3. Resolução de Problemas
Uma das grandes finalidades da matemática leccionada nas escolas é
desenvolver nos estudantes a capacidade de utilizarem a matemática
no seu quotidiano, recorrendo à resolução de problemas.
Palhares, 2004
A resolução de problemas é uma das finalidades primordiais do
ensino da matemática, sendo transversal a todas as áreas da
Matemática, como a todos os níveis de escolaridade.
APM, 1988
4. Comunicação (matemática)
A comunicação é um processo matemático bastante importante e, por isso,
transversal a todos os outros. Através desta, as concepções matemáticas são
expostas e partilhadas na sociedade.
Ponte e Serrazina, 2000
O programa de matemática deve usar a comunicação para promover a
compreensão da Matemática, de modo que todos os alunos:
• organizem e consolidem o seu pensamento matemático para comunicar;
• expressem as suas ideias matemáticas de modo coerente e claro;
• alarguem o seu conhecimento matemático;
• usem a linguagem matemática como meio de expressão matemática
precisa.
NTCM, 1994
5. Programa de Matemático do Ensino
Básico
ME-DEB (2007)
Competências transversais à aprendizagem da matemática
Resolução de Problemas
• capacidade matemática
fundamental, que deve
ser dominada pelos alunos
(a nível da matemática
como no quotidiano);
• actividade essencial para
a aquisição de diversos
conceitos, representações
e procedimentos
matemáticos.
Comunicação (matemática)
• capacidade transversal
que envolve a linguagem
oral e escrita, incluindo o
domínio progressivo da
linguagem matemática.
6. Problemática
Como emergiu a problemática?
No decorrer da prática
Pedagógica
Como formar
indivíduos
matematicamente
competentes?
Professor reflexivo
Prevenir para:
• insucesso escolar;
• abandono escolar
8. Questões de Investigação
1. Qual a atitude que o professor deve ter na
resolução de problemas?
2. Que estratégias de motivação
implementar para a resolução de problemas?
3. Como promover a comunicação em sala
de aula?
10. Desenho
Metodologia:
Investigação-acção
1. Metodologia de trabalho útil para os docentes;
2. Enfatiza a prática de resolução de problemas
reais;
3. Permite melhorar o desempenho enquanto
docente.
Amostra:
18 sujeitos
•
•
•
•
10 rapazes e 8 raparigas;
Idade: entre os 6 e os 7 anos;
Classe social: baixa e média;
Escola do 1º Ciclo do Concelho de Loures.
11. Recolha de Informação
Observação participante
•
•
Diários de bordo;
Guião de apresentação em sala de aula;
Análise documental
•
•
6 situações problemáticas;
Guião de avaliação das situações problemáticas
18. Análise Global
Ao longo deste processo a taxa de sucesso dos alunos foi
aumentado, o que revela que os alunos estavam
predispostos e receptivos às actividades, tendo consciência
que estas capacidades têm necessariamente de ser
dominadas.
Na aplicação da quarta e da sexta situação problemática houve
uma grande dificuldade na compreensão do problema por parte
dos alunos. Esta dificuldade prende-se primeiramente por
envolver o conceito de “dobro” e o conhecimento de números
superiores a trinta, sendo este último ainda uma grande
dificuldade para alguns sujeitos da nossa amostra.
19. Análise Global
Quanto à comunicação matemática, depois de
comparadas as exposições dos alunos durante as seis
situações problemáticas aplicadas, é possível atestar
que os alunos são matematicamente comunicativos
pois, na sua generalidade, apresentam-se seguros na
sua exposição, com um discurso matematicamente
correcto, completamente claro e perceptível por parte
dos seus colegas.
20. Resposta às Questões de Investigação
1. Qual a atitude que o professor deve ter na realização
de problemas?
criar condições de resolução de problemas,
(papel
activo
no
desenvolvimento
desta
capacidade);
analisar as estratégias dos alunos e os
resultados obtidos;
proporcionar estes momentos com regularidade
permite aos alunos adquirir experiência e
confiança no modo de procurar os dados
necessários, de proceder à sua interpretação e de
os cruzar, para obter o que lhes é solicitado.
21. Resposta às Questões de Investigação
2. Que estratégias de motivação implementar para a
resolução de problemas?
formular problemas que estejam ligados ao seu
dia-a-dia;
integrar o nome dos alunos nos enunciados dos
problemas;
pedir aos alunos que exponham as suas
estratégias à turma;
promover o debate em sala de aula (“Como
pensaste? Há alguém que pensou de forma
diferente?”)
22. Resposta às Questões de Investigação
3. Como promover a comunicação em sala de aula?
incentivar os seus alunos a exprimir-se, a
partilhar e a debater (conjecturas, estratégias);
questionar os seus alunos estimulando a sua
linha de pensamento, conduzindo o discurso, e
introduzindo
vocábulos
específicos
(“Como
pensaste? Então formaste conjuntos!”)
23. Bibliografia
• APM (1988). Renovação do currículo para o ensino básico.
Lisboa: APM.
• ME-DEB (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico. Lisboa:
ME-DEB;
• ME-DEB (2007). Programa de Matemática do Ensino Básico.
Lisboa: ME-DEB;
• NCTM (1991). Normas para o currículo e a avaliação em
Matemática escolar. Lisboa: APM e IIE.
• NCTM (1994). Normas profissionais para o ensino da
Matemática. Lisboa: IIE e APM.
• Palhares, P. (2004). Elementos da Matemática para
Professores do Ensino Básico. Lisboa: Lidel.
• Ponte, J. P. & Serrazina, M. L. (2000). Didáctica da
Matemática. Lisboa: Universidade Aberta.
24. Deve o professor/educador despertar no
aluno a sua essência de “ser” pensante e
criador.
Miguel de Carvalho
Mestre em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico
carvalho.miguelde@gmail.com