3. Artrópodes
Características gerais:
Corpo segmentado com apêndices
articulados
Exoesqueleto de quitina (polissacarídeo)
impermeável e resistente
Conseqüência: impede crescimento
Solução: muda ou ecdise (troca periódica do exoesqueleto)
Controlado pelo hormônio ecdisona
4. Artrópodes
Muda ou ecdise
troca periódica do
exoesqueleto)
Controlado pelo hormônio
ecdisona
5. Muda ou Ecdise
Intermuda...
O período entre duas mudas sucessivas é conhecido como intermuda,
durante o qual o crescimento do animal é muito lento, feito às custas de
proteínas e outros compostos orgânicos sintetizados, repondo os
fluidos absorvidos após a ecdise.
O grande aumento de tamanho e peso ocorre no período
imediatamente seguinte à muda, quando a cutícula mole pode ainda
ser distendida. Assim, o crescimento dos artrópodes tem uma certa
continuidade, embora com variações de intensidade. A duração das
intermudas torna-se maior à medida que o animal envelhece. Alguns
artrópodes, como as lagostas e a maioria dos caranguejos, continuam
sofrendo mudas durante toda a vida. Outros, como os insetos e as
aranhas, cessam as mudas quando atingem a maturidade sexual
7. EXOESQUELETO
O exoesqueleto é o esqueleto externo dos artrópodes.
Ele dá sustentação e proteção ao corpo do animal,
sendo uma barreira física entre as partes moles do corpo
e o ambiente, e evita também a perda de água.
A quitina que compõe o exoesqueleto pode constituir
uma verdadeira armadura, como ocorre nos crustáceos
(nos quais o exoesqueleto é impregnado com grande
quantidade de sais de cálcio), mas se mantém fina e
flexível nas juntas e articulações, facilitando os
movimentos. Como a quitina é rígida e impermeável,
proporciona sustentação, proteção mecânica e atua
contra a desidratação, o que representa uma importante
adaptação à vida em meio terrestre.
10. Respiração
Nos artrópodes, podem ser
encontrados três tipos diferentes de
estruturas respiratórias:
• as brânquias
• as traquéias
as filotraquéias
11. Circulação
O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo
aberto, no qual o sangue deixa os vasos e
passa a fluir por espaços livres entre os
tecidos, as lacunas ou hemoceles.
O coração muscular fica situado dorsalmente e
bombeia o sangue para todo o corpo.
Aracnídeos e crustáceos possuem sangue
quase incolor, contendo hemocianina como
pigmento respiratório, responsável pelo
transporte gasoso.
12. Excreção
• os túbulos de Malpighi são típicos dos artrópodes terrestres, como
os insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. São tubos alongados
que retiram excreta das hemoceles e descarregam-nos no interior do
intestino, de onde são eliminados com as fezes.
• as glândulas coxais, típicas dos aracnídeos, são estruturas
saculiformes de parede delgada que eliminam os resíduos através de
dutos que se abrem nas coxas das patas.
• as glândulas verdes ou antenais existem nos crustáceos. Estão
situadas na cabeça e eliminam os resíduos por meio de dutos que se
abrem na base das antenas. É comum também a eliminação de
excretas através da superfície do corpo ou pelas brânquias.
O principal produto de excreção nitrogenada dos aracnídeos é uma
substância chamada guanina. Em crustáceos, a amônia é o principal
produto de excreção e, nos insetos, o ácido úrico.
13. Sensibilidade
Há um alto grau de cefalização nos artrópodes,
com um cérebro mais avantajado em relação
aos celenterados por exemplo. Há também um
grande desenvolvimento dos órgãos sensoriais,
levando a padrões de comportamento mais
complexos.
14. Órgão sensorial
Os pêlos sensitivos e cerdas que, quando se
movem, estimulam receptores na sua base,
estando colocado tanto no corpo quanto nas
patas e antenas. Cavidades do exoesqueleto
podem conter quimioreceptores ou estarem
cobertas por membranas que captam
vibrações. As antenas contem
quimioreceptores e desempenham função
olfativa e acústica.
15. Reprodução
Os artrópodes, em geral, são dióicos. As
formas terrestres têm fecundação interna,
utilizando apêndices modificados na copulação.
Já as formas aquáticas podem realizar externa
ou interna. A maioria das formas apresenta
estágio larval, sendo o estágio adulto atingido
através de metamorfose. Mecanismos de corte
precedem a copulação em diversas formas.
17. CLASSE INSECTA
têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
Apresentam um par de antenas e três pares de patas.
Podem ter asas, sendo os únicos invertebrados capazes
de voar.
Representam cerca de 90% de todos os artrópodes
(aproximadamente 900 mil espécies).
19. Classe insecta
Os insetos perfazem mais de 1 milhão
espécies (fato que justifica uma ciência
para os estudar – entomologia), sendo
os mais abundantes, mais bem
sucedidos e mais diversamente
distribuídos dos animais terrestres. No
entanto, estima-se que possam existir
entre 5 e 10 milhões.
20. Caracterização dos insetos
As principais características dos insetos incluem cabeça,
tórax e abdome distintos, todos com função
determinada.
A cabeça suporta o aparelho bucal, cuja forma e
composição pode ser muito variada, e a maioria dos
órgãos sensoriais (olhos e antenas). Apresenta, assim,
os seguintes apêndices:
um par de antenas;
21. Classe insecta
Aparelhos bucais
Associado à boca destes invertebrados existe um
conjunto de peças, chamado, aparelho bucal, cuja forma
varia de acordo com os hábitos alimentares de cada tipo
de inseto. São os seguintes:
- sugador => no caso da mosca e da borboleta;
- picador-sugador => no caso dos mosquitos e
dos piolhos;
- mastigador ou triturador => no caso do
gafanhoto, do grilo, da barata e dos besouros;
- pungitivo => o caso das cigarras; e
- lambedor-sugador => no caso das abelhas.
23. Metamorfose nos insetos
Metamorfose é o conjunto de transformações externas e
internas que o inseto sofre desde o ovo até o estágio adulto.
Depois de saírem dos ovos, os insetos podem se desenvolver
de várias maneiras:
Alguns como as traças do livro, saem do ovo com forma do
animal adulto, porém em tamanho menor. Durante o
crescimento passam por diversas mudas.
Outros como as moscas, sofrem metamorfose com várias
etapas: do ovo sai uma larva com aspecto de pequeno verme,
a seguir transforma-se em pupa, em que o animal fica imóvel e
encerrado em um casulo, onde o corpo do animal vai se
transformando e quando está completo ele sai do interior.
27. Os insetos e o ser humano
Aspectos positivos
Algumas espécies têm papel fundamental na
polinização de flores. Ex: abelhas.
Muitos insetos são usados em técnicas de
controle biológico, auxiliam o homem no combate
a espécies nocivas. Ex: joaninha.
Aspectos negativos
Ataque a plantações. Ex: bicudo, pulgão, etc.
Transmissão de doenças.
Prejuízos domésticos. Ex: traças, cupins.
28. crustáceos
Os crustáceos (do latim crusta,
‘crosta’)
São artrópodes caracterizados principalmente
pelo corpo protegido por uma crosta formada
pelo espesso exoesqueleto quitinoso (casca de
camarão), a qual ainda é frequentemente
impregnada de sais calcários (casca de siri).
Durante a muda para o crescimento, os
crustáceos largam a sua crosta e, durante um
certo período, apresentam-se desprotegidos. É
o que se observa com o popular "siri mole",
encontrado nas praias ou escondido nas
pedras.
29. Habitat dos crustáceos
São animais predominantemente
aquáticos, marinhos e dulcícolas.
Podem viver na areia das faixas
litorâneas (caranguejo), em terra
úmida(tatuzinho-de-jardim), e algumas
espécies, como as cracas, vivem fixas
às rochas, pilares de pontes, cascos de
navios, etc.
30. Diferenciação entre siri e
caranguejo
Caranguejo
Cefalotórax quadrado, trapezóide ou
arredondado.
O último par de patas não é transformado em
remos
Siri
Cefalotórax elíptico com a margem anterior
denteada.
Tem o último par de patas transformadas em
remos.
33. Aracnídeos
Esta classe compreende artrópodes
incorretamente confundidos com os
insetos. Mas distinguem-se deles
nitidamente pela divisão do corpo, pelo
número de patas e pela ausência de
antenas. Como aracnídeos, são
englobados as aranhas, os escorpiões,
os carrapatos, os pseudo-escorpiões e
os opilões.
34. ARACNÍDEOS
ARANEÍDEOS
Principais características
Corpo dividido em cefalotórax e abdome. Nas aranhas o
cefalotórax está unido ao abdome por uma fina cintura chamada
pedicelo que permite que o abdómen se mova livremente enquanto
produz seda, para a construção de teias, que são cinco vezes mais
fortes do que o aço no mesmo diâmetro.
Possuem quatro pares de patas (animais octópodes).
Ausência de antenas.
Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas, mas sem
finalidade de locomoção; servem para prender vítimas e alimentos
ou possuem função sexual).
Muitas espécies venenosas e perigosas.
A respiração é por filotraquéias.
São a maioria terrestres, vivendo sob troncos, pedras, buracos
no solo, em vários habitats, desde o nível do mar até altas
montanhas.
37. ARACNÍDEOS
Escorpinídeos
O corpo é dividido em cefalotórax e abdome
Cefalotórax — onde se localizam as quelíceras, que
servem para triturar o alimento, os pedipalpos, atuam
como pinças preensoras, e quatro pares de patas.
Abdome ¾ localizam-se as glândulas de veneno, numa
dilatação denominada télson, portadora do aguilhão.
Respiração por filotraquéias.
Comuns nos locais de clima quente ou temperado. Há
diversas espécies com dimensões e coloridos muito
variados.
As espécies mais comuns são o Tytius bahiensis e o
Tytius serrulatus.
39. ARACNÍDEOS
ACARINOS
Os ácaros (do latim acarus, ‘carrapato’) compreendem pequenos artrópodes de
corpo mal delimitado, pois o cefalotórax e o abdome parecem fundidos numa peça
única globosa ou achatada, discóide.
Muitas espécies atuam como parasitas de plantas diversas.
Outras parasitam animais diversos, inclusive o homem. Ex: Sarcoptes scabiei
(causador da sarna por sua multiplicação e irritação das camadas profundas da pele)
e Demodex folliculorum (encontrado nos folículos pilosos e glândulas sebáceas da
pele humana, agravando as manifestações de acne ou cravo).
Existem ainda os ácaros que se nutrem de matéria orgânica em decomposição, de
pêlos, de penas e de resíduos epiteliais. Ex: O Dermatophagoides farinae.
Entre os ácaros conhecidos como carrapatos, estão os hematófagos, que sugam o
sangue de animais selvagens e domésticos e também do homem.
Opiliões
Artrópodes frágeis, com certa semelhança com as aranhas, mas dotado de corpo
muito pequeno e pernas exageradamente longas.
Inofensivos.
Vivem em cantos das casas e nos banheiros velhos.
Em função das pernas muito longas, apresentam um andar bamboleante.
Exemplo: Phalalgium sp., vulgarmente conhecido como opilião ou budum.
41. Ácaros e Insetos Parasitas
Humanos
1- Demodex folicollurum cravo da
pele
http://belezasjdr.blogspot.com.br/2012/03/v-behaviorurldefaultvmlo.html
2- Sarcoptes scabiei causa sarna
3- Phthiris pubis (chato) causa a
pitiríase
4- O piolho do couro cabeludo
(Pediculus humanus capitis) causa
pediculose
42.
43. Quilópodes
Conhecidos como lacraias ou centopéias, os quilópodes são animais
terrestres agressivos. Seu veneno é muito doloroso.
Têm corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado dorsoventralmente
segmentado em numeroso anéis, nos quais se prendem as patas
articuladas (um par para cada segmento).
A divisão do corpo é simples, compreendendo apenas a cabeça e o
tronco.
Além do par de antenas, a cabeça é dotada de peças bucais adaptada
para a inoculação de peçonha e um par de olhos simples.
Na extremidade posterior do tronco, observa-se um par de apêndices
que simulam um aguilhão, freqüentemente enganando as pessoas, que
julgam estar ali o órgão injetor da peçonha.
São dotados de sistema digestivo completo.
A excreção se dá por túbulos de Malpighi.
Apresentam respiração traqueal.
São dióicos, com fecundação interna.
Carnívoros, alimentam-se de insetos diversos.
44. DIPLÓPODES
Conhecidos como gongolôs, embuás ou
piolhos-de-cobra, são artrópodes terrestres.
O corpo dividido em cabeça, um pequeno tórax
e um abdome longo.
Além de um par de antenas, a cabeça é dotada
de peças bucais e dois ocelos.
Possuem dois pares de patas em cada anel.
Organismos dióicos.
São todos inofensivos, já que não possuem
glândulas secretoras de peçonha.
Vivem em buracos no solo. Enroscam-se
quando agredidos.
45. Diferenciação entre
quilópodes e diplópodes
Quilópodes Diplópodes
Apresentam movimentos Apresentam movimentos
rápidos; lentos;
São carnívoros; São herbívoros;
Têm um par de antenas Têm um par de antenas
longas; curtas;
Produzem veneno; Não produzem veneno;
Dotados de patas longas; Dotados de patas curtas;
Incapazes de enrolar-se; Capazes de enrolar-se
Corpo mais achatado; em espiral;
Menor número de Corpo mais circular;
segmentos. Maior número de
segmentos.
47. ARANHAS
ESPÉCIES PERIGOSAS
Phoneutria nigriventer (aranha
armadeira)
Coloração marrom, com pares de manchas ao
longo da parte dorsal do abdômen; possuem oito
olhos em três filas: 2:4:2; de 4 a 5 cm de corpo,
podendo atingir até 12 cm, incluindo as pernas.
Vivem em bananeiras, sob troncos caídos, bem
como, próximo e dentro das moradias; não fazem
teia e assumem posição de defesa quando se
sentem ameaçadas.
48. Loxosceles spp (aranha marrom)
Coloração marrom avermelhado; cefalotórax
achatado; seis olhos em três pares; apresentam
até 1 cm de corpo e 3 a 4cm incluindo as pernas.
Costumam alojar-se em fendas de barrancos,
pilhas de telhas, cavernas, sob cascas de árvores,
bem como, próximo e dentro das moradias.
49. ARANHAS
Latrodectus curacaviensis (viúva-
negra)
Conhecida como flamenguinha e aranha barriga
vermelha. Possui abdômen globoso de coloração preta
com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada;
apresenta no ventre uma mancha vermelha em forma de
ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1
cm de tamanho; machos muito menores com apenas
alguns milímetros de corpo; constroem teias
tridimensionais em áreas de plantações, vegetação
rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados,
objetos descartados, montes de lenha, beiras de
barrancos e no interior das moradias.