O documento apresenta uma coletânea de poemas de diferentes autores sobre temas como poesia, amor, esperança e perdão. Os poemas são majoritariamente curtos, com 3 frases ou menos, e exploram esses temas de forma lírica e introspectiva.
1. Duetando a “Alma” com Gui Oliva
Procurando a poesia com Lêda Mello
Fragmentos – resposta poética – edição de Sônia Pallone
Duetando Vícios e Viços – Walter Pereira Pimentel
Vou e Vai – Gui Oliva
O vai-e-vem do papel – com Sylvia Cohin
Sobre novos e velhos encantos com Rosângela do Valle Dias
Libertando o coração com Gui Oliva
Poetando o “SE” com Gui Oliva
Sentindo o coração da poeta Vera Mussi
Acróstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu
Fragmentando o tempo com Jorge Linhaça
“A minha oferta...” com Vera Mussi
Pedido de Socorro – entrelace de Sylvia Cohin
Duetando o “Vale à pena...”, Gui Oliva e Michèle Christine
Duetando com Gui Oliva – Cadê? Por quê? com Taí... porque...
Louvação – Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin
Os meus dedos errantes (Eugênio de Sá) e Os teus dedos (Susana
Custódio)
Fervendo, em décimas (Eugênio de Sá) e Ferve ao poeta... em
décimas (Carmo Vasconcelos)
Haverás (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari)
Foste Tudo,Não Foste Nada (E. Possídio) – Glosa de Lêda Mello
Florescer (Mercília Rodrigues) & Simplificar (Lêda Mello)
Não Sei (Sylvia Cohin) & Tampouco Sei (Gui Oliva)
Lágrima(Carmo Vasconcelos) & Tua lágria (Zéferro)
A nau que naveguei – Odir Milanez e Eugênio de Sá
2. L
TRANSMUDAÇÃO D´ALMA
Gui Oliva
minh´alma vive em elegia,
canta o canto dos teus versos
com amor, e se refaz a cada dia,
transmuda-se do lúgubre em lume
Santos/SP 28/04/07
APELO D'ALMA
Michèle Christine
Que se levante em reza-ladainha
sem tristeza e nostalgia,
louvação de adeus à elegia.
Que se levante em reza-ladainha
3. com firmeza e harmonia.
louvação à chegada da alegria.
Que se conserve como reza-ladainha
festejando o renascer do dia-a-dia,
a beleza mais-valia da poesia.
Que se conserve, poeta, o seu lume,
o seu dom vaga-lume,
candeia dessa vida-caminhante
paz da nossa alma inconstante.
Belo Horizonte, nov./2007
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4. CADÊ POESIA?
Lêda Mello
Seguir é preciso.
Sentir, nem tanto!
Seguir sem sentir,
talvez, é preciso.
Apagar saudade,
esquecer lembranças...
Secura, deserto
nas entranhas da alma.
Os sonhos não brotam,
não nascem os versos.
Sem sonhos, sem versos,
cadê poesia?
Arapiraca (AL) - Brasil, 07.05.2007
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5. TUA MORADA... A POESIA!
Michèle Christine
Abre a tua alma, canta,
sente que ela não está vazia!
Tem lume de verso que encanta,
tem oásis de rimas, tem magia!
Embale-a com teus sonhos de poeta,
plantados com sementes de alforria!
Esquece essa lembrança irriquieta,
dê asas de condor a alegria.
Regresse ao teu rumo, ao teu repouso,
tua ribalta em vigia está armada.
Abrace a poesia, ela é teu pouso
A poesia é tua morada...
Belo Horizonte (MG) - Brasil, 08/05/2007
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6. Fragmentos
Michèle Christine
"...Repudiar o impossível... é impossível...
Ele não deixa o relógio parar;
as horas viram danças exaustivas que suam tristezas
e o corpo reage às vigílias e vive com as estrelas.
A esperança se veste de vontade
e transborda a espera em emoção
Seu espaço vira vida,
roda-vida, roda-viva...
O avesso enquanto lassidão
vira o direito da vibração..."
2007
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7. Meu vício
Walter Pereira Pimentel
Em ti começa o meu vício
Minha fome de amor
Minha alegria, minha dor
Meu suplício...
Te seduzir, te conquistar
Foi promessa, foi feitiço
Sabes disso
Não podes negar
Aceita-me então como sou
Sem tirar nem pôr
Minhas "fomes", meus desejos
Saciarei em ti, deixa acontecer
O tão sonhado beijo
Embriaga-me de prazer!
8. Meu Viço
Michèle Christine
Tu não és mais o meu vício,
tampouco meu desperdício,
ou minha dor, minha promessa,
ou o meu suplício.
Não és alfa, nem beta, nem gama.
És meu inteiro, meu braseiro, minha rima.
Timoneiro da minha rotina, lamparina.
Minha gana, meu calor e minha cama.
És minha veste, meu calçar e meu intento,
meu presente, luar fervente, meu tempo...
meu beijo com gosto de uva,
meu perfume com cheiro de chuva.
És minha paixão, minha chama,
pelerine suada de flama, meu bulício indecente,
minha carícia inocente.
Meu fermento e minha preguiça.
Meu mundo inteiriço...
meu viço.
Belo Horizonte, 23/06/2007
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9. VOU
Gui Oliva
VAI
Michèle Christine
Versejar,
pode ser mau
o verso, mas é meu
Voar vôo viageiro
de vida-viva, veleiro,
pois que é valentia, valsa, valia.
É verdadeiro.
Vício
que corrói alma,
mas ela não esqueceu
É ventura! Viveza de anjo,
vermelho-vinhedo,
varanda-de-renda ao vento ventoso.
Vontade
que apazigua, acalma
e me mantém
Vogar ditoso.
Viva Versejo, verso,
ventura vespertina,
verde-oliva, várzea verdejante,
vesperal com viso de verão.
10. não me vejo
em apogeu,
só tento voar
É vocação!
Voejo Valor de poeta,
minha veneração.
Volátil
vou versejar
vício vontade viva
voejo volátil
08/08/2008
15/07/2008
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11. A REVOLTA DO PAPEL
Sylvia Cohin
O PAPEL QUE VOLTA
Michèle Christine
Peço licença ao papel
e rabisco algumas linhas,
(uma daquelas cartinhas)
para o meu Papai Noel...
Há que pedir licença,
(que seja dita a verdade)
que o papel é só descrença
e lhe dói a nulidade...
Para Sylvia Cohin
presente da Michèle
Dezembro/2006
Constrangida e cautelosa
vou escrevendo e riscando
Da lonjura do além-mar
"teu papel" entrou-me à casa
12. toda verve caudalosa
que o papel vai rejeitando...
com rabiscos de desejos
e traçados de esperança.
“Feliz Natal e Ano Novo,
Dinheiro, paz e saúde,
Feliz enfim o meu povo
livre de toda inquietude...”
“Reina Amor na humanidade,
Acaba a Pobreza no Mundo,
O que se fala é verdade...
O Bem anda mais Fecundo...”
Dos rabiscos e traçados,
constrangimento e cautela,
nasce tua carta singela
ao Pai Noel que espera
sem cansaço e sem estorvo
acatar tua quimera.
Vejo o papel amarelo
a fitar-me com descrença...
como quem ri do anelo
querendo que o convença...
Em além-mar volta o velho,
brejeiro no seu vermelho
de boné, bota e bengala
e o teu mundo desembala:
“Todo Homem é Irmão
e Reina a Paz sobre a Terra,
Já não se fala de Guerra
A Justiça ergueu a mão!”
muito papel confiante...
papel cor, tons do amor...
papel branco, esperanto...
ousando te convencer
muito neles escrever
poemas, versos e canto.
Nas linhas da minha carta
noto um movimento brando
Do teu pedido, um trato:
teu mundo novo é o retrato
13. cada palavra se aparta,
outra palavra buscando...
E olhando estarrecida
a revolta do papel,
leio a carta assim nascida
para o meu Papai Noel:
do teu poetar, do teu canto.
Do teu canto... um recanto.
Do teu poetar... sacrossanto acalanto.
Teu Novo Mundo... sem pranto... só
encanto!
“Pra poupar-te de cansaço
E não te causar estorvo,
Um só pedido eu te faço:
Traz pra mim um Mundo Novo?”
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14. NOVOS ENCANTOS…
Rosângela do Valle Dias
Sem mistérios, sem silêncios!
Naquele bosque, imensidão de esperança...
Quietude na passagem da brisa!
Novos encantos ...
Dentro de mim,
um coração,
até então, adormecido,
pulsa forte,
encantado, ritmado, iluminado...
Caminho entre as árvores
à procura do meu refúgio.
As folhas, caídas,
sussurram sob meus pés,
como se quisessem me mostrar,
como se pudessem me levar
15. por um atalho seguro,
à fonte dos meus desejos,
ao meu oceano de sedução
em ondas de êxtases!
Mais quereres,
mais encantos,
mais prazeres...
Sem mistérios ...
BH/MG -17/abril/2007
VELHOS ENCANTOS...
Michèle Christine
Com mistérios, com silêncios!
Naquele bosque, densa desilusão...
Lamentos do vento... um pranto!
Desencanto...
Em mim,
um corpo,
morada da solidão,
que estremece,
descompassado, dorido, sem expressão...
Olho os rabiscos de sol entre os galhos
e procuro a cadência da calmaria.
16. O ruído das folhas secas,
barulham nostalgia,
mostrando insistente agonia,
que chora os olhos e soluça a garganta.
Vontade que avança e canta
de saciar meus desejos,
de querer outros beijos,
de delírios, de lirismo,
de conto de amor!
Mais querência,
mais ardência,
mais paixão...
Sem mistério,
sem silêncio,
sem dor.
BH/MG - 19/abril/2007
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17. Liberte
Gui Oliva
Deixe livres sons melodiosos...
pela madrugada afora
compasse o coração
bem ritmado e, assim,
sob ela enluarada
seja, finalmente,
o regente dele agora.
Santos/SP 25/03/06
Coração liberto...
Michèle Christine
Nem as luas enluaradas
nem os dias de sol, o rouxinol
ou o girassol...
nem jardins, nem perfumes,
18. nem lágrimas e queixumes,
farão compassar meu coração.
Ele não tem siso, nem guiso,
é impreciso.
Faz rondas, sonda e avança ondas...
engenha caminhos da sedução.
E sendo seu próprio agente,
concludente
queima-se, constantemente,
nos braços da paixão.
Início
19. SE
Gui Oliva
Se a vida te acaricia,
amor amigo a ti devota,
a morte não o elimina
frente a ela procura rima,
e também não te aquieta
diante dela verseja,
com versos espanta a dor,
chora em canto
és poeta!
Santos/SP 30/06/07
20. SE
Michèle Christine
Se algum dia me vires partindo, poeta,
dá-me os teus versos,
coloca-os entre as minhas mãos.
Partirei suave e quieta.
Voarei borboleta
nascida dos retalhos coloridos,
vividos e amados
que a inspiração da tua poesia interpreta.
Ou serei violeta
no canto de um jardim de poesia, sem agonia,
porque sempre fostes meu contentamento,
minha graça, meu alimento.
E naquele canto fica sem tempo... só no vento,
tudo aquilo que mais me fez feliz.
Abristes o meu coração de aprendiz
e restaurastes todo o amor que nele sempre desfiz.
Belo Horizonte, MG-30/12/2007
Início
21. Um coração que sente
para a Vera Mussi
Sylvia Cohin
As notas esvoaçam a trinar
e depressa ou lentamente,
espalham a magia pelo ar
num canto ora feliz, ora dolente...
Um coração não pára de pulsar
senão quando se assusta ou sofre,
de mal de amor fica doente,
ou guarda em segredo como um cofre,
o que lhe custa confessar...
Mas também pára embevecido
ante a grandeza do Mistério
e em reverência emocionante,
tenta guardar a natureza do instante.
Tudo percebe à sua volta,
22. mas porque sente, tudo sabe.
Pensa... e se há revolta,
acautela-se, pulsando mansamente...
fechando d'alma os olhos,
Alma tão grande que nem lhe cabe...
Procura longe, muito além,
no horizonte sem escolhos,
um novo alento p'ra pulsar serenamente...
Eu já nem sei, mas se pressinto bem,
"é feminino todo coração"
que sente como este.
Azul é seu olhar tão transparente,
calmaria e sobressalto...
onde pousa, deixa um toque de emoção
e segue solfejando ora em contralto
ou em surdina,
desordenado diapasão
do velho coração de uma menina.
Sylvia Cohin
Portugal, 19.09.2007
Conheço este coração sentido
(Michèle Christine)
Este coração que sente,
23. é um coração que está presente,
com guerra, com paz, com dor...
o pulsar é sempre pelo amor.
Amor grande, de maior valia,
amor que canta, encanta, que é vida.
Amor que cala, que chora sem guarida.
Amor-amar-amando, amor-doído-ferida.
Se o olhar é calmaria de azul,
o peito é carmesim de paixão,
é nesta dança-mudança
que conheci a Vera-poeta, mulher, esperança.
Poeta que poeta vida, mulher que compassa a lida
o verde da esperança pinta a sua travessia.
Com calmarias, ventos ou ventanias,
a vida lhe dá chegadas e saídas,
aconchegos, medos e enredos...
na poesia.
Michèle Christine
Brasil, 27.09.2007
Início
24. Se o homem cultivar o Perdão
À luz da virtude do Amor,
Sem lhe faltar com o Zelo,
Será revelado o segredo
E o mundo terá solução.
Alceu Sebastião Costa
São Paulo, 15 de Junho de 2000.
Resposta ao Acróstico da Paz
25. Eu cultivo o Perdão,
no coração tenho Amor;
pela natureza o Zelo,
pelas pessoas afeição,
e ao meu Deus devoção.
Se é pra revelar o segredo
de como amanhecer a PAZ...
afirmo com convicção:
FAÇO PARTE DA SOLUÇÃO!
Michèle Christine
Belo Horizonte - MG
Início
26. Fragmentos do tempo
Jorge Linhaça
Desfaz-se o tempo
dilui-se o momento
esvai-se no vento
Minutos perdidos
segundos esquecidos
instantes rompidos
Horas vazias
dias de utopias
meses de fantasias
Séculos fragmentados
décadas dispersas
anos pulverizados
27. Distorção dos sentidos
ilusão semi-ótica
tic-tacs não mais ouvidos
Fragmentos do tempo
Michèle Christine
Tomara que o tempo
guarde meu momento
no pensamento.
Minutos renascidos,
segundos tecidos
de instantes coloridos.
Horas de alegria
dias de energia,
meses de harmonia.
Século oportuno
décadas em uno
anos de aprumo.
Beijos respondidos,
sonhos atrevidos
e ouvidos
no tic-tac dos sentidos.
Início
28. Convite que faço a
Querida Poeta Amiga Michéle
Visite o Site
http://www.veramussi.com.br/
Comemorando meio ano de existência
,
plenamente feliz!
Aceitei teu convite ao site e,
em lá caminhando, me encontrei.
É honra, é graça!
A minha oferta ...
Um Poema ao Amor
"A minha oferta" ...
Amor em poema
Vera Mussi Michéle Christine
Nos intervalos...
Lindos sonhos imaginários
Novos cenários!
"A minha oferta" ...
à poeta
transcede
o breve.
Tantos retalhos...
Embutidos nas páginas
Do Livro da Vida.
É sempiterna e fraterna,
branca preciosa,
cor da paz.
29. Pertinaz.
Audaz.
Entre versos e rendas
Poesias inspiradas
Sob encomenda
Em rimas matizadas...
Nas cores de um céu de anil...
"Estrela das neves"
ou lume de verão,
circunscreve
o céu, o vento,
o tempo.
Tudo por mim
Idealizado
Todos os meus dias
Encantados...
Tantos versos espalhados
Pelo Universo - Fim
Por Deus
Sempre iluminados !
A minha oferta
à poeta
tem beleza nobre de flor,
talismã supremo do amor.
Tem mistério de fada,
luz de lua prateada,
floração alpina
divina obra-prima.
Nos etéreos espaços
Brilham as estrelas reluzentes
Tantos abraços...
Transcendentes
Ternos beijos...
De um anjo azul...
Todos os desejos mil !
Entre blocos rochosos
a persistência da lida.
Entre ecos verdejantes,
perfumados e alados,
a singeleza da vida.
Afetos de raro sabor
Um poema ao Amor
"Quase primaveril ..."
A minha oferta
aos poetas
são ramos, muitos ramos
de "Edelweiss"...
especiais,
Colhidos na emoção
30. do meu coração.
"Do coração é a razão dos amigos"
Carinho e Gratidão
Vera Mussi
1º de Setembro/2008
"Do coração é a razão dos
poetas"
Parabéns Vera, Parabéns poetas
que congregam a festa de
existência do
http://www.veramussi.com.br/
Carinhos meus,
Michèle
12 de Setembro/2008
Início
31. PEDIDO DE SOCORRO
Michèle Christine & Sylvia Cohin
Pedi socorro ao poeta
para que alguma inspiração,
levasse ao destino certo
o meu afeto completo...
recoberto de gratidão.
Nasceu da mão duma esteta
e um sopro de monção
espalhou em céu aberto,
o poema que decerto
pousou no meu coração...
Então me sussurou aos ouvidos
Quintana de tempos já vividos:
"Ser poeta não é dizer grandes coisas,
mas ter uma voz reconhecível
dentre todas as outras"...
ao coração que é sensível.
De Quintana em tempos idos
versos de saber colhidos
que ignorar é impossível,
como as rimas que aqui poisas
nesse tom inesquecível!
32. Assim, recebam, Syl e Gui
esta trova de agradecimento
pelo som que me traz o vento
quando recebo, nas suas palavras,
outras... que me dão alento.
Assim, recebe co'a Gui
este mimo onde acrescento
um aplauso muito atento
ao poema com que lavras,
gratidão e sentimento!
Beijosssssssssss
Syl
02.01.2008
Início
33. VALE
Gui Oliva
Já dedilhou o poeta Fernando Pessoa
"tudo vale à pena se a alma não é pequena"
Assim, vale à pena ouvir de novo
e muito a pena vale, toda vez que fale
do amor e ao versejar o escancare.
Vale? indagam na Espanha toda vez
que, dialogando contigo alguém esteja,
e mais vale se for troca de conversa
sobre um amor que já se fez.
Vale recordar o sonho não desfeito,
vale lembrar o ótimo, o bom
e até vale quando indevido é o efeito,
vale não esquecer que a vida são momentos
que passam, e em átomo de segundos
se dão rarefeitos,
vale no entanto sentí-los mais do que perfeitos,
vale a correnteza de toda aquela água
que corre como se descesse vale de lágrimas.
Vale relembrar sim todo aquele aguaceiro,
34. vale represar o choro, vale imaginar amor novo,
vale, mas sem esquecer que da vida, no seu todo...
serás sempre simples passageira ou passageiro!
Santos/ 04/02/07
www.vidaemcaminho.com.br
SIM... VALE
Michèle Christine
E Mário Quintana soprou: "quero , um dia, dizer às pessoas
que nada foi em vão... e que valeu a pena".
Como vale à pena o pensamento e a ação
ou a gota-serena na açucena
e os voos silenciosos
das misteriosas falenas.
Vale a vez, o talvez e o fez,
vale a palavra, o aceno, a poesia.
Da paixão vale até a insensatez
e do amor vale-mais a alegria.
Vale a roda-do-tempo de todos os momentos:
tempo de chuva e de calor-sem-ventos,
tempo da dança, primavera-de-flores,
vale a conquista e vale o mal-de-amores.
Vale floretear o dia e o aquietar das boas-noites,
como valem o tanto, o quanto e o enquanto
dos açoites sensuais das entrenoites.
Vale o sorriso, o siso e o improviso,
vale sonhar com o paraíso.
Vale o presente, vivente. Vale o passado, lembrado.
35. Vale o futuro afortunado.
Sim, " tudo vale à pena, se a alma não é pequena".
BH, 24/11/2009
http://michelechristine.wordpress.com/
Início
36. Cadê? Por quê?
Cadê? procuro por toda sesmaria
como achar em verso amor,
sem que eu dispense a teimosia
de não apagar este calor!
Por quê? não festejo mais o sonho
e brota meu verso à revelia,
razão indaga... coração tristonho
cadê, dos versos que rimas, a magia?
Gui Oliva
37. 08/05/07
www.vidaemcaminho.com.br
Taí... porque...
Taí! em algum canto do jardim
meu verso encantado de amor
que implora nas notas de um flautim
tua presença, teu cheiro, teu sabor.
Porque o sonho se abre num sorriso
e do sorriso é que brota a inspiração
a mente crê ... que do coração alegre
nascem os versos mais mágicos da paixão.
Michèle Christine
26/05/2010
www.michelechristine.wordpress.com
Ilustração conservada de Olga Kapatti
Início
38. " LOUVAÇÃO "
Sol da Minha Vida
vera mussi
&
Norte da Minha Vida
sylvia cohin
Não está distante... nem muito longe,
ao contrário,
39. Luz da minha vida... meu relicário...
bem perto deste coração amante!
Verdade histórica...
Força que me leva adiante,
Coragem estóica.
Minha grande vitória
Norte de minha história
Sol que aquece as intenções gélidas,
Lume que esfuma as palavras pérfidas...
Sol que derrete o mel do amor menino
das emoções crianças...
Farol que acena ao meu destino
a sábia luz de temperanças...
Dor suave que passa ao som da voz
das primeiras esperanças...
Curso que leva à foz
a tristeza de lembranças...
Calor que enxuga lágrimas choradas,
gotas de cristal embalsamadas!
Abrigo de duras jornadas,
de intempéries inesperadas!
Manto de Luz que abençoa e cura.
Bendita chuva de Graça pura.
40. Amor integral!
Certeza incondicional!
És tu meu Deus, o Sol dos meus dias
Luz de minhas travessias...
Todas as alegrias
A Fé que me sustenta
O Maná que me alimenta
Envias os sinais, acenos de conforto...
Nau que me conduz ao porto...
Toda harmonia que os Teus Olhos
podem ver,
E o Teu Sagrado Coração pode sentir
por mim,
Tu me desvias dos escolhos
e das procelas por vir...
Todas as graças derramadas
sobre mim
Tu és o Amor que jorra enfim
Para um lindo viver!
Promessa de Alvorecer!
Tantas bençãos
De tuas mãos
41. Tanto SOL na minha vida
Jamais terá fim!
És a última guarida
Canto de Paz em mim!
Eu Te louvo, meu Deus
Senhor dos dias meus!
SOL de teus filhos amantes,
Guia dos meus pés errantes
renascidos nesse amor transcendente,
O meu rumo permanente!
Ave Maria!
Ave!
"Eis aqui a serva do Senhor"
- Ensina-me o teu Amor!
"Faça-se em mim segundo a tua palavra "
- Faz de mim a tua lavra!
Amém!
Convém!
Amém!
Por mim,
Amém!
Por quem...
Amém!
43. Os meus dedos errantes
Eugénio de Sá
Os meus dedos, amor, dedos errantes
Úteis partes de mim, mas que eram teus
Sem o altar do teu corpo são ateus
Não se enternecem a orar como antes
São as extremidades destas mãos cativas
Da saudade que as tuas lhes deixaram;
Os meus dedos nos teus, como brincaram
Entrelaçados eles e nossas vidas
É triste que hoje os saiba acarinhados
Por outros que talvez não te amem tanto
Enquanto estes meus sofrem, ignorados
Mas sensações perduram, entretanto;
Nestas mãos que te amaram sem pecado
Ficaram as memórias do encanto!
44. Os teus dedos
Susana Custódio
Esses teus dedos, dedos vacilantes
Partes úteis de ti que foram minhas
Dedos com que ainda me acarinhas
Mas que estarão perdidos e distantes
Estas mãos hoje inertes e cativas
Das carícias que em mim me deleitaram;
Os nossos dedos, como eles brincaram
Longe se encontram eles e nossas vidas
Ah, como eles foram tão acarinhados
Pois só tu me amas-te, casta e ternamente
Devem sofrer horrores, ignorados
Mas perduraram tantas sensações
Nestas mãos que te amaram, sem pecado
Onde latejam tantas recordações!
Portugal - Fevereiro 2011
Início
45. Fervendo, em décimas
Eugénio de Sá
A cem graus ferve a água e dá o mote
Às fervuras que temos nesta vida
Ferve em tristeza uma causa perdida
Ou de um perdido amor ferve o derrote
Fervem uns olhos lindos ao dichote
Ferve numa quezília o palavrão
Ferve uma mãe que morre d’aflição
Ao ver em perigo o filho desvalido
A raiva ferve aos atos sem sentido
Ferve o ouvido ao som de uma emoção.
Ferve na carne o sol em combustão
Que nos dota de tom a branca pele
Ferve d’insuportável e repele
Uma mordaz e vil insinuação
Fervem no ar as notas da canção
Que nos recorda uma ilusão perdida
Fervem em pranto memórias da vida
Que nos trazem ruídos de saudade
Ferve o desejo num corpo sem idade
46. Pois sem idade é todo o coração.
E se o ciúme ferve e dói na carne
Ao falso anúncio de traição fatal
Mais ferve a injustiça de um Natal
Que um velho passa só e abandonado
Porque é dos velhos esse triste fado
Como dos jovens é a inconsciência
Quando lhes ferve o vício em consistência
Mas se ferve o amor não se derrama
Se o soubermos manter como uma chama
Que se alimenta da nossa paixão.
Brasil/Setº/08
Ferve ao Poeta... em décimas
Carmo Vasconcelos
Fervem-lhe os sãos direitos esquecidos
Aos homens, às mulheres e às crianças
Ferve-lhe um amanhã nulo de esperanças
Para os entes mais desfavorecidos
Ferve-lhe a justiça surda e cega
Que à solta deixa ímpios e ladrões
Ferve-lhe a impunidade que lhes lega
E mete os indigentes nas prisões
– Inocentes se roubam um milhão
Culpados se com fome roubam pão!
Fervem-lhe ao rubro os luxos desmedidos
Vaidades sem acerto e probidade
Fervem-lhe os que de tudo desprovidos
Dia-a-dia morrem em mendicidade
Fervem-lhe as verdes matas derrubadas
Para servir aos reis da construção
Ferve-lhe o planeta que sem espadas
Mortífero se insurge à poluição
– Homens possessos dum agir macabro
Conducentes do mundo ao descalabro!
47. Ferve-lhe na pena o sangue do poeta
Gritam-lhe a dor as letras em cachão
Ferve-lhe n’alma a mágoa secreta
E na mente a denúncia p’la razão!
Ferve-lhe a impotência pela justiça
D’ alçar a moralidade em declínio
Ferve-lhe a mão pra comandar a liça
Em resgate da Paz em extermínio
- Na pena a garra de abolir o imundo...
Ao Poeta a força de mudar o Mundo!
Lisboa/Portugal
Fevº/2008
Início
48. HAVERÁS...
José Geraldo Martinez
Haverás de viver em mim,
tal qual as neblinas nas grandes serras...
Viverás sem fim e tornarás, assim,
as flores de todas as primaveras!
Haverás de viver em mim,
tal qual os peixes no grande mar...
Quais madrugadas misteriosas e silentes,
buscando mansamente o dia chegar!
Haverás de viver feito as aves,
que voam ao céu fugitivas...
O sol que humildemente busca o poente,
para que a noite se cubra vida!
Eternamente feito a lua a beijar
o grande lago...
Sempre assim e cá dentro de mim, docemente,
tal sereno adormecido nos cravos!
Haverás de viver em mim sem tempo...
Como vivem as chuvas livremente!
Qual estrelas no cosmo, olhos do mundo,
49. a brilharem no firmamento...
Quando esta vida me calar e
a morte chegar com toda aspereza...
Serei toda a saudade que ficar,
tal qual foste para mim todo amar,
a própria natureza!
06/6/2011
HAVEREI...
Rose Mori
Haverei de estar em ti
como a água que brota da fonte,
saciando o tempo de tua sede...
Haverei de estar em ti
como um fogo ardente
que não se extingue jamais...
Haverei de estar em ti
como o ar que respiras
e que refrigera tua alma...
Haverei de estar em ti
como a raiz do grande carvalho
que te abriga do sol inclemente...
E se um dia a vida te calar,
ainda assim,
haverei de estar em ti,
como a terra que te receberá...
Haverei de estar em ti
hoje e eternamente,
como a própria natureza.
06/06/2011
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50. Foste Tudo...
Não Foste Nada...
Emília Possídio
Foste silêncio nas longas esperas,
pergunta sem resposta (presa) ao coração,
obra inacabada ultrapassando eras
esquecida na estante da ilusão.
Foste tristeza nos jardins do mundo,
onde a açucena não pariu a flor
e o sorriso, num rosto moribundo,
perdeu-se na noite, morreu sem cor.
Foste incerteza em caminhos duros,
dúvida...Quisera eu - fosses verdade!
Foste nuvem vagando nos escuros
das noites sem nenhuma claridade.
Foste solidão, campo abandonado,
fenecer do amarelo dos trigais
impedidos de crescer no prado,
por teus passos sem rumo e marginais.
Foste tudo, naquela madrugada,
mas não ouviste o som dos madrigais!
51. (Emília Possídio)
Recife (Pe) - Brasil
Glosa de Lêda Mello
Mote:
Foste silêncio nas longas esperas,
pergunta sem resposta (presa) ao coração,
obra inacabada ultrapassando eras
esquecida na estante da ilusão.
GLOSA:
Vieste à minha vida e te fiz senhor,
Tudo te dei no nada das quimeras.
Eu fui palavra expressando amor,
Foste silêncio nas longas esperas.
Nesse intervalo de uma vida inteira,
Do tudo que sonhei foste a fração,
Elo perdido n'alma prisioneira,
Pergunta sem resposta (presa) ao coração.
Trecho de um livro que não foi escrito,
Gotas de chuva em céus de primaveras,
Tela esquecida no tempo infinito,
Obra inacabada ultrapassando eras.
Do tudo que sonhei, sincero e franco
E dei abrigo no meu coração,
Restou o nada de uma folha em branco
Esquecida na estante da ilusão.
(Lêda Mello)
Arapiraca (AL) - Brasil
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52. FLORESCER
Mercília Rodrigues
A margem do rio cobre-se de flores.
Exalam perfumes, talvez por gratidão.
Belezas anônimas medradas em cores,
São, por certo, o amor na imensidão!
Permanecem em ciclo quase ínfimo,
Mas derramam no solo a semente,
Morrem na terra, em louvor íntimo,
Para renascer florzinha humildemente!
Por que temos um olhar impuro?
Por que nossa mente é obscura?
Somos almas pelo Pai criadas,
Para galgar cada patamar da altura.
Também fechamos a porta da estrada,
Levando em nossa bagagem de aprendiz.
Errar e aprender muito,
Mas é com pouco que se é feliz!
merciliarodriguesmarques@gmail.com
53. SIMPLIFICAR
Lêda Mello
Vejo o rio, na mansidão das suas águas.
Segue, sem pressa, para o seu destino,
Na certeza de que há um berço de mar
Esperando para o acolher e acalentar.
Observo as flores do jardim.
Simples ou nobres... Não importa.
Não importa a cor, o formato, o perfume.
São, igualmente, belas, na harmonia de quem sabe
Que as diferenças se completam.
Passeio entre os irmãos de caminhada.
Não temos tempo para enxergar o outro,
Não há o espaço do olhar para dentro de si.
Não há tempo...
Apressados para chegar (aonde?),
Não olhamos, não enxergamos, não vivemos.
Não aprendemos com a sabedoria do rio
Ou com a harmonia das flores.
Buscamos no emaranhado do complexo
O que só será encontrado na simplicidade.
E somente chegados à última curva do caminho,
Ao lançarmos um olhar ao que ficou para trás,
Percebemos quanta vida foi gasta sem proveito.
Basta-nos tão pouco para sermos felizes!
Arapiraca (AL) - Brasil
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54. Não sei.....
Sylvia Cohin
(uma alusão a nossos papos inesquecíveis...)
Não sei se penso ou se digo,
mas sinto...
Não sei se quero ou desdenho,
não minto...
Do morse de meus dedos
voejam segredos.
Escondem-se entre linhas,
espaços brancos que recheio...
São traços, são bainhas,
pespontos onde chuleio
pensamento ou devaneio...
Não sei se devo...
Devia?
Que respondam os meus dedos
esses cofres que sem medos
Afoitos ou reservados...
55. Insolentes destemidos...
Costuram tantos 'tecidos'
que exprimindo-se agitados,
Falam do que eu nem sabia...
Brasil, 17.11.2008
TAMPOUCO SEI
Vou duetar... nem sei se devo
pois virou moda... só aludo
a sentença : dueto proibido.
Teimosa, antecipo... escrevo
mas o segredo não desnudo
quando se proíbe...vira querido.
Assim, só enviarei... quase do prelo
versos do Não Sei... mas só cuido
ressaltar tudo que tem de belo!
Gui Oliva
(em novembro/08 – julho/12)
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56. A Lágrima!
Carmo Vasconcelos
Não sei por que uma lágrima rolou,
teimosa e repentina plo meu rosto,
se na minha alma mora um sol de agosto
e no meu peito um amor que despontou…
Por que tal emoção me transtornou
tal uma iluminura de sol-posto?
Se em vez de partitura de desgosto,
foi um concerto de anjos que chegou…
E nesse acorde de harpas promissor,
foi como o mundo então rodasse em cor,
alagando os meus olhos por te ter…
E a lágrima incontida transbordou,
e de ânsias liquefeita deslizou,
buscando os beijos teus para a sorver!
`
Carmo Vasconcelos
Lisboa/Portugal
27/Outº/2012
57. Tua lágrima
Zéferro
A lágrima que rola em belo rosto
É pérola que cai qual uma dádiva
E tú que és o meu sol de agosto
Trouxeste-me ventura em um átimo
Porque tu és o meu farnel de flores
Encantas minha vida qual jardim
E Deus o criador de mil amores
Guardou deles o mais belo pra mim
Tu és minha certeza de ventura
Meu remanso de paz e de harmonia
Me trazes tanto amor tanta doçura
Que só posso te dar minha poesia
Tua lágrima veio ao meu peito
E fez de mim dos deuses o eleito
Zéferro,
4-jul-13
S. Paulo – Brasil
http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/CV-Enlaces.htm
http://www.carmovasconcelos-fenix.org/Enlaces/J-F-%20MARQUES_ZE-FERRO/CV-
Enlaces-JFM6.htm
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58. A NAU QUE NAVEGUEI
Odir Milanez
A nau, em que me fiz navegador
no mar dos menestréis do nunca mais,
encalhou nos calhaus do chão do cais,
devastada das ondas ao fragor.
Só meus versos restaram, sem valor.
Sequer o vento os viu nos vendavais.
Nem mesmo as ondas, rudes nos caudais,
ouviram minha voz cantando amor.
A nau que naveguei eis destruída.
Pereceram meus sonhos no porão.
Dos velames ventosos, tristes troços...
Aos sonetos sensuais a que dei vida,
só vestígios inversos, sem razão.
Como dói ver meus versos em destroços!
JPessoa/PB
13.07.2013
oklima
59. A NAU QUE NAVEGUEI
Eugénio de Sá
Da minha nau, resta a quilha na lama
E uns quantos pedaços arqueados
Das côncavas cavernas dos costados,
Nada que lembre o que lhe deu a fama.
Com ela naveguei, tendo a bombordo
Toda a costa africana ocidental
Depois de haver deixado Portugal
O meu reino adorável que recordo.
Fui ressumando versos na amurada
No coração; a saudade da amada
No horizonte; o olhar deslumbrado.
Todas as tardes, no castelo da popa
Sempre pousava uma branca gaivota
Na espera de escutar o som de um fado.
Sintra, Portugal
14.07.2013
Podes ser lindo ou medonho
Mar salgado e infinito
Mas fazes parte do sonho
Desse sonho tão bonito!
E.Sá
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