O documento discute as perspectivas da educação matemática no mundo em transição. Apresenta preocupações sobre o estado atual da civilização e os riscos ambientais. Defende que é necessário sair das "gaiolas epistemológicas" para entender melhor os problemas reais e como a matemática pode contribuir para resolvê-los.
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Perspectivas da Educação Matemática no mundo em transição
1. OBEDUC 2013
SEMINÁRIO INTEGRADO OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO
UNIBAN 2013 - PARCERIAS QUE PROMOVEM A APRENDIZAGEM.
UNIBAN Maria Cândida
30 de novembro de 2013
PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA NO
MUNDO EM TRANSIÇÃO
Ubiratan D’Ambrosio
ubi@usp.br
2. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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COMO ESTÁ SENDO
O SÉCULO XXI?
QUAIS AS PERSPECTIVAS PARA
O FUTURO DA CIVILIZAÇÂO e
PARA O FUTURO DA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA?
3. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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3
MINHA MOTIVAÇÃO:
O ESTADO DA CIVILIZAÇÃO
FATOS e FATOS e
FENÔMENOS FENÔMENOS
NATURAIS CRIADOS PELOS
HOMENS
SISTEMAS DE
CONHECIMENTO
ESTADO
DA CIVILIZAÇÃO
5. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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“As principais ameaças à existência
sustentável da humanidade agora vêm
de pessoas, não da natureza. Choques
ecológicos que degradam
irreversivelmente a Biosfera podem ser
desencadeados pelas exigências de um
crescimento insustentável da população
do mundo. A rápida disseminação de
pandemias pode causar estragos nas
megacidades do mundo em
desenvolvimento. ↝
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↝ E as tensões políticas serão
provavelmente decorrentes da escassez
de recursos, agravados pelas alterações
climáticas. Igualmente preocupantes são
as ameaças imponderáveis resultantes
das poderosas novas cyber - bio- e
nanotecnologias, pois estamos entrando
em uma era na qual alguns indivíduos
poderiam, por meio de erro ou terror,
provocar uma ruptura social irreversível.”
Martin Rees, Editorial, Science, March 08, 2013
7. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Mikhail L. Gromov (☆ 23/12/1943) é Professor
do Institute des Hautes Études Scientifiques
de Bûres-sur-Yvette, França e em 2009
recebeu o Prêmio Abel (equivalente a um
Prêmio Nobel em Matemática) por “suas
contribuições revolucionárias à geometria”.
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Em entrevista de 2010, Mikhail Gromov diz:
"A Terra vai ficar sem os recursos básicos,
e não podemos prever o que vai
acontecer depois disso. Vamos ficar sem
água, ar, solo, metais raros, para não
falar do petróleo. Tudo vai,
essencialmente, chegar ao fim dentro de
cinquenta anos. O que vai acontecer
depois disso? Estou com medo. Tudo
pode ir bem se encontrarmos soluções,
mas se não, então tudo pode chegar
muito rapidamente ao fim!”
9. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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9
O pessimismo de Gromov quanto à
sobrevivência da civilização não é uma
afirmação leviana, jargão próprio de
catastrofistas, nem uma visão
apocalíptica de cunho religioso.
Vindo de uma pessoa de seu status
acadêmico, merece atenção. Esta é uma
preocupação real, sentida por todos nós.
A pergunta que, naturalmente, segue é
“O QUE PODEMOS FAZER?”
10. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Na mesma entrevista de 2010, Gromov
diz:
“Estando em nossa torre de marfim, o
que podemos dizer? Estamos nesta
torre de marfim, e nos sentimos
confortáveis nela. Mas, realmente, não
podemos dizer muito porque não
vemos bem o mundo. Temos que sair,
mas isto não é tão fácil”
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Há algum tempo utilizo uma metáfora,
equivalente às TORRES DE MARFIM,
para definir conhecimento tradicional:
AS GAIOLAS EPISTEMOLÓGICAS.
O conhecimento tradicional é como uma
gaiola e seus cultores são como
pássaros vivendo nessa gaiola.
Alimentam-se do que está na gaiola,
voam só no espaço da gaiola,
só vêem e sentem o que as grades
permitem.
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Os pássaros vivendo em uma gaiola
alimentam-se do que encontram na gaiola,
voam só no espaço da gaiola,
comunicam-se numa linguagem conhecida
por eles,
procriam e repetem-se e
só vêem e sentem o que as grades
permitem.
NÃO PODEM SABER DE QUE COR
A GAIOLA É PINTADA POR FORA.
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Sair da gaiola, como sair das torres de
marfim, não é fácil.
As gaiolas oferecem vários benefícios
(abrigo, alimentação, convívio), mas o
preço por estes benefícios é alto: as
grades impedem sair e voltar livremente.
Deve-se poder sair, voar,
conhecer a realidade ampla e
identificar problemas maiores,
ver e ouvir de todas as fontes
e voltar livremente.
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Em uma entrevista dada em 1998, o mesmo
Gromov diz
“nós matemáticos muitas vezes temos
pouca ideia sobre o que está se
passando em ciência e engenharia,
enquanto os cientistas experimentais e
engenheiros muitas vezes não se
apercebem das oportunidades oferecidas
pelo progresso da matemática pura. ⇝
17. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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⇝ Este perigoso desequilíbrio deve ser
restaurado trazendo mais ciências para
a educação dos matemáticos e
expondo os futuros cientistas e
engenheiros à matemática central. ⇝
18. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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⇝ Isto requer novos currículos e um
grande esforço de parte dos
matemáticos para trazer as técnicas e
ideias matemáticas fundamentais
(principalmente aquelas desenvolvidas
nas últimas décadas) a uma audiência
maior. ⇝
19. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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⇝ Necessitamos para isso a criação de
uma nova geração de matemáticos
profissionais capazes de trafegar entre
matemática pura e ciência aplicada. A
fertilização cruzada de ideias é crucial
para a saúde tanto das ciências quanto
da matemática.”
Mikhael Gromov, 1998
20. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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A situação, considerada perigosa por
Gromov na citação acima, reflete uma
das características mais marcantes da
modernidade, que é a fragmentação do
conhecimento em áreas distintas e
autônomas. Essa fragmentação
dicotômica é uma das responsáveis
para se tratar a Matemática e as
Ciências como disciplinas autônomas,
muitas vezes até estranhas.
21. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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O GRANDE OBJETIVO
DA MATEMÁTICA E DAS CIÊNCIAS É:
• ANTECIPAR
o que pode acontecer ⇛ futuro
• PARA ORIENTAR
o seu comportamento ⇛ presente
• BASEANDO-SE
no seu conhecimento ⇛ passado
22. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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MATEMÁTICA e CIÊNCIAS são parceiras
complementares para atingir o objetivo de
BASEANDO-SE NO PASSADO.
ORIENTAR O PRESENTE e
ANTECIPAR O FUTURO.
POR QUE, ENTÃO, SÃO TRATADAS
INDEPENDENTEMENTE e se
ESTRANHAM?
QUE CARACTERÍSTICAS AS
DIFERENCIAM?
23. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Algumas possíveis causas do
estranhamento acadêmico da
matemática e das ciências, que ocorreu a
partir da modernidade, são:
● a natureza abstrata da Matemática;
● a linguagem hermética e o estilo de
comunicar matemática;
● aceitação da sua inutilidade vs sua
“efetividade desarrazoada”.
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SOBRE A PERCEPÇÃO DA INUTILIDADE
“Nunca fiz nada de ‘útil’. Nenhuma
descoberta minha fez ou tem
probabilidade de fazer, direta ou
indiretamente, para o bem ou para o mal,
a menor diferença para o conforto da
vida neste mundo.” G.H. Hardy, 1940
“Uma dificuldade principal para
matemáticos é que há uma percepção de
“inutilidade” da matemática.”
Alex Csiszar, 2003
25. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Torna-se necessário levar o
conhecimento matemático a outros
cientistas.
Além disso, é necessário levar o
conhecimento matemático e
científico a todas as camadas da
população, isto é,
SAIR DA GAIOLA.
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RENOVA-SE O APELO DE DAVID HILBERT
No 2º Congresso Internacional
de Matemáticos, realizado em 1900 em
Paris, David Hilbert, o matemático de
maior prestígio na época, pronunciou-se
assim sobre a linguagem matemática:
“Uma teoria matemática não está
completa até que você a faça tão clara
que seja possível explicá-la para a
primeira pessoa que você encontra na
rua”.
27. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Para isso, é necessário superar a
linguagem hermética da matemática
formal e a ênfase em técnicas.
COMO SUPERAR?
● a natureza abstrata ⇛ fazendo,
manipulando.
● a linguagem hermética ⇛ descrevendo,
explicando,
registrando.
● a inutilidade ⇛ observando e
divulgando
resultados.
Voltarei ao tema da superação.
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O QUE SE PASSOU COM A
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA?
Muitas tentativas de apoio às áreas básicas
e tradicionais da matemática, que servem
de suporte a novas áreas, surgiram na
década de 1950, como movimentos de
modernização do ensino da Matemática,
especialmente o
Movimento da Matemática Moderna.
O resultado foi reforçar a natureza abstrata,
a linguagem hermética e a sensação de
inutilidade da Matemática.
29. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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O Movimento da Matemática Moderna
valorizou o ensino de algumas áreas
tradicionais de pesquisa em
Matemática Pura.
Exemplos:
• Teoria dos Conjuntos;
• Espaços vetoriais;
• Álgebra abstrata;
• Lógica e Aritmética.
TODAS DO SÉCULO XIX
ou ANTERIORES.
30. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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SURGIRAM NOVAS ÁREAS DE
MATEMÁTICA APLICADA QUE NÂO
ENTRARAM NO ENSINO.
● Teoria dos Jogos e Computadores: John
von Neumann (1903-1957).
● Programação Linear e Dinâmica.
● Pesquisa Operacional: estratégias para
gerenciar situações complexas e otimizar
resultados.
● Fractais e fuzzy.
● Criptografia (interpretar códigos).
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
INÍCIO DO SÉCULO XXI
● nova revolução industrial:
Transistores TECNOCIÊNCIA
● criação de novas áreas de
conhecimento:
informática e inteligência artificial
biotecnologia e ciências da mente
internet, www e globalização.
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O SURGIMENTO DE OUTRAS CIÊNCIAS,
COM BASE MATEMÁTICA.
• Cibernética, inteligência artificial:
Norbert Wiener (1894-1964).
• Novas percepções de espaço e tempo.
• Biologia Molecular.
• Teorias da mente e da consciência.
• Novas teorias de cognição e de
aprendizagem.
34. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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NOVOS DESENVOLVIMENTOS DAS
CIÊNCIAS e DA TECNOLOGIA QUE SE
INTENSIFICAM NO SÉCULO XXI
• Teorias da mente.
• Novas visões do corpo humano (DNA).
• Cibernética e comportamento.
• Novas tecnologias de Informação e
Comunicação.
• Internet e www (WORLD WIDE WEB).
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E MUITAS MUDANÇAS NO
COTIDIANO
• valorização da informação e do
conhecimento.
• presença das novas tecnologias de
informação e de comunicação (radio e
TV, computador, internet, celular
integrados) e meios digitais.
• tecnociência na saúde.
• movimentos sociais, cidadania,
multiculturalismo.
36. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Para lidar com todas essas novas áreas de
conhecimento e superar as mudanças no
cotidiano, será necessário uma nova
matemática, incorporando a nova
tecnociência, as novas áreas de
conhecimento e fazendo a integração
com as demais ciências.
COMO SERÁ ESSA NOVA
MATEMÁTICA?
37. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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NOVOS CONCEITOS NA MATEMÁTICA
• As novas ciências vão misturar o
raciocínio matemático e raciocínios
formais com um tipo de rigor diferente
daquele da matemática atual. A
matemática que vai servir o futuro será
um tipo de “matemática mole” (no dizer
de Keith Devlin) ou “matemática fuzzy”.
38. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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● Será necessário desenvolver uma outra
álgebra entre dois “interlocutores”.
Na álgebra de bens materiais: um
interlocutor dá um bem para o outro e tira
de si, fica sem o bem passado para o
outro (“pular” o “=“ implica trocar sinais);
Na álgebra da informação: um
interlocutor dá informação para o outro e
não tira de si, continua com a informação
passada para o outro.
● Digitação do contínuo e a Matemática
Discreta (ou Finita).
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NOVAS ÁREAS IMPORTANTES DA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
• matemática e realidade,
• modelagem matemática,
• matemática e sociedade,
• etnomatemática,
• matemática crítica,
• ampla utilização das novas tecnologias
de informação e comunicação.
40. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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REFLEXOS GERAIS NA EDUCAÇÃO
• reconceituação do paradigma
ensino→aprendizagem.
• ideário da UNESCO: Educação para
Todos.
• ELIMINAÇÃO DA EXCLUSÃO.
• educação crítica ≈ sociologia.
• supere a TIMIDEZ conservadora no
reconhecimento das profundas
mudanças no cotidiano e na dinâmica
de evolução do mercado de trabalho.
41. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Será necessário uma
NOVA ESCOLA
e uma
NOVA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA,
que inclua as novas áreas
de conhecimento e
de educação matemática,
com ampla utilização de tecnologia,
e que responda aos
REFLEXOS GERAIS NA EDUCAÇÃO.
42. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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PROPOSTAS “FORA DA GAIOLA”:
Professores de matemática frequentarem
laboratórios e os professores de ciências
adotarem métodos matemáticos nas suas
experiências.
Dar atenção, reconhecer e respeitar a
matemática praticada pelo povo, que não
é aprendida nas escolas, mas que é
transmitida entre pares. Isto é, a
ETNOMATEMÁTICA.
43. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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43
MODELAGEM e MÉTODO DE PROJETOS
permitem superar
● a natureza abstrata ⇛ fazendo,
manipulando.
● a linguagem hermética ⇛ descrevendo,
explicando, registrando.
● a inutilidade ⇛ observando e divulgando
resultados.
FAZER, MANIPULAR, OBSERVAR,
DESCREVER, EXPLICAR, REGISTRAR,
constituem práticas de laboratório.
44. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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A ESCOLA TRADICIONAL É
O GRANDE IMPECILHO.
“Nas escolas estamos longe de mobilizar
o potencial de aprendizagem dos alunos
e muito, muito longe de mobilizar o
potencial global de aprendizagem do
mundo. No meio dessa explosão de
mudanças, a instituição ESCOLA
continua do mesmo modo em todos os
países. Bilhões de dólares são
desperdiçados.”
Seymour Papert, 2001
45. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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Analisando as sugestões do IITE/
INSTITUTE FOR INFORMATION
TECHNOLOGY IN EDUCATION, da
UNESCO, em Moscou, criado em 2000,
http://www.iite.ru
e as publicações de artigos científicos,
identifico nove pontos que sintetizam
as
TENDÊNCIA ATUAIS DA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.
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PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NESTE INÍCIO
DE SÉCULO XXI
• adotar uma visão do futuro da
aprendizagem aceitando o fato que
todo aluno terá um computador;
• comprometer nos cronogramas das
escolas a preparação para adoção das
novas tecnologias;
• criar centros regionais equipados com
tecnologia de ponta;
47. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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47
• reconhecer e familiarizar-se com os
desenvolvimentos mais recentes das
ciências físicas e naturais,
particularmente geologia e
meteorologia, biotecnologia e suas
aplicações à saúde;
• procurar entender a evolução dos
sistemas econômicos e a evolução do
mercado de trabalho;
• Adotar métodos de pesquisa
quantitativa mais flexíveis (estatística
bayesiana).
48. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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48
• estabelecer grupos de pesquisa sobre
novos currículos e metodologias de
aprendizagem e ensino;
• incorporar uma nova visão de educação
e a aquisição de fluência tecnológica na
formação de professores;
• assegurar atenção às dimensões
espirituais, cognitivas sociais e
pessoais do crescimento do jovem num
contexto de alta tecnologia.
49. Ubiratan D'Ambrosio ubi@usp.br
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49
A principal necessidade, imprescindível, é
subordinar a Educação Matemática à
ÉTICA MAIOR de
● respeito pelo outro diferente mantendo
as diferenças;
● solidariedade com o outro diferente;
● cooperação com o outro diferente.
SÓ ASSIM ATINGIREMOS
NOSSO MAIOR OBJETIVO, QUE É
PAZ e
SOBREVIVÊNCIA DA CIVILIZAÇÃO.