1. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
MATERIAIS
E
FERRAMENTAS
DE CORTE
Professora: Maria Adrina Paixão de Souza da Silva, Dra.1 Eng.
2. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Evolução:
50 mil anos atrás (Paleolítico – Pedra Lascada):
Emprego de ferramentas de pedra com gumes afiados por
lascamento, adaptando a geometria de corte à tarefa a ser realizada
2
3. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Evolução:
•50 mil anos atrás – Pedras
•1868 – Aço Ferramenta
•1900 – Aço Rápido
•1922 – Ligas Fundidas
•1926 – Metal Duro (Widia – de wie Diamant “como o
diamante”)
•1930 – Metal Duro mais complexos
•1938 – Cerâmicas
•1939 – Aços Super-Rápidos
•Década de 1950 – Nitreto de boro cúbico
3
•Década de 1970 – Diamante mono e policristalino
4. A lista refere-se à
materiais para
ferramenta de corte,
seqüenciadas de
acordo com a ordem
crescente que foram
surgindo.
A medida que se
desce na lista, a
dureza aumenta e
tenacidade diminui.
4
5. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
PARA FERRAMENTAS
Segundo a ordem cronológica em que foram desenvolvidos podemos agrupar, de
modo geral, os materiais para ferramenta da seguinte maneira:
1 - Aços-carbono (aço-ferramenta), sem elementos de liga ou com baixos teores
de liga;
2 - Aços rápidos;
3 - Ligas fundidas;
4 - Metal duro;
5 - Materiais cerâmicos;
6 - Outros materiais para ferramentas. 5
6. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
PARA FERRAMENTAS
6
7. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
PARA FERRAMENTAS
Variação da
dureza de
alguns
materiais de
ferramentas de
corte com a
temperatura
7
8. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
PARA FERRAMENTAS
Agora para a escolha do melhor material para ser utilizado em uma ferramenta de
corte depende de uma série de fatores, dentre eles:
• Material a ser usinado;
• Natureza da operação de usinagem;
• Condição da máquina operatriz;
• Forma e dimensões da própria ferramenta;
• Custo do material para a ferramenta;
• Emprego de refrigeração ou lubrificantes etc.
8
9. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
De acordo com a classificação AISI (American Iron and Steel Institute), os aços
ferramenta podem ser classificados (“W” de water hardening):
9
10. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
O carbono é o elemento mais importante, sob o ponto de vista do controle das
propriedades do aço. Os dados apresentados a seguir indicam os valores relativos
de tenacidade e dureza para diferentes teores de carbono.
0,50% C – simplesmente tenaz;
0,60% C – muito tenaz, com características adequadas para têmpera e revenido;
resistente ao choque;
0,70% C – tenacidade excelente e apresentando ainda gume cortante; resistente ao
choque;
0,80% C – tenaz e resistente ao choque; LINK
0,90% C – gume cortante satisfatório, mas tenacidade ainda sendo um fator
importante;
1,00% C – gume cortante e tenacidade aproximadamente idênticos;
1,20% C – grande dureza aliada a certa tenacidade;
1,30% C – grande dureza no gume cortante; a tenacidade é fator secundário
10
1,40% C – o primeiro requisito é a máxima dureza no gume cortante.
11. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
Outros elementos de liga presentes nos aços ferramenta atuam da seguinte
maneira:
Silício – normalmente presente como elemento desoxidante; qualquer outro efeito
aparece somente se seu teor ultrapassar 0,50%
Manganês – influência na temperabilidade mais fortemente que o silício, entretanto
essa influência é relativamente pequena, em face do teor normalmente baixo em
que o manganês está presente nesses aços;
11
12. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
Enxofre e fósforo - aparecem nesses aços em teores geralmente abaixo de
0,03%, resultando em efeito insignificante sobre as propriedades do material;
Vanádio - adicionado até no máximo 0,50%, apresenta como principal efeito o de
impedir o crescimento de grão do aço, devido ao fato de formar carboneto de
vanádio muito estável, o qual não se dissolve na austenita às temperaturas normais
de tratamento térmico.
Cromo – contribui para melhorar a temperabilidade do aço, sendo portanto indicado
para aplicações em que as peças produzidas sejam de dimensões acima das
normais, e também a presença de cromo impede a formação de pontos moles em
peças de quaisquer dimensões.
12
13. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
13
14. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
14
15. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aço-Ferramenta
Áreas de aplicação dos aços-ferramentas
-Materiais de baixa velocidade de corte (Vc)
-Usinagem de aços doces com Vc < 25m/min
-Brocas para uso doméstico
- Ferramentas para carpintaria
15
16. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Características
-Principais elementos constituintes (W, Mo, Co, V), elementos que conferem
alta tenacidade às ferramentas.
-Dureza de 60 a 67 HRC
-Resistem a temperatura de até aproximadamente 520 a 600°C
- Clássico 18 (%W) - 4 (%Cr) – 1 (%V)
- Aço super rápido adição de Co
- Tratamento térmico complexo
- preço elevado 16
17. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Características
– Composição química usual (5 a 7% formam carbonetos):
0,6 a 1,6% C
4% Cr
7 a 10% W
85 a 89% Fe
4 a 5% Mo
0,9 a 3% V
– Designação: HS + % W - Mo - V - Co (ex.: HS 10-4-3-10).
17
18. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Características
Subdivisão em 4 grupos, segundo o teor de W e Mo
18
19. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Características
– Grupo 1
● alto teor de W (até 18%)
● bom revenimento
● empregado para desbaste de aço e ferro fundido
– Grupo 2
● teores de W de até 12%
● crescente teor de V
● revenimento um pouco pior que grupo 1
● empregado para acabamento de materiais ferrosos e na usinagem de
materiais não-ferrosos
● para ferramentas com forma complexa (boa maleabilidade e tenacidade)
– Grupos 3 e 4
● W + Mo (Mo substitui W)
● possui tenacidade muito boa 19
● empregado para todos tipos de ferramentas
20. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Influência dos Elementos de Liga
– Aumento no teor de elementos de liga:
● Maior produtividade destes materiais;
● Aumento na resistência ao desgaste;
● Aumento na vida das ferramenta;
● Porém torna-se mais difícil a fabricação deste material;
● Maiores custos de produção
20
21. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Influência dos Elementos de Liga
● Tungstênio (W) ● Molibdênio (Mo)
– formador de carbonetos – melhora temperabilidade
– melhora revenimento – melhora tenacidade
– melhora resistência ao – substitui W
Desgaste
● Cobalto (Co)
● Vanádio (V) – eleva temperatura de
– Formador de carbonetos sensibilização a quente
– melhora resistência ao – melhora dureza a quente
desgaste (resist. a – melhor solubilidade de
quente) carbonetos 21
– usado para acabamento
22. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
➔ Aço-rápido com revestimento (TiC, TiN):
● Menor atrito;
● Redução no desgaste;
● Maior estabilidade química;
● Proteção térmica do substrato
22
23. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Propriedades dos aços-rápidos
Dureza a quente – capacidade de resistir ao amolecimento a
temperaturas elevadas;
Resistência ao desgaste – capacidade da seção da
ferramenta que está em contato com a peça sob usinagem de
suportar a abrasão a que está submetida;
Tenacidade - adequada combinação de resistência mecânica
e ductilidade do material da ferramenta
23
24. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Propriedades dos aços-rápidos
24
25. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Propriedades dos aços-rápidos
25
26. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Aços-Rápidos
Áreas de aplicação dos aços-rápidos
-Alargadores
-Fresas de todos os tipos
-Ferramentas de plainar
-Escareadores
-Ferramentas para trabalho a frio
-Ferramentas para trabalho em madeira
26
- outras.
27. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Ligas Fundidas para
Ferramentas
-Composição típica:
- Características -
➔ 3% Fe
➔ 17% W
➔ 33% Cr
➔ 44% Co
- Resistem a temperatura entre aproximadamente 700 a 800°C
- W → Mn, Mo, V, Ti e Ta
- Tratamento térmico complexo
- Preço elevado 27
28. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Ligas Fundidas para
Ferramentas
- Características -
28
29. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Ligas Fundidas para
Ferramentas
- Nomes comerciais -
Stellite
Tantung
Rexalloy
Chromalloy
29
30. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Ligas Fundidas para
Ferramentas
- Áreas de Aplicação das Ligas Fundidas -
-Raro em ferramentas para usinagem de geometria definida
- Material para abrasivos
- Isoladores térmicos, isoladores elétricos
- Fundição de materiais cerâmicos
- outros
30
31. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
Desenvolvimento 1926 – Leipzig
Material de ferramenta mais utilizado na indústria
Indústria automobilística consome cerca de 50% das ferramentas de metal
duro produzidas no mundo
Resistem a temperatura de até aproximadamente 1000°C (mesma dureza que
o aço rápido à temperatura ambiente)
Maiores Vc (velocidades de corte) com relação as ligas fundidas, aços
rápidos e aços ferramenta
- Aumento na vida útil das ferramentas na ordem de 200 a 400% 31
32. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
32
33. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
Composição típica: 81% W, 6% C e 13% Co – (WC-Co)
● Algumas razões do sucesso deste material:
– Grande variedade de tipos de metal duro (adição de elementos de
liga);
– Propriedades adequadas às solicitações em diferentes condições
– Possibilidade de utilização de insertos intercambiáveis
– Estrutura homogênea (processo de fabricação)
– Dureza elevada;
– Resistência à compressão;
– Resistência ao desgaste a quente.
33
34. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Características -
-Boa distribuição da estrutura
-Boa resistência à compressão
-Boa resistência ao desgaste a quente
-Possibilidade de se obter propriedades específicas
-A princípio utilizado para a usinagem de materiais fundidos
-Anos 70 (seculo XX)- surgimento de metais duros revestidos
34
- Primeiros Cermets® (metais duros à base de TiC) – elevadas velocidades de
corte - 1973 - Japão
35. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Cermets -
Metais duro à base de TiC-TiN-Co, Ni
● Grande dureza, baixa tendência à difusão e à adesão, boa resistência a
quente
● Apropriados para o acabamento de aços (torneamento e fresamento)
35
36. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Cermets -
É um grupo intermediário entre os metais duros e as cerâmicas. Constituído
por TiC e TiN e geralmente tem o Ni como elemento ligante.
Devido à baixa condutividade térmica e ao alto coeficiente de dilatação, os
cermets têm um baixo coeficiente de resistência ao choque térmico, bem
inferior ao do metal duro.
Daí a explicação do cermets só ser eficiente em baixos avanços, pequenas
profundidades de corte e altas velocidades (operações de acabamento) na
usinagem dos ferrosos.
36
37. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Fabricação -
37
38. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Fabricação -
38
39. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Estrutura -
Carbonetos:
● fornecem dureza a quente e resistência ao desgaste (WC, TiC,
TaC, NbC, ...)
Ligante metálico:
● Atua na ligação dos carbonetos frágeis (Co ou Ni);
– Obtido por sinterização (ligante + carbonetos)
39
40. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Estrutura -
40
41. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Carboneto de tungstênio (WC)
-Solúvel em Co → alta resistência de ligação interna e de gume
-Boa resistência ao desgaste abrasivo (melhor que TiC e TaC)
-Limitações de velocidades de corte devido à tendência à difusão em
temperaturas elevadas)
41
42. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Carboneto de Titânio (TiC)
-Baixa tendência à difusão
-Boa resistência à quente
-Pequena resistência de ligação interna → baixa resistência de gume
- Os metais duros com alto teor de TiC são frágeis
42
43. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Carboneto de Nióbio (NbC)
- Em pequenas quantidades → refino do grão → proporciona um aumento de
tenacidade e de resistência do gume
- A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC
43
44. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Carboneto de Tântalo (TaC)
- Em pequenas quantidades → refino do grão → proporciona um aumento de
tenacidade e de resistência do gume
- A resistência interna do metal duro cai menos do que quando é utilizado TiC
44
45. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Nitreto de titânio (TiN)
- Componente de maior influência nas propriedades dos Cermets
- Menor solubilidade no aço
- Maior resistência à difusão que o TiC
- Alta resistência ao desgaste
- Estrutura de grãos finos
45
46. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Propriedades dos componentes -
Cobalto (Co)
- Melhor metal de ligação para metais duros com base em WC
- Boa solubilidade do WC
- Bom ancoramento dos cristais de WC
46
47. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Grandezas de influência sobre a resistência-
47
48. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Classificação -
Divididos em três grupos (P,K e M) e classificados de acordo com à
tenacidade e resistência ao desgaste, de acordo com uma numeração (p. ex.
P01, P10,..., K10, ...)
48
49. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Classificação -
49
50. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
– Grupo P - Classificação -
● Alta resistência a quente
● Pequeno desgaste abrasivo
● Empregado para usinagem de aços com cavacos longos
– Grupo M
● Média resistência a quente
● Média resistência à abrasão
● Para aços resistentes a altas temperaturas, aço inoxidável, aços
resistentes à corrosão 50
51. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Revestidos -
– Substrato tenaz com revestimento duro (TiC, TiN, Ti(C,N),
Al2O3, ...), combinando-se assim uma alta resistência a choques
com alta resistência a desgaste (maior vida de ferramenta).
– É freqüente a deposição de várias camadas
– Processos de revestimento
● CVD (chemical vapour deposition)
● PVD (physical vapour deposition)
– Exigências aos revestimentos
● Espessura regular da camada sobre a face e flancos
● Composição química definida 51
● Possibilidade de fabricação em grandes lotes
52. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Revestidos -
Principais revestimentos
– Carboneto de Titânio (TiC)
– Nitreto de titânio (TiN)
– Carbonitreto de titânio (Ti(C,N))
– Nitreto de alumínio-titânio ((Ti, Al)N)
– Óxido de Alumínio (Al2O3)
52
– Camadas de diamante
53. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Revestidos -
53
54. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Metal Duro (Widia)
- Áreas de aplicação -
-Ferramentas para quase todas as operações de usinagem (sob a forma de
insertos)
-Ferramentas para desbaste e acabamento
-Brocas helicoidais
-Brocas para furação profunda
-Fresas de topo
-Brochas
-Alargadores
54
- outros
55. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Classificação -
55
56. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Generalidades -
-Alta resistência à compressão
-Alta estabilidade química
-Limitações na aplicação devido ao comportamento frágil e à dispersão das
propriedades de resistência mecânica
-Indispensável em áreas como fabricação de discos de freio
-Materiais de importância crescente
-Melhoria constante na qualidade
56
57. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Propriedades e características de cerâmicas -
-Resistentes à corrosão e às altas temperaturas
-Elevada estabilidade química (boa resistência ao desgaste)
-Resistência à compressão
-Materiais não-metálicos e inorgânicos
-Ligação química de metais com não metais
- Podem ser óxidas ou não óxidas
57
58. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- à base de Al2O3 -
-Surgiram a partir do final dos anos 30
-Tradicional – cerâmica branca
- Percentual de Al2O3 maior que 90% (cor branca)
- Al2 O3 + óxido de zircônio finamente distribuído
- Apresentam alta dureza a quente
- Têm pouca resistência à flexão
- Extremamente sensíveis a choques térmicos (usinagem a seco)
58
- Empregadas em ferros fundidos e aços de alta resistência
59. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Óxidas –
- Cerâmicas mistas -
- Teor de Al2O3 menor que 90% (cor escura)
- Contém de 5 a 40% de TiC e/ou TiN
- Mais tenaz que cerâmica óxida e com maior resistência de canto e gume
- Mais dura e mais resistente à abrasão que cerâmica óxida
- Mais resiste a variações de temperatura que cerâmica óxida
- Grãos finos => melhor tenacide, resistência ao desgaste e resistência de quina
- Maior dureza que as óxidas, maior resistência a choques térmicos
- Usinagem de aços cementados e temperados
59
60. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Óxidas -
-Cerâmicas de corte reforçadas com whiskers -
-Whiskers – cristais unitários em forma de agulhas com baixo grau de imperfeição no
retículo cristalino
- A base de Al2O3 com aproximadamente 20 até 40% de whiskers de carboneto de silício
(SiC)
- Objetivo de melhorar as propriedades de tenacidade (aumento de 60%).
- Boa resistência a choques térmicos - corte com fluidos
60
61. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Não óxidas -
Definição: São cerâmicas a base de carbonetos, nitretos, boretos,
silicatos, etc.
● Principalmente a base de Si3N4
● Maior tenacidade e resistência a choques térmicos quando
comparadas às cerâmicas óxidas;
● Elevada dureza a quente e resistência ao calor
61
62. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Cerâmicas de Corte
- Não óxidas -
-Campos de aplicação de cerâmicas de corte
não-óxidas -
● usinagem do Ferro Fundido Cinzento
● torneamento de discos de freio
● desbaste de ligas à base de níquel (grupos II e III)
● Possuem alta afinidade com ferro e oxigênio (desgastam-se
rapidamente na usinagem de aço - sem aplicações);
– Desgaste na superfície de saída;
– Gume de corte com tendência ao arredondamento
62
63. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Materiais de corte superduros
não-metálicos
● Nitreto de Boro Cúbico – CBN
● Diamante
● Nitreto de Boro
63
64. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Nitreto de Boro Cúbico – CBN
64
65. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Nitreto de Boro Cúbico – CBN
➔ Caracterísiticas
-Forma mole - hexagonal (mesma estrutura cristalina do grafite)
-Forma dura - cúbica (mesma estrutura do diamante)
-Wurtzita - simetria hexagonal (arranjo atômico diferente do grafite)
-Fabricação de Nitreto de boro hexagonal através de reação de
halogêneos de boro com amoníaco
-Transformação em nitreto de boro cúbico através de altas pressões
(50 a 90 kbar) e temperaturas 1800 a 2200K
65
66. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Nitreto de Boro Cúbico – CBN
➔ Caracterísiticas
-Segundo material de maior dureza conhecido
-Obtido sinteticamente (primeira síntese em 1957), com
transformação de estrutura hexagonal para cúbica (pressão +
temperatura)
-Quimicamente mais estável que o diamante (até 2000 graus)
- Grupos de ferramentas:
● CBN + fase ligante (PCBN com alto teor de CBN);
● CBN + carbonetos (TiC + fase ligante);
● CBN + HBN + fase ligante (maior tenacidade).
66
67. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Nitreto de Boro Cúbico – CBN
➔ Campo de aplicações
● Aços temperados com dureza > 45 HRC:
Torneamento, fresamento, furação;
● Aço-rápido (ferramentas de corte);
● Aços resistentes a altas temperaturas;
● Ligas duras (Ni, Co, ...);
● Emprego em operações severas (corte interrompido), tanto
quanto em operações de desbaste e acabamento.
– Usinagem com ferramentas de geometria não-definida:
● Possibilidade de usinagem de aços e ferros fundidos, que não são
67
usinados com diamante em função da afinidade química.
68. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Diamante
➔ Características
● Material de maior dureza encontrado na natureza
● Pode ser natural ou sintético
● Monocristalino (anisotrópico) ou policristalino (isotrópico)
– Diamante policristalino
● Primeira síntese em 1954
● Síntese sob 60 a 70 kbar, 1400 a 2000 graus C
● Cobalto é usado como ligante
● Substitui metal-duro e diamante monocristalino, em alguns
casos
68
69. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Diamante
- Formas de utilização -
- policristalino PKD - aglomerado de diamantes
- monocristalino
- revestimento
69
70. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Diamante
- Campo de aplicação -
● Usinagem de ferro e aço não é possível (afinidade Fe-C);
● Usinagem de metais não ferrosos, plásticos, madeira, pedra,
borracha, etc.
● Usinagem de precisão e ultra-precisão
● Emprego de altas velocidades de corte;
● Tempos de vida de até 80 vezes maior que os das ferramentas de
metal duro.
70
71. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações gerais sobre
Ferramentas de corte
- Cuidados com ferramentas de corte -
➔ Manuseio e manutenção de ferramentas de corte
➔ Evitar o contato entre ferramentas
➔ Cuidados no armazenamento
➔ Danificações no manuseio (quebras)
71
72. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações gerais sobre
Ferramentas de corte
- Cuidados com ferramentas de corte -
72
73. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações gerais sobre
Ferramentas de corte
- Cuidados com ferramentas de corte -
Manutenção e gerenciamento das ferramentas de corte
● Limpeza
● Prevenção contra oxidação
Aplicação de tecnologia de grupo e manutenção de ferramentas de
corte
● Ferramentas adequadas aos processos
● Cuidados no preparo e instalação
● Condições de corte adequadas
73
74. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações
Finais
Considerando os principais grupos de materiais para
ferramentas, a tabela que se segue apresenta alguns dados
comparativos de custo e eficiência de corte, baseados em bits
quadrados de 3/8” de seção, empregados na usinagem de aço
SAE 4140 encruado. Foi considerado um custo total de mão-de-
obra e despesas indiretas de US$ 6,00 por hora
74
75. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações
Finais
75
76. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações
Finais
A figura a seguir representa a variação da dureza de 4 tipos de
materiais para ferramentas em função da temperatura.
76
77. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações
Finais
77
78. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Considerações
Finais
A seleção de um material para ferramenta depende, contudo, de
muitos outros fatores, além do seu custo inicial e das suas
características físicas.
Para esses fatores, incluem: o metal sob usinagem, a natureza da
operação de usinagem, as condições das máquinas operatrizes,
tipo e dimensões da ferramenta, utilização ou não da refrigeração.
Enfim, a seleção não é simples e deve também ser baseada em
dados práticos disponíveis, assim como em experiências prévias.
78
79. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Bibliografias
• ABREU FILHO, Carlos. Tornearia Mecânica – Notas de
Aula, Belém, 2007.
• AGOSTINHO, Oswaldo Luis. VILELLa, Ronaldo Castro
(In Memoriam), BUTTON, Sérgio Tonini. Processos de
Fabricação e Planejamento de Processos. Universidade
Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia
Mecânica - Departamento de Engenharia de Fabricação -
Departamento de Engenharia de Materiais. Campinas, SP.
2004
• BRAGA, Paulo Sérgio Teles, CPM - Programa de
Certificação de Pessoal de Manutenção – Mecânica -
Processos de Fabricação, SENAI/CST, Vitória, ES. 1999.
• COSTA, Éder Silva & SANTOS, Denis Júnio. Processos
79
de Usinagem. CEFET-MG. Divinópolis, MG. março de 2006
80. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Bibliografias
• DINIZ, A. E., Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 3 ed.
São Paulo: Artliber Editora, 2003.
• FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos
Metais. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo, SP,
1977
• INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades – SI
(tradução da 7ª edição do original francês “Le Système
International d’Unités”, elaborada pelo Bureau International
des Poids et Mesures - BIPM). 8ª edição Rio de Janeiro,
2003. 116 p.
• INMETRO. Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia – VIM – Portaria
Inmetro 029 de 1995. 3ª edição, Rio de Janeiro, 2003. 75p.
80
• reimpressão.
81. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS
Bibliografias
• PALMA, Flávio. Máquinas e Ferramentas. Apostila,
SENAI-SC, Blumenau, 2005.
• SECCO, Adriano Ruiz; VIEIRA, Edmur & GORDO, Nívia.
Módulos Instrumentais – Metrologia. Telecurso 2000. São
Paulo, SP, 2007
• VAN VLACK, L. H., Princípios da Ciência e Tecnologia dos
Materiais. Tradução Edson Carneiro. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1970 – 4ª reimpressão.
81