois contém referências à cultura do povo que a criou, isto é
existem referências às maneiras de ser, pensar e agir de determinados grupo e
de determinados tempos históricos.
Património tradicional, porque esta literatura foi sendo passada de geração em
geração, por isso pertence à nossa tradição.
3. Formas de literatura tradicional
CONTO - Narrativa breve, com poucas personagens, tempo e espaço
concentrados. Por vezes contém um fim ou lição moral.
LENDA - Narrativa breve, com as mesmas características do conto, mas
onde existem personagens e acontecimentos fantásticos e misteriosos.
FÁBULA - Narrativa breve, com as mesmas características do conto, mas
onde as personagens são animais ou seres inanimados. Geralmente contém
um fim ou lição moral.
PROVÉRBIO OU DITADO POPULAR - Pensamento, ensinamento ou lição
moral expressa em poucas palavras.
Existem ainda outras formas, tais como: parábolas, adivinhas, romances
populares, anedotas, etc.
4. Características do conto
- Revela aspectos da cultura de um povo;
-Revela marcas de oralidade - variações linguísticas e regionais (saber +)
- diálogo
- a repetição da expressão “ Era uma vez...”
- expressões de oralidade;
- Não se conhece o seu autor, ou seja, é fruto do reconto e da recolha de alguém;
- Por vezes conhecem-se variações e/ou versões;
- São textos geralmente pequenos, memorizáveis;
- Tem como finalidade ensinar, divertir ou reflectir; Viva!
-Tem, muitas vezes, um fim moral;
- Os registos de língua predominantes são:
familiar, popular, calão, gíria, regionalismo. (saber +)
- Os contos tradicionais obedecem quase sempre à mesma estrutura:
. Um herói parte à aventura
. Surgem obstáculos
. Há algo que se lhe opõe
. Há algo que o ajuda
. No final os obstáculos são superados, os “ bons “ são premiados e os
“maus “ são castigados.
5. Exercício de escrita criativa: Os contos hoje!
Se eu fosse…
… a carochinha… … um dos porquinhos… … a capuchinho vermelho…
Eu nunca teria…
Continua o texto, criando uma perspectiva nova e actualizada
dos antigos contos.
Fim
6. Exercício de escrita criativa: Os contos hoje!
Salada de contos
Cria uma nova aventura para os heróis tradicionais!
Cria uma nova história onde se cruzem pelo menos três personagem
conhecidas.
Escolhe a partir das sugestões:
Não te esqueças de que não podes alterar o seu perfil… apenas a aventura
será nova!!
7. Exercício de observação: Os contos hoje!
Visiona os dois excertos do filme Pinóquio e aponta as diferenças…
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Mês de Janeiro
Fim
8. Variações linguísticas e regionais:
Versão em Minderico
Antes de gambiar a do pinto lopes sobre o engenho emanado até este
planeta e piar sobre como o Ninhou e todos os charales põem as gâmbias a
este engenho e estão aguenta com aguenta connosco, seria antónio forno
de neste moinho da fonte do famoso jordar terrantezmente aos mirantes
as patentes deste engenho que é um terraiozinho do engenho ancho que
jorda moinhos da fonte anchos das do badalo a escadeiradar (DOBES) da
classe maria-bogalheira da Volkswagen.
Português padrão
Antes de tecer algumas considerações acerca do trabalho até agora
desenvolvido e da aceitação e empenho da comunidade minderica, gostaria de
aproveitar esta oportunidade para mais uma vez realçar os objectivos centrais
deste projecto que está inserido no Programa de Documentação de Línguas
Ameaçadas (DOBES) da Fundação Volkswagen.
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9. Registos de Língua:
Registo médio ou corrente – corresponde a um padrão, uma norma linguística,
utilizada, por exemplo, na comunicação social.
Ex: Que autoridade tem o senhor para falar disso?
Registo familiar – corresponde à comunicação oral e está relacionada com o grau
de afinidade com o interlocutor, isto é, ocorre entre amigos ou em família. O
vocabulário e as construções são simples, mas muito expressivas.
Ex: Quem te encomendou o sermão?
Registo culto ou cuidado – corresponde à comunicação escrita formal. Utiliza um
vocabulário mais escolhido e uma estrutura frásica mais cuidada. Está muitas
vezes presente em textos de opinião, textos críticos… é usada em
colóquios, conferências, etc.
Ex: Venho por este meio solicitar a V. Ex ª que me seja
apresentada a argumentação que fundamentou a vossa
posição…
Registo literário - corresponde à utilização da língua com um sentido estético. Estão
presentes recursos estilísticos que atribuem uma dimensão simbólica e estética à
escrita.
Ex: Não leio no vento as tuas razões, não encontro
respostas nas esquinas das tuas palavras.
10. Registos de Língua ( continuação):
Registo popular – corresponde às marcas de grupo social ou actividade
profissional relacionada com a ausência de uma cultura linguística e/ou com um
baixo nível de instrução.
Regionalismos – expressões próprias de determinadas zonas do
país.
(“…ele deu uma pincha-carneira que ficou
com uma bouba…”)
Gíria – expressões próprias de certos grupos sociais.
( “tive um furo na segunda-feira”, “ o guarda-
redes é um frangueiro”.)
Calão – expressões consideradas grosseiras.
( “dá o baza! “,”pira-te! “, “Curto-te bué!”)
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