1. SÉCULOS FINAIS DA IDADE MÉDIA
CAPÍTULO 17 – PÁG. 207
1º ANO
HISTÓRIA
PROF.ª. MARÍLIA PIMENTEL
2. O DECLÍNIO DO FEUDALISMO
• Na imagem, a Morte triunfa,
soberana.
• A Europa do século XIV foi
marcada por desgraças e
tragédias: a “grande fome”, a
“peste negra” e a multiplicação
das guerras entre nobres e
levantes camponeses.
• O resultado maior foi a crise do
feudalismo e do regime
senhorial.
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Iluminura francesa, do início do século XVI,
representado a morte e vítimas da peste negra.
3. SÉCULOS XI - XV CÁP. 17 –PÁG. 207
Fases:
Primeira
fase
(séc. XI-
XIII)
• Caracterizada pelo processo de
expansão de diversos setores na
Europa ocidental.
• Ampliação das culturas agrícolas;
• Renascimento comercial e urbano;
• Fortalecimento da burguesia.
Segunda
fase
(séc. XIV
e XV)
• Marcada por um processo de
depressão (ou contração) na
Europa ocidental, decorrente das
crises econômica, política e
religiosa.
4. • As transformações que
ocorreram nessas duas
fases desencadearam o
declínio do feudalismo,
provocando a transição
para uma nova
sociedade, o que se
convencionou como o
fim da Idade Média.
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5. EXPANSÃO – Os séculos de desenvolvimento medieval
• Do século XI ao XIII, a Europa ocidental viveu um
período de relativa paz.
• Entre os fatores que contribuíram
para isso, destacam-se:
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► O fim das sucessivas
ondas de invasões;
► O direcionamento do
espírito guerreiro da
nobreza para a luta
contra pagãos e
muçulmanos, por
meio das Cruzadas.
Isso propiciou o crescimento populacional e a retomada
das atividades econômicas.
6. Desenvolvimento agrícola
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Séc. XI
Produção agrícola atendia
modestamente às
necessidades.
Técnicas/instrumentos
utilizados eram simples.
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Mudanças
Relações de trabalho
Os servos – por meio de várias revoltas –
conseguiram aliviar o peso de algumas
obrigações (talha e corveia).
Surgiram arrendamentos de terra entre
servos e senhores feudais.
Formas de uso da terra
Ampliação do cultivo agrícola;
Aperfeiçoamento de técnicas e
instrumentos (aumento da produtividade).
Exemplo : charrua, peitoral; ferradura;
moinho d´´agua.
8. Crescimento populacional e econômico
Houve
crescimento
demográfico por
toda a Europa
ocidental de 1000
a 1300 (século X e
XIII) : Itália,
Alemanha,
Holanda Bélgica,
Luxemburgo,
Suíça, França,
Inglaterra,
Espanha e
Portugal.
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0
10
20
30
40
50
60
1000 1100 1200 1300
milhões de habitantes
1000
1100
1200
1300
Fonte : FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. Atlas de História Geral. São
Paulo: SCIPIONE, 1993.p.23.
9. Rotas comerciais
• O comércio ganhou significativo impulso com o
aumento da produção agrícola, o desenvolvimento
do artesanato urbano e o maior contato com os
povos orientais (renascimento comercial).
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Rota comercial do norte
(mar do Norte)
Comandado pela Liga Hanseática
(confederação político-econômica
comerciantes alemães – séc. XIII).
Rota comercial do sul
(mar mediterrâneo)
Gênova e Veneza (importação de
especiarias/artigos de luxo).
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Interligando essas rotas, havia uma extensa rede de
vias terrestres.
Nos principais cruzamentos dessas vias, foram sendo
organizadas grandes feiras comerciais.
Destaques : Champagne (França); Flandres (França e
Bélgica), Veneza e Gênova (Itália) e Colônia e
Frankfurt (Alemanha).
11.
12. Corporações de ofícios
• Com a expansão do comércio/produção artesanal, os
artesãos organizaram-se em corporações de ofício,
também conhecidas como guildas ou grêmios.
• Objetivos: defender os interesses dos artesãos,
regulamentar o exercício da profissão e controlar o
fornecimento de seus produtos.
Ensino artesanal : três estágios
• (aprendiz, oficial e mestre);
• mestre = estabelecer oficina de trabalho.
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13. Burguesia
Nas proximidades das
rotas comerciais,
desenvolveram-se
diversas cidades.
No princípio, muitas
delas eram cercadas
por altas muralhas,
constituindo um
núcleo urbano
fortificado,
denominado burgo.
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14. Os habitantes dos
burgos, basicamente
comerciantes e
artesãos, eram
chamados de
burgueses.
Com expansão do
comércio/artesanato,
houve uma ascensão
social da burguesia,
ou seja do grupo de
homens de negócios
que viviam nas
cidades, livres dos
laços feudais.
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15. CÁP. 17 –PÁG. 207A princípio, muitas
cidades pagavam
taxas/impostos ao
senhor feudal,
pois estavam
localizadas em
áreas de seu
domínio.
Os burgueses
exigiam direitos
estabelecidos em
documentos como
os de livre
comércio e
liberdade para os
cidadãos que
preservavam a
autonomia da
cidade diante do
poder do senhor
feudal.
16. “ o ar da cidade torna o homem livre” (ditado alemão)
COMUNA = burgo que havia
conseguido a independência
de um senhor feudal.
A administração da comuna
ficava a cargo dos
comerciantes mais ricos, que
se encarregavam da defesa, da
elaboração de leis e de
tribunais, da cobrança de
impostos e da construção de
obras.
Assim, as cidades tornaram-se
locais onde se procurava dar
segurança e liberdade para
aqueles que desejavam
romper com a rigidez da
sociedade feudal.
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17. Os séculos de crise do final da Idade Média
Séc. XIV e XV – sociedades da Europa ocidental
Depressão e o esgotamento do sistema feudal.
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Contribuiu para essas crises
= expansão econômica e
populacional das sociedades cristãs
medievais.
18. Crise agrícola e fome
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As terras de boa qualidade tinham se tornado raras devido à
expansão agrícola, e a ocupação de solos menos férteis pela
agricultura resultou em queda da produtividade.
A derrubada das florestas para ampliação de áreas
agricultáveis era dificultada por muitos nobres feudais, pois
elas eram o ambiente natural para a caça e fonte de produtos
como mel e cera.
Em várias regiões europeias, houve também perdas de
colheita, provocadas por fatores climáticos (frio intenso, às
vezes secas) , guerras, técnicas inadequadas de cultivo etc.
19. O conjunto desses fatores ocasionou uma grave
escassez de alimentos, o que levou milhares de
pessoas a morrerem de fome e muitas outras a
sobreviverem em grave estado de subnutrição.
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20. Peste Negra
• Enfraquecida pela fome
e pela subnutrição,
enorme parcela da
população europeia
tornou-se vítima de
moléstias contagiosas,
como a peste negra
(1347 – 1350), epidemia
do Oriente levada à
Europa por um navio
genovês onde havia os
agentes propagadores da
doença.
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21.
22. CÁP. 17 –PÁG. 207
• Peste negra: expressão que se refere à doença
provocada pelo bacilo Pasteurella pestis, com
duas formas principais de transmissão: a
bubônica (contágio pela picada de pulga vindas
dos ratos portadores do bacilo) e a pulmonar
(contaminação de uma pessoa para outra).
• Às vezes, o bacilo era transmitido pela tosse ou
simplesmente pelo hálito.
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A moléstia provocava infecção pulmonar, que
geralmente levava à morte.
Como não se conhecia remédio contra ela, os
doentes contaminados eram isolados, para evitar
novos contágios.
Houve sucessivos surtos durante o séc. XIV na Europa
ocidental.
Calcula-se que um terço dessa população tenha
morrido vitimado pela doença .
24. Guerras e Crise Social
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As lutas da cristandade contra
muçulmanos e pagãos haviam
canalizado o espírito guerreiro
da nobreza feudal.
As Cruzadas = válvula de
escape para agressividade dos
nobres e cavaleiros cristãos.
Na segunda metade do séc.
XIII, porém, elas chegaram ao
fim.
Sem um inimigo externo, esse
espírito guerreiro deu origem
a conflitos internos, isto é,
dentro do próprio mundo
cristão.
25. Diversas cidades
saqueadas;
Inúmeras plantações
devastadas;
Crises de abastecimento;
Alta no preço dos
alimentos;
Prejuízo na atividade
comercial.
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CONSEQUÊNCIAS:
Intranquilos, a burguesia e os camponeses revoltavam-se
contra a exploração pela nobreza feudal e a incapacidade
dos reis de garantir a ordem e proteger a população.
26. Guerra dos Cem anos
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Ocorreu entre 1337-1453, entre
França e Inglaterra;
Causas : sucessão dinástica na
França e a disputa pela rica
região de Flandres , onde se
desenvolvia a manufatura de lã.
Consequências:
- prejuízo vida econômica da
França e da Inglaterra,
empobrecendo grande parcela da
nobreza feudal.
- Após seu término, a autoridade
do rei estava fortalecida – o que,
posteriormente, possibilitou a
construção de uma monarquia
centralizada.
27. Crise religiosa e divisão
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Em 1309, O papa Clemente
V transferiu a sede da Igreja
Católica para a cidade
francesa de Avignon,
buscando manter boas
relações com o rei da
França e fugir das
perturbações políticas que
agitavam a Itália.
Foi uma decisão que, anos
mais tarde, traria sérias
consequências ao universo
da Igreja Católica e da fé
cristã.
28. Grande Cisma do Ocidente
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1378-1417 – Crise dentro da Igreja,
devido mudança da sede do papado.
Grande Cisma do Ocidente = período
em que a Igreja foi governada por
dois papas, um em Roma e outro em
Avignon.
1418 – Concílio de Constância – Igreja
recuperou sua unidade, elegendo um
novo papa, instalado em Roma, para
comandar a cristandade católica.
A crise religiosa colaborou para o
surgimento de várias doutrinas
contrárias aos dogmas da Igreja
Católica.
29. ATIVIDADE Nº11
• COMPREENDENDO PÁG. 211 (1 A 6);
• COMPREENDENDO PÁG. 213 (1 A 4);
• DE OLHO NA UNIVERSIDADE PÁG. 214 (Questão 1).
4º BIMESTRE
CAPÍTULO 17 – SÉCULOS FINAIS DA IDADE MÉDIA – PÁG. 207