Cartaz 2° Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
Biblia gente2 mês da Bíblia 2012
1. VENDA PROIBIDA ANO XXXV — REMESSA ESPECIAL PARA O MÊS DA BÍBLIA — SETEMBRO DE 2012 — Nº 2
SEGUNDO ENCONTRO
A PARTILHA DO “PÃO NOSSO DE CADA DIA”!
Dirigente: No encontro anterior, com a comunidade de
Marcos, retomamos os primeiros passos do projeto de
Jesus. Vamos fazer memória do que nós aprendemos no
primeiro encontro. Tempo para a partilha.
Dirigente: No encontro de hoje, queremos acompanhar
os gestos de Jesus, dos discípulos e da multidão. Não é
somente a liderança que tem a solução para as dificul-
dades do povo. Na comunidade, é preciso sempre ver
como podemos colaborar na solução dos problemas que
enfrentamos. Que a compaixão esteja sempre presente
em nossas atitudes. Com alegria, cantemos: (Se preferir,
o grupo poderá escolher outro cântico.)
A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos,
FRANCISCO DANIEL A. MOREIRA
meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer
meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.
A tua ternura, Senhor, vem me abraçar. E a tua bonda-
de infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar
o meu coração, eu quero sentir o calor de tuas mãos.
A ti, meu Deus, que és bom e que tens amor ao pobre e ao
sofredor, vou servir e esperar. Em ti, Senhor, humildes se
Tema: A partilha do “pão nosso de cada dia”! alegrarão, cantando a nova canção, de esperança e de paz.
personagens: Apóstolos/discípulos, Jesus e a
multidão. Dirigente: Alguém tem alguma experiência para contar
sobre o gesto proposto no encontro anterior. Depois
texto: Mc 6,30-44 da partilha, encerrar com o refrão de um canto proposto
PALAVRAS-CHAVE: Deserto, viu, multidão, compaixão, pelo grupo.
comprar, dar, convivas, pão e peixe.
Dirigente: Vamos ler o tema do encontro de hoje.
perspectiva: Compreender que o discípulo ou discí-
pula de Jesus não podem ficar alheios aos problemas Todas/os: A partilha do “pão nosso de cada dia”!
de sobrevivência do povo, é preciso abrir-se à compai-
xão e à solidariedade. 3. Motivando a conversa
Leitora ou leitor 1: Em uma paróquia do interior do Rio
Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6,37a). de Janeiro, uma senhora, moradora de rua e, provavel-
mente, com problema mental, costumava frequentar a
missa e sempre ficava andando de um lado para o outro.
1. Preparar o ambiente Muitas pessoas reclamaram, e o padre, sem saber o que
- Colocar no centro uma Bíblia, vela, flores e pães. fazer, foi falar com a mulher e lhe disse: “Se a senhora fi-
car quieta, depois da celebração eu lhe dou uma bênção”.
- Escrever em uma cartolina o tema do encontro. Nesse momento, disse ele, os olhos dela brilharam, e ela
exclamou: “Uma bênção, padre, é tudo o que eu quero”.
2. Acolhida Durante a celebração, a mulher ficou atenta e sempre
Dirigente: Iniciemos nosso encontro celebrando a pre- no mesmo banco.
sença de Deus em nossa caminhada. Em nome do Pai, Passados alguns dias, lá estava a mulher novamente.
do Filho e do Espírito Santo. Amém. Na hora da consagração, ela se aproximou e colocou algo
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2. debaixo do altar. Sem ver o que era, o padre pensou: “É dizer que ele sentiu a partir das entranhas a situação do
hoje que eu vou brigar com esta mulher”. Após a missa, povo. O povo está sem comida e sem liderança. É possível
o padre foi logo dizendo: “Como a senhora coloca lixo anunciar o Evangelho onde falta a comida?
no altar do Senhor?!”. “Não, não era lixo, não, era água a) O problema da multidão é a fome e a falta de lide-
para o senhor abençoar e eu levar para as pessoas que rança. A solução não está com Jesus ou os apóstolos,
moram debaixo da ponte”, respondeu a senhora. Sem mas no meio do povo. Qual a nossa participação na
jeito, o padre disse: “Com quem você aprende essas busca de soluções para as dificuldades que existem
coisas?”. Ela apenas respondeu: “Não é o senhor que vive em nossa comunidade ou em nosso bairro?
dizendo que é para a gente partilhar?”. b) Como nos sentimos diante das dificuldades das pes-
soas que vivem ao nosso redor?
Dirigente: É muito fácil olharmos uma pessoa e a julgar-
mos pela aparência. Ao aproximar-se da mulher, o padre 7. Celebrando a vida
percebeu a sua religiosidade e, ao mesmo tempo, seu de- Dirigente: O texto da partilha dos pães propõe uma
sejo de levar Deus para outras pessoas. Somos capazes de mudança de mentalidade: não se trata de comprar, mas
nos aproximarmos das pessoas que estão ao nosso redor de dar: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Era costume
ou ficamos presos em nossos pré-julgamentos? Como em toda família judaica o pai abençoar a comida antes
vivemos a partilha em nossa vida? Espaço para a partilha. da refeição. Jesus realiza esse gesto. Vamos recordar o
Encerrar este momento com o refrão de um cântico. gesto de Jesus: “Abençoou, partiu os pães e deu-os aos
4. Situando o texto discípulos para que lhos distribuíssem”. Neste momento,
podemos abençoar os pães que temos e realizar a par-
Leitora ou leitor 2: A dominação romana, com seu tilha. Espontaneamente, as pessoas poderão expressar o
processo de criação de cidades e desenvolvimento co- que elas desejam compartilhar.
mercial, trouxe grande desenvolvimento para a região
da Galileia. Porém, a nova ordem social, com o poder Dirigente: Vamos renovar o nosso compromisso com o
do “dinheiro”, prejudicou, especialmente, os campone- projeto de Jesus. De mãos dadas, rezemos: Pai-nosso...
ses, enfraquecendo a organização das aldeias e a justa
8. Preparar o próximo encontro
distribuição da terra. Muitos camponeses endividados
perderam suas terras e se tornaram arrendatários ou Dirigente: Para a próxima reunião, ler Mc 7,24-30, e
diaristas (cf. Mt 20,1-9). A constante exploração das quem puder leia as orientações em preparação ao ter-
aldeias gerava pobreza, miséria e fome. Na década de ceiro encontro. Se tiver alguma dificuldade em ler, pedir
50, para piorar a situação, uma grande seca devastou a ajuda a uma pessoa próxima.
Palestina e aumentou a fome e a morte. Muitas pessoas - Distribuir as tarefas, combinar a data e o local da pró-
perderam suas terras e ficaram perambulando pelas xima reunião.
ruas. Para atender os pobres e prosseguir o projeto do
reino de Deus, a comunidade de Marcos conta e reconta 9. Gesto concreto
a história de Jesus com os famintos. Identificar algumas pessoas que enfrentam dificuldades
em nossa comunidade ou em nosso bairro e ver como
5. Leitura do texto podemos, comunitariamente, compartilhar desse mo-
Dirigente: Queremos abrir nosso coração para acolher- mento.
mos a Palavra de Deus e deixar que ela produza frutos 10. Benção final
em nossa vida. Que o Espírito Santo nos ajude a partilhar
o pão da Palavra e o “pão nosso de cada dia!”. Cantemos: Dirigente: Vamos fazer um círculo e colocar nossas mãos
Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza: a nos ombros das pessoas que estão ao nosso lado. Que
festa haverá, e o povo a cantar aleluia! (bis) possamos ser sensíveis à realidade das pessoas com as
quais convivemos. Que o Deus que é pai e mãe derrame
Leitora ou leitor 3: Ler Mc 6,30-44. Se o grupo preferir, a sobre nós a bênção da compaixão.
leitura poderá ser feita em forma de diálogo.
Dirigente: Para conversar. Todas/os: Amém.
a) Qual a atitude de Jesus e a dos apóstolos diante da Para aprofundar o tema deste encontro, leia as pági-
situação do povo faminto? nas 41-52 do livro No caminho de Jesus: Entendendo o
b) A partir do texto que lemos, como a comunidade evangelho de Marcos, editado pela Paulus em 2012. O
responde à pergunta central do evangelho: quem é material deste encontro e também o livro indicado
Jesus? foram preparados pela equipe do Centro Bíblico Verbo.
c) Comente a afirmação: “Viu uma grande multidão e
ficou tomado de compaixão por eles, pois estavam O CENTRO BÍBLICO VERBO é um centro de estudo que
como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes está a serviço do povo de Deus, desenvolvendo uma
muitas coisas” (Mc 6,34). leitura exegética, comunitária, ecumênica e popular
da Bíblia. O Centro Bíblico oferece cursos regulares
6. Iluminando a vida de formação bíblica em diferentes modalidades e
Leitora ou leitor 4: Jesus e os apóstolos estão envolvi- presta assessorias às dioceses, paróquias, comuni-
dos com os problemas do povo. No deserto, há um povo dades, colégios e congregações religiosas. Maiores
faminto e explorado pelo império romano e seus colabo- informações pelo tel. (11) 5181-7450. Nossa página:
radores. Jesus foi tomado de compaixão, o que significa www.cbiblicoverbo.com.br.
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3. TERCEIRO ENCONTRO
ACOLHER AS PESSOAS EXCLUÍDAS!
Povos d’América, nações do mundo,
busquem no Cristo a força do amor.
Dirigente: No encontro de hoje, vamos aprender com
Jesus a ultrapassar fronteiras. Mas, antes, vamos parti-
lhar como foi a vivência do gesto concreto proposto no
encontro anterior. Tempo para a partilha.
FRANCISCO DANIEL A. MOREIRA
3. Motivando a conversa
Dirigente: A experiência de ser discriminado/a, seja
no trabalho, na escola, na comunidade, na igreja ou na
família, nos deixa arrasados e, às vezes, pode atingir
também a nossa autoestima. Rezemos pedindo ao
Espírito de Deus que nos liberte de todas as formas de
Tema: Acolher as pessoas excluídas! preconceito social.
personagens: Jesus e a mulher siro-fenícia. Leitora ou leitor 1: Certa vez, José Antônio, um homem
texto: Mc 7,24-30. negro e muito simples, foi visitar a sua irmã, que traba-
PALAVRAS-CHAVE: Tiro, casa, espírito impuro, demô- lhava num edifício de luxo. Enquanto ele esperava pela
nio, filhos e cachorrinhos. chegada do elevador, uma moradora se aproximou dele
perspectiva: Romper barreiras étnicas, geográficas, e lhe disse: “Este elevador é o social, o do senhor fica do
sociais, religiosas e de gênero. outro lado”. Nesse momento, José Antônio sentiu-se
humilhado, com um nó na garganta, e nada conseguiu
Pelo que disseste, vai: o demônio saiu da tua filha (Mc responder. Depois que a raiva passou, ele ficou indig-
7,29). nado e sentiu, na própria pele, a dor do preconceito.
E ele conclui: “Este fato reforçou em mim a constante
atenção para não discriminar nem tratar mal a ninguém”.
1. Preparar o ambiente
- Colocar no centro uma Bíblia, vela e flores de diferentes Dirigente: Nós já passamos por alguma experiência se-
tipos. melhante? Quais são os preconceitos que nós trazemos
- Fazer com jornal, ou outro papel, uma corrente. dentro de nós? Conversar, em pequenos grupos, sobre a
- Escrever em uma cartolina o tema do encontro. questão proposta. Encerrar este momento com o refrão
do cântico indicado ou outro escolhido pela comunidade.
2. Acolhida
Dá-nos um coração grande para amar.
Dirigente: O seguimento de Jesus exige superarmos Dá-nos um coração forte para lutar.
as barreiras que nos separam uns dos outros. Peçamos
ao Espírito de Deus que abra nossos corações para aco- 4. Situando o texto
lhermos a todas as pessoas. Que as palavras que iremos Leitora ou leitor 2: A região norte da Galileia era cor-
cantar sejam a expressão do nosso desejo profundo de tada por montanhas e regiões de altas elevações. Isso
viver a comunhão. dificultou a comunicação entre as aldeias e os novos
Povos d’América, gente sofrida, povoamentos, basicamente habitados por estrangei-
onde a esperança insiste em germinar. ros. No tempo de Jesus, para chegar a Tiro era preciso
Povos d’América, quanta alegria, atravessar o norte da Galileia. Tiro era um importante
são tantas raças, vozes a cantar. escoadouro para a produção de grãos, vinho e óleo,
Negros e brancos, índios, mestiços, de todos Deus é Pai! e mantinha comunicação com os romanos. Era uma
cidade conhecida por suas diversas divindades, sendo
Uma só fé, um só Salvador, o mundo evangelizai! algumas locais e outras universais. Para a Judeia e a Ga-
Vinde, vede e anunciai! (bis) lileia, era muito importante manter relações comerciais
Povos d’América, povos da terra, com as cidades de Tiro e de Sidônia. Havia judeus que
desfigurados na pobreza e dor. viviam na Galileia, como também em Tiro, mas também
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4. existia uma longa história de hostilidades entre esses de preconceito impede que a outra pessoa seja feliz.
povos. A reconciliação entre judeus e gregos era um Portanto, cada pessoa poderá pegar um elo e expressar,
tema muito comum no Oriente Médio. É provável que numa palavra, o que ela deseja superar. Tempo para a
o encontro entre Jesus e a mulher siro-fenícia de nas- oração.
cimento e de cultura grega tenha sido produzido pela
primeira geração de seguidores cristãos, e tem como Dirigente: Que o Deus da vida e da comunhão nos
objetivo quebrar barreiras étnicas, sociais, geográficas ajude a vivermos a fraternidade. Renovando esse nosso
e de gênero. desejo, rezemos: Pai-nosso... O grupo poderá rezar pedin-
do a intercessão de Maria nesta caminhada.
5. Leitura do texto
8. Preparar o próximo encontro
Dirigente: Façamos um instante de silêncio e, no ínti-
mo de nosso coração, peçamos ao Senhor a graça de Dirigente: Para a próxima reunião, ler Mc 8,27-38, e
sermos transformados por sua Palavra. Cantemos: Pela quem puder leia as orientações em preparação ao
palavra de Deus, saberemos por onde andar. Ela é luz quarto encontro. Se tiver alguma dificuldade em ler,
e verdade, precisamos acreditar. Cristo me chama, Ele pedir ajuda a uma pessoa próxima.
é Pastor. Sabe meu nome: fala, Senhor. - Distribuir as tarefas, combinar a data e o local da
próxima reunião.
Leitora ou leitor 3: Ler Mc 7,24-30.
Dirigente: Para conversar. 9. Gesto concreto
a) Diante do pedido insistente da mulher siro-fenícia Ver quais as pessoas que são discriminadas em nosso
para que Jesus cure a sua filha, ele responde: “Deixa meio e fazer um gesto de fraterna acolhida.
que primeiro os filhos se saciem, porque não é bom
tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (7,27). 10. Bênção final
Comente essa resposta de Jesus. Dirigente: Voltemos as nossas mãos para todas as di-
b) Qual a atitude da mulher siro-fenícia diante da prio- reções deste espaço (norte, sul, leste, oeste) e peçamos
ridade estabelecida por Jesus? ao Senhor que derrame suas bênçãos sobre a nossa
comunidade, nossa cidade, nosso país e sobre todos
c) Ouvindo a argumentação da mulher, Jesus é capaz de
os povos. Que este Deus que é Pai-mãe derrame sobre
mudar de perspectiva. O que essa atitude nos ensina?
nós as bênçãos necessárias para nossa vida e missão.
6. Iluminando a vida Todas/os: Amém. Em nome do Pai, do Filho e do Espí-
Leitora ou leitor 4: É preciso ultrapassar as fronteiras rito Santo. Amém.
que nos afastam das pessoas e, muitas vezes, essas fron-
teiras estão fortemente enraizadas dentro de nós. Em
nosso caminho de discipulado, podemos nos espelhar Para aprofundar o tema deste encontro, leia as pági-
na atitude de Jesus e das primeiras comunidades que se nas 58-69 do livro No caminho de Jesus: Entendendo o
deixaram questionar pela realidade e não se fecharam evangelho de Marcos, editado pela Paulus em 2012. O
ao diálogo. É sabedoria ser capaz de mudar de ideia material deste encontro e também o livro indicado
quando percebemos que nossa maneira de pensar e foram preparados pela equipe do Centro Bíblico Verbo.
nossos posicionamentos não produzem vida.
a) Quais os preconceitos que estão enraizados dentro
de nós? O CENTRO BÍBLICO VERBO é um centro de estudo que
b) O que é preciso fazer para ultrapassar as fronteiras está a serviço do povo de Deus, desenvolvendo uma
que ainda existem em nosso meio? leitura exegética, comunitária, ecumênica e popular
da Bíblia. O Centro Bíblico oferece cursos regulares
7. Celebrando a vida de formação bíblica em diferentes modalidades e
presta assessorias às dioceses, paróquias, comuni-
Dirigente: Vamos olhar para a corrente que está à nossa dades, colégios e congregações religiosas. Maiores
frente. Já conversamos sobre os preconceitos que ainda informações pelo tel. (11) 5181-7450. Nossa página:
existem em nosso meio, mas ao mesmo tempo pedimos www.cbiblicoverbo.com.br.
que o Senhor nos ajude a vencê-los, pois toda forma
Editora: Pia Sociedade de São Paulo - PAULUS (Paulinos) — Diretor: José Dias Goulart — Endereço: Rua Francisco
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