O documento discute alvenaria racionalizada e alvenaria estrutural, incluindo o uso de blocos modulares e otimização dos processos construtivos para reduzir desperdícios. Detalha procedimentos como assentamento dos blocos, colocação de argamassa e armaduras, e requisitos para revestimentos e normas técnicas.
2. Histórico
Década de 90
Novas tecnologias.
Evolução dos métodos construtivos tradicionais.
Racionalização construtiva
Técnicas construtivas foram otimizadas.
Maior domínio sobre os procedimentos de execução.
Encadeamento técnico das etapas.
Quedas sensíveis nos índices de desperdício.
Alvenaria Racionalizada
3. Alvenaria Racionalizada
Blocos modulares.
Materiais complementares.
Técnicas construtivas otimizadas.
Equipamentos racionalizados.
Projeto de produção – Compatibilização e Modulação.
Embutimento de tubulações na execução das paredes.
Execução em etapas – marcação, elevação e fixação.
Serviço técnico especializado.
Mão-de-obra treinada.
Procedimentos padronizados.
Prazos técnicos entre etapas.
Controle de qualidade.
Planejamento do canteiro.
Alvenaria Racionalizada
4. Principais Benefícios
Redução de perdas.
Redução do consumo de argamassa.
Maior resistência da parede.
Maior velocidade de execução.
Redução do volume de entulho.
Melhor integração com demais etapas da obra.
Redução da espessura dos revestimentos.
Menor consumo de mão de obra para embutimento de instalações.
Redução das patologias.
Alvenaria Racionalizada
12. Descarga por Grua Caminhão com Paletes
Recebimento
O manuseio e o transporte dos blocos deverão ser executados
de forma racionalizada, por meio de carrinhos ou equipamentos
apropriados, aumentando a eficiência da mão-de-obra e
evitando quebras do material.
Alvenaria Estrutural
Recebimento
13. Argamassa de assentamento e graute
Argamassa de assentamento A argamassa de assentamento desempenha diversas
funções na alvenaria estrutural, dentre as quais destacam-se:
a) Solidarização dos blocos;
b) Absorção dos esforços originados pela movimentação da estrutura;
c) Distribuição uniforme dos esforços nas paredes, impedindo a transmissão de
cargas concentradas originadas pelas variações dimensionais dos blocos;
d) Acomodação das armaduras horizontais.
Veja no quadro abaixo os traços usuais de argamassas. Observe que os valores
fornecidos são indicativos e não substituem os ensaios e recomendações do
projeto.
Traços Usuais de Argamassas
Traços Em Resistência Aproximada Uso Mais
Volume Aos 28 Dias (em obra) Comum
(cimento:cal:areia) (Mpa)
1:2:9 2,5 Vedação (1/2)
1:1:6 4,5 Casa (2)
1:0:6:6 5,8 Sobrados (3)
1:0:6:5 7,5 Prédios (4)
Notas: 1) Paredes de vedação; 2) Casas térreas de vãos moderados (3m a 4m); 3) Sobrados de vãos
moderados; 4) Prédios de 4 pavimentos de vãos moderados.
Alvenaria Estrutural
Argamassa
14. Concreto graute
O graute é um microconcreto que serve para
preencher as cavidades dos blocos, onde são
acomodadas as armaduras verticais e as
amarrações das paredes através de grampos.
Serve também para suprir as deficiências locais
da argamassa de assentamento ou dos blocos.
Também neste caso os valores constantes da
tabela abaixo são indicativos e não substituem os
ensaios e recomendações de projeto.
Traços Usuais de Graute
Traços Em Resistência Aproximada Consumo
Volume Aos 28 Dias (em obra) de Cimento
(cimento:cal:areia:pedrisco) (Mpa) (kg/cm3)
1:,10:2,49:2,72 12,8 270
1:,10:1,82:1,94 28,2 380
Alvenaria Estrutural
15. Assentamento
A colocação da argamassa nos blocos pode ser feita de duas maneiras,
segundo observação do projetista:
Ferramentas utilizadas: bisnaga, colher meia cana ou a tradicional colher de pedreiro.
Nos extremos das paredes podem ser
assentadas várias fiadas para facilitar a
colocação das linhas. Os blocos dos cantos
deverão ser assentados com o auxílio do
escantilhão e régua técnica de prumo e nível.
Alvenaria Estrutural
Assentamento
16. Juntas
Tratando-se de
alvenaria aparente,
recomenda-se que
o frisamento seja
executado antes
do endurecimento
total da argamassa
de assentamento.
A limpeza pode ser efetuada após o frisamento utilizando-se pano grosso ou esponja
seca, evitando-se com isso produzir manchas (esbranquiçamentos) sobre os blocos.
Permanecendo restos de argamassa endurecida que venham a formar crostas sobre
a alvenaria, recomenda-se a utilização de escova de aço com cerdas finas.
Alvenaria Estrutural
Juntas
17. Colocação das armaduras e graute
Quando o projeto estrutural prevê a
utilização de enrijecedores verticais
(pontos de graute), a colocação das
armaduras deve ser precedida da limpeza
das rebarbas de argamassa dos furos e
abertura das espias na base das paredes,
para controle da chegada do graute até o
fundo do furo.
O lançamento do graute, efetuado após
a limpeza do furo, deve ser feito no
mínimo após 24 horas do assentamento
dos blocos. A altura máxima de
lançamento é de 3 m. Recomenda-se,
no entanto, lançamento de alturas não
superiores a 1,40 m com graute auto-
adensável.
Alvenaria Estrutural
Armadura e Graute
18. Amarração das paredes
Pode ser de três tipos: direta, com
ferros em formato "L" e com ferros em
gancho.
Amarração direta
Executada através do
entrelaçamento dos blocos, este tipo
de amarração só é possível em
blocos cuja espessura tenha o valor
da metade do comprimento utilizado
na modulação. Exemplos: blocos da
linha 15 x 20 x 30, linha 20 x 20 x 40.
OBS.: Nas alvenarias com ferragem
vertical, este tipo de amarração
proporciona economia de graute,
ferragem vertical e grampos.
Alvenaria Estrutural
Amarração das Paredes
19. Amarração com ferros em "L” ou
com ganchos
A amarração com ferros em "L" ou
com ganchos é usada quando o
bloco a ser utilizado não permite
amarração direta. Os ferros
utilizados são do tipo CA-50 e bitola
de 5 mm; essas amarrações
deverão ser feitas alternadamente a
cada duas fiadas, entre as juntas.
Alvenaria Estrutural
Amarração das Paredes
20. Vergas e contravergas
Nas aberturas de portas são colocadas
vergas, e nas janelas, vergas e
contravergas (recomenda-se apoio
lateral maior ou igual a 40 cm).
Alvenaria Estrutural
Vergas e Contravergas
21. Cintas de amarração (apoio de lajes)
São utilizadas em toda extensão das
paredes estruturais. Nos casos de lajes pré-
fabricadas ou lajes painel, recomenda-se
enrijecer as canaletas com concreto até a
altura das mesmas, garantindo a
solidarização com a parte superior através
de estribos ou arranques.
Tubulações embutidas
Recomenda-se não realizar cortes
horizontais e transversais. Para as
instalações elétricas deve-se utilizar o
próprio furo dos blocos.
Alvenaria Estrutural
Cintas de Amarração
Tubulações Embutidas
22. Fixações de parafusos
A sustentação de diferentes esforços pontuais de tração
aplicados à alvenaria pode ser resolvida pela fixação de
buchas de nylon e químicas.
Juntas de dilatação
Devem ser contínuas e verticais
para possibilitar movimentos
relativos, proporcionando
completa separação entre dois
blocos. Devem ser previstas
onde se conhece a máxima
variação de temperatura ou a
máxima expansão devido à
umidade.
Alvenaria Estrutural
Fixações de Parafusos
Juntas de Dilatação
23. Revestimentos
A absorção superficial dos blocos cerâmicos
resulta em ótima aderência aos mais diversos
tipos de revestimentos existentes no mercado,
além da possibilidade de deixar a alvenaria
aparente, com simples tratamento superficial.
Dentre algumas opções de revestimentos,
destacam-se:
Tipo Utilização
Convencional
externa e interna
(chapisco+emboço+reboco)
Massa única (chapisco+reboco) externa e interna
Massa sem chapisco exclusivamente interna
Gesso exclusivamente interna
Pintura direta interna e externa (tintas apropriadas)
Alvenaria Estrutural
Revestimentos
24. Normas Técnicas
A ABNT dispõe das seguintes normas sobre o uso de cerâmica em
alvenaria;
NBR 7171/92 - Bloco Cerâmico para alvenaria. Especificação;
NBR 8042/83 - Bloco Cerâmico para alvenaria. Formas e
dimensões. Padronização;
NBR 6461/83 - Bloco Cerâmico para alvenaria. Verificação da
resistência à compressão. Método de ensaio;
NBR 8043/83 - Bloco Cerâmico portante para alvenaria.
Determinação da área líquida. Método de ensaio.
Alvenaria Estrutural
Normas Técnicas