3. A Biografia
(língua romana grego: βιογραφία , de βíος - bíos, vida e γράφειν – gráphein, escrever)
• É um género literário em que o autor narra a história da vida de uma pessoa ou de
várias pessoas.
• Em certos casos a biografia inclui aspectos mais e menos relevantes da vida dos
biografados
Autobiografia
A autobiografia é a biografia escrita pela pessoa de quem a biografia fala,
geralmente resulta de quando o autor procede ao levantamento de sua própria
existência.
O género da autobiografia inclui manifestações literárias semelhantes entre si, como
confissões, memórias e cartas, que revelam sentimentos íntimos e a experiência do
autor.
4. Trabalho de investigação e tratamento de texto:
• Elabora uma biografia. de um escritor contemporâneo português.
• Deves incluir:
- fotografia e nome do escritor;
- dados biográficos: onde nasceu, ano e local de seu nascimento, outros…
-dados bibliográficos: livros que escreveu; prémios…
-- um excerto de um texto do autor
- autor do trabalho
- outras imagens ou fotografias.
•Podes fazer o trabalho em casa, na sala de estudo ou na BECRE.
6. O Diário possui uma estrutura bastante característica:
• Repete a sua apresentação – cada dia corresponde a um registo de situações e
sentimentos diferentes.
• O autor dirige-se ao diário como a um confidente, sendo frequente a
utilização do vocativo “Querido diário” ou até a criação de um nome
para o saudar.
• Os registos são ordenados por ordem cronológica de ocorrência/ local / data
7. Características
Além de obedecer a uma estrutura específica, o diário encerra características
próprias:
1. o protagonista e o narrador são coincidentes, ou seja, são a mesma entidade.
Por esse motivo é utilizada a primeira pessoa. O diário é testemunha de uma
necessidade de comunicação;
2. o narrador dá livre expressão ao curso do seu pensamento. O diário destina-se
ao próprio autor; tem por vezes marcas da oralidade.
3. O nível de língua é familiar, o registo é informal e o vocabulário bastante
simples;
4. Presença de factos, acontecimentos, episódios reais e objectivos e presença da
componente emocional e subjectiva: sentimentos, receios, dúvidas, ansiedades…
5. por vezes, a narração é descontínua, intercalada, porque apenas ocorre quando o
sujeito/narrador deseja registar algo.
8. Tipos de diário
Existem dois grandes tipos de diário, de acordo com o tipo de receptor a que se
destinam:
Diário pessoal - este diário é íntimo
- destina-se apenas a ser lido pelo seu autor.
- Não existem grandes preocupações literárias.
- A linguagem é fluida e familiar.
- Poderá ser mais repetitivo em termos de forma (repetições a nível do
registo escrito que traduzem a fluência da oralidade) e de conteúdo (referência aos mesmos
episódios…) que o diário de ficção;
Diário de ficção - Não se trata de um diário genuíno, cujo autor regista as emoções e
vivências quotidianas.
- A preocupação pela escrita artística é muito maior.
- É acrescida a atenção sobre a linguagem utilizada que também
traduzirá também o correr do pensamento.
- O diário de ficção é uma obra literária apresentada na forma de
anotações pessoais.
9. As Memórias:
• É o recontar de experiências do passado que se mantêm na memória;
• As memórias são contadas no tempo presente, portanto a perspectiva é a do
presente em relação ao passado;
• Os acontecimentos do passados estão sujeitos à lembrança emocional do narrador;
• A narrativa memorialística tem um fundo histórico e cultural;
• É um testemunho de um tempo e de um meio, por isso pode ter valor documental.
10. Sugestão de trabalho de investigação e produção escrita:
I - Produção de diário:
• Tendo em conta o conhecimento que adquiriste sobre um escritor, elabora uma
página do seu diário pessoal. ( trabalho de aula)
II - Produção de texto memorialístico ou diário:
“ Se os homens do passado contassem as suas memórias…”
• Com base nos teus conhecimentos sobre uma determinada época histórica,
elabora duas páginas de diário, ou um texto memorialístico escrito por um
homem ou mulher da época.
• não te esqueças que tens de respeitar a forma como viviam e se relacionavam.
III – Recolhe uma fotografia tua do passado. Não deve ser recente. Quanto mais
antiga melhor
• Elabora um texto onde apresentes a história dessa foto. Por exemplo se for uma
foto tua num parque de diversões, podes começar assim:
“Quando eu tinha três anos, contam os meus pais, que me levaram… eu não
me lembro, mas … hoje penso que… “
12. A carta - Estrutura
Cabeçalho -Identificação do destinatário /remetente
- Identificação do destinatário e assunto,
principalmente nas cartas formais
- local e data – à direita da página
- saudação/ fórmula de tratamento – vocativo –
à esquerda da página
Corpo da -Parágrafo inicial – apresentação do objetivo da
carta carta
- parágrafos de desenvolvimento
- resposta a questões anteriores e colocação de
novas questões
Final da carta -Encerramento do assunto através do reforço de
uma ideia expressa no texto
- Fórmula de despedida adaptada ao tipo de
carta
-Assinatura do remetente
-Em algumas situações: P.S. – Post scriptum
13. A carta – Linguagem formal e informal
Cartas formais . Registo de língua cuidado adequado ao
destinatário e à situação
. Predomínio da função informativa
centrada no contexto e nos dados
Cartas informais / . Registo de língua corrente e familiar,
pessoais assinalado por construção frásica pouco
elaborada
. Predomínio da função emotiva,
centrada na expressividade das emoções,
sentimentos e pensamentos do emissor
. Não está tão sujeita a fórmulas rígidas