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 Aprendizagem de línguas mediada por computador
Aprendizagem de Línguas Mediada por computa-dor (CALL) é uma área de investigação que tem por objetivo pesquisar o impacto do computador no ensino e aprendizagem de línguas, tanto materna quanto estrangeiras.
CALL é uma sigla já consolidada em língua inglesa, correspondente à  Computer-Assisted Language Learning e será adotada aqui por uma questão de conveniência e facilidade de leitura.
O computador é mais uma ferramenta para o ensino. Não é mais ou menos importante do que o aluno ou o professor. Não  pode ser visto dentro de uma escala hierárquica de importância.
O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA DE ENSINO
A advento do CD-ROM e da Internet propiciou o que Warshauer e Healey (1998) definem como “CALL integrativo”. As quatro habilidades básicas da língua (ouvir, falar, ler e escrever) podem ser integradas numa única atividade; o aluno pode, por exemplo, ouvir um diálogo, gravar sua pronúncia, ler o feedback fornecido pelo sistema e escrever um comentário.
A Internet, por outro lado, permite que o aluno use a língua alvo para se integrar
O desenvolvimento da área tem sido no sentido de ver o computador como instrumento, não só como fonte de conhecimento (enciclopédias eletrônicas, fontes de dados on-line, etc.), mas também como meio de comunicação entre as pessoas (correio eletrônico, fóruns de discussão, salas de chat, etc.). Tem contribuído para esse desenvolvimento a capacidade da máquina em guardar e produzir arquivos.
CALL é provavelmente a área mais interdisciplinar de uma área essencialmente interdisciplinar como é o caso da Lingüística Aplicada. como se CALL fosse ao mesmo tempo terra de todos e terra de ninguém. Esse desmoronamento de fronteiras afeta não apenas as dimensões geográficas entre países e continentes, a ponto de muitas vezes não sabermos a origem de muitos documentos que lemos na Internet, mas também elimina as diferenças tradicionais entre autor e leitor. O texto, que já tinha evoluído da solidez da rocha para as tábuas de argila, evolui agora da permanência do papel para a forma líquida e volátil do monitor, assumindo cores e tamanhos diferentes para atender as preferências de cada um. Essa adaptação física aos desejos do leitor e a possibilidade de mexer no próprio conteúdo do texto acaba propiciando a invasão do leitor nos domínios do autor, de modo que fica difícil perceber onde termina um e onde começa o outro.
As idéias de Vygostky e seus seguidores também tem despertado o interesse de muitos pesquisadores em CALL.
Os estudos sobre a ação humana tem também despertado o interesse dos investigadores em CALL. Esses estudos têm procurado situar a ação dentro do contexto que a envolve e buscado todas as relações possíveis entre os elementos desse contexto. A idéia é de que nada acontece por acaso; para entender o que acontece com um aluno na frente do computador, por exemplo, é preciso ir além do computador e do aluno, levando em conta onde ele está, de onde ele veio e para onde pretende ir. Na medida em que tudo está relacionado, nada pode ser investigado de modo independente. A vida é um hipertexto cheio de links.
PARTE 2 ESTUDO DE CASO COMO METODOLOGIA REPRESENTATIVA  CALL pode ser considerada uma área extremamente complexa ,[object Object]
diversidade: podem ser dados escritos, obtidos através de e-mails, fóruns de discussão, redações; podem ser dados transcritos de interações na frente do computador; podem ser especificações técnicas tanto de software como de hardware; podem ser levantamentos estatísticos, dados de áudio e vídeo gravados no computador. ,[object Object]
explanatório
descritivo (YIN, 1993). Alguns autores citam também estudos de caso ilustrativos (que incluiremos no tipo descritivo), cumulativos (que vemos apenas como um conjunto de estudos de caso) ,[object Object]
descritivo tem por objetivo mos-trar ao leitor uma realidade que ele não conhece. Não procura estabelecer relações de causa e efeito, mas apenas mostrar a realidade como ela é.,[object Object],[object Object]
execução do estudo;
análise dos resultados;
elaboração das conclusões. ,[object Object]
[object Object]
saber interpretar as respostas;
ser um bom ouvinte;
ser capaz de se adaptar e ser flexível para reagir ade-quadamente a diferentes situações;
conhecer os fundamentos teóricos da questão que está sendo estudada; não ter idéias preconcebidas. ,[object Object]
procedimentos de campo, com detalhes para a coleta dos dados, certificando-se de que não haja empecilhos para chegar aos sujeitos, obtenção de credenciais quando for o caso, localização dos sujeitos ou fontes de documentos;
questões norteadoras para orientar a coletas dos dados;
orientações para a elaboração do relatório final da pesquisa. ,[object Object]
[object Object]
registros (histórico escolar, mapas, listas de nomes, dados pessoais dos sujeitos, etc.);
entrevistas (abertas, estruturadas, etc.);
observação direta (formal, informal);

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  • 1. Aprendizagem de línguas mediada por computador
  • 2. Aprendizagem de Línguas Mediada por computa-dor (CALL) é uma área de investigação que tem por objetivo pesquisar o impacto do computador no ensino e aprendizagem de línguas, tanto materna quanto estrangeiras.
  • 3. CALL é uma sigla já consolidada em língua inglesa, correspondente à Computer-Assisted Language Learning e será adotada aqui por uma questão de conveniência e facilidade de leitura.
  • 4. O computador é mais uma ferramenta para o ensino. Não é mais ou menos importante do que o aluno ou o professor. Não pode ser visto dentro de uma escala hierárquica de importância.
  • 5. O COMPUTADOR COMO FERRAMENTA DE ENSINO
  • 6. A advento do CD-ROM e da Internet propiciou o que Warshauer e Healey (1998) definem como “CALL integrativo”. As quatro habilidades básicas da língua (ouvir, falar, ler e escrever) podem ser integradas numa única atividade; o aluno pode, por exemplo, ouvir um diálogo, gravar sua pronúncia, ler o feedback fornecido pelo sistema e escrever um comentário.
  • 7. A Internet, por outro lado, permite que o aluno use a língua alvo para se integrar
  • 8. O desenvolvimento da área tem sido no sentido de ver o computador como instrumento, não só como fonte de conhecimento (enciclopédias eletrônicas, fontes de dados on-line, etc.), mas também como meio de comunicação entre as pessoas (correio eletrônico, fóruns de discussão, salas de chat, etc.). Tem contribuído para esse desenvolvimento a capacidade da máquina em guardar e produzir arquivos.
  • 9. CALL é provavelmente a área mais interdisciplinar de uma área essencialmente interdisciplinar como é o caso da Lingüística Aplicada. como se CALL fosse ao mesmo tempo terra de todos e terra de ninguém. Esse desmoronamento de fronteiras afeta não apenas as dimensões geográficas entre países e continentes, a ponto de muitas vezes não sabermos a origem de muitos documentos que lemos na Internet, mas também elimina as diferenças tradicionais entre autor e leitor. O texto, que já tinha evoluído da solidez da rocha para as tábuas de argila, evolui agora da permanência do papel para a forma líquida e volátil do monitor, assumindo cores e tamanhos diferentes para atender as preferências de cada um. Essa adaptação física aos desejos do leitor e a possibilidade de mexer no próprio conteúdo do texto acaba propiciando a invasão do leitor nos domínios do autor, de modo que fica difícil perceber onde termina um e onde começa o outro.
  • 10. As idéias de Vygostky e seus seguidores também tem despertado o interesse de muitos pesquisadores em CALL.
  • 11. Os estudos sobre a ação humana tem também despertado o interesse dos investigadores em CALL. Esses estudos têm procurado situar a ação dentro do contexto que a envolve e buscado todas as relações possíveis entre os elementos desse contexto. A idéia é de que nada acontece por acaso; para entender o que acontece com um aluno na frente do computador, por exemplo, é preciso ir além do computador e do aluno, levando em conta onde ele está, de onde ele veio e para onde pretende ir. Na medida em que tudo está relacionado, nada pode ser investigado de modo independente. A vida é um hipertexto cheio de links.
  • 12.
  • 13.
  • 15.
  • 16.
  • 19.
  • 20.
  • 21. saber interpretar as respostas;
  • 22. ser um bom ouvinte;
  • 23. ser capaz de se adaptar e ser flexível para reagir ade-quadamente a diferentes situações;
  • 24.
  • 25. procedimentos de campo, com detalhes para a coleta dos dados, certificando-se de que não haja empecilhos para chegar aos sujeitos, obtenção de credenciais quando for o caso, localização dos sujeitos ou fontes de documentos;
  • 26. questões norteadoras para orientar a coletas dos dados;
  • 27.
  • 28.
  • 29. registros (histórico escolar, mapas, listas de nomes, dados pessoais dos sujeitos, etc.);
  • 32. observação participante (o investigador participa do evento que está sendo estudado);
  • 33.
  • 34. Validade, fidedignidade e generalização As principais críticas feitas contra o Estudo de Caso destacam sua falta de rigor metodológico, baseada na sub-jetividade característica da metodologia e dificuldade de generalização. Os resultados, segundo os críticos, depen-dem da interpretação pessoal dos dados e de inferências feitas pelo pesquisador, sem objetividade e rigor científico, o que, por sua vez, leva a problemas de validade e de fide-dignidade.
  • 35. • usar a triangulação: Denzin (1984) sugere que há pelo menos quatro tipos que podem ser usados: • triangulação dos dados (quando os mesmos dados são vistos de diferentes contextos); • triangulação do investigador (quando vários pesquisa-dores, da mesma linha teórica, examinam o mesmo fe-nômeno); • triangulação teórica (quando pesquisadores de diferen-tes orientações triangulação metodológica (quando diferentes metodo-logias são usadas para o mesmo problema).
  • 36. Redação do texto A redação de um relatório de pesquisa que use o Es-tudo de Caso merece um destaque especial, já que pode ser diferente do estilo dissertativo que normalmente caracteri-za a linguagem acadêmica usada em outras metodologias. O estilo de redação no estudo de caso é mais variado e pode incluir até a narração com personagens, enredo, cená-rio e mesmo diálogos. Geralmente o pesquisador combina descrições detalhadas, com momentos de narração e análi-se, com ênfase no processo, mostrando como as coisas aconteceram passa a passo para dar ao leitor a maior con-textualização possível e justificar as conclusões feitas.
  • 37. Vantagens e limitações do Estudo de Caso O Estudo de Caso apresenta vantagens e desvantagens.
  • 38. vantagens flexibilidade e capacidade de contex-tualização. A flexibilidade permite que o pesquisador ajuste suas hipóteses iniciais de acordo com os dados novos que podem surgir durante a execução do projeto, dando assim conta da imprevisibilidade.
  • 39. Outro problema é a necessidade do alto investimen-to por parte do pesquisador no Estudo de Caso. Precisa conhecer bem os sujeitos, ou sujeito selecionado, incluindo sua visão do mundo e do ambiente em que vive, seu estado emocional, suas amizades, suas frustrações, seus desafetos e preferências pessoais. Isso certamente dará muito mais trabalho do que aplicar um questionário geral para mil informantes num estudo puramente estatístico – com o agravante de que um projeto envolvendo mil sujeitos tem muito mais probabilidade de conseguir apoio financeiro dos órgãos de fomento do que um projeto com apenas um sujeito.
  • 40. há também um sério problema ético. É muito mais fácil proteger a identidade num questionário anônimo distribuído a mil informantes do que num estudo em profundidade de um ou poucos sujeitos. Para garantir o consentimento do sujeito em continuar na pesquisa quando sentir que sua privacidade esteja talvez sendo in-vadida, o pesquisador muitas vezes recua na proposta ini-cial, sendo obrigado a ficar mais na superfície do caso, sem aprofundar os questionamentos como desejaria. O próprio pesquisador também pode estar ligado a uma insti-tuição que sustenta o projeto, e que poderá retirar o apoio onde houver um conflito de interesses. Uma tentativa por parte do pesquisador em resolver o conflito poderá preju-dicar a credibilidade dos resultados. São limitações que exigem a atenção redobrada do
  • 41. São limitações que exigem a atenção redobrada do pesquisador. De um lado, precisa estar atento aos seus preconceitos e vieses na inferência que faz dos dados; de outro, deve sempre reconhecer os limites de suas conclu-sões. As grandes descobertas não acontecem todos os dias.
  • 42. Referência: LEFFA, V. J. . A aprendizagem de línguas mediada por computador. In: Vilson J. Leffa. (Org.). Pesquisa em lingüística Aplicada: temas e métodos. Pelotas: Educat, 2006, p. 11-36.