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LANTERNA MÁGICA Fonte: http://pipocacombo.virgula.uol.com.br/tag/henrique-marino/ “ Máquina que mostra, na escuridão, sobre uma parede branca, vários espectros e monstros horrorosos, de tal maneira que as pessoas que não lhe conheçam o segredo julgam que isto se faz por artes mágicas.” (Definição encontrada num dicionário de 1719)
Apresentação de  A Lanterna Mágica , Rio de Janeiro, 1944, p. 1.
 
Apresentação de  A Lanterna Mágica , Rio de Janeiro, 1944, p. 2.
 
Laverno e Belchior projetando Laverno: o nome é o mesmo pateta, a terminação faz a nacionalidade. Serei francês, sendo Lavernu; russo, Lavernoff; inglês, Lavernnçon; italiano, Lavernin; ou Lavernelli; polaco, Lavernoff...
Nada, nada de especuladores e garimpeiros, meus caros amigos, votem em homens independentes, em gente ativa; como o Dr. Luverno que é cá dos meus. As aves de rapina são as que sobem mais alto! Diz um moralista brasileiro.
Laverno: Como uma natureza cheia de vigor, uma construção que prometia quase uma eternidade foi esgotada, pela fúria sangrenta da alopatia! Cada lancelada, meu rico Sr., cada bicha que lhe aplicaram foram raptoras de um ano de existência, de venerável e útil existência de um honesto proprietário...
Laverno cantando: Se tu tens ó minha vida Um cosmorama* gostoso Sou Laverno, sou Tapuia, Sou de tudo curioso *conjunto de vistas, quadros dos mais diversos países, ampliados por instrumentos ópticos; instrumento que possibilita observar as vistas de modo ampliado.
Laver: Digo-te que o charuto tem a propriedade de [cancelar] as condições; não vês pai Mané Monjolo gozando por momentos do foro de Cavalheiro. Viva o século fumante.
Laver: O senhor de Lavernoff celebrado inventor da máquina de fazer velas de sebo impermeáveis, e incombustíveis, famoso inventor da receita de semear, e fazer nascer e amadurecer pepinos em vinte e quatro horas, bem conhecido aperfeiçoador, da máquina para fazer cálculos W.W.N. a quantos o presente verem cordialmente saúda.
Laverno: Não te aflijas, meu querido Belchior: cá tenho sempre diante dos olhos o teu mérito, os teus serviços: não desesperes: vejamos o que pode convir-te. Porventura na parte secreta da administração pública... Belchior: Oh! Espião de polícia, a ocupação na verdade não me quadrava mal. Há de ser divertido o andar: sabendo todas as misérias da vida alheia, e ter uma pressão a quem tudo se vá contar depois, já se sabe, com o interesseiro aumento, ou diminuição de circunstâncias, conforme o caso exigir. Mas o emprego terá suas despesas, seus perigos: nada, nada: ...
 
 
 
 
A Lanterna Mágica: drama em trezentos e sessenta e seis atos/ Representada durante a sucessão dos tempos no Teatro do Seco da Patuscada. A cena passa-se no Império do Brasil, dentro do signo do zodíaco.
Lanterna Mágica “ Máquina que mostra, na escuridão, sobre uma parede branca, vários espectros e monstros horrorosos, de tal maneira que as pessoas que não lhe conheçam o segredo julgam que isto se faz por artes mágicas.” Esta definição, encontrada num dicionário de 1719, ilustra bem o emprego que um outro apresentador de sombras, Robertson, iria fazer da lanterna mágica. Depois de se celebrizar com as suas ascensões a bordo de um balão cheio de gás, Robertson "apavorou" Paris, realizando nas ruínas de um convento o que ele chamava de "Fantasmagorias".
Estranhos espetáculos, sem dúvida: com a sua lanterna e um aparelho dos mais engenhosos, Robertson fazia aparecer espectros e fantasmas. Estas macabras fantasias estavam ainda longe do nosso cinema, mas, com elas, impunha-se já a idéia de um espetáculo tendo por base a projeção. O princípio desta lanterna consiste em fazer aparecer, em tamanho ampliado, sobre uma parede branca ou tela estendida num lugar escuro, figuras pintadas em tamanho pequeno, em pedaços de vidro fino, com cores bem transparentes.
O fantasmacópio nada mais era do que uma lanterna mágica montada sobre quatro rodas, permitindo afastar ou aproximar da tela, a fim de ampliar ou diminuir, à vontade, as figuras projetadas. Este aparelho trazia o movimento em profundidade que ninguém havia imaginado. Pensava-se até então que a arte das projeções se limitava a passar as imagens num movimento lateral, uma vez regulada a distância do objetivo com relação à tela de fundo. Com um "fantasmacópio", Robertson surpreendia os espectadores fazendo surgir sobre eles, personagens medonhos inspirando-lhes terror.  Graças ao seu engenhoso sistema, Robertson realizou espetáculos aos quais deu o nome de "fantasmagoria".
Estes espetáculos, que fizeram correr Paris inteira, aconteciam na capela do antigo convento dos Capuchinhos da praça Vendôme, onde o espectador só conseguia chegar após ter percorrido um longo trajeto nos corredores do velho mosteiro, decorados com pinturas estranhas e cobertos de tumbas e de lápides funerárias. Como feiticeiro, dotado de um certo talento de cineasta, Robertson fazia aparecer à vontade do espectro de Marat, os mais famosos decapitados da Revolução Francesa e monstros terrificantes. Ele lotou a sala durante vários anos sem nunca revelar os segredos de sua técnica.
O "fantasmacópio" não era visível à nenhum espectador: situava-se atrás de uma tela oleosa ou dissimulado em um canto da sala, para projetar seus fantasmas sobre nuvens de vapor provenientes de um caldeirão. De cada lado do "fantasmacópio", evoluíam os projecionistas, uma lanterna fixada no ventre para animar as superfícies da tela mais ou menos reduzidas, por projeções de pássaros estranho, morcegos e esqueletos inquietantes. Até 1830, este físico ilusionista encheu de prazer os amadores de emoções fortes, porém seu sucesso deu a outros a idéia de criar espetáculos. Foi assim que nasceu a corporação dos "mostradores de lanternas mágicas" ambulantes, pitorescos artesãos de rua que se deslocavam com um tocador de órgão de barbarie para acompanhar o grito de um lamento em moda: "lanterna mági-i-i-i-ca, curiosa peça que deve ser assistida". Bastava interpelar este homens para beneficiar-se de uma projeção à domicílio em troca de algumas moedas.
fim

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Lanterna Magica

  • 1. LANTERNA MÁGICA Fonte: http://pipocacombo.virgula.uol.com.br/tag/henrique-marino/ “ Máquina que mostra, na escuridão, sobre uma parede branca, vários espectros e monstros horrorosos, de tal maneira que as pessoas que não lhe conheçam o segredo julgam que isto se faz por artes mágicas.” (Definição encontrada num dicionário de 1719)
  • 2. Apresentação de A Lanterna Mágica , Rio de Janeiro, 1944, p. 1.
  • 3.  
  • 4. Apresentação de A Lanterna Mágica , Rio de Janeiro, 1944, p. 2.
  • 5.  
  • 6. Laverno e Belchior projetando Laverno: o nome é o mesmo pateta, a terminação faz a nacionalidade. Serei francês, sendo Lavernu; russo, Lavernoff; inglês, Lavernnçon; italiano, Lavernin; ou Lavernelli; polaco, Lavernoff...
  • 7. Nada, nada de especuladores e garimpeiros, meus caros amigos, votem em homens independentes, em gente ativa; como o Dr. Luverno que é cá dos meus. As aves de rapina são as que sobem mais alto! Diz um moralista brasileiro.
  • 8. Laverno: Como uma natureza cheia de vigor, uma construção que prometia quase uma eternidade foi esgotada, pela fúria sangrenta da alopatia! Cada lancelada, meu rico Sr., cada bicha que lhe aplicaram foram raptoras de um ano de existência, de venerável e útil existência de um honesto proprietário...
  • 9. Laverno cantando: Se tu tens ó minha vida Um cosmorama* gostoso Sou Laverno, sou Tapuia, Sou de tudo curioso *conjunto de vistas, quadros dos mais diversos países, ampliados por instrumentos ópticos; instrumento que possibilita observar as vistas de modo ampliado.
  • 10. Laver: Digo-te que o charuto tem a propriedade de [cancelar] as condições; não vês pai Mané Monjolo gozando por momentos do foro de Cavalheiro. Viva o século fumante.
  • 11. Laver: O senhor de Lavernoff celebrado inventor da máquina de fazer velas de sebo impermeáveis, e incombustíveis, famoso inventor da receita de semear, e fazer nascer e amadurecer pepinos em vinte e quatro horas, bem conhecido aperfeiçoador, da máquina para fazer cálculos W.W.N. a quantos o presente verem cordialmente saúda.
  • 12. Laverno: Não te aflijas, meu querido Belchior: cá tenho sempre diante dos olhos o teu mérito, os teus serviços: não desesperes: vejamos o que pode convir-te. Porventura na parte secreta da administração pública... Belchior: Oh! Espião de polícia, a ocupação na verdade não me quadrava mal. Há de ser divertido o andar: sabendo todas as misérias da vida alheia, e ter uma pressão a quem tudo se vá contar depois, já se sabe, com o interesseiro aumento, ou diminuição de circunstâncias, conforme o caso exigir. Mas o emprego terá suas despesas, seus perigos: nada, nada: ...
  • 13.  
  • 14.  
  • 15.  
  • 16.  
  • 17. A Lanterna Mágica: drama em trezentos e sessenta e seis atos/ Representada durante a sucessão dos tempos no Teatro do Seco da Patuscada. A cena passa-se no Império do Brasil, dentro do signo do zodíaco.
  • 18. Lanterna Mágica “ Máquina que mostra, na escuridão, sobre uma parede branca, vários espectros e monstros horrorosos, de tal maneira que as pessoas que não lhe conheçam o segredo julgam que isto se faz por artes mágicas.” Esta definição, encontrada num dicionário de 1719, ilustra bem o emprego que um outro apresentador de sombras, Robertson, iria fazer da lanterna mágica. Depois de se celebrizar com as suas ascensões a bordo de um balão cheio de gás, Robertson "apavorou" Paris, realizando nas ruínas de um convento o que ele chamava de "Fantasmagorias".
  • 19. Estranhos espetáculos, sem dúvida: com a sua lanterna e um aparelho dos mais engenhosos, Robertson fazia aparecer espectros e fantasmas. Estas macabras fantasias estavam ainda longe do nosso cinema, mas, com elas, impunha-se já a idéia de um espetáculo tendo por base a projeção. O princípio desta lanterna consiste em fazer aparecer, em tamanho ampliado, sobre uma parede branca ou tela estendida num lugar escuro, figuras pintadas em tamanho pequeno, em pedaços de vidro fino, com cores bem transparentes.
  • 20. O fantasmacópio nada mais era do que uma lanterna mágica montada sobre quatro rodas, permitindo afastar ou aproximar da tela, a fim de ampliar ou diminuir, à vontade, as figuras projetadas. Este aparelho trazia o movimento em profundidade que ninguém havia imaginado. Pensava-se até então que a arte das projeções se limitava a passar as imagens num movimento lateral, uma vez regulada a distância do objetivo com relação à tela de fundo. Com um "fantasmacópio", Robertson surpreendia os espectadores fazendo surgir sobre eles, personagens medonhos inspirando-lhes terror. Graças ao seu engenhoso sistema, Robertson realizou espetáculos aos quais deu o nome de "fantasmagoria".
  • 21. Estes espetáculos, que fizeram correr Paris inteira, aconteciam na capela do antigo convento dos Capuchinhos da praça Vendôme, onde o espectador só conseguia chegar após ter percorrido um longo trajeto nos corredores do velho mosteiro, decorados com pinturas estranhas e cobertos de tumbas e de lápides funerárias. Como feiticeiro, dotado de um certo talento de cineasta, Robertson fazia aparecer à vontade do espectro de Marat, os mais famosos decapitados da Revolução Francesa e monstros terrificantes. Ele lotou a sala durante vários anos sem nunca revelar os segredos de sua técnica.
  • 22. O "fantasmacópio" não era visível à nenhum espectador: situava-se atrás de uma tela oleosa ou dissimulado em um canto da sala, para projetar seus fantasmas sobre nuvens de vapor provenientes de um caldeirão. De cada lado do "fantasmacópio", evoluíam os projecionistas, uma lanterna fixada no ventre para animar as superfícies da tela mais ou menos reduzidas, por projeções de pássaros estranho, morcegos e esqueletos inquietantes. Até 1830, este físico ilusionista encheu de prazer os amadores de emoções fortes, porém seu sucesso deu a outros a idéia de criar espetáculos. Foi assim que nasceu a corporação dos "mostradores de lanternas mágicas" ambulantes, pitorescos artesãos de rua que se deslocavam com um tocador de órgão de barbarie para acompanhar o grito de um lamento em moda: "lanterna mági-i-i-i-ca, curiosa peça que deve ser assistida". Bastava interpelar este homens para beneficiar-se de uma projeção à domicílio em troca de algumas moedas.
  • 23. fim