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NOVA INTERPRETAÇÃO DE DANIEL 7
INTRODUÇÃO
O método utilizado é o historicista comparado, ou seja: Partindo da época em que a profecia
foi dada, contextualiza-se à data mais provável de sua ocorrência, partindo da comparação das
figuras apresentadas com a pré-explicação, seguindo-se ao decorrer dos fatos que se seguem aos já
decifrados, exemplo:
No capítulo 7 do Livro de Daniel a Visão fala de 4 animais que surgiam do mar (Dan 7:3).
Conforme a descrição que se segue, nos versículos 4 a 8, eram animais diferentes uns dos outros,
tanto em forma quanto em tamanho. Na visão, a seguir são apresentados tronos, simbolizando
julgamentos.
Mas, Daniel está fixado aos animais, pois não entende o que eles significam, embora os três
primeiros se assemelhem a animais conhecidos, o quarto lhe provoca assombro, pois trata-se de
uma besta sem semelhança alguma a qualquer animal conhecido.
Sabemos, em se tratando de profecias, que essas imagens tem mais a oferecer pelas suas
propriedades, que quanto a suas formas, ex.: Chifres, Patas, Asas, dentes, etc.
A partir do versículo 23, um anjo passa a dar o significado do quarto animal, bem como, dos
chifres sobre a sua cabeça. E é sobre esses chifres que faremos esse estudo, uma vez que sobre os
outros animais não existem dúvidas exegéticas nem hermenêuticas quanto aos significados.
Mas, com referência ao quarto animal e seus chifres e, principalmente ao “chifre pequeno”,
ainda não se tem uma real definição, onde há divergências acentuadas entre as interpretações.
Então é sobre isso que nos ateremos neste estudo.
Com as graças de nosso Senhor Jesus o Cristo, e o amparo do Espirito de Deus (YHWH),
O autor
UM QUARTO ANIMAL TERRÍVEL
No versículo 7, Daniel descreve:
Vi ainda um quarto animal, horrível, apavorante e extremamente poderoso. Possuía
grandes dentes de ferro, com os quais estraçalhava e devorava avidamente suas vítimas, e
pisoteava tudo o que sobrava. Este monstro era diferente de todas as feras anteriores e tinha dez
chifres. Vers. 8 Enquanto eu analisava os chifres, encontrei um outro chifre, pequeno, que
apareceu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse
chifre que surgiu entre os demais tinha olhos como os olhos de um ser humano e uma boca que
falava com soberba e arrogância.
Primeiro fato que liga esse animal ao império Romano é que sucedeu ao Império Grego (o
Leopardo com quatro asas). Também podemos verificar, que esse animal traz traços de Helenismo e
Cultos Romanos, pois os Romanos assimilaram muito a cultura Grega . Mas o fato de pisotear o que
sobra tem a ver com a forma de agir dos soldados romanos com as terras por eles conquistavam.
Aqueles que não se sujeitavam, erram reduzidos a nada, pois as hostes romanas aniquilavam tudo.
O dez chifres representavam dez reis romanos, que surgiriam em Roma e oprimiriam o povo
de Deus.
Embora muitos atribuam os 10 chifres a dez tribos nômades, isso não se aplica, por que
como vemos no versículo 24 reza: “Quanto aos dez chifres, dez reis se levantarão daquele mesmo
reino”; por conseguinte, os dez chifres seriam 10 reis romanos que oprimiriam o povo de Deus.
Começando por
1 - Nero - (58 a 68 dC.)
2 - Trajano - (98 a 117 dC.)
3 - Adriano - (117 a 138 dC.)
4 - Marco Aurélio - (161 a 180 dC.)
4 - Severo - (193 a 211 dC.)
5 - Décio - (249 a 251 dC.)
6 – Valeriano (253 a 260dC.)
A Tetrarquia de DIOCLECIANO (284 a 305 dC.)
7 - Diocleciano
8 - Galério
9 - Maximiano
10- Constâncio Cloro (Pai de Constantino).
 Diocleciano controlava as províncias orientais e o Egito.
Capital: Nicomédia (atual İzmit, na Turquia)
 Galério administrava as províncias balcânicas. Capital: Sirmio (atual Sremska
Mitrovica, na Sérvia)
 Maximiano governava a Itália e a África Proconsular.
Capital: Mediolano (atual Milão, na Itália)
 Constâncio Cloro, pai de Constantino I, recebeu a Hispânia, a Gália e a Britânia.
Capital: Augusta dos Tréveros (atual Tréveris, na Alemanha)
Assim sendo, completam-se os 10 reis opressores dos cristãos, terminando com uma
tetrarquia formada por Diocleciano, conforme acima exposto. Ver Perseguições aos Cristãos -
Wikipedia.
O CHIFRE PEQUENO
Após a abdicação de Diocleciano (305), teve início uma guerra entre os augustos e
os césares por ele nomeados.
Com a morte de Constâncio Cloro em 306 dC., entra a pessoa de Constantino, filho de
Constâncio Cloro, que assumiu o lugar de seu pai, pro proclamação de suas próprias tropas.
Logo a seguir, começou seu empenho para tentar se tornar o imperador supremo de Roma.
Constantino começou derrotando os imperadores Magêncio e Licínio durante as guerras civis.
Em 312, na Batalha da Ponte Mílvia, Constantino derrotou Magêncio. De 316 a
323, Constantino e Licínio governaram Roma. A partir de 324, Constantino passou a ser o único senhor
de todo o império, após de derrotar Licínio no Estreito de Dardanelos.
A parte mais impactante de toda a história da ascensão de Constantino ao poder, foi um fato
que ocorreu antes da batalha na ponte Mílvia. Segundo a história, Constantino teve uma “visão”,
antes da batalha, onde ele viu uma cruz em frente ao sol, com os seguintes dizeres em latim: “IN
HOC SIGNUS VINCES”, que traduzindo é “COM ESSA MARCA VENCERÁS”. Narra a história:
No anoitecer de 27 de Outubro, quando os exércitos se preparavam para a batalha,
Constantino é suposto ter uma visão quando olhava para o sol que se punha. Uma cruz apareceram-
lhe enfeitando o sol, juntamente com a inscrição "In Hoc Signo Vinces" — latim para "Sob este
signo vencerás". Constantino, que era pagão na altura (apesar de sua mãe ter sido com grande
probabilidade cristã), colocou o símbolo nos escudos dos seus soldados, obtendo a vitória sobre
Maxêncio. O Fascinante Universo da História.
Muitos autores atribuem a este fato, a pseudo conversão de Constantino ao Cristianismo. Mas,
segundo a história, seu batismo só se deu no dia de sua morte.
Muitos autores atribuem a essa “conversão” à sua política para angariar a simpatia dos
cristãos, que era uma classe emergente à época.
Tanto que, Constantino começou a distribuir benesses às autoridades cristãs, doar terras,
construir igrejas, etc.
Mesmo dizendo-se Cristão, em 07 de Março do ano de 321 dC., Constantino proclama seu
Édito, onde conclamava a todos a guardarem o dia do Sol.
“Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices
descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao
cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura
do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo
céu.”
Mas em sua astúcia e inteligência, em 325 dC, ele conclama 300 bispos para um concílio na
cidade de Niceia. Nesse concílio, era a intenção de Constantino, conciliar as diversas doutrinas que
confundiam os cristãos, na era pós apostólicas em várias vertentes, principalmente quanto à natureza
de Cristo. Segundo Ario, Jesus deveria ser entendido como uma criatura de origem não
divina e não como uma divindade em si. Sendo assim, Jesus não possuiria vida eterna,
seria marcado por um traço de humanidade que o desvincularia da condição sagrada
defendida pelos demais seguidores do cristianismo.
A intenção de Constantino era fazer com que todos os cristãos tivessem apenas
uma linha de pensamento. Mas, por trás disso havia também a intensão de promover um
sincretismo, tornando o cristianismo amigável a todas as outras religiões principalmente à
Romana.
A CRUZ E O CRISTIANISMO
A essa hora há de se perguntar: como a cruz, como a da visão de Constantino veio
a fazer parte do cristianismo?
Vejamos: a princípio, a cruz hoje atribuída como marca do cristianismo, nada tem a
ver com a cruz onde Cristo foi executado.
A cruz de Cristo era uma cruz tosca e sem aprimoramento nenhum, consistia
apenas de uma haste chamada staurus e o madeiro, que era a parte transversal da
mesma, onde eram pregados os braços do crucificado e depois elevado na haste onde
era fixado para após serem pregados os pés.
Já a cruz romana, consistia de um bloco só, esculpida de forma quadrática.
Simbolizava Também o Deus Apolo. E no sonho de Constantino, podemos deduzir, que
significava a união do Sol Invicto e Apolo (Versão Romana e Grega).
Para introduzir este símbolo no cristianismo, entra em cena a mãe de Constantino
– Santa Helena, para os Católicos.
Segundo a história da Igreja Católica, Santa Helena se dirigiu à Jerusalém em
peregrinação, para descobrir a verdadeira “Cruz de Cristo”. Conta a história, que Santa
Helena, após longas pesquisas, foram encontradas três cruzes e para descobrir qual
delas era a verdadeira, foram colocadas três mulheres enfermas, e somente uma delas
sarou, milagrosamente, testificando ser essa a verdadeira Cruz de Cristo. Mas veja, que a
cruz em questão era do tipo romana (Cruz Latina), e não uma cruz rude como as
destinadas aos criminosos. Tanto que a Santa Helena sempre e personificada como uma
mulher segurando uma cruz. Canção Nova - O Santo do dia - Santa Helena
Outra coisa a inquirir quanto à cruz romana: Onde estão os sinais dos pregos onde JESUS foi
pregado?
Na realidade, o símbolo da cruz foi inserido no cristianismo para simbolizar o poder de
Constantino e seu novo tipo de poder.
CONCLUSÃO
Baseado nos dados apurados anteriormente, o que podemos afirmar é que:
1. Roma se encaixa perfeitamente como o quarto animal da visão de Daniel (uma besta
de 10 chifres)
2. Constantino provê todos os requisitos do pequeno chifre, a saber:
a. Veio pequeno e após os 10 reis opressores;
b. Cresceu muito e derrotou 3 reis adversários;
c. Falava grandes coisas e grandes promessas que conquistou a maioria dos
bispos cristãos da época
d. Personagem responsável pelo primeiro Decreto Dominical
e. Institui para si uma marca que conseguiu fazer o mundo todo usar na testa
mediante o batismo (ver liturgia católica utilizada até os dias de hoje;
f. Converteu a empunhadura de suas espadas em forma de cruz, a qual era
espetada no chão cada vez que uma terra era dominada.
3. O Cristianismo deixa de ser perseguido e passa a ser um objeto de poder nas mãos do
Estado. Começam aí as prostituições no Evangelho, com a introdução do Símbolo
pagão, (a cruz) atribuindo à cruz em que Jesus Cristo foi crucificado;
4. O Domingo passa a ser o dia de Guarda; e é instituída nova data para a páscoa.
Gradativamente, após a morte de Constantino, a Igreja começou a tomar mais poder de
governo, aproveitando a fraqueza dos reis que o sucederam, até que por fim, em 380 dC., o
Imperador Teodósio declarou a Igreja Cristã (agora denominada Católica), a religião oficial do
reino.
Teodósio promoveu o trinitarismo niceno dentro do cristianismo e o cristianismo dentro do
Império Romano. A 27 de fevereiro de 380, declarou o cristianismo na sua versão ortodoxa a única
religião imperial legitima, acabando com o apoio do Estado à religião romana tradicional e
proibindo a " adoração pública" dos antigos deuses. Trinitarismo e Teodosio - Wikipedia
Nessa época, o Trinitarianismo e o Unicismo não estavam definidos, o que veio a ser
confirmado no Concilio de Constantinopla (maio a julho de 381 dC).
No chamado Credo niceno-constantinopolitano. Expandiu-se a menção do Espírito
Santo no Credo Niceno, declarando-se que "é o Senhor, o Doador da vida que procede do Pai,
com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". Com isso ficou implicitamente estabelecido que o
Espírito Santo deve ser do mesmo ser (ousia) que Deus Pai. Esta decisão do concílio sobre o
Espírito Santo também deu apoio oficial para o conceito da Trindade. I Concílio de
Constantinopla;
Como vemos, a instituição da “Santíssima Trindade”, no Cristianismo, se deu aos poucos, sob apelos
de reis Pagãos, como Constantino e Teodósio, que “aceitaram” o Cristianismo mas não abriram mão de
certos dogmas do paganismo, como deuses em 3 pessoas, que vêm desde Ninrode, Egito até a Grécia.
O que nos estranha é a citação da “Santíssima Trindade” no livro de Mateus 28:19?
Mt 28:9 Portanto, ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Na bíblia de Jerusalém, tem em suas notas, que essa alusão à trindade e texto tardio, ou seja,
não faziam parte dos manuscritos.
Oque diremos pois, das mensagens de Paulo a seguir:
Carta a Timóteo:
2:5 Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus,
homem. 6Ele se entregou em resgate por todos, para servir de testemunho a seu próprio tempo.
1ªCarta aos Coríntios:
8:6 para nós, contudo, há um único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem
vivemos; em um só Senhor, Jesus Cristo, por intermédio de quem tudo o que há veio a existir, e por
meio de quem também vivemos.
Não quero aqui desmerecer o trabalho do Espírito de Deus, o qual Ele YHWH destinou para
consolação e auxílio aos seus eleitos, desde a criação/queda do homem.
Portanto, existe um só Deus o Pai YHWH, e existe nosso mediador, o Filho, e existe o
Espírito de Deus que nos auxilia nos consola, nos ensina.
Esse artigo não pretende promover dissidência na igreja, mas sim alertar aos irmãos sobre
como voltar ao evangelho apostólico, e promover uma reforma que nos levará a um reavivamento
real n igreja, nos preparando para o recebimento da chuva Serôdia.
Com verdadeiro amor Cristão,
Milton Grobe-2022

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  • 2. INTRODUÇÃO O método utilizado é o historicista comparado, ou seja: Partindo da época em que a profecia foi dada, contextualiza-se à data mais provável de sua ocorrência, partindo da comparação das figuras apresentadas com a pré-explicação, seguindo-se ao decorrer dos fatos que se seguem aos já decifrados, exemplo: No capítulo 7 do Livro de Daniel a Visão fala de 4 animais que surgiam do mar (Dan 7:3). Conforme a descrição que se segue, nos versículos 4 a 8, eram animais diferentes uns dos outros, tanto em forma quanto em tamanho. Na visão, a seguir são apresentados tronos, simbolizando julgamentos. Mas, Daniel está fixado aos animais, pois não entende o que eles significam, embora os três primeiros se assemelhem a animais conhecidos, o quarto lhe provoca assombro, pois trata-se de uma besta sem semelhança alguma a qualquer animal conhecido. Sabemos, em se tratando de profecias, que essas imagens tem mais a oferecer pelas suas propriedades, que quanto a suas formas, ex.: Chifres, Patas, Asas, dentes, etc. A partir do versículo 23, um anjo passa a dar o significado do quarto animal, bem como, dos chifres sobre a sua cabeça. E é sobre esses chifres que faremos esse estudo, uma vez que sobre os outros animais não existem dúvidas exegéticas nem hermenêuticas quanto aos significados. Mas, com referência ao quarto animal e seus chifres e, principalmente ao “chifre pequeno”, ainda não se tem uma real definição, onde há divergências acentuadas entre as interpretações. Então é sobre isso que nos ateremos neste estudo. Com as graças de nosso Senhor Jesus o Cristo, e o amparo do Espirito de Deus (YHWH), O autor
  • 3. UM QUARTO ANIMAL TERRÍVEL No versículo 7, Daniel descreve: Vi ainda um quarto animal, horrível, apavorante e extremamente poderoso. Possuía grandes dentes de ferro, com os quais estraçalhava e devorava avidamente suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava. Este monstro era diferente de todas as feras anteriores e tinha dez chifres. Vers. 8 Enquanto eu analisava os chifres, encontrei um outro chifre, pequeno, que apareceu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre que surgiu entre os demais tinha olhos como os olhos de um ser humano e uma boca que falava com soberba e arrogância. Primeiro fato que liga esse animal ao império Romano é que sucedeu ao Império Grego (o Leopardo com quatro asas). Também podemos verificar, que esse animal traz traços de Helenismo e Cultos Romanos, pois os Romanos assimilaram muito a cultura Grega . Mas o fato de pisotear o que sobra tem a ver com a forma de agir dos soldados romanos com as terras por eles conquistavam. Aqueles que não se sujeitavam, erram reduzidos a nada, pois as hostes romanas aniquilavam tudo. O dez chifres representavam dez reis romanos, que surgiriam em Roma e oprimiriam o povo de Deus. Embora muitos atribuam os 10 chifres a dez tribos nômades, isso não se aplica, por que como vemos no versículo 24 reza: “Quanto aos dez chifres, dez reis se levantarão daquele mesmo reino”; por conseguinte, os dez chifres seriam 10 reis romanos que oprimiriam o povo de Deus. Começando por 1 - Nero - (58 a 68 dC.) 2 - Trajano - (98 a 117 dC.) 3 - Adriano - (117 a 138 dC.) 4 - Marco Aurélio - (161 a 180 dC.) 4 - Severo - (193 a 211 dC.) 5 - Décio - (249 a 251 dC.) 6 – Valeriano (253 a 260dC.) A Tetrarquia de DIOCLECIANO (284 a 305 dC.) 7 - Diocleciano 8 - Galério 9 - Maximiano 10- Constâncio Cloro (Pai de Constantino).  Diocleciano controlava as províncias orientais e o Egito. Capital: Nicomédia (atual İzmit, na Turquia)  Galério administrava as províncias balcânicas. Capital: Sirmio (atual Sremska Mitrovica, na Sérvia)  Maximiano governava a Itália e a África Proconsular. Capital: Mediolano (atual Milão, na Itália)  Constâncio Cloro, pai de Constantino I, recebeu a Hispânia, a Gália e a Britânia. Capital: Augusta dos Tréveros (atual Tréveris, na Alemanha) Assim sendo, completam-se os 10 reis opressores dos cristãos, terminando com uma tetrarquia formada por Diocleciano, conforme acima exposto. Ver Perseguições aos Cristãos - Wikipedia.
  • 4. O CHIFRE PEQUENO Após a abdicação de Diocleciano (305), teve início uma guerra entre os augustos e os césares por ele nomeados. Com a morte de Constâncio Cloro em 306 dC., entra a pessoa de Constantino, filho de Constâncio Cloro, que assumiu o lugar de seu pai, pro proclamação de suas próprias tropas. Logo a seguir, começou seu empenho para tentar se tornar o imperador supremo de Roma. Constantino começou derrotando os imperadores Magêncio e Licínio durante as guerras civis. Em 312, na Batalha da Ponte Mílvia, Constantino derrotou Magêncio. De 316 a 323, Constantino e Licínio governaram Roma. A partir de 324, Constantino passou a ser o único senhor de todo o império, após de derrotar Licínio no Estreito de Dardanelos. A parte mais impactante de toda a história da ascensão de Constantino ao poder, foi um fato que ocorreu antes da batalha na ponte Mílvia. Segundo a história, Constantino teve uma “visão”, antes da batalha, onde ele viu uma cruz em frente ao sol, com os seguintes dizeres em latim: “IN HOC SIGNUS VINCES”, que traduzindo é “COM ESSA MARCA VENCERÁS”. Narra a história: No anoitecer de 27 de Outubro, quando os exércitos se preparavam para a batalha, Constantino é suposto ter uma visão quando olhava para o sol que se punha. Uma cruz apareceram- lhe enfeitando o sol, juntamente com a inscrição "In Hoc Signo Vinces" — latim para "Sob este signo vencerás". Constantino, que era pagão na altura (apesar de sua mãe ter sido com grande probabilidade cristã), colocou o símbolo nos escudos dos seus soldados, obtendo a vitória sobre Maxêncio. O Fascinante Universo da História. Muitos autores atribuem a este fato, a pseudo conversão de Constantino ao Cristianismo. Mas, segundo a história, seu batismo só se deu no dia de sua morte. Muitos autores atribuem a essa “conversão” à sua política para angariar a simpatia dos cristãos, que era uma classe emergente à época. Tanto que, Constantino começou a distribuir benesses às autoridades cristãs, doar terras, construir igrejas, etc. Mesmo dizendo-se Cristão, em 07 de Março do ano de 321 dC., Constantino proclama seu Édito, onde conclamava a todos a guardarem o dia do Sol. “Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.” Mas em sua astúcia e inteligência, em 325 dC, ele conclama 300 bispos para um concílio na cidade de Niceia. Nesse concílio, era a intenção de Constantino, conciliar as diversas doutrinas que confundiam os cristãos, na era pós apostólicas em várias vertentes, principalmente quanto à natureza de Cristo. Segundo Ario, Jesus deveria ser entendido como uma criatura de origem não divina e não como uma divindade em si. Sendo assim, Jesus não possuiria vida eterna, seria marcado por um traço de humanidade que o desvincularia da condição sagrada defendida pelos demais seguidores do cristianismo. A intenção de Constantino era fazer com que todos os cristãos tivessem apenas uma linha de pensamento. Mas, por trás disso havia também a intensão de promover um sincretismo, tornando o cristianismo amigável a todas as outras religiões principalmente à Romana.
  • 5. A CRUZ E O CRISTIANISMO A essa hora há de se perguntar: como a cruz, como a da visão de Constantino veio a fazer parte do cristianismo? Vejamos: a princípio, a cruz hoje atribuída como marca do cristianismo, nada tem a ver com a cruz onde Cristo foi executado. A cruz de Cristo era uma cruz tosca e sem aprimoramento nenhum, consistia apenas de uma haste chamada staurus e o madeiro, que era a parte transversal da mesma, onde eram pregados os braços do crucificado e depois elevado na haste onde era fixado para após serem pregados os pés. Já a cruz romana, consistia de um bloco só, esculpida de forma quadrática. Simbolizava Também o Deus Apolo. E no sonho de Constantino, podemos deduzir, que significava a união do Sol Invicto e Apolo (Versão Romana e Grega). Para introduzir este símbolo no cristianismo, entra em cena a mãe de Constantino – Santa Helena, para os Católicos. Segundo a história da Igreja Católica, Santa Helena se dirigiu à Jerusalém em peregrinação, para descobrir a verdadeira “Cruz de Cristo”. Conta a história, que Santa Helena, após longas pesquisas, foram encontradas três cruzes e para descobrir qual delas era a verdadeira, foram colocadas três mulheres enfermas, e somente uma delas sarou, milagrosamente, testificando ser essa a verdadeira Cruz de Cristo. Mas veja, que a cruz em questão era do tipo romana (Cruz Latina), e não uma cruz rude como as destinadas aos criminosos. Tanto que a Santa Helena sempre e personificada como uma mulher segurando uma cruz. Canção Nova - O Santo do dia - Santa Helena Outra coisa a inquirir quanto à cruz romana: Onde estão os sinais dos pregos onde JESUS foi pregado? Na realidade, o símbolo da cruz foi inserido no cristianismo para simbolizar o poder de Constantino e seu novo tipo de poder.
  • 6. CONCLUSÃO Baseado nos dados apurados anteriormente, o que podemos afirmar é que: 1. Roma se encaixa perfeitamente como o quarto animal da visão de Daniel (uma besta de 10 chifres) 2. Constantino provê todos os requisitos do pequeno chifre, a saber: a. Veio pequeno e após os 10 reis opressores; b. Cresceu muito e derrotou 3 reis adversários; c. Falava grandes coisas e grandes promessas que conquistou a maioria dos bispos cristãos da época d. Personagem responsável pelo primeiro Decreto Dominical e. Institui para si uma marca que conseguiu fazer o mundo todo usar na testa mediante o batismo (ver liturgia católica utilizada até os dias de hoje; f. Converteu a empunhadura de suas espadas em forma de cruz, a qual era espetada no chão cada vez que uma terra era dominada. 3. O Cristianismo deixa de ser perseguido e passa a ser um objeto de poder nas mãos do Estado. Começam aí as prostituições no Evangelho, com a introdução do Símbolo pagão, (a cruz) atribuindo à cruz em que Jesus Cristo foi crucificado; 4. O Domingo passa a ser o dia de Guarda; e é instituída nova data para a páscoa. Gradativamente, após a morte de Constantino, a Igreja começou a tomar mais poder de governo, aproveitando a fraqueza dos reis que o sucederam, até que por fim, em 380 dC., o Imperador Teodósio declarou a Igreja Cristã (agora denominada Católica), a religião oficial do reino. Teodósio promoveu o trinitarismo niceno dentro do cristianismo e o cristianismo dentro do Império Romano. A 27 de fevereiro de 380, declarou o cristianismo na sua versão ortodoxa a única religião imperial legitima, acabando com o apoio do Estado à religião romana tradicional e proibindo a " adoração pública" dos antigos deuses. Trinitarismo e Teodosio - Wikipedia Nessa época, o Trinitarianismo e o Unicismo não estavam definidos, o que veio a ser confirmado no Concilio de Constantinopla (maio a julho de 381 dC). No chamado Credo niceno-constantinopolitano. Expandiu-se a menção do Espírito Santo no Credo Niceno, declarando-se que "é o Senhor, o Doador da vida que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado". Com isso ficou implicitamente estabelecido que o Espírito Santo deve ser do mesmo ser (ousia) que Deus Pai. Esta decisão do concílio sobre o Espírito Santo também deu apoio oficial para o conceito da Trindade. I Concílio de Constantinopla; Como vemos, a instituição da “Santíssima Trindade”, no Cristianismo, se deu aos poucos, sob apelos de reis Pagãos, como Constantino e Teodósio, que “aceitaram” o Cristianismo mas não abriram mão de certos dogmas do paganismo, como deuses em 3 pessoas, que vêm desde Ninrode, Egito até a Grécia. O que nos estranha é a citação da “Santíssima Trindade” no livro de Mateus 28:19? Mt 28:9 Portanto, ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Na bíblia de Jerusalém, tem em suas notas, que essa alusão à trindade e texto tardio, ou seja, não faziam parte dos manuscritos. Oque diremos pois, das mensagens de Paulo a seguir:
  • 7. Carta a Timóteo: 2:5 Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus, homem. 6Ele se entregou em resgate por todos, para servir de testemunho a seu próprio tempo. 1ªCarta aos Coríntios: 8:6 para nós, contudo, há um único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem vivemos; em um só Senhor, Jesus Cristo, por intermédio de quem tudo o que há veio a existir, e por meio de quem também vivemos. Não quero aqui desmerecer o trabalho do Espírito de Deus, o qual Ele YHWH destinou para consolação e auxílio aos seus eleitos, desde a criação/queda do homem. Portanto, existe um só Deus o Pai YHWH, e existe nosso mediador, o Filho, e existe o Espírito de Deus que nos auxilia nos consola, nos ensina. Esse artigo não pretende promover dissidência na igreja, mas sim alertar aos irmãos sobre como voltar ao evangelho apostólico, e promover uma reforma que nos levará a um reavivamento real n igreja, nos preparando para o recebimento da chuva Serôdia. Com verdadeiro amor Cristão, Milton Grobe-2022