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Aula 3 – Custos em Transportes
Custos com 
Armazenagem 
Custos com 
Estoques 
Custo com 
Custos 
Logísticos 
Processamento de 
Pedidos 
Custo com 
Transportes
 São cinco os modais de transporte de cargas: 
rodoviário, ferroviário, marítimo, dutoviário e 
aéreo.
 Cada um possui estrutura de custos e 
características operacionais específicas que os 
tornam mais adequados para determinados tipos 
de produtos e de operações. 
 Os critérios para a escolha do modal de 
transporte devem sempre levar em consideração 
aspectos de custos por um lado, e 
características do serviço por outro.
 Segundo Fleury (2003), no Brasil os preços 
relativos dos diferentes modais de transporte 
possuem a mesma ordenação encontrada nos 
EUA: aéreo (maior), rodoviário, ferroviário, 
dutoviário e marítimo (menor). Esses preços 
relativos refletem, de certa forma, a estrutura de 
custos de cada modal que, por sua vez, torna-se 
reflexo das suas características operacionais.
 A seguir, são apresentadas as justificativas 
teóricas para as diferentes estruturas de custos 
observadas, a partir das características 
operacionais mais marcantes de cada modal de 
transporte.
 O modal ferroviário apresenta custos fixos 
elevados, em decorrência de substanciais 
investimentos em trilhos, terminais, locomotivas 
e vagões. Seus custos variáveis são pequenos.
 O modal rodoviário, por sua vez, apresenta 
pequenos custos fixos, uma vez que a 
construção e a manutenção de rodovias 
dependem do poder público e seus custos 
variáveis (por exemplo, combustível, óleo e 
manutenção) são medianos.
 Por sua vez, o modal marítimo apresenta custos 
fixos medianos, decorrentes do investimento em 
embarcações e em equipamentos, e seus custos 
variáveis são relativamente pequenos em razão 
da capacidade de transportar grandes volumes e 
toneladas.
 O modal dutoviário apresenta os custos fixos 
mais elevados, em decorrência de direitos de 
passagem, construção, estações de controle e 
capacidade de bombeamento. Em contrapartida, 
apresenta custos variáveis mais baixos, muitas 
vezes desprezíveis.
 Finalmente, o modal aéreo apresenta custos 
fixos baixos (aeronave e sistemas de manuseio). 
Seus custos variáveis são os mais elevados: 
combustível, mão-de-obra e manutenção.
 Na aula anterior vimos que em linhas gerais, os 
custos que uma empresa incorre na produção 
de um bem ou serviço podem ser classificados 
de diferentes maneiras. Entre as mais comuns 
são as classificações em custos fixos ou 
variáveis e custos diretos e indiretos.
 Um objeto de custo é qualquer atividade, 
recurso ou entidade para o qual se deseja uma 
medida de custo em particular. No caso de 
operações de transporte, clientes, produtos e 
rotas constituem os objetos de custo mais 
comuns. Por exemplo, Fleury, Ávila e Wanke 
(1997) desenvolveram uma metodologia de 
custeio para o transporte rodoviário de cargas 
considerando diferentes tipos de rotas (curtas, 
médias e longas) como os objetos de custo do 
estudo.
 A classificação entre custos fixos ou variáveis 
depende do quanto determinado item de custo 
altera-se como resultado de mudanças 
específicas no direcionador de custos.
 Um direcionador (driver) de custos é qualquer 
atividade ou entidade que afeta o comportamento de 
um item de custo em particular. 
 O transporte rodoviário, por exemplo, além dos mais 
comuns, distância, volume e peso tem como 
destaque: a capacidade alocada aos clientes, a 
facilidade de manuseio do produto, a facilidade de 
acomodação, o risco inerente ao carregamento, a 
sazonalidade (ex.: safra de grãos), o tempo em 
espera para carregamento e descarregamento e a 
existência de carga de retorno.
 Dessa forma, os itens de custo variáveis são 
aqueles que variam em proporção direta às 
variações no direcionador de custos. Os itens de 
custo fixos por sua vez, são aqueles que não 
são imediatamente afetados por variações nos 
direcionadores de custos.
 Considerando exclusivamente a distância percorrida 
como único direcionador de custos relevante, Lima 
(2003) propõe a seguinte classificação de itens 
entre custos fixos e variáveis no transporte 
rodoviário de cargas. 
 Fixos: depreciação dos veículos, remuneração do 
capital, custos administrativos, IPVA/seguro 
obrigatório dos veículos (não inclui prêmios pagos 
por seguro da carga) e pessoal. 
 Variáveis: pneus, óleo, lavagem/lubrificação, 
combustível, manutenção e pedágio.
 Conforme comentado, outra maneira de classificar 
os custos seria em diretos ou em indiretos. 
 Os custos podem assumir um caráter direto quando 
não há necessidade de rateio, pois são facilmente 
vinculáveis a um determinado objeto de custo. 
Quando o estabelecimento do vínculo entre o item 
de custo e um objeto de custo não fosse trivial ou 
fosse antieconômico, dado um determinado 
direcionador de custo, tal item tende a assumir um 
caráter indireto.

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  • 1. Aula 3 – Custos em Transportes
  • 2. Custos com Armazenagem Custos com Estoques Custo com Custos Logísticos Processamento de Pedidos Custo com Transportes
  • 3.  São cinco os modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, marítimo, dutoviário e aéreo.
  • 4.  Cada um possui estrutura de custos e características operacionais específicas que os tornam mais adequados para determinados tipos de produtos e de operações.  Os critérios para a escolha do modal de transporte devem sempre levar em consideração aspectos de custos por um lado, e características do serviço por outro.
  • 5.  Segundo Fleury (2003), no Brasil os preços relativos dos diferentes modais de transporte possuem a mesma ordenação encontrada nos EUA: aéreo (maior), rodoviário, ferroviário, dutoviário e marítimo (menor). Esses preços relativos refletem, de certa forma, a estrutura de custos de cada modal que, por sua vez, torna-se reflexo das suas características operacionais.
  • 6.  A seguir, são apresentadas as justificativas teóricas para as diferentes estruturas de custos observadas, a partir das características operacionais mais marcantes de cada modal de transporte.
  • 7.  O modal ferroviário apresenta custos fixos elevados, em decorrência de substanciais investimentos em trilhos, terminais, locomotivas e vagões. Seus custos variáveis são pequenos.
  • 8.  O modal rodoviário, por sua vez, apresenta pequenos custos fixos, uma vez que a construção e a manutenção de rodovias dependem do poder público e seus custos variáveis (por exemplo, combustível, óleo e manutenção) são medianos.
  • 9.  Por sua vez, o modal marítimo apresenta custos fixos medianos, decorrentes do investimento em embarcações e em equipamentos, e seus custos variáveis são relativamente pequenos em razão da capacidade de transportar grandes volumes e toneladas.
  • 10.  O modal dutoviário apresenta os custos fixos mais elevados, em decorrência de direitos de passagem, construção, estações de controle e capacidade de bombeamento. Em contrapartida, apresenta custos variáveis mais baixos, muitas vezes desprezíveis.
  • 11.  Finalmente, o modal aéreo apresenta custos fixos baixos (aeronave e sistemas de manuseio). Seus custos variáveis são os mais elevados: combustível, mão-de-obra e manutenção.
  • 12.  Na aula anterior vimos que em linhas gerais, os custos que uma empresa incorre na produção de um bem ou serviço podem ser classificados de diferentes maneiras. Entre as mais comuns são as classificações em custos fixos ou variáveis e custos diretos e indiretos.
  • 13.  Um objeto de custo é qualquer atividade, recurso ou entidade para o qual se deseja uma medida de custo em particular. No caso de operações de transporte, clientes, produtos e rotas constituem os objetos de custo mais comuns. Por exemplo, Fleury, Ávila e Wanke (1997) desenvolveram uma metodologia de custeio para o transporte rodoviário de cargas considerando diferentes tipos de rotas (curtas, médias e longas) como os objetos de custo do estudo.
  • 14.  A classificação entre custos fixos ou variáveis depende do quanto determinado item de custo altera-se como resultado de mudanças específicas no direcionador de custos.
  • 15.  Um direcionador (driver) de custos é qualquer atividade ou entidade que afeta o comportamento de um item de custo em particular.  O transporte rodoviário, por exemplo, além dos mais comuns, distância, volume e peso tem como destaque: a capacidade alocada aos clientes, a facilidade de manuseio do produto, a facilidade de acomodação, o risco inerente ao carregamento, a sazonalidade (ex.: safra de grãos), o tempo em espera para carregamento e descarregamento e a existência de carga de retorno.
  • 16.  Dessa forma, os itens de custo variáveis são aqueles que variam em proporção direta às variações no direcionador de custos. Os itens de custo fixos por sua vez, são aqueles que não são imediatamente afetados por variações nos direcionadores de custos.
  • 17.  Considerando exclusivamente a distância percorrida como único direcionador de custos relevante, Lima (2003) propõe a seguinte classificação de itens entre custos fixos e variáveis no transporte rodoviário de cargas.  Fixos: depreciação dos veículos, remuneração do capital, custos administrativos, IPVA/seguro obrigatório dos veículos (não inclui prêmios pagos por seguro da carga) e pessoal.  Variáveis: pneus, óleo, lavagem/lubrificação, combustível, manutenção e pedágio.
  • 18.  Conforme comentado, outra maneira de classificar os custos seria em diretos ou em indiretos.  Os custos podem assumir um caráter direto quando não há necessidade de rateio, pois são facilmente vinculáveis a um determinado objeto de custo. Quando o estabelecimento do vínculo entre o item de custo e um objeto de custo não fosse trivial ou fosse antieconômico, dado um determinado direcionador de custo, tal item tende a assumir um caráter indireto.