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PROGRAMA DE PÓS-GRADUCAÇÃO STRICTO SENSU –
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Mestrado em Educação– Disciplina Eletiva - 2013
SEMINÁRIO DA DISCIPLINA DE ESTUDOS EM GESTÃO EDUCACIONAL
Ministrada pelos Profs: Drª Ana Paula Mancini e
Drª Maria Alice de Miranda Aranda
Dr Paulo Gomes Lima
Grupo 1: Maria Isabel, Simone e Sinderléia
copyright de Maria Isabel Soares Feitosa, Simone Sandri e Sinderléia Dias Silva, 2013©
2.
Objetivo: problematizar questões concernentes a Políticas Públicas e
Gestão Escolar, tendo como foco a práxis da gestão escolar
democrática (GED) no Brasil, analisando como esta tem se
constituído a partir dos anos de 1980.
Capitulo 1 - Gestão Escolar Democrática: para além da legitimação
instrumental
Capitulo 2 – Gestão Escolar Democrática: espaço de contestação
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3. Graduada em Pedagogia pela UFU, pós-graduada em Supervisão
Educacional e Psicopedagogia; Mestre em Educação na Linha de Políticas e
Gestão em Educação.
Experiência com Educação Básica e Ensino Superior (Graduação e
Especialização).
Idealizou a empresa ConsultAção Inovações Educacionais Ltda em
Uberlândia.
Coordenou o Pólo (EAD) da Universidade Católica de Brasília, em
Uberlândia. Doutoranda na UFU, atua como Professora Formadora no curso
de Atendimento Educacional Especializado para Alunos Surdos, oferecido
pelo CEaD/UFU/UAB, além de atuar na Gestão Pedagógica no Curso Supera
- Ginástica para o Cérebro.
Faz parte do Grupo de Pesquisa Estado, Democracia e Educação
(GPEDE), da UFU
Texto baseado no Currículo Lattes CNPq da autora atualizado em 22/08/2013
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4. Questionamentos condutores:
1 -Existiriam hoje, substancialmente estruturados,
fios teóricos que fundamentassem as condições
concretas e as possibilidades de materialização de
uma política educacional escolar com raiz
democrática?
2- Como, no modelo societal
instalado, se
concebe a GED,considerando-se as matrizes
conceituais
e
as
políticas
educacionais
desenvolvidas?
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6. 1970/80
1990
Organização de coletivo
social
Desenho de ditadura nos moldes
neoliberais derrubando as
conquistas da década anterior
Constituição Federal de 1988
Categorias com concepções e
práticas diferenciadas
Reativação na forma da lei dos
grêmios estudantis, conselhos e
eleição de diretos alguns estados
Sociedade hesitante e
descrente na política,nos
políticos e nos órgãos estatais
Rico processo de luta pela
redemocratização
Perspectiva de ampliação do
espaço publico e da escola
publica, gratuita, laica, unitária e
universal
LDB 9394/96.
Ênfase na qualidade,
deslocamento do eixo para a
busca da eficiência e eficácia via
autonomia da escola, controle de
qualidade, descentralização e
terceirização de serviços.
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10. •Utilizam
de discursos inovadores em relação à
democratização da educação e à gestão autocrática;
“otimistas”
•acreditam ser possível constituir GED desenvolvendo
ações gestoras conciliadores;
• São autores que vem a GED com entusiasmo e
otimismo.
“críticos”
•Os estudos e críticas e propostas por estes
estudiosos sugerem que para a implantação da GED
o foco deve estar na transformação social como
instrumento basilar para as mudanças tensionando
o processo para além da forma com vias ao resgate
do conteúdo e assim superação da lacuna
teoria/prática;
•Defendem que só é possível pensar na implantação
da GED se contextualizada no modelo societal
instaurado, modelo este tecido historicamente
nas/sob múltiplas determinações do real.
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12. Lück (Otimista)
• A GED e ações gestoras conciliadoras;
• descentralização enquanto pilar central na efetivação da GED;
• Gestão compartilhada (realização de parceiras e cooperativismo);
• A democratização ocorre com práticas de interação e participação entre os
dirigentes, funcionários, clientes ou usuários e através de parcerias;
• Defende o estilo de gestão consultivo;
• Pseudoautonomia;
• Aliança GED e sociedade capitalista neoliberal, e possibilidade de constituição
da gestão democrática;
• Defende a descentralização do poder.
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13. Gadotti (Otimista)
• Autonomia e a gestão democrática da escola pública constituem-se e
desenvolvem-se em decorrência das contradições inerentes ao seu processo de
existência;
• Discute juntamente a Paulo Freire, as propostas de construção de uma Escola
Cidadã e propõe como modelo prático a ser efetivado;
• Sugere à comunidade assumir a gestão da escola para além da fiscalização;
• Conceitualiza autonomia, autogestão, co-gestão e participação;
• Propõe a quebra da gestão autocrática e a implantação de um novo modelo
democrático.
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14. Libâneo (Otimista)
• O sistema de ensino e as escolas, - organização e a gestão
escolares ocorram mediante formas participativas, concebe a
escola como uma comunidade democrática de aprendizagem;
• Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados;
• propõe a gestão democrático-participativa;
• Gestão escolar com participação corresponsável consciente,
partilhada, solidária da equipe da escola.
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15. Defesa da participação, autonomia e democratização, enquanto
categoria chave, cujo modelo prático defendido e direcionado é a
gestão democrática;
Apresentam modelos
planejamento da escola;
de
instrumentos
para
organização
e
Defendem propostas ditas transformadoras, veem na aliança
GED/sociedade capitalista neoliberal, uma possibilidade de
constituição da gestão democrática;
Demonstram opção por mudança/conciliação nos processos
gestores implantados o que, todavia, não nos evidencia superação
que vá além da forma, atingindo as raízes de fato constituidoras do
modelo instalado.
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16. Considerações da autora
(otimistas)
Mudança conciliada;
Não há superação além da forma, não haverá mudança nas raízes
do modelo já instalado;
Ações dos sujeitos reduzidas a meros mecanismos participativos;
Ilusão da partilha de poder;
Força das reformas e projetos de ação;
Não reconhecem as partes no todo;
Apesar da utilização de terminologias comuns, da defesa da GED
como importante instrumento de democratização educacional e
social, fica ainda nebuloso o instrumento concreto a partir do qual
tais propostas se efetivariam de fato.
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17. Considerações da autora (otimistas)
“Não vemos a construção de uma escola democrática como
possibilidade objetiva, se o contexto se apresenta em moldes de
desconcentração e participacionismo sem transparência social,
sem participação e autonomia, sem descentralização, pois, por
mais aprimorados que sejam os mecanismos indicados para tal
implantação, a base se mantém. (SHIMAMOTO, 2011, p.118).
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18. Considerações da autora (otimistas)
“É essencial que na relação orgânica das práxis educacionais seja
assegurado o olhar crítico e dialético sobre tal processo. Assim, é
imprescindível superar a visão participacionista, eleitoreira, com vias
a uma constituição harmoniosa e naturalizada de sociedade, donde se
defenda a inexistência de contradições e pontos nodais, empecilhos
às ações democratizantes.” (SHIMAMOTO, 2011, p. 119).
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20. Saviani (crítico)
•Os conteúdos específicos de cada disciplina devem estar vinculados às finalidades sociais
amplas (prática social) é a contribuição pedagógica em prol da instancia política;
mais
•É preciso superar a visão crítico-mecanicista para a visão crítico dialética;
•Nada pode ser projetado senão pela via da descentralização, desburocratização, transparência,
participação e autonomia dos sujeitos (através de uma transformação social);
•Foco para implantação da GED é a transformação social como instrumento basilar;
•A sociedade é vista como trama viva ;
•Toda prática educativa possui uma dimensão política e toda prática política possui uma dimensão
educativa;
•Defende que , para que haja alcance efetivo na implantação da GED, é necessário que haja
transformações drásticas, nas instâncias macro, e que se processem na prática;
•A democracia é assumida (na escola, junto ao processo de democratização da Sociedade);
•Fundamental que a educação e a política sejam inseparáveis;
•Escola vista como instrumento de manutenção e transformação social;
•Dentre os instrumentos de desvalorização da escola pública e distanciamento da mesma em relação
ao alcance de seus objetivos ( A escola como agencia a serviço de interesses corporativistas ou
clientelistas dentistas, nutricionistas, fonoaudiólogas, psicólogos, artistas e assistentes sociais, etc)
– espaço disputadíssimo.
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21. Paro (crítico)
• Utilizar no espaço escolar modelos conservadores e/ou empresariais é negar a
possibilidade emancipadora dos sujeitos, a educação democrática e, com ela, a
GED;
• Parte do pressuposto que não é possível uma compreensão real dos processos
educacionais escolares se não se considerar os determinantes sociais e
econômicos da administração escolar;
• Modelo capitalista relação de maldade ou inocência ;
• Administração em contexto capitalista, nutre-se na ideia de domínio;
• pode haver transformação mas é imprescindível aos educadores assumirem
posição diferenciada;
• A gestão nem a escola são instâncias redentoras da sociedade, mas são parte
imprescindível à ação dos sujeitos na/para a construção de uma sociedade mais
politizada e mais consciente, na qual a autoria dos sujeitos seja aspecto radical.
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22. Tragtenberg (crítico)
• Defende a autonomia, a autogestão e a solidariedade como concepções e
práticas incompatíveis com a lógica do capital, posto que rompam com os
modelos hierárquicos, competitivos e fragmentados;
• Educação Libertária Defende uma sociedade sem exploração, sem
administradores e administrados, o que significa uma sociedade sem
partidos, governos ou Estado.(manter a coerência entre a teoria e a
prática);
• Considera o âmbito escolar em sua totalidade
absolutamente todos os envolvidos no processo;
cobrando
–
de
• “Apenas uma real participação dos assalariados nos processos de decisões
fundamentais da sociedade permitirá uma democratização real do ensino.
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23.
Programas, modelos e roteiros são impróprios e insuficientes para a
transformação com vias à democratização, pois não possuem raízes que
sustentem alterações radicais no modelo societal;
Veem na transformação social um instrumento basilar para mudanças,
tensionando-se o processo para além da forma com vias ao resgate do
conteúdo e, assim, à superação da lacuna teoria/prática;
A formação de consciências para participação, decisão e construção de
um modelo de sociedade;
Defendem que só é possível pensar a implantação da GED se
contextualizada no modelo societal instaurado;
Para eles, os organismos sociais são sempre produção humana
constituídas nas relações que os homens estabelecem entre si e,
portanto, caracterizadas por determinações e contradições materiais, em
teia complexa que permeia a constituição do homem em sua
individualidade e coletividade.
copyright de Maria Isabel Soares Feitosa, Simone Sandri e Sinderléia Dias Silva, 2013©
24.
Para a autora:
não há possibilidade de constituição da GED – os modelos
participacionistas conciliadores mantém o taylorismo tecido
em fios neoliberais que têm no individualismo, gerencialismo
e competitividade sua estrutura de funcionamento e
concretude;
não há caminhos para que a democratização de fato se
processe;
Não há possibilidade de se constituir a GED na prática social
tal qual se organiza e se estrutura atualmente.
Não há possibilidade efetiva de construção de uma escola
democrática, se o contexto se apresenta em moldes de
desconcentração e participacionismo.
Há uma camuflagem da descentralização, direcionando à não
participação e à não autonomia,
copyright de Maria Isabel Soares Feitosa, Simone Sandri e Sinderléia Dias Silva, 2013©
25. Existiriam hoje, substancialmente estruturados, fios teóricos que
fundamentassem e discutissem as condições concretas e as
possibilidades de materialização de uma política educacional
escolar com raiz democrática?
Existe gestão escolar democrática em contexto capitalista neoliberal?
Como, no modelo societal instalado, se concebe a GED,
considerando-se as matrizes conceituais e as políticas educacionais
desenvolvidas?
É possível identificar uma teoria determinante nos processos de
constituição da GED?
copyright de Maria Isabel Soares Feitosa, Simone Sandri e Sinderléia Dias Silva, 2013©