Este documento apresenta uma análise do poema "Esperança" escrito pelo poeta Vasco Cabral. Apresenta informações sobre a vida e obra do poeta, faz uma análise formal do poema incluindo estrutura, métrica e rima. Discute o assunto e significado do poema, que retrata o desejo de liberdade do povo da Guiné-Bissau, e apresenta a opinião dos alunos sobre os versos mais belos. Conclui comparando a poesia de Camões com a poesia contemporânea.
2. Introdução
Vida e obra de Vasco Cabral
Poema
Assunto do poema
Analise Formal do poema
Recursos estilísticos
Opinião
Versos mais difíceis
Versos considerados mais belos
Conclusão
3. Neste trabalho vamos apresentar um poeta
contemporâneo que se chama Vasco Cabral e
escolhemos o poema, escrito por ele, ESPERANÇA.
Vamos falar um pouco do poeta, fazer a análise formal
deste poema, explicar o assuno do poema e dar a
nossa opinião.
No final vamos comparar um poema do tempo de
Camões, que demos numa aula, e a poesia
contemporânea.
4. Vida
Nasceu em 1926 em Farim e faleceu em
24 de Agosto de 2005 em Bissau. Tirou
o curso ciências económico e financeiro
em Portugal pela Universidade Técnica
de Lisboa. Participou na luta pela
independência da Guiné e de Cabo
Verde, tendo, após a independência,
desempenhado vários cargos
governativos,e em virtude da sua
actividade política, esteve preso entre
1953 e 1959. Foi fundador da União dos
Escritores da Guiné-Bissau.
Obras
ALuta é a Minha primavera (1981)
que é uma compilação de várias
obras do poeta durante décadas,
entre elas o último adeus de um
combatente, um dos mais famosos
dele e onde está inserido o poema
Esperança.
5. É como se alguém me pisasse
e eu me risse
- uma alegria toda cor e luz.
É como se alguém me batesse
e eu cantasse
- um canto de amizade e paz.
É como se alguém me cuspisse
e eu passasse indiferente
- um caminho claro como o dia.
É como se alguém me apunhalasse
e eu o abraçasse
- um fogo de fraternidade humana.
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
este vício secreto e interior
esta badalada do relógio da alma
este pulsar no coração do mundo
esta consciência duma ferida em chaga
este sentir a dor duma mulher pobre e faminta.
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
Ó silencioso grito dos camponeses sem terra!
Ó vento da certeza que os carrascos temem!
6. O poema retrata o desejo das pessoas de
Guiné-Bissau pela liberdade, pois na altura em
que o poema foi escrito, Bissau passava por
uma fase em que havia muita repressão pela
parte do governo Salazarista.
7. ESTRUTURA ESTRÓFICA
ESTRUTURA MÉTRICA
ESTRUTURA RIMÁTICA
É como se alguém me pisasse A
e eu me risse A
- uma alegria toda cor e luz. B
É como se alguém me batesse A
e eu cantasse A
- um canto de amizade e paz. C
É como se alguém me cuspisse A
e eu passasse indiferente D
- um caminho claro como o dia. E
É como se alguém me apunhalasse A
e eu o abraçasse A
- um fogo de fraternidade humana. F
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome G
este vício secreto e interior H
esta badalada do relógio da alma I
este pulsar no coração do mundo J
esta consciência duma ferida em chaga K
este sentir a dor duma mulher pobre e faminta. L
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome M
Ó silencioso grito dos camponeses sem terra! N
Ó vento da certeza que os carrascos temem! O
Neste poema encontramos uma estrutura
temática irregular em todo o conteúdo do
poema, embora nas estrofes 1,2 e 4
encontremos uma rima emparelhada.
O poema é constituído por 6
estrofes sendo as primeiras 4
tercetos. A 5º uma sextilha e a
ultima (6º) de novo um terceto.
O poema tem uma estrutura métrica
irregular, isto é, não tem uma
continuidade.AAB / AAC / ADE / AAF / GHIJKL / MNO
8. É como se alguém me pisasse
e eu me risse
- uma alegria toda cor e luz.
É como se alguém me batesse
e eu cantasse
- um canto de amizade e paz.
É como se alguém me cuspisse
e eu passasse indiferente
- um caminho claro como o dia.
É como se alguém me apunhalasse
e eu o abraçasse
- um fogo de fraternidade humana.
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
este vício secreto e interior
esta badalada do relógio da alma
este pulsar no coração do mundo
esta consciência duma ferida em chaga
este sentir a dor duma mulher pobre e faminta.
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
Ó silencioso grito dos camponeses sem terra!
Ó vento da certeza que os carrascos temem!
Estrutura paralelismo anafórica
Apóstrofe
Comparação
Está a comparar o “caminha
claro2 com luz, luminosidade e
sol o que dá mais ênfase à
mensagem poética.
A estrutura repetitiva faz com que o leitor
apreenda com maior intensidade o
sentido do texto poético.
reforça a mensagem que o
sujeito poético quer sugerir.
9. v.v14,15 e 16 – Estes versos significam que o poeta sabe o
nome da terra onde está a haver a guerra e que no
momento todo o mundo esta com os olhos postos na
miséria, que lá esta a acontecer, em Guiné-Bissau.
v.v13 ao 21 - Gostamos mais destes versos pois mostram o
quanto o povo da Guiné sofreu durante o tempo de guerra, o
povo a ficar sem casa, sem as suas terras e quando alguém
fazia alguma coisa de mal em relação ao governo
“este vício secreto e interior
esta badalada do relógio da alma
este pulsar no coração do mundo”
“Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
este vício secreto e interior
esta badalada do relógio da alma
este pulsar no coração do mundo
esta consciência duma ferida em chaga
este sentir a dor duma mulher pobre e faminta.
Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
Ó silencioso grito dos camponeses sem terra!
Ó vento da certeza que os carrascos temem!”
10. Nós escolhemos este poema porque trata de
esperança de um povo que sofreu imenso nas
mãos de outros.Trata também de, até onde o
homem pode ir para conseguir o que quer. Guiné-
Bissau, o seu povo, sofreu muito durante o
governo de Salazar pois queria a independência e
não lhes foi dada.
O poema também trata a força que foi preciso
terem para poderem superar tal desgraça que
pairou sobre eles durante anos.
11. Com este trabalho nos concluímos que a nível de
análise poética, num poema de Camões há a
preocupação de manter um ritmo, isto é, tem 2
quadras e 2 tercetos, tem versos decassilábicos, e
no último terceto está a “chave de ouro”,
enquanto que num poema contemporâneos não há
essa preocupação, ter os versos com as mesmas
sílabas ou de ter a mesma estrutura estrófica, em
alguns dos poemas contemporâneos também
podemos encontrar o paralelismo anafórico em
que o poema é todo ele diferente.
http://www.youtube.com/watch?v=fcjl1pmtMuk