3. TRANSTORNO DE PÂNICO (TP)
Você pode imaginar o que é sentir isto ?
• "De repente os olhos embaçaram, eu fiquei tonto, não conseguia
respirar, me sentia fora da realidade, comecei a ficar com pavor
daquele estado, eu não sabia aonde ia parar, nem o que estava
acontecendo...“
• " ...era uma coisa que parecia sem fim, as pernas tremiam, eu não
conseguia engolir, o coração batendo forte, eu estava ficando cada
vez mais ansiosa, o corpo estava incontrolável, eu comecei a
transpirar, foi horrível..."
• "Depois da primeira vez eu comecei a temer que acontecesse de
novo, cada coisa diferente que eu sentia e eu já esperava... ficava
com medo, não conseguia mais me concentrar em nada... deixei de
sair de casa, eu não conseguia nem ir trabalhar."
4. Quais são os aspectos históricos do TP?
A ideia de transtorno de pânico pode ter suas
raízes no conceito de síndrome do coração
irritável, que o médico da Jacob Mendes
DaCosta (1833-1900) observou em soldados
da guerra civil americana.
5. O que é Transtorno de Pânico (TP)?
O transtorno de pânico (TP) é caracterizado
por ataques súbitos de ansiedade, onde sintomas
somáticos se desenvolvem abruptamente e há
uma preocupação permanente com sua
recorrência (APA, 1994 apud AMB, 2012, p. 3).
É uma condição incapacitante, associada a
consequências negativas a longo prazo, como
perda de produtividade, bem-estar, contato
social e autorrealização, além de levar a um
grande consumo de recursos médicos
(MARCINIAK et al, 2004 apud AMB, 2012, p. 3)
6. Qual a etiologia do TP?
Fatores biológicos
Fatores genéticos
Fatores psicossociais
8. E as co-morbidades?
Transtornos de ansiedade também
ocorrem com frequência em
indivíduos com transtorno de pânico e
agorafobia.
De 15 a 30% têm fobia social;
2 a 20% têm fobia específica;
15 a 30% têm transtorno de ansiedade
generalizada;
2 a 10% têm transtorno de estresse
pós-traumático;
e até 30%, transtorno obsessivo-
compulsivo.
9. Quais os sintomas?
• Ir parar ao hospital porque pensou que
estava a ter um ataque cardíaco;
• Medo de parar de respirar porque tem um
aperto no peito e a respiração irregular;
• Medo de dirigir e ficar parada no trânsito,
numa ponte ou num sinal vermelho;
• Medo de perder o controle e ficar maluca;
10. Como é realizado o diagnóstico?
• A ocorrência de um ataque de pânico não configura a instalação do
transtorno de pânico. De acordo com o DSM-IV (1995) e o CID- 10
(1996), a característica mais importante para incluir os ataques no
diagnóstico desse transtorno é que estes devem aparecer de forma
inesperada, desvinculados de exposição a situações que quase
sempre causam angústia
• De acordo com o CID-10, o transtorno de pânico deve ser o
diagnóstico principal somente na ausência de quaisquer das fobias
em F40 (agorafobia, fobia social e fobia específica)
11. Como é realizado o diagnóstico?
• Diagnóstico diferencial: Transtorno de
pânico deve ser distinguido de ataques de
pânico ocorrendo como parte de
transtornos fóbicos estabelecidos, como
já ressaltado: Ataques de pânico podem
ser secundários a transtornos
depressivos, particularmente em homens,
e se os critérios para um transtorno
depressivo são preenchidos ao mesmo
tempo, o transtorno de pânico não deve
ser firmado como o diagnóstico principal.
12. QUAIS OS CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO?
Critérios para o diagnóstico do TP segundo o DSM- IV
Período de intenso medo e desconforto, em que quatro ou mais dos
seguintes sintomas se desenvolvem e atingem seu pico em 10 minutos:
• Falta de ar (dispneia) ou sensação de asfixia;
• Vertigem, sentimentos de instabilidade ou sensação de desmaio;
• Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado (taquicardia);
• Tremor ou abalos;
• Sudorese;
• Sufocamento;
• Náuseas ou desconforto abdominal;
• Despersonalização ou desrealização;
• Anestesia ou formigamento (parestesias);
• Ondas de frio e calor;
• Dor ou desconforto no peito;
• Medo de morrer;
• Medo de enlouquecer ou cometer ato descontrolado;
13. Como se dá o tratamento? E o papel do Psicólogo?
• O tratamento pode ser realizado
através de psicoterapia e/ou
psicofármacos tais como o
alprazolam (Frontal) e a paroxetina
(Aropax)
• Medicamentos antidepressivos:
Fluoxetina (Prozac) e Sertralina
(Zoloft)
14. A psicoterapia
A TCC tem como objetivo: 1) Primeiramente,
fazer uma avaliação das ocorrências dos
ataques de pânico espontâneos ou situacionais,
freqüência, estímulos desencadeantes,
pensamentos disfuncionais, esquivas fóbicas e
possíveis dificuldades decorrentes do quadro.
2) Fornecer informações clínicas sobre o
problema (influências biológica e psicológica) e
esclarecer o papel da ansiedade no dia-a-dia
das pessoas, assim como da importância dos
medicamentos. Essas informações facilitam a
adesão ao tratamento, pois o paciente sente-se
compreendido, amparado, podendo assim ter
maior confiança na pessoa do terapeuta. 3)
Utilizar estratégias para lidar com a crise, tais
como: 3.1) Treino respiratório; 3.2)
Relaxamento.