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Relatório da Visita de Estudo
                     “NAVEGAR - Camões, Pessoa e o V Império” e “Percurso Pessoano”

          No dia 30 de Janeiro de 2012, as turmas A e B do 12º ano, deslocaram-se a Lisboa para
   uma visita enriquecedora para os seus conhecimentos sobre as obras estudadas.

           Saímos de Arraiolos e dirigimo-nos a Lisboa, mais concretamente ao Mosteiro dos Jerónimos,
   onde assistimos ao espectáculo “NAVEGAR - Camões, Pessoa e o V Império”
   representado por actores reconhecidos do público português como Rogério Jacques
   (Camões), Paulo Pinto (Pessoa), Filipe Araújo (Sebastião) e Suzana Branco (Inês)os quais,
   de forma brilhante, nos levaram ao encontro de Camões e Pessoa. Camões cantava a
   glória dos portugueses n’Os Lusíadas, enquanto Pessoa traduzia a decadência do
   Império na Mensagem. Mas entre eles um ponto em comum: ambos defendiam o V
   Império: Camões, o territorial; Pessoa, o império da língua e da cultura. Todo este
   espectáculo maravilhoso envolvendo músicas violentas e enquadradas no tema.

            Após o espectáculo, saímos do Mosteiro e almoçámos no jardim situado mesmo
   à sua frente. Seguidamente, já do autocarro, observámos a Torre de Belém e o Padrão
   dos Descobrimentos, sendo estes alguns exemplos de património arquitectural e cultural
   de Lisboa na época dos Descobrimentos. A este respeito, recorde-se que n’Os Lusíadas,
   no canto IV - Episódio ‘O Velho do Restelo’, no momento em que as naus de Vasco da
   Gama se despediam do porto de Belém, um ancião, o Velho do Restelo, elevando a voz,
   manifestou a sua oposição à viagem para a Índia. A sua fala pode ser interpretada como
   a sobrevivência da mentalidade agrária, oposta ao expansionismo e às navegações, que
   configuravam os interesses da burguesia e da monarquia. É a expressão rigorosa do
   conservadorismo. Certo é que Camões, mesmo numa epopeia que se propõe a exaltar as
   Grandes Navegações, dá a palavra aos que se opõem ao projecto expansionista. Note-se
   pois como O Velho do Restelo representa a oposição passado vs presente, antigo vs
   novo. Com efeito, o ancião chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória,
   por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. Simboliza assim, a
   preocupação daqueles que antevêem um futuro sombrio para a Pátria Portuguesa.

           Passado algum tempo, dirigimo-nos para a Baixa Pombalina, onde iniciámos o
   nosso percurso Pessoano a pé.




                                                                                               1 - Bilhete que nos deram para
                                                                                                 assistirmos ao espectáculo.




2 - Rua onde fomos deixados pelo autocarro e
   que descemos com vista para o Rio Tejo.           3 - Tivemos oportunidade de passar pela
                                                     estátua de Luís Vaz de Camões, no Largo
                                                     Camões.
5 – Uma foto tirada no interior do Café “A Brasileira”,
       4 - Logo a seguir, encontrámos                       que F. Pessoa frequentava assiduamente.
         uma estátua em bronze de
        Fernando Pessoa, sentado à
        mesa do café “A Brasileira”.




                                                               7 – No Rossio, deparámo-nos com a estátua de D.
                                                             Pedro IV, vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro
   6 –Descendo o Largo do Chiado, passámos por ruas           imperador do Brasil independente. Na sua base, as
    cheias de lojas e vimos os famosos ‘Armazéns do            quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, à
                         Chiado’.                                Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades
                                                                           atribuídas ao Rei-Soldado.




8 - Na estação de comboios do Rossio, comprámos
bebidas e até observámos os painéis, como se vê na
figura 9.


                                                                  9 - Painel - ‘D. Sebastião: O Encoberto’.


        Entretanto, esperámos pacientemente por alguns colegas que não podiam andar e por
outros um pouco despistados e seguimos para o
Terreiro do Paço. Aí, entrámos para o Café
Restaurante “Martinho da Arcada”, onde
Fernando Pessoa passava muito do seu tempo.




                                                                10 - Imagens observadas no Café Restaurante.
11 - Revista Orpheu e Jornal Tabacaria.                                      12 - Bilhete de identidade de Fernando Pessoa.




                                           13 - Por fim, um postal de Fernando Pessoa à
                                             porta do Café Restaurante “Martinho da
                                           Arcada”, oferta do empregado do restaurante
                                               que nos recebeu com toda a simpatia.




         Esta viagem trouxe-nos um maior enriquecimento a nível da matéria dada nas aulas da
disciplina de Português. Pois eu fiquei a ter a certeza que um escritor espectacular como
Fernando Pessoa está verdadeiramente perto de nós, ao fim ao cabo ele é português, como
nós, falava a nossa língua e até estivemos onde ele esteve. Por exemplo, às vezes quando
estamos a ver um filme, imaginamos como seria se já tivéssemos estado com aquele actor ou
até mesmo nos sítios onde ele pudesse ter estado. Neste caso, acontece o mesmo mas ao
mesmo tempo torna-se diferente. Não estamos fisicamente com o poeta, todavia andamos
pelos seus passos e conhecemos as suas rotinas. E, principalmente, partilhamos aquilo que ele
mais gostava, as letras, as palavras, a Literatura.



                                                                                              Joana Carona, nº11, 12ºA

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  • 1. Relatório da Visita de Estudo “NAVEGAR - Camões, Pessoa e o V Império” e “Percurso Pessoano” No dia 30 de Janeiro de 2012, as turmas A e B do 12º ano, deslocaram-se a Lisboa para uma visita enriquecedora para os seus conhecimentos sobre as obras estudadas. Saímos de Arraiolos e dirigimo-nos a Lisboa, mais concretamente ao Mosteiro dos Jerónimos, onde assistimos ao espectáculo “NAVEGAR - Camões, Pessoa e o V Império” representado por actores reconhecidos do público português como Rogério Jacques (Camões), Paulo Pinto (Pessoa), Filipe Araújo (Sebastião) e Suzana Branco (Inês)os quais, de forma brilhante, nos levaram ao encontro de Camões e Pessoa. Camões cantava a glória dos portugueses n’Os Lusíadas, enquanto Pessoa traduzia a decadência do Império na Mensagem. Mas entre eles um ponto em comum: ambos defendiam o V Império: Camões, o territorial; Pessoa, o império da língua e da cultura. Todo este espectáculo maravilhoso envolvendo músicas violentas e enquadradas no tema. Após o espectáculo, saímos do Mosteiro e almoçámos no jardim situado mesmo à sua frente. Seguidamente, já do autocarro, observámos a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos, sendo estes alguns exemplos de património arquitectural e cultural de Lisboa na época dos Descobrimentos. A este respeito, recorde-se que n’Os Lusíadas, no canto IV - Episódio ‘O Velho do Restelo’, no momento em que as naus de Vasco da Gama se despediam do porto de Belém, um ancião, o Velho do Restelo, elevando a voz, manifestou a sua oposição à viagem para a Índia. A sua fala pode ser interpretada como a sobrevivência da mentalidade agrária, oposta ao expansionismo e às navegações, que configuravam os interesses da burguesia e da monarquia. É a expressão rigorosa do conservadorismo. Certo é que Camões, mesmo numa epopeia que se propõe a exaltar as Grandes Navegações, dá a palavra aos que se opõem ao projecto expansionista. Note-se pois como O Velho do Restelo representa a oposição passado vs presente, antigo vs novo. Com efeito, o ancião chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. Simboliza assim, a preocupação daqueles que antevêem um futuro sombrio para a Pátria Portuguesa. Passado algum tempo, dirigimo-nos para a Baixa Pombalina, onde iniciámos o nosso percurso Pessoano a pé. 1 - Bilhete que nos deram para assistirmos ao espectáculo. 2 - Rua onde fomos deixados pelo autocarro e que descemos com vista para o Rio Tejo. 3 - Tivemos oportunidade de passar pela estátua de Luís Vaz de Camões, no Largo Camões.
  • 2. 5 – Uma foto tirada no interior do Café “A Brasileira”, 4 - Logo a seguir, encontrámos que F. Pessoa frequentava assiduamente. uma estátua em bronze de Fernando Pessoa, sentado à mesa do café “A Brasileira”. 7 – No Rossio, deparámo-nos com a estátua de D. Pedro IV, vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro 6 –Descendo o Largo do Chiado, passámos por ruas imperador do Brasil independente. Na sua base, as cheias de lojas e vimos os famosos ‘Armazéns do quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, à Chiado’. Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas ao Rei-Soldado. 8 - Na estação de comboios do Rossio, comprámos bebidas e até observámos os painéis, como se vê na figura 9. 9 - Painel - ‘D. Sebastião: O Encoberto’. Entretanto, esperámos pacientemente por alguns colegas que não podiam andar e por outros um pouco despistados e seguimos para o Terreiro do Paço. Aí, entrámos para o Café Restaurante “Martinho da Arcada”, onde Fernando Pessoa passava muito do seu tempo. 10 - Imagens observadas no Café Restaurante.
  • 3. 11 - Revista Orpheu e Jornal Tabacaria. 12 - Bilhete de identidade de Fernando Pessoa. 13 - Por fim, um postal de Fernando Pessoa à porta do Café Restaurante “Martinho da Arcada”, oferta do empregado do restaurante que nos recebeu com toda a simpatia. Esta viagem trouxe-nos um maior enriquecimento a nível da matéria dada nas aulas da disciplina de Português. Pois eu fiquei a ter a certeza que um escritor espectacular como Fernando Pessoa está verdadeiramente perto de nós, ao fim ao cabo ele é português, como nós, falava a nossa língua e até estivemos onde ele esteve. Por exemplo, às vezes quando estamos a ver um filme, imaginamos como seria se já tivéssemos estado com aquele actor ou até mesmo nos sítios onde ele pudesse ter estado. Neste caso, acontece o mesmo mas ao mesmo tempo torna-se diferente. Não estamos fisicamente com o poeta, todavia andamos pelos seus passos e conhecemos as suas rotinas. E, principalmente, partilhamos aquilo que ele mais gostava, as letras, as palavras, a Literatura. Joana Carona, nº11, 12ºA