O poema descreve o cansaço sentido pelo eu lírico de forma profunda e existencial. Este cansaço advém das sensações fúteis, paixões intensas por nada e amores por algo ilusório. Apesar do cansaço, o eu lírico sente felicidade por ser diferente de outros idealistas e viver plenamente o finito apesar de desejar o impossível.
1. “O que há em
mim é
sobretudo
cansaço”
Álvaro de Campos- Fase
abúlica
Realizado por:
André Rocha nº2
Maria Inês Teixeira nº8
Nuno Sousa nº 10
2. O que há em mim é sobretudo cansaço-
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em
alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder
ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
3. Este poema é constituído por:
Duas quintilhas
Duas oitavas
Uma quadra
Não tem esquema rimático
Rima livre ou verso livre- as palavras que rimam ou são iguais ou
derivam da mesma palavra.
5. O que há em mim é sobretudo cansaço-
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
•Tema: O cansaço que há no sujeito
poético.
•Sente cansaço mas não sabe de onde
vem esse cansaço
6. A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
•A origem do cansaço
•Existe uma contradição com a 1ª estrofe.
•O cansaço tem origem nas coisas fúteis da
vida, nas paixões fortes por nada e nos
amores intensos.
7. Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
•A comparação e a definição
•Está a comparar-se com os que não viviam
como ele, que não sentiam angústia do seu
ser.
•O Sujeito Poético era diferente dos
comuns.
8. E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
•Conclusão
•Apesar do cansaço o poeta sente uma
felicidade por estar cansado porque
sabe que esse cansaço se deve a
dificuldade em realizar os seus sonhos.
9.
10. O que há em mim é sobretudo cansaço-
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em
alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Aliteração em s
Anáfora-repetição da mesma
palavra, ou construção
sintática, no princípio de cada
verso.
Repetição-consiste
na utilização de
palavras repetidas
para intensificar
ideias.
Antítese-consiste no
contraste entre dois
elementos ou ideias.
11. Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o
impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum
deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o
possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se
puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é,
isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo,
cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
Anáfora-repetição da mesma
palavra,ou construção
sintática,no princípio de cada
verso.
Hipérbole-consiste no emprego de
uma expressão que exagera o
pensamento para dar mais ênfase
ao discurso.
12.
13. “A subtileza das sensações
inúteis” (v.6)
Significa que há sensações que nos são
transmitidas mas que são inúteis.
14. “Três tipos de idealistas, e eu
nenhum deles” (v.6)
Tipos de idealistas:
“Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada-”
15.
16. O poema pertençe a 3ªfase de escrita do poeta Fase
Intimista.
Uso de muitas figuras de sintaxe e recursos estilísticos
Uso de linguagem acessível(corrente)
Ausência de Rima
Tendência para o Exagero
Mais uma vez como em outros poemas ,o tema abordado
pelo sujeito poético é a angústia existencial(á semelhança de
alguns poemas de Fernando Pessoa, o ortónimo).