O documento discute as formas de relativas no português, especificamente a relativa cortadora. Apresenta exemplos dessa variante em colunas do jornalista Tostão e dados de pesquisas que mostram seu crescimento ao longo do tempo, passando de pouco usual no século 18 para predominante no século 19. Também observa que essa variante ocorre em diferentes níveis de linguagem e regiões, não se restringindo ao português rural ou popular.
3. 1 – (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: CGE-MA, Prova:
Auditor).
Assinale a alternativa em que os vocábulos sublinhados apresentam o
mesmo valor semântico.
A. “Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem
um defeito que as condenava”. / “Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua
utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião...”.
B. “A primeira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois,
foi inventada por sir Thomas Morus em 1516”. / “O governo seria exercido por um
príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse alguma tendência para a
tirania...”
C. “Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais
especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um
renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo”
D.“Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia dois escravos para cada família,
recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra”.
E.“Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível”.
5. 2 – (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP,
Prova: Escrivão de Polícia).
O termo destacado na passagem do primeiro parágrafo – Mesmo
com tantas opções, ainda há resistência na hora da compra. – tem
sentido equivalente a:
A. impetuosidade.
B. empatia.
C. relutância
D. consentimento.
E. segurança.
7. 3 - ( Português Morfologia, Ano 2014, Banca: Vunesp, Órgão:
PC-SP, Prova: Escrivão da Polícia).
Em ambas as falas do personagem, o termo para apresenta a
noção de:
A. conformidade.
B. proporção.
C. alternância.
D. finalidade.
E. quantidade.
9. 4 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESPE, Órgão:
SUFRAMA, Prova: Nível Superior).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima,
julgue o item seguinte.
O adjetivo “extraordinária” (l.8) está empregado com o mesmo sentido
que na seguinte frase: Hoje haverá plantão extraordinário.
qCerto
q Errado
11. 5 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FCC, Órgão: TRT
- 2ª REGIÃO (SP), Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária).
Análise da correlação entre frases do texto evidencia que,
A. (linhas 23 a 25) em ao passo que, uma vez livres, cada um no seu próprio
interesse colaborava [...] para o triunfo do empreendimento coletivo, a locução
destacada equivale a "enquanto", exprimindo oposição.
B. (linhas 30 a 32) em as forças armadas de um país não eram compostas de
mercenários, nem combatiam por um príncipe, a inserção da conjunção "e"
antes da conjunção destacada determinaria que as ideias expostas tivessem o
mesmo peso na argumentação, o que não ocorre com a formulação original.
C. (linha 32 e 33) em mas eram formadas de homens livres e iguais, a conjunção
destacada tem valor consecutivo.
D. (linhas 20 e 21) em livres, porém, da tirania, sua superioridade foi manifesta, o
deslocamento da conjunção para o início da frase altera significativamente o
sentido original.
E. (linhas 22 e 23) em pois labutavam para um senhor, a conjunção equivale a
"quando".
13. 6 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FCC, Órgão: TRT - 2ª REGIÃO
(SP), Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa).
Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...], sentiu que era a hora
de formar seu própriogrupo.
Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinha uma carreira..." e fiel
ao sentido original,deve gerar o seguinte elo entre as orações:
A. De maneira que.
B. Por isso.
C. Mas.
D. Embora
E. Desde que.
15. 7 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESPE, Órgão: Polícia Federal,
Prova: Agente Administrativo).
Considerandoas ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens:
Os termos “Lá” (l.9) e “cá” (l.10) são utilizados como recursos para expressar
circunstância de lugar, o primeiro referindo-se a “outras partes do mundo”
(l.8) e o segundo, ao Brasil.
q Certo
q Errado
17. 8 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP,
Prova: Oficial Administrativo).
O termo destacado na frase – No mundo das sociedades científicas
de então, os pesquisadores elucubravam, mas não sabiam fazer
coisas, não conheciam a manufatura. – pode ser corretamente
substituído, mantendo-se a relação de sentido estabelecida, por:
A. Nem.
B. Portanto.
C. Porém.
D. Assim.
E. Pois.
19. 9 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP,
Prova: Oficial Administrativo).
Em – Você podia me dar os 25 centavos agora e evitar a humilhação
depois! –, os termos destacados expressam, respectivamente,
circunstâncias de:
A. Afirmação e de afirmação.
B. Intensidade e de afirmação.
C. Tempo e de tempo.
D. Modo e de causa.
E. Tempo e de modo.
21. 10 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP,
Prova: Oficial Administrativo).
Considere os trechos:
“Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar
respostas”…
Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-
formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento...
A. Sobre; após.
B. Sob; em.
C. Por; com.
D. Para; a respeito de.
E. Perante; entre.
22. 11 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP,
Prova: Oficial Administrativo).
Assinale a alternativa em que a palavra/expressão destacada tem sentido
equivalente ao do termo destacado no trecho:
Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um
diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do
IBGE.
A. Os novos profissionais podem atender às necessidades do mercado,
desde que se proponham a continuar adquirindo conhecimento.
B. Alguns profissionais recém-formados têm dificuldades para associar
informações, de acordo com os empresários.
C. Os empresários buscam os profissionais mais qualificados, uma vez que
há muitos recém-formados em busca de trabalho.
D. Os novos profissionais querem ser reconhecidos e valorizados, embora
tenham dificuldades para desempenhar suas funções.
E. Profissionais recém-formados têm pressa para entrar no mercado de
trabalho, ainda que não estejam realmente preparados.
24. 12 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESGRANRIO, Órgão: Banco
do Brasil, Prova: Escriturário).
No fragmento “fazer um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer
algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visitar um vulcão ativo” (l
16-18), são palavras de classes gramaticais diferentes:
A. “praia” e “ativo”
B. “venenoso” e “exótico”
C. “baiacu” e “nudismo”
D. “ativo” e “exótico”
E. “safári” e “vulcão”
25. 13 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FUMARC, Órgão: AL-MG,
Prova: Enfermeiro).
Assinale a alternativa em que a substituição da preposição em destaque pela
dos parênteses implique erro.
A. O nome do Diretor Financeiro não constou na ata. (de)
B. Depois que me aposentar, pretendo ir para o exterior. (a)
C. É de Robert Frost a afirmativa de que o júri consta de doze pessoas
escolhidas para decidirem quem tem o melhor advogado. (em)
D. Ainda não temos confirmação da organização do congresso, mas, se
tudo der certo, vamos a Estocolmo nas próximas férias de julho.
(para)
26. SEMPRE AS RELATIVAS
1º § Tostão, o que foi jogador de futebol,
abandonou a carreira por causa de problemas
em seu olho, fruto de uma bolada. Estudou
medicina, psicanálise, foi professor.
Abandonou esta nova carreira há uns dez anos
(ou mais?) para tornar-se comentarista
esportivo (na TV), espaço que também
abandonou. Há alguns anos é colunista da
Folha, que o publica duas vezes por semana.
2º § Na coluna de 13/10/2013, afirma sobre si
mesmo que é um colunista que foi jogador,
não um jogador que se tornou colunista. E se
queixa de que tem gente que não entende.
3º § Analisa futebol. De vez em quando, cita
poemas e evoca a psicanálise. Alguns o
consideram um estilista da língua, outros
elogiam sua perspicácia, incluindo sua análise
estranha do idiomatismo “correr atrás do
prejuízo”, que ele acha um erro, porque
ninguém faria isso, isto é, correr atrás do
prejuízo. Mas isso é argumento? Mas esqueceu
que se trata de um idiomatismo. Também não
chove a cântaros e ninguém bate um papo,
literalmente.
4º § Sem dúvida, Tostão é uma boa fonte para
o português culto de hoje. É um representante
da cultura e escreve profissionalmente. Com
um viés regional, claro, mas uma língua falada
em território(s) tão extenso(s) há de ter vários
padrões.
5º § Uma de suas marcas é a ausência dos
pronomes em casos como “formei em
medicina”. Não tenho certeza absoluta (isto é,
não disponho de dados quantitativos), mas
diria que Minas - em algumas regiões, pelo
me- nos - é onde esta variante inovadora está
mais assentada. E é culta, não apenas popular,
como se poderia pensar. Tanto que Tostão a
emprega em suas colunas.
6º § Outra marca que se espalha cada vez
mais, e que está firme em Minas (mas não só
lá) é a chamada relativa cortadora. Tostão
forneceu bons exemplos em sua coluna de
9/10/13, na mesma Folha (Esporte, p. D4).
Escreveu:
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
27. 7º § “Parafraseando o poeta (ele cita muito
Fernando Pessoa), “Tabacaria” pode não ser o mais
belo poema da literatura universal, mas é, para mim,
o mais belo, pois é o que mais gosto”. Depois: “Já o
Cruzeiro não é o mais belo time do Brasileiro
somente porque é o time que mais gosto e que
tenho mais laços afetivos”.
8º § Cortadora é a adjetiva que elimina a
preposição. Em vez das formas “de que mais gosto”
e “com que / com o qual tenho mais laços”, ocorrem
as formas “que mais gosto” e “que tenho mais
laços”.
9º § Uma observação importantíssima: quem usa
essas formas não diz “gosto isso” (diz “gosto disso”)
nem “tenho ele mais laços afetivos” (diz “com o qual
tenho…”). Ou seja: a queda da preposição só ocorre
nas relativas. É uma regra sofisticada!
10º § Já se pensou que esta variante ocorria apenas
ou predominantemente nas regiões rurais. Mas ela
se espalha cada vez mais. Tarallo (A pesquisa
sociolinguística, São Paulo, Ática) pesquisou a
ocorrência das relativas desde 1725. Quantificou a
ocorrência das diversas formas e descobriu que a
cortadora ocorria muito pouco em 1725. Sua
presença nos documentos foi aumentando
paulatinamente até 1825. Desde então, cresce
vertiginosamente: sua ocorrência é de cerca de 70%
já em 1880!
11º § É evidente, mas é bom anotar, que os dados
analisados por Tarallo são todos de língua escrita. E
é provável que os números fossem mais altos na
língua falada também naquele tempo, como são
claramente hoje.
12 º § As outras relativas, além da cortadora, são a
ainda considerada padrão (do tipo “o time de que
mais gosto”) e a que retém o pronome pessoal -
como se redobrasse o nome retomado por “que” ou
“qual” (como em “o time que mais gosto dele”).
13º § A história da língua revela, quase sem
exceções, que, para cada alternativa (variante),
existe documentação antiga. Ou seja, praticamente
não se inventa nada quando parece que se “criam”
novas formas de falar. Dizendo melhor: quando
parece que se cria alguma forma nova, ou ela é
velha ou resulta da aplicação de uma regra antiga.
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
28. 14 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FUMARC, Órgão: AL-MG,
Prova: Consultor Legislativo).
Considerando as relações de sinonímia propostas para os termos acima,
dado o contexto de sua utilização pelo autor, pode-se dizer que são
CORRETAS:
A. I, II e III.
B. I, II e IV.
C. I, III e IV.
D. II, III e IV
30. 15 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FUMARC, Órgão: AL-MG,
Prova: Consultor Legislativo).
Em todas as alternativas, a construção em destaque tem o mesmo valor que
“em que pese”, EXCETO:
A. O projeto não prosperou, posto que, além de inconstitucional, não
atendia às demandas dos moradores da região.
B. Verificam-se, no que diz respeito à distribuição de renda, muitos
avanços, os quais, não obstante todas as críticas, devemos
reconhecer.
C. Acabou estudando Letras, posto que, durante toda a sua vida
escolar, tivesse tido mais interesse pelas ciências físicas e biológicas.
D. Nada obstante a previsão contida no art. 7 º, inc. IX, da Lei no
8.906/94, a sustentação oral é uma das ferramentas mais efetivas ao
alcance do advogado nos dias atuais.
31. A bruxa nos relógios
Vou me concentrar no possível: os afetos, o trabalho, a vida. Então falo aqui de um
tema que me fascina, sobre o qual já tenho refletido muito.
Quando criança, eu achava que no relógio de parede do sobrado de uma de minhas
avós, aquele que soava horas, meias horas e quartos de hora que me assustavam nas madrugadas
insones em que eu eventualmente dormia lá, morava uma feiticeira que tricotava freneticamente,
com agulhas de metal, tique-taque, tique-taque, tecendo em longas mantas o tempo de nossa
vida.
Nessas reflexões mais uma vez constatei o que todo mundo sabe: vivemos a idolatria
da juventude – e do poder, do dinheiro, da beleza física e do prazer. Muitos gostariam de ficar
para sempre embalsamados em seus 20 ou 30 anos. Ou ter, aos 60, “alma jovem”, o que acho
discutível, pois deve ser melhor ter na maturidade ou na velhice uma alma adequada, o que não
significa mofada e áspera.
A maturidade pode ter uma energia muito boa, pensamento e capacidade de
trabalho estão no auge, os afetos mais sólidos, a capacidade de enfrentar problemas e
compadecer-se dos outros mais refinada. Passada (ou abrandada) a insegurança juvenil, é
possível desafiar conceitos que imperam, limpar o pó desse uniforme de prisioneiros, deixar de
lado as falas decoradas, a tirania do que temos de ser ou fazer. Pronunciar a nossa própria alforria:
vai ser livre, vai ser você mesmo, vai tentar ser feliz.
Portas continuam se abrindo: não apenas sobre salas de papelão pintado, porém
sobre caminhos reais. Correndo pela floresta das fatalidades, encontramos clareiras de construir.
De se renovar, não importa a cifra indicando a nossa idade. E sempre que alguém resolver não
pagar mais o altíssimo tributo da acomodação, mas dar sentido à sua vida, verá que a bruxa dos
relógios não é inteiramente má. E vai entender que o tempo não só nega e rouba com uma das
mãos, mas também, com a outra, oferece – até mesmo a possibilidade de, ao envelhecer, alargar
ainda mais as varandas da alma.
(Lya Luft. Revista Veja, edição 2344, 23.10.2013. Adaptado)
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
32. 16 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: EMPLASA,
Prova: Assistente Administrativo).
Considerando a relação que a conjunção pois estabelece entre as orações, o
sentido do trecho do texto (com cortes) – … ter, aos 60, “alma jovem”, acho
discutível, pois deve ser melhor ter na maturidade uma alma adequada… –,
está mantido em:
A. À proporção que deve ser melhor ter na maturidade uma alma
adequada, acho discutível ter, aos 60, “alma jovem”.
B. Embora deva ser melhor ter na maturidade uma alma adequada,
acho discutível ter, aos 60, “alma jovem”.
C. Deve ser melhor ter na maturidade uma alma adequada, no entanto
acho discutível ter, aos 60, “alma jovem”.
D. Acho discutível ter, aos 60, “alma jovem”, porque deve ser melhor
ter na maturidade uma alma adequada.
E. Acho discutível ter, aos 60, “alma jovem”, portanto deve ser melhor
ter na maturidade uma alma adequada …
33. 17 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: EMPLASA,
Prova: Assistente Administrativo).
No trecho – … morava uma feiticeira que tricotava freneticamente, com
agulhas de metal, tique-taque, tique-taque…, (2.º parágrafo) – a palavra
destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido do texto, por
A. Tranquilamente
B. Compassadamente
C. Rudemente
D. Agitadamente
E. Resignadamente
34. Tablets indicam a policiais onde ocorrem os crimes
Com um ou dois cliques nos tablets das viaturas da Polícia Militar ou nos
computadores das delegacias, os policiais de São Paulo podem agora visualizar, sem qualquer
dúvida, os crimes cometidos nas áreas em que eles atuam – ou em qualquer outra do Estado.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) implementou o sistema e está treinando os
policiais para seu uso. A ferramenta permitirá cobrar resultados no combate ao crime de forma
muito mais concreta do que antes e representa um crescimento na ênfase à inteligência e à
gestão.
Ao contrário do que o nome comprido sugere, o Relatório A. G. de Segurança Pública
(Regisp) veio simplificar a vida de policiais, delegados e oficiais da PM que queiram saber o que
está acontecendo em sua área, com informações sobre o momento e o lugar exatos das
ocorrências. O que ficará mais difícil será explicar por que em determinada rua não havia
policiamento em certa hora que o sistema já tiver mostrado ser de maior incidência dos crimes.
Os dados, baseados nos boletins de ocorrência e na central de ligações da PM, já
estavam disponíveis, mas eram de acesso e leitura complicados. Geravam tabelas pouco
amigáveis para quem não é versado em estatística. Agora, o sistema produz, com nitidez, mapas
com cores, que vão do amarelo ao vermelho, de acordo com a incidência dos crimes.
Também há balões sobre cada rua, com o número de ocorrências dentro. Clicando
neles, o policial vê os detalhes de cada ocorrência. O Regisp é restrito à intranet da SSP.
Atualmente, os bancos de dados das polícias civil e militar de forma alguma
conversam entre si. Isso acarreta precariedade operacional, já que o que uma polícia sabe a
respeito de um mesmo crime pode ser desconhecido da outra. O secretário Fernando Grella, no
entanto, disse a jornalistas que os bancos de dados serão unificados dentro de um a dois meses.
O Estado inteiro passará a trabalhar com a mesma ferramenta. Elimina a pessoalidade, o
voluntarismo – ou a ausência dele.
(Lourival Sant’Anna. http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,tablets-indicam-a-policiais-
onde-ocorrem-os-crimes,1087905,0.htm 20.10.2013. Adaptado)
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
35. 18 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: EMPLASA, Prova:
Assistente Administrativo).
Observe as passagens do texto:
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) implementou o sistema e está treinando os
policiais paraseuuso.(2.º parágrafo)
Agora, o sistema produz, com nitidez, mapas com cores, que vão do amarelo ao
vermelho...(4.º parágrafo)
As locuções adverbiais para seu uso e com nitidez expressam,
respectivamente, circunstâncias de:
A. Consequência; modo.
B. Causa; intensidade.
C. Finalidade; modo.
D. Causa; modo.
E. Finalidade; consequência.
36. 19 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: EMPLASA, Prova:
Assistente Administrativo).
Comer ___________ de nozes, castanhas, amêndoas e outras sementes oleaginosas todos os
dias pode ser um dos segredos para a longevidade dos ___________ . Um estudo feito nos
Estados Unidos descobriu que pessoas que ___________ esse hábito desfrutam ___________
uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca consomem esses alimentos. (...) A
pesquisa foi publicada nesta quinta-feira na revista The New England Journal of Medicine.
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comer-nozescontribui-com-a-longevidade 21.11.2013)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do texto, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.
A. porções... cidadãos ...mantêm... De
B. porções...cidadões...mantêm...por
C. porçãos...cidadãos...mantêm...a
D. porções...cidadãos...mantem...de
E. porçãos...cidadões...mantem...por
37. 20 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: EMPLASA, Prova:
Assistente Administrativo).
Malala vem fazendo campanha pelos direitos das meninas ______________ educação desde os
11 anos, quando começou _____________ escrever um blog para a BBC sobre a vida das
meninas e mulheres no Paquistão sob o regime Taleban. Personalidades do mundo inteiro uniram-
se ____________ líderes mundiais que elogiam Malala devido ___________ coragem que a
caracteriza.
(http://www.cartacapital.com.br/sociedade/jovens-heroinasajudam- a-redefinir-a-infancia-como-
uma-situacaode- forca-7401.htm 25.10.2013. Adaptado)
Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase
devem ser completadas, correta e respectivamente, por:
A. à...à...a...a.
B. a...à...a...à
C. à...a...à...a.
D. à...a...a...à.
E. a...a...à...à.
39. 21 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FCC, Órgão: TRF - 3ª REGIÃO, Prova:
Técnico Judiciário - Área Administrativa).
Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que
estivessem longe da zona de perigo. (6oparágrafo)
Sem prejuízo para o sentido original e a correção gramatical, o elemento grifado
acima pode ser substituído por:
A. Embora;
B. Entretanto;
C. Portanto;
D. Onde;
E. Por isso.
40. A dor, juntamente com a morte, é sem dúvida a experiência humana mais
bem repartida: nenhum privilegiado reivindica ignorância em relação a ela
ou se vangloria de conhecê-la melhor que qualquer outro. Violência nascida
no próprio âmago do indivíduo, ela dilacera sua presença e o esgota,
dissolve-o no abismo que nele se abriu, esmaga-o no sentimento de um
imediato sem nenhuma perspectiva. Rompe-se a evidência da relação do
indivíduo consigo e com o mundo.
A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo
enquanto goza de boa saúde, confiante em seus recursos, esquecido do
enraizamento físico de sua existência, desde que nenhum obstáculo se
interponha entre seus projetos e o mundo. De fato, na vida cotidiana o
corpo se faz invisível, flexível; sua espessura é apagada pelas ritualidades
sociais e pela repetição incansável de situações próximas umas das outras.
Aliás, esse ocultar o corpo da atenção do indivíduo leva René Leriche a
definir a saúde como “a vida no silêncio dos órgãos”. Georges Canguilhem
acrescenta que ela é um estado de “inconsciência em que o sujeito é de seu
corpo”.
(Adaptado de: BRETON, David Le. Antropologia da Dor, São Paulo, Editora
Fap-Unifesp, 2013, p. 25-6)
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
41. 22 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FCC, Órgão: TRF - 3ª REGIÃO, Prova:
Analista Judiciário - Informática).
... esse ocultar o corpo da atenção do indivíduo... ... definir a saúde como “a vida no
silêncio dos órgãos”. (final do texto)
Os segmentos acima expressam, respectivamente,
A. Consequência e finalidade.
B. Condição e necessidade.
C. Consequência e condição
D. Causa e finalidade.
E. Causa e decorrência.
42. Valores democráticos
Deu no Datafolha: para 62% dos brasileiros, a democracia “é sempre melhor que
qualquer outra forma de governo”. Folgo em saber que a imagem da democracia vai bem,
mas a frase é verdadeira?
Eu não faria uma afirmação tão forte. Como Churchill, acho melhor limitar a
comparação ao universo do conhecido. “Ninguém pretende que a democracia seja perfeita
ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais
que têm sido experimentadas de tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.
Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num valor religioso. Ela deve ser
defendida por suas virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.
Já desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto mais avançamos
no conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras
de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas
escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, de modo geral,
são os marqueteiros que têm a vantagem.
Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A
democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem
bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão
em operação, como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que
eles reduzam a eficiência econômica.
Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões
erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das controvérsias, ela
oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de forma
institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o
histórico de nossa espécie, isso não é pouco.
(Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
TEXTOPARAPRÓXIMAQUESTÃO
43. 23 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: FGV, Órgão: AL-BA, Prova: Técnico de
Nível Superior - Economista).
Em todos os segmentos a seguir, há formas de graus de adjetivos, à exceção de um.
Assinale-o.
A. “...a democracia ‘é sempre melhor que qualquer outra forma de
governo’”.
B. “Eu não faria uma afirmação tão forte”.
C. “...acho melhor limitar a comparação ao universo do
conhecido”.
D. “Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo...”
E. “...descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar...”
45. 24 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: IADES, Órgão: UFBA, Prova: Nível
Médio).
Acerca do processo de formação de palavras, é correto afirmar que a palavra
“antecedência” (linha 9) é formada por derivação
A. Imprópria
B. Regressiva
C. Sufixal
D. Prefixal
E. Parassintética
46. 25 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: Gestão de Concursos, Órgão: IF-SP,
Prova: Administrador).
Considerando a norma padrão, assinale a alternativa em que as preposições foram
empregadas CORRETAMENTE.
A. Todos sabem disso, mas as atitudes das pessoas não correspondem
com seu grau de conhecimento.
B. Atualmente, apenas 327 municípios dispõem de algum sistema
público de coleta de lixo.
C. Todos os eventos realizados no Estádio Nacional de Brasília seguem
rigorosamente às normas de segurança em vigor.
D. Hoje se sabe que o inconsciente responde o que chega ao cérebro
por meio das terminações nervosas do corpo.
48. 26 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESPE, Órgão: TC-DF, Prova: Auditor
de Controle Externo).
Julgue os itens a seguir, relativos a aspectos gramaticais e ideias desenvolvidas no
texto acima.
Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando”
(l.2) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito
milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro.
q Certo
q Errado
50. 27 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESPE, Órgão: TC-DF, Prova: Auditor
de Controle Externo).
Com relação aos aspectos sintáticos e semânticos do texto acima, julgue os itens
subsequentes.
Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir” (l.2), os termos
“interrogante” e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da
expressão seria mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do
porvirinterrogante.
q Certo
q Errado
52. 28 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: IADES, Órgão: CAU-RJ, Prova: Nível
Médio)
Considerando a classificação das palavras, é correto afirmar que, no trecho “Isso vindo
de um moleque que quer ir de carro a qualquer lugar mais longe que um quarteirão.”,
os vocábulos sublinhados classificam-se, respectivamente, em
A. conjunção, artigo, substantivo e advérbio.
B. pronome, artigo, advérbio e pronome.
C. conjunção, artigo, advérbio e advérbio.
D. pronome, preposição, substantivo e pronome.
E. pronome, preposição, pronome e advérbio.
54. 29 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: Gestão de Concursos, Órgão: IFN-MG,
Prova: Analista de Tecnologia da Informação)
Esse anúncio foi produzido para comemorar o Dia Mundial da Propaganda.
Empregaram-se no modo imperativo os seguintes verbos:
A. Investir e ver.
B. Ser e aparecer.
C. Esconder e ter.
D. Enfrentar e anunciar.
56. 30 - (Português Morfologia, Ano: 2014, Banca: CESPE, Órgão: MTE, Prova: Agente
Administrativo)
Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir.
No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo
de emprego” (l.16-17), seria mantida a correção gramatical caso se substituísse o
elemento “que” por a que, embora as relações entre os termos da oração fossem
alteradas.
q Certo
q Errado
58. Respostas
1. B
2. C
3. D
4. E
5. A
6. C
7. C
8. C
9. C
10. D
11. B
12. A
13. C
14. A
15. A
16. D
17. D
18. C
19. A
20. D
21. B
22. E
23. C
24. C
25. B
26. E
27. E
28. E
29. D
30. E