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CLASSIFICAÇÃO DE
ROCHAS SEDIMENTARES


       Margarida Barbosa Teixeira
Tipos de rochas sedimentares
2




           Tipo de sedimento            Origem      Tipo de rocha sedimentar
    Detritos ou clastos                 Físico-       Rocha detrítica
                                        química

    Substâncias dissolvidas na água     Química     Rocha quimiogénica
    Substâncias produzidas pelos        Biológica     Rocha biogénica
    seres vivos ou resultantes da sua
    atividade
Rochas sedimentares detríticas
3


     Constituem mais de ¾ do total de rochas sedimentares.

     Formadas a partir de materiais detríticos resultantes da meteorização e
     erosão de rochas já existentes.

     Os detritos apresentam um grau de arredondamento e de calibragem variável,
     em função:
        da dureza do material que os constitui,
        da duração do transporte,
        da distância percorrida,
        do agente transportador.

     Estas rochas podem ser não consolidadas, se os clastos se encontram soltos,
     ou ser consolidadas, se sofreram um processo de diagénese e os clastos estão
     ligados por um cimento.

     Os sedimentos detríticos classificam-se de acordo com as suas dimensões.
Rochas sedimentares detríticas
4
Rochas sedimentares detríticas
5
Rochas sedimentares detríticas
6



     O termo argila, neste contexto, corresponde a um dos graus da escala
     granulométrica, indicando materiais com determinada granulometria, que
     podem ser minerais de argila ou outros diferentes.

     Os depósitos de balastros, areias, siltes e argilas são considerados rochas
     sedimentares detríticas não consolidadas.

     A consolidação destes sedimentos detríticos, por diagénese, origina
     rochas sedimentares detríticas consolidadas, como por exemplo, brechas
     e conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos.
Rochas sedimentares detríticas
7


     Rochas conglomeráticas
        Resultam da compactação e cimentação de balastros (clastos
        grosseiros com dimensões > 2mm).

        Nas brechas e conglomerados, entre os elementos maiores existe uma
        matriz constituída por elementos mais finos aglutinados pelo cimento.

                           Brechas


                              Resultam da consolidação de balastros
                              angulosos, devido a um transporte muito
                              curto.
Rochas sedimentares detríticas
8


     Rochas conglomeráticas

                   Conglomerados


                     Resultam da consolidação de balastros que sofreram
                     transporte de alta energia, pelo que, os seus
                     constituintes são bem rolados.

                     São relativamente poucos os ambientes com energia
                     suficiente para transportar balastros (ex.: rios de
                     montanha, praias de forte ondulação, águas do
                     degelo de glaciares).
Rochas sedimentares detríticas
9


     Rochas areníticas
      As areias apresentam aspetos diferentes consoante o agente de transporte.
                                                  Angulosas ou sub-roladas,
             Areias fluviais                      grosseiras ou finas, grau de
                                                  granotriagem variável.


                                                  Arredondadas, polidas, por vezes
             Areias marinhas                      com forma ovoide, brilhantes
                                                  geralmente bem calibradas.




             Areias eólicas                       Bem arredondadas, baças devido
                                                  a numerosas marcas provocadas
                                                  pelos choques, muito bem
                                                  selecionadas.


                                                  Muito angulosas e mal calibradas,
             Areias glaciárias                    de aspeto triturado.
Rochas sedimentares detríticas
10


  Rochas areníticas

      Existem areias calcárias formadas por grãos de calcite e areias negras
      constituídas, essencialmente, por minerais ricos em ferro e magnésio.

      As areias mais comuns são as quartzosas, de cores claras, constituídas
      por grãos de quartzo.

      Entre os grãos de areias existem espaços ou poros onde a água ou o ar
      circulam, o que torna as areias muito permeáveis.

      As areias são de grande interesse económico devido às inúmeras
      aplicações: construção civil, indústria vidreira, cerâmica…
Rochas sedimentares detríticas
11


  Rochas areníticas




      Arenito ou grés resulta da consolidação de areias (clastos com dimensões
      médias, entre 2mm e 1/16 mm).

      Geralmente, monominerálico, sendo o quartzo o mineral mais abundante,
      dada a sua resistência a longos transportes.
Rochas sedimentares detríticas
12


  Rochas sílticas e rochas argilosas
Rochas sedimentares detríticas
13


  Rochas sílticas e rochas argilosas

     Siltes (finos - 1/16 mm a 1/256 mm)     Argilas (muito finos < 1/256 mm)

                                                  Compactação
           Compactação

      Siltitos                                Argilitos




      Muitas vezes formam-se rochas em que há misturas de siltes e de argilas
Rochas sedimentares detríticas
14


  Rochas sílticas e rochas argilosas

     Os siltitos e argilitos apresentam composição mineralógica variada e
     resultam da compactação de siltes e argilas:

       transportadas      grandes distâncias
                           em suspensão




       depositados    em ambientes de baixa energia (lagos, planícies de inundação fluvial).
                       na foz dos rios
Rochas sedimentares detríticas
15


  Rochas sílticas e rochas argilosas
      As argilas:

         são pouco duras,

         quando humedecidas cheiram a barro,

         quando saturadas são impermeáveis,

         deformam-se facilmente,
                    esta plasticidade pode causar problemas quando obras de
                    construção assentam as suas fundações em terrenos argilosos.

                         necessidade da realização do estudo geológico do terreno
                         antes da implantação de obras de engenharia.
Rochas sedimentares detríticas
16


  Rochas sílticas e rochas argilosas

                               Quando vasas argilosas
                               impregnadas de água ficam
                               expostas ao ar seco, a água
                               evapora-se e, devido à diminuição
                               de volume do material argiloso,
                               essas formações aparecem
                               fendilhadas, formando fendas de
                               dessecação ou fendas de
                               retração características.
Rochas sedimentares detríticas
17


  Rochas sílticas e rochas argilosas

                           Os argilitos são constituídos
                           fundamentalmente por minerais de
                           argila (resultantes da meteorização
                           química de vários minerais,
                           nomeadamente dos feldspatos e das
                           micas).

                           Os argilitos constituem cerca de 80%
                           do conjunto das rochas sedimentares.

                           O caulino é um argilito, branco, formado
                           pelo mineral de argila caulinite.
Rochas sedimentares quimiogénicas
18


  Origem das rochas sedimentares quimiogénicas

     Rochas sedimentares resultantes de sedimentos químicos.

     São formadas, essencialmente, por minerais de neoformação
     resultantes da precipitação de substâncias em solução, devida a
     processos físico-químicos:
        reações químicas (ex: calcários de precipitação);
        evaporação do solvente – água, formando evaporitos (ex: rochas
         salinas como o sal-gema e o gesso).
Rochas sedimentares quimiogénicas
19


  Formação de calcários de precipitação
     As águas acidificadas pelo CO2 (contendo ácido carbónico) que circulam nas
     rochas calcárias provocam a solubilização do carbonato de cálcio (CaCO3),
     formando-se hidrogenocarbonato (HCO3-) e iões cálcio, os quais ao reagir
     entre si formam hidrogenocarbonato de cálcio.

           H2O + CO2  H2CO3
                              (ácido carbónico)


           CaCO3 + H2CO3                   Ca2+ + 2 (HCO3 - )                 Ca(HCO3)2
      (carbonato de cálcio)                       (hidrogenocarbonato)       (hidrogenocarbonato de cálcio)


           Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2
                                Calcite
     O hidrogenocarbonato de cálcio pode precipitar sob a forma de carbonato
     de cálcio (CaCO3), originando a calcite e consequentemente calcário de
     precipitação.
Rochas sedimentares quimiogénicas
20


  Formação de calcários de precipitação
     Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2
     (hidrogenocarbonato
     de cálcio)

         Condições físico-químicas como:
              aumento da temperatura da água,
              a diminuição da pressão atmosférica,
              a agitação das águas,

         provocam a diminuição do teor de CO2 na água;

         o equilíbrio químico desloca-se no sentido da formação e
         libertação de CO2

         ocorre a precipitação do CaCO3,


                           Formação de calcário
Rochas sedimentares quimiogénicas
21

  Formação de calcários de precipitação

                                  Tubo A – água destilada
                                  Tubo B – água + calcite reduzida a pó
                                  Tubo C – água + calcite + CO2
                                  Tubo C ’ – tubo C após aquecimento




     Tubo B – água + calcite (CaCO3) reduzida a pó     Tubo C ’ – tubo C após aquecimento

              O CaCO3 não é solúvel na água             O aumento da temperatura provoca a
                                                        necessidade de libertação de CO2
       Tubo C – calcite + H2O + CO2
                H2O + CO2  H2CO3                       Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2,
                H2CO3 + CaCO3  Ca (HCO3)2
                                                                  Precipitação de CaCO3
                 Hidrogenocarbonato de cálcio,
                 solúvel em água
Rochas sedimentares quimiogénicas
22


  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias


                               As águas acidificadas (contendo
                               H2CO3 ) que circulam nos maciços
                               calcários vão meteorizando
                               quimicamente as rochas (dissolução –
                               carbonatação).


                               A rocha fica esculpida por sulcos e
                               cavidades constituindo à superfície
                               um modelado característico
                               conhecido por lapiás.
Rochas sedimentares quimiogénicas
23


  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias



                              As águas acidificadas vão-se
                              infiltrando no calcário em
                              profundidade, a dissolução vai
                              prosseguindo, conduzindo à formação
                              de grutas calcárias.
Rochas sedimentares quimiogénicas
24


  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias

     A água que circula no interior das grutas transporta hidrogenocarbonato
     de cálcio que pode precipitar sob a forma de carbonato de cálcio e
     depositar-se formando calcários de precipitação mais ou menos
     compactos, de grão muito fino – travertinos.


           CaCO3 + H2CO3           Ca(HCO3)2          CaCO3 + H2O + CO2
      (carbonato de cálcio)       (hidrogenocarbonato
                                    de cálcio)
                                                   Calcário travertino


     Os calcários travertinos também se podem formar em terrenos
     alagadiços de maciços calcários, tendo, por vezes, incorporado restos de
     seres vivos.
Rochas sedimentares quimiogénicas
25


  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias
                                    Do teto da gruta calcária desprendem-se
                                    gotas de água contendo
                                    hidrogenocarbonato de cálcio.




     Quando se dá o desprendimento da gota precipita uma película de
     carbonato de cálcio que se deposita na periferia da zona de
     despreendimento.
         Ca(HCO3)2           CaCO3 + H2O + CO2
        (hidrogenocarbonato
          de cálcio)
Rochas sedimentares quimiogénicas
26


  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias
                            Ao longo dos milhares de anos, a
                            acumulação sucessiva de calcite forma
                            estruturas pendentes – estalactites.
                            Na zona central da estalactite fica um
                            canal por onde circula a água.



                            A água que cai, gota a gota, da
                            estalactite sobre o solo, também gera a
                            acumulação de películas de carbonato de
                            cálcio, formando estruturas
                            ascendentes – estalagmites.
Rochas sedimentares quimiogénicas
27


  Formação de evaporitos
Rochas sedimentares quimiogénicas
28


  Formação de evaporitos




           Halite           Gesso
Rochas sedimentares quimiogénicas
29


  Formação de evaporitos




                                Sal-gema




     Localização do Mar Morto
Rochas sedimentares quimiogénicas
30


  Formação de evaporitos




                Halite



     Grandes cristais de selenite, uma variedade de gesso, na gruta de
     Naica, no México
Rochas sedimentares quimiogénicas
31


  Formação de evaporitos

     Os evaporitos resultam da precipitação de sais dissolvidos, devido à
     evaporação da água que os contém em solução.

     Esta precipitação é desencadeada pela evaporação de águas que contêm
     os compostos em solução

              CaSO4                             águas marinhas retidas em
                                                  lagunas,
              NaCl
                                                 águas salgadas de lagos de
                …                                zonas áridas.
Rochas sedimentares quimiogénicas
32


  Formação de evaporitos
                            À medida que ocorre a evaporação
                            da água, vão precipitando:
                                em 1º lugar os sais menos
                                 solúveis,
                                progressivamente os mais
                                 solúveis.


                                 •   Na base depositam-se os sais
                                     menos solúveis, sobrepostos
                                     pelos progressivamente mais
                                     solúveis.
                                 •   Formam-se sequências de
                                     evaporitos.
Rochas sedimentares quimiogénicas
33


                                Sal-gema                     Gesso
     Composição        Cloreto de sódio              Sulfato de cálcio
     química           (NaCl)                        hidratado
                                                      (CaSO4 2H2O)
     Mineral           Halite                        Gesso
     Características   Pouco denso e plástico.       Forma cristais
                       Ascende na crusta             sedosos, fibrosos ou
                       formando domas salinos        granulares.
     Utilização        Dele pode extrair-se:         Indústria do cimento,
                       cloro, sódio, soda            construção civil,
                       cáustica… estes produtos      estuques,
                       são utilizados na indústria   medicina dentária…
                       de sabão, vidro,
                       cerâmica….
Rochas sedimentares quimiogénicas
34


  Formação de domas salinos




       Sendo o sal-gema pouco denso e muito plástico, aa natureza os
       depósitos profundos de sal gema, quando sob pressão, podem
       ascender através de zonas frágeis da crusta, formando grandes
       massas de sal - domas salinos ou diapiros.
Rochas sedimentares biogénicas
35


  Rochas biogénicas

     Rochas formadas, essencialmente, por sedimentos de origem orgânica,
     isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou por materiais
     resultantes da sua atividade (ação bioquímica).
Rochas sedimentares biogénicas
36


  Calcários

     A atividade fotossintética das algas marinhas reduz o teor de CO2 e
     consequentemente hidrogenocarbonato de cálcio pode precipitar sob a
     forma de carbonato de cálcio (CaCO3), originando a calcite e
     consequentemente calcário.


     Neste caso, o calcário forma-se devido à ação dos seres vivos – calcário
     biogénico.


                  Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2
                  (hidrogenocarbonato
                  de cálcio)
Rochas sedimentares biogénicas
37


  Calcário recifal

                      Calcário resultante dos esqueletos calcários
                      dos corais que vivem em águas do mar
                      quentes e pouco profundas.
                      Os corais formam recifes constituídos por
                      milhões de indivíduos ligados em colónias,
                      que edificam estruturas calcárias, a partir
                      do carbonato de cálcio dissolvido na água do
                      mar.
                      Quando morrem, os seus esqueletos formam
                      este tipo de calcário.
Rochas sedimentares biogénicas
38


  Calcário conquífero

                         Calcário formado pela acumulação de
                         conchas calcárias de animais, como os
                         moluscos, que sofreram um processo
                         de cimentação.
                         Estes seres vivos retiram carbonato
                         de cálcio da água do mar para
                         construírem os esqueletos (como as
                         conchas).
Rochas sedimentares biogénicas
39


  Combustíveis fósseis - carvões, petróleo e gás natural

                                     As classificações atuais,
                                     devido à sua origem
                                     orgânica, não os
                                     consideram rochas.

                                     Na sua combustão é
                                     mobilizada energia que foi
                                     inicialmente armazenada
                                     pela fotossíntese, há
                                     muitos milhões de anos.
Rochas sedimentares biogénicas
40


  Combustíveis fósseis - carvões, petróleo e gás natural
     Condições de formação:

      Meios sedimentares alimentados por grandes quantidades de detritos
       orgânicos;

      Bacias sedimentares em ambientes lagunares costeiros ou meios
       lacustres (lagos no interior de áreas continentais) que experimentam
       afundamento progressivo (subsidência);

      Com o aprofundamento acelerado estes detritos ficam rapidamente
       isolados do ambiente oxidante, consequentemente da ação
       decompositora dos organismos aeróbios (condições anaeróbias);

      Transformações dos detritos orgânicos devidas à ação de
       microrganismos anaeróbios e ao aumento, em profundidade, da pressão
       e da temperatura, com mineralização incompleta.
Rochas sedimentares biogénicas
41


  Carvões
Rochas sedimentares biogénicas
42


  Carvões
Rochas sedimentares biogénicas
43


  Carvões

                Subsidência lenta

                  Vegetação abundante

                  Muitos detritos
                  orgânicos recobertos
                  por argilas

                  Formação de carvões
Rochas sedimentares biogénicas
44


  Carvões

              Subsidência lenta      Subsidência rápida

             Vegetação abundante    Pouca vegetação

             Muitos detritos        Poucos detritos
             orgânicos recobertos   orgânicos
             por argilas
                                    Sedimentos grosseiros
             Formação de carvões
                                    Sem carvões

                                    Com rochas
                                    sedimentares detríticas
Rochas sedimentares biogénicas
45


  Carvões
     Resultam da decomposição lenta, ao longo de milhares de anos, de
     grandes quantidades de matéria orgânica (rica em lenhina)
     predominantemente vegetal, em ambientes aquáticos pouco profundos
     e pouco oxigenados (por exemplo pântanos).
     Durante o aprofundamento os detritos vegetais são transformados por
     ação das bactérias anaeróbias.
     À medida que afundam, os materiais sedimentares sofrem um processo
     de diagénese que conduz à formação do carvão:
      a presença de substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo das
       bactérias, provoca a morte das mesmas e consequentemente a
       decomposição é interrompida;
      o aumento da pressão conduz ao aumento da compactação (redução
       da percentagem de voláteis) e da desidratação;
      associado à diminuição do teor de voláteis e água ocorre o aumento
       gradual do teor de carbono dos carvões (incarbonização).
Rochas sedimentares biogénicas
46


  Carvões
     Turfa  Lignite  Hulha ou carvão betuminoso  Antracite
     (sedimento)


                        Aumento da diagénese
                   Diminuição do teor de voláteis e água
                      Aumento da incarbonização
Rochas sedimentares biogénicas
47


  Carvões
     Tipo de Carvão                      Características
        Lignite       Apresenta elevado teor em água, sendo o seu poder
                      combustível fraco.

         Hulha        Apresenta um elevado teor de carbono (80% a 90%), o
                      que faz dele o carvão de maior interesse económico,
                      dado o seu elevado valor energético e a relativa
                      facilidade de exploração.

       Antracite      Contém mais de 90% de carbono o que o torna um carvão
                      de difícil combustão.
Rochas sedimentares biogénicas
48


  Petróleo e gás natural

     Os produtos petrolíferos naturais incluem.


                        Hidrocarbonetos
             Sólidos     Asfaltos ou betumes
             Líquidos    Petróleo bruto
             Gasosos     Gás natural
Rochas sedimentares biogénicas
49


  Petróleo e gás natural
     Tem origem a partir fundamentalmente de plâncton rico em lípidos que
     fica aprisionado em sedimentos a 2000-3000 metros, sem oxigénio.

     O petróleo forma-se em ambientes:
      aquáticos pouco profundos,
      ricos em plâncton,
      pouco agitados,
      pobres em oxigénio (preservado da ação de bactérias aeróbias).



     A formação do petróleo depende:
        da pressão e da temperatura,
        da ação de bactérias anaeróbias,
        de condições geológicas que favorecem a génese e acumulação de
         petróleo.
Rochas sedimentares biogénicas
50


  Petróleo e gás natural
     Após a deposição do plâncton este é coberto por finas camadas de
     sedimentos - argilas ou carbonatos - que impedem a ação de bactérias
     aeróbias decompositoras.
     A compactação e afundimento destas camadas, e consequente aumento
     de pressão e temperatura, provocam alterações físico-químicas na
     matéria orgânica.
     A temperatura superior a 1200C durante milhões de anos leva à
     formação de hidrocarbonetos - petróleo e de gás natural - na rocha
     mãe (rocha sedimentar).
Rochas sedimentares biogénicas
51


  Petróleo e gás natural
       Armadilha petrolífera




                                                     Forças compressivas dobram as rochas.
                                                     Os hidrocarbonetos ficam aprisionados
     O doma salino retém os                          na rocha-armazém.
     hidrocarbonetos que
     ficam aprisionados na
     rocha-armazém.




                              O deslocamento relativo dos blocos ao longo do
                              plano de falha colocou a rocha-cobertura frente
                              à rocha-armazém, impedindo a migração dos
                              hidrocarbonetos.
Rochas sedimentares biogénicas
52


  Petróleo e gás natural
     Armadilha petrolífera

      Os hidrocarbonetos formados, devido à sua baixa densidade, tendem a
      deslocar-se para a superfície e a perder-se.

      Por vezes, o petróleo e o gás ficam retidos em camadas rochosas
      porosas e permeáveis (arenitos e calcários) localizadas por cima da
      rocha-mãe, onde se acumulam - rocha-armazém.

      A retenção do petróleo e do gás natural na rocha-armazém (ou rocha-
      reservatório) só é possível se ela estiver coberta por uma camada
      impermeável argilosa – rocha de cobertura.
Rochas sedimentares biogénicas
53


  Petróleo e gás natural
     Armadilha petrolífera

      Condições geológicas que favorecem a génese e acumulação de
      hidrocabonetos:


       Rocha armazém + Rocha de cobertura + Falhas ou dobras ou domas
      (Porosa e permeável)       (Impermeável)             (Impedem a migração lateral)



                             Armadilha petrolífera
                             (impede a migração de
                             hidrocarbonetos até à superfície)


      Associada às jazidas petrolíferas existe água proveniente:
       do momento da sedimentação (que ficou aprisionada nos sedimentos)
       de infiltrações superficiais.

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3 b classificaçãorochassedimentares

  • 1. CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES Margarida Barbosa Teixeira
  • 2. Tipos de rochas sedimentares 2 Tipo de sedimento Origem Tipo de rocha sedimentar Detritos ou clastos Físico- Rocha detrítica química Substâncias dissolvidas na água Química Rocha quimiogénica Substâncias produzidas pelos Biológica Rocha biogénica seres vivos ou resultantes da sua atividade
  • 3. Rochas sedimentares detríticas 3 Constituem mais de ¾ do total de rochas sedimentares. Formadas a partir de materiais detríticos resultantes da meteorização e erosão de rochas já existentes. Os detritos apresentam um grau de arredondamento e de calibragem variável, em função:  da dureza do material que os constitui,  da duração do transporte,  da distância percorrida,  do agente transportador. Estas rochas podem ser não consolidadas, se os clastos se encontram soltos, ou ser consolidadas, se sofreram um processo de diagénese e os clastos estão ligados por um cimento. Os sedimentos detríticos classificam-se de acordo com as suas dimensões.
  • 6. Rochas sedimentares detríticas 6 O termo argila, neste contexto, corresponde a um dos graus da escala granulométrica, indicando materiais com determinada granulometria, que podem ser minerais de argila ou outros diferentes. Os depósitos de balastros, areias, siltes e argilas são considerados rochas sedimentares detríticas não consolidadas. A consolidação destes sedimentos detríticos, por diagénese, origina rochas sedimentares detríticas consolidadas, como por exemplo, brechas e conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos.
  • 7. Rochas sedimentares detríticas 7  Rochas conglomeráticas Resultam da compactação e cimentação de balastros (clastos grosseiros com dimensões > 2mm). Nas brechas e conglomerados, entre os elementos maiores existe uma matriz constituída por elementos mais finos aglutinados pelo cimento.  Brechas Resultam da consolidação de balastros angulosos, devido a um transporte muito curto.
  • 8. Rochas sedimentares detríticas 8  Rochas conglomeráticas  Conglomerados Resultam da consolidação de balastros que sofreram transporte de alta energia, pelo que, os seus constituintes são bem rolados. São relativamente poucos os ambientes com energia suficiente para transportar balastros (ex.: rios de montanha, praias de forte ondulação, águas do degelo de glaciares).
  • 9. Rochas sedimentares detríticas 9  Rochas areníticas As areias apresentam aspetos diferentes consoante o agente de transporte. Angulosas ou sub-roladas, Areias fluviais grosseiras ou finas, grau de granotriagem variável. Arredondadas, polidas, por vezes Areias marinhas com forma ovoide, brilhantes geralmente bem calibradas. Areias eólicas Bem arredondadas, baças devido a numerosas marcas provocadas pelos choques, muito bem selecionadas. Muito angulosas e mal calibradas, Areias glaciárias de aspeto triturado.
  • 10. Rochas sedimentares detríticas 10  Rochas areníticas Existem areias calcárias formadas por grãos de calcite e areias negras constituídas, essencialmente, por minerais ricos em ferro e magnésio. As areias mais comuns são as quartzosas, de cores claras, constituídas por grãos de quartzo. Entre os grãos de areias existem espaços ou poros onde a água ou o ar circulam, o que torna as areias muito permeáveis. As areias são de grande interesse económico devido às inúmeras aplicações: construção civil, indústria vidreira, cerâmica…
  • 11. Rochas sedimentares detríticas 11  Rochas areníticas Arenito ou grés resulta da consolidação de areias (clastos com dimensões médias, entre 2mm e 1/16 mm). Geralmente, monominerálico, sendo o quartzo o mineral mais abundante, dada a sua resistência a longos transportes.
  • 12. Rochas sedimentares detríticas 12  Rochas sílticas e rochas argilosas
  • 13. Rochas sedimentares detríticas 13  Rochas sílticas e rochas argilosas Siltes (finos - 1/16 mm a 1/256 mm) Argilas (muito finos < 1/256 mm) Compactação Compactação Siltitos Argilitos Muitas vezes formam-se rochas em que há misturas de siltes e de argilas
  • 14. Rochas sedimentares detríticas 14  Rochas sílticas e rochas argilosas Os siltitos e argilitos apresentam composição mineralógica variada e resultam da compactação de siltes e argilas:  transportadas  grandes distâncias  em suspensão  depositados  em ambientes de baixa energia (lagos, planícies de inundação fluvial).  na foz dos rios
  • 15. Rochas sedimentares detríticas 15  Rochas sílticas e rochas argilosas As argilas:  são pouco duras,  quando humedecidas cheiram a barro,  quando saturadas são impermeáveis,  deformam-se facilmente, esta plasticidade pode causar problemas quando obras de construção assentam as suas fundações em terrenos argilosos. necessidade da realização do estudo geológico do terreno antes da implantação de obras de engenharia.
  • 16. Rochas sedimentares detríticas 16  Rochas sílticas e rochas argilosas Quando vasas argilosas impregnadas de água ficam expostas ao ar seco, a água evapora-se e, devido à diminuição de volume do material argiloso, essas formações aparecem fendilhadas, formando fendas de dessecação ou fendas de retração características.
  • 17. Rochas sedimentares detríticas 17  Rochas sílticas e rochas argilosas Os argilitos são constituídos fundamentalmente por minerais de argila (resultantes da meteorização química de vários minerais, nomeadamente dos feldspatos e das micas). Os argilitos constituem cerca de 80% do conjunto das rochas sedimentares. O caulino é um argilito, branco, formado pelo mineral de argila caulinite.
  • 18. Rochas sedimentares quimiogénicas 18  Origem das rochas sedimentares quimiogénicas Rochas sedimentares resultantes de sedimentos químicos. São formadas, essencialmente, por minerais de neoformação resultantes da precipitação de substâncias em solução, devida a processos físico-químicos:  reações químicas (ex: calcários de precipitação);  evaporação do solvente – água, formando evaporitos (ex: rochas salinas como o sal-gema e o gesso).
  • 19. Rochas sedimentares quimiogénicas 19  Formação de calcários de precipitação As águas acidificadas pelo CO2 (contendo ácido carbónico) que circulam nas rochas calcárias provocam a solubilização do carbonato de cálcio (CaCO3), formando-se hidrogenocarbonato (HCO3-) e iões cálcio, os quais ao reagir entre si formam hidrogenocarbonato de cálcio. H2O + CO2  H2CO3 (ácido carbónico) CaCO3 + H2CO3  Ca2+ + 2 (HCO3 - )  Ca(HCO3)2 (carbonato de cálcio) (hidrogenocarbonato) (hidrogenocarbonato de cálcio) Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2 Calcite O hidrogenocarbonato de cálcio pode precipitar sob a forma de carbonato de cálcio (CaCO3), originando a calcite e consequentemente calcário de precipitação.
  • 20. Rochas sedimentares quimiogénicas 20  Formação de calcários de precipitação Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2 (hidrogenocarbonato de cálcio) Condições físico-químicas como:  aumento da temperatura da água,  a diminuição da pressão atmosférica,  a agitação das águas, provocam a diminuição do teor de CO2 na água; o equilíbrio químico desloca-se no sentido da formação e libertação de CO2 ocorre a precipitação do CaCO3, Formação de calcário
  • 21. Rochas sedimentares quimiogénicas 21  Formação de calcários de precipitação Tubo A – água destilada Tubo B – água + calcite reduzida a pó Tubo C – água + calcite + CO2 Tubo C ’ – tubo C após aquecimento Tubo B – água + calcite (CaCO3) reduzida a pó Tubo C ’ – tubo C após aquecimento O CaCO3 não é solúvel na água O aumento da temperatura provoca a necessidade de libertação de CO2 Tubo C – calcite + H2O + CO2 H2O + CO2  H2CO3 Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2, H2CO3 + CaCO3  Ca (HCO3)2 Precipitação de CaCO3 Hidrogenocarbonato de cálcio, solúvel em água
  • 22. Rochas sedimentares quimiogénicas 22  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias As águas acidificadas (contendo H2CO3 ) que circulam nos maciços calcários vão meteorizando quimicamente as rochas (dissolução – carbonatação). A rocha fica esculpida por sulcos e cavidades constituindo à superfície um modelado característico conhecido por lapiás.
  • 23. Rochas sedimentares quimiogénicas 23  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias As águas acidificadas vão-se infiltrando no calcário em profundidade, a dissolução vai prosseguindo, conduzindo à formação de grutas calcárias.
  • 24. Rochas sedimentares quimiogénicas 24  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias A água que circula no interior das grutas transporta hidrogenocarbonato de cálcio que pode precipitar sob a forma de carbonato de cálcio e depositar-se formando calcários de precipitação mais ou menos compactos, de grão muito fino – travertinos. CaCO3 + H2CO3  Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2 (carbonato de cálcio) (hidrogenocarbonato de cálcio) Calcário travertino Os calcários travertinos também se podem formar em terrenos alagadiços de maciços calcários, tendo, por vezes, incorporado restos de seres vivos.
  • 25. Rochas sedimentares quimiogénicas 25  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias Do teto da gruta calcária desprendem-se gotas de água contendo hidrogenocarbonato de cálcio. Quando se dá o desprendimento da gota precipita uma película de carbonato de cálcio que se deposita na periferia da zona de despreendimento. Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2 (hidrogenocarbonato de cálcio)
  • 26. Rochas sedimentares quimiogénicas 26  Formação de calcários de precipitação – grutas calcárias Ao longo dos milhares de anos, a acumulação sucessiva de calcite forma estruturas pendentes – estalactites. Na zona central da estalactite fica um canal por onde circula a água. A água que cai, gota a gota, da estalactite sobre o solo, também gera a acumulação de películas de carbonato de cálcio, formando estruturas ascendentes – estalagmites.
  • 27. Rochas sedimentares quimiogénicas 27  Formação de evaporitos
  • 28. Rochas sedimentares quimiogénicas 28  Formação de evaporitos Halite Gesso
  • 29. Rochas sedimentares quimiogénicas 29  Formação de evaporitos Sal-gema Localização do Mar Morto
  • 30. Rochas sedimentares quimiogénicas 30  Formação de evaporitos Halite Grandes cristais de selenite, uma variedade de gesso, na gruta de Naica, no México
  • 31. Rochas sedimentares quimiogénicas 31  Formação de evaporitos Os evaporitos resultam da precipitação de sais dissolvidos, devido à evaporação da água que os contém em solução. Esta precipitação é desencadeada pela evaporação de águas que contêm os compostos em solução  CaSO4  águas marinhas retidas em lagunas,  NaCl  águas salgadas de lagos de  … zonas áridas.
  • 32. Rochas sedimentares quimiogénicas 32  Formação de evaporitos À medida que ocorre a evaporação da água, vão precipitando:  em 1º lugar os sais menos solúveis,  progressivamente os mais solúveis. • Na base depositam-se os sais menos solúveis, sobrepostos pelos progressivamente mais solúveis. • Formam-se sequências de evaporitos.
  • 33. Rochas sedimentares quimiogénicas 33 Sal-gema Gesso Composição Cloreto de sódio Sulfato de cálcio química (NaCl) hidratado (CaSO4 2H2O) Mineral Halite Gesso Características Pouco denso e plástico. Forma cristais Ascende na crusta sedosos, fibrosos ou formando domas salinos granulares. Utilização Dele pode extrair-se: Indústria do cimento, cloro, sódio, soda construção civil, cáustica… estes produtos estuques, são utilizados na indústria medicina dentária… de sabão, vidro, cerâmica….
  • 34. Rochas sedimentares quimiogénicas 34  Formação de domas salinos Sendo o sal-gema pouco denso e muito plástico, aa natureza os depósitos profundos de sal gema, quando sob pressão, podem ascender através de zonas frágeis da crusta, formando grandes massas de sal - domas salinos ou diapiros.
  • 35. Rochas sedimentares biogénicas 35  Rochas biogénicas Rochas formadas, essencialmente, por sedimentos de origem orgânica, isto é, com origem a partir de restos de seres vivos ou por materiais resultantes da sua atividade (ação bioquímica).
  • 36. Rochas sedimentares biogénicas 36  Calcários A atividade fotossintética das algas marinhas reduz o teor de CO2 e consequentemente hidrogenocarbonato de cálcio pode precipitar sob a forma de carbonato de cálcio (CaCO3), originando a calcite e consequentemente calcário. Neste caso, o calcário forma-se devido à ação dos seres vivos – calcário biogénico. Ca(HCO3)2  CaCO3 + H2O + CO2 (hidrogenocarbonato de cálcio)
  • 37. Rochas sedimentares biogénicas 37  Calcário recifal Calcário resultante dos esqueletos calcários dos corais que vivem em águas do mar quentes e pouco profundas. Os corais formam recifes constituídos por milhões de indivíduos ligados em colónias, que edificam estruturas calcárias, a partir do carbonato de cálcio dissolvido na água do mar. Quando morrem, os seus esqueletos formam este tipo de calcário.
  • 38. Rochas sedimentares biogénicas 38  Calcário conquífero Calcário formado pela acumulação de conchas calcárias de animais, como os moluscos, que sofreram um processo de cimentação. Estes seres vivos retiram carbonato de cálcio da água do mar para construírem os esqueletos (como as conchas).
  • 39. Rochas sedimentares biogénicas 39  Combustíveis fósseis - carvões, petróleo e gás natural As classificações atuais, devido à sua origem orgânica, não os consideram rochas. Na sua combustão é mobilizada energia que foi inicialmente armazenada pela fotossíntese, há muitos milhões de anos.
  • 40. Rochas sedimentares biogénicas 40  Combustíveis fósseis - carvões, petróleo e gás natural Condições de formação:  Meios sedimentares alimentados por grandes quantidades de detritos orgânicos;  Bacias sedimentares em ambientes lagunares costeiros ou meios lacustres (lagos no interior de áreas continentais) que experimentam afundamento progressivo (subsidência);  Com o aprofundamento acelerado estes detritos ficam rapidamente isolados do ambiente oxidante, consequentemente da ação decompositora dos organismos aeróbios (condições anaeróbias);  Transformações dos detritos orgânicos devidas à ação de microrganismos anaeróbios e ao aumento, em profundidade, da pressão e da temperatura, com mineralização incompleta.
  • 43. Rochas sedimentares biogénicas 43  Carvões Subsidência lenta Vegetação abundante Muitos detritos orgânicos recobertos por argilas Formação de carvões
  • 44. Rochas sedimentares biogénicas 44  Carvões Subsidência lenta Subsidência rápida Vegetação abundante Pouca vegetação Muitos detritos Poucos detritos orgânicos recobertos orgânicos por argilas Sedimentos grosseiros Formação de carvões Sem carvões Com rochas sedimentares detríticas
  • 45. Rochas sedimentares biogénicas 45  Carvões Resultam da decomposição lenta, ao longo de milhares de anos, de grandes quantidades de matéria orgânica (rica em lenhina) predominantemente vegetal, em ambientes aquáticos pouco profundos e pouco oxigenados (por exemplo pântanos). Durante o aprofundamento os detritos vegetais são transformados por ação das bactérias anaeróbias. À medida que afundam, os materiais sedimentares sofrem um processo de diagénese que conduz à formação do carvão:  a presença de substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo das bactérias, provoca a morte das mesmas e consequentemente a decomposição é interrompida;  o aumento da pressão conduz ao aumento da compactação (redução da percentagem de voláteis) e da desidratação;  associado à diminuição do teor de voláteis e água ocorre o aumento gradual do teor de carbono dos carvões (incarbonização).
  • 46. Rochas sedimentares biogénicas 46  Carvões Turfa  Lignite  Hulha ou carvão betuminoso  Antracite (sedimento) Aumento da diagénese Diminuição do teor de voláteis e água Aumento da incarbonização
  • 47. Rochas sedimentares biogénicas 47  Carvões Tipo de Carvão Características Lignite Apresenta elevado teor em água, sendo o seu poder combustível fraco. Hulha Apresenta um elevado teor de carbono (80% a 90%), o que faz dele o carvão de maior interesse económico, dado o seu elevado valor energético e a relativa facilidade de exploração. Antracite Contém mais de 90% de carbono o que o torna um carvão de difícil combustão.
  • 48. Rochas sedimentares biogénicas 48  Petróleo e gás natural Os produtos petrolíferos naturais incluem. Hidrocarbonetos Sólidos Asfaltos ou betumes Líquidos Petróleo bruto Gasosos Gás natural
  • 49. Rochas sedimentares biogénicas 49  Petróleo e gás natural Tem origem a partir fundamentalmente de plâncton rico em lípidos que fica aprisionado em sedimentos a 2000-3000 metros, sem oxigénio. O petróleo forma-se em ambientes:  aquáticos pouco profundos,  ricos em plâncton,  pouco agitados,  pobres em oxigénio (preservado da ação de bactérias aeróbias). A formação do petróleo depende:  da pressão e da temperatura,  da ação de bactérias anaeróbias,  de condições geológicas que favorecem a génese e acumulação de petróleo.
  • 50. Rochas sedimentares biogénicas 50  Petróleo e gás natural Após a deposição do plâncton este é coberto por finas camadas de sedimentos - argilas ou carbonatos - que impedem a ação de bactérias aeróbias decompositoras. A compactação e afundimento destas camadas, e consequente aumento de pressão e temperatura, provocam alterações físico-químicas na matéria orgânica. A temperatura superior a 1200C durante milhões de anos leva à formação de hidrocarbonetos - petróleo e de gás natural - na rocha mãe (rocha sedimentar).
  • 51. Rochas sedimentares biogénicas 51  Petróleo e gás natural Armadilha petrolífera Forças compressivas dobram as rochas. Os hidrocarbonetos ficam aprisionados O doma salino retém os na rocha-armazém. hidrocarbonetos que ficam aprisionados na rocha-armazém. O deslocamento relativo dos blocos ao longo do plano de falha colocou a rocha-cobertura frente à rocha-armazém, impedindo a migração dos hidrocarbonetos.
  • 52. Rochas sedimentares biogénicas 52  Petróleo e gás natural Armadilha petrolífera Os hidrocarbonetos formados, devido à sua baixa densidade, tendem a deslocar-se para a superfície e a perder-se. Por vezes, o petróleo e o gás ficam retidos em camadas rochosas porosas e permeáveis (arenitos e calcários) localizadas por cima da rocha-mãe, onde se acumulam - rocha-armazém. A retenção do petróleo e do gás natural na rocha-armazém (ou rocha- reservatório) só é possível se ela estiver coberta por uma camada impermeável argilosa – rocha de cobertura.
  • 53. Rochas sedimentares biogénicas 53  Petróleo e gás natural Armadilha petrolífera Condições geológicas que favorecem a génese e acumulação de hidrocabonetos: Rocha armazém + Rocha de cobertura + Falhas ou dobras ou domas (Porosa e permeável) (Impermeável) (Impedem a migração lateral) Armadilha petrolífera (impede a migração de hidrocarbonetos até à superfície) Associada às jazidas petrolíferas existe água proveniente:  do momento da sedimentação (que ficou aprisionada nos sedimentos)  de infiltrações superficiais.