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Tema 2: texto; textualidade; noções de gênero textual.

   Prof. Marcus Vinicius Santos Kucharski, Ed. Ph.D.



                                   Leitura e Produção de Textos
Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua
              não é neutra.
“A língua (...) é única somente como sistema
gramatical abstrato de formas normativas, abstraída
das percepções ideológicas concretas que a
preenchem e da contínua evolução histórica da
linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o
falante a povoa com sua intenção, com seu acento,
quando a domina através do discurso, torna-a familiar
com a sua orientação semântica e expressiva. Até o
momento em que for apropriado, o discurso não se
encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é
do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está
nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a
serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso
que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e
TEZZA, 2008, p.18-9)
Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua
             não é estanque.
“A língua (...) é única somente como sistema
gramatical abstrato de formas normativas, abstraída
das percepções ideológicas concretas que a
preenchem e da contínua evolução histórica da
linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o
falante a povoa com sua intenção, com seu acento,
quando a domina através do discurso, torna-a familiar
com a sua orientação semântica e expressiva. Até o
momento em que for apropriado, o discurso não se
encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é
do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está
nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a
serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso
que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e
TEZZA, 2008, p.18-9)
Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua
              não é neutra.
“A língua (...) é única somente como sistema
gramatical abstrato de formas normativas, abstraída
das percepções ideológicas concretas que a
preenchem e da contínua evolução histórica da
linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o
falante a povoa com sua intenção, com seu acento,
quando a domina através do discurso, torna-a familiar
com a sua orientação semântica e expressiva. Até o
momento em que for apropriado, o discurso não se
encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é
do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está
nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a
serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso
que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e
TEZZA, 2008, p.18-9)
Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua
     não é propriedade dos teóricos.
“A língua (...) é única somente como sistema
gramatical abstrato de formas normativas, abstraída
das percepções ideológicas concretas que a
preenchem e da contínua evolução histórica da
linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o
falante a povoa com sua intenção, com seu acento,
quando a domina através do discurso, torna-a familiar
com a sua orientação semântica e expressiva. Até o
momento em que for apropriado, o discurso não se
encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é
do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está
nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a
serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso
que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e
TEZZA, 2008, p.18-9)
Da língua para o texto: discutindo
              nossa referência
Pela proposta de Goldstein, Louzada e
Ivamoto , o que é um texto e quais as
implicações da definição apresentada?

Ainda segundo as autoras, qual o papel do
contexto na comunicação?

Há também menção às chamadas
condições de produção de um texto. Qual
sua importância, segundo as autoras, e as
implicações do que elas propõem?
Da língua para o texto: falando sobre a
         construção do sentido
Em sua experiência, o que faz um texto ter
sentido?

Vamos analisar as noções de sentido
implícito e explícito dos textos no que está
entre as páginas 12 e 14 do capítulo lido.

Dois grandes linguistas, Beaugrande e
Dressler, propuseram algumas condições
para julgarmos o nível de textualidade de
produções linguísticas. Compreendamo-las
a partir de exemplos.
Da língua para o texto: falando sobre a
         construção do sentido
Em sua experiência, o que faz um texto ter
sentido?

Vamos analisar as noções de sentido
implícito e explícito dos textos no que está
entre as páginas 12 e 14 do capítulo lido.

Dois grandes linguistas, Beaugrande e
Dressler, propuseram algumas condições
para julgarmos o nível de textualidade de
produções linguísticas. Compreendamo-las
a partir de exemplos.
Gêneros textuais: o que são
De acordo com a leitura do capítulo de
Goldstein, Louzada e Ivamoto, o que são os
gêneros textuais?

Se tivéssemos de criar uma metáfora para
falar dos gêneros, quais seriam as
possibilidades interessantes?

Em duplas, vamos resolver as atividades das
páginas 16 a 18 do capítulo de Goldstein,
Louzada e Ivamoto.
Gêneros textuais: contribuições
  teóricas de Faraco e Tezza
              Se por um lado a língua varia em
              pronúncia, sintaxe e vocabulário (sistemas
              gramaticais), por outro “se estratifica em
              diferentes formas mais ou menos estáveis,
              que podemos chamar de gêneros, isto é,
              manifestações da linguagem tipificadas por
              características formais recorrentes e
              correlacionadas a diferentes atividades
              socioculturais”. (FARACO e TEZZA, 2008,
              p.20)

              “(...) toda língua é um conjunto de
              variedades”, e
              reagimos diferentemente a cada uma delas
              . A dicotomia “certo x errado” do ambiente
              escolar faz com que estranhemos
              constantemente nossa própria língua
              materna. (p.10-11)
Gêneros textuais: contribuições
  teóricas de Faraco e Tezza
              O gênero é determinado pelo
              momento de enunciação e pela
              intenção do comunicante. Portanto,
              não está originariamente ligado
              somente ao uso “correto” da língua.
              (Idem, p.21)

              “Essa imensa diversidade de gêneros
              explica por que nós, que, digamos,
              quase sempre temos grande facilidade
              de linguagem oral, somos
              eventualmente incapazes de algumas
              tarefas específicas (fazer discurso ou
              contar bem uma piada). Isto é, não
              aprendemos a língua, mas alguns
              gêneros da língua.” (Idem, p.21)
Gêneros textuais: contribuições
  teóricas de Faraco e Tezza
              Diferentemente da variedade oral,
              os gêneros escritos são menos
              numerosos e bem mais
              convencionais.
                 – Razão: controle social, do qual a
                   escola é o principal instrumento.
                   O texto escrito é produzido sob
                   uma variedade de vigilantes: o
                   professor, o editor, o chefe etc. É
                   uma vigilância objetiva,
                   consciente e sistemática.
                 – Evidência: se podemos
                   pronunciar uma palavra de n
                   formas, só há uma grafia
                   considerada correta. (Idem, p.22)
FIM(?)
Marcos Bagno: preconceito linguístico
                “Existe uma regra de ouro da Lingüística que diz:
                      ‘só existe língua se houver seres humanos
                    que a falem’. (...) Temos de fazer um grande
                      esforço para não incorrer no erro milenar
                    dos gramáticos tradicionalistas de estudar a
                    língua como uma coisa morta, sem levar em
                   consideração as pessoas vivas que a falam. O
                     preconceito lingüístico está ligado, em boa
                    medida, à confusão que foi criada, no curso
                          da história, entre língua e gramática
                        normativa. Nossa tarefa mais urgente é
                    desfazer essa confusão. Uma receita de bolo
                    não é um bolo, o molde de um vestido não é
                         um vestido, um mapa-múndi não é o
                        mundo... Também a gramática não é a
                                         língua.”
                 BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que
                       é, como se faz. 49.ed. São Paulo : Loyola,
                                        2007. (p.9)
Beaugrande e Dressler: condições de
            textualidade
Intencionalidade e Aceitabilidade

A intenção do autor está clara? Qual
   foi?

Você teve dificuldades em
  compreender o texto da forma
  como ele está apresentado?
Beaugrande e Dressler: condições de
            textualidade
Situacionalidade

Qual foi o problema de uso do texto
  apresentado na tirinha? O que
  podemos inferir a partir dele
  sobre o conceito de
  situacionalidade?
Beaugrande e Dressler: condições de
            textualidade
Informatividade

O exemplo apresentado é um texto?
  Por que, então, temos tanta
  dificuldade em compreendê-lo? O
  que podemos inferir sobre o
  conceito de informatividade,
  portanto?
Beaugrande e Dressler: condições de
            textualidade
Intertextualidade

Qual é a primeira coisa que nos vem
  à mente ao lermos a Oração do
  Internauta? Por que isso
  acontece? O que podemos inferir
  sobre o conceito de
  intertextualidade e como ele se
  integra aos outros vistos?

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Gêneros textuais e linguagem

  • 1. Tema 2: texto; textualidade; noções de gênero textual. Prof. Marcus Vinicius Santos Kucharski, Ed. Ph.D. Leitura e Produção de Textos
  • 2. Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua não é neutra. “A língua (...) é única somente como sistema gramatical abstrato de formas normativas, abstraída das percepções ideológicas concretas que a preenchem e da contínua evolução histórica da linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o falante a povoa com sua intenção, com seu acento, quando a domina através do discurso, torna-a familiar com a sua orientação semântica e expressiva. Até o momento em que for apropriado, o discurso não se encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e TEZZA, 2008, p.18-9)
  • 3. Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua não é estanque. “A língua (...) é única somente como sistema gramatical abstrato de formas normativas, abstraída das percepções ideológicas concretas que a preenchem e da contínua evolução histórica da linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o falante a povoa com sua intenção, com seu acento, quando a domina através do discurso, torna-a familiar com a sua orientação semântica e expressiva. Até o momento em que for apropriado, o discurso não se encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e TEZZA, 2008, p.18-9)
  • 4. Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua não é neutra. “A língua (...) é única somente como sistema gramatical abstrato de formas normativas, abstraída das percepções ideológicas concretas que a preenchem e da contínua evolução histórica da linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o falante a povoa com sua intenção, com seu acento, quando a domina através do discurso, torna-a familiar com a sua orientação semântica e expressiva. Até o momento em que for apropriado, o discurso não se encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e TEZZA, 2008, p.18-9)
  • 5. Mikhail Bakhtin (1889-1975): a língua não é propriedade dos teóricos. “A língua (...) é única somente como sistema gramatical abstrato de formas normativas, abstraída das percepções ideológicas concretas que a preenchem e da contínua evolução histórica da linguagem viva. (...) Ela só se torna ‘própria’ quando o falante a povoa com sua intenção, com seu acento, quando a domina através do discurso, torna-a familiar com a sua orientação semântica e expressiva. Até o momento em que for apropriado, o discurso não se encontra em uma língua neutra e impessoal (pois não é do dicionário que ele é tomado pelo falante!), ele está nos lábios de outrem, nos contextos de outrem e a serviço das intenções de outrem; e é lá que é preciso que ele seja isolado e feito próprio.” (Apud FARACO e TEZZA, 2008, p.18-9)
  • 6. Da língua para o texto: discutindo nossa referência Pela proposta de Goldstein, Louzada e Ivamoto , o que é um texto e quais as implicações da definição apresentada? Ainda segundo as autoras, qual o papel do contexto na comunicação? Há também menção às chamadas condições de produção de um texto. Qual sua importância, segundo as autoras, e as implicações do que elas propõem?
  • 7. Da língua para o texto: falando sobre a construção do sentido Em sua experiência, o que faz um texto ter sentido? Vamos analisar as noções de sentido implícito e explícito dos textos no que está entre as páginas 12 e 14 do capítulo lido. Dois grandes linguistas, Beaugrande e Dressler, propuseram algumas condições para julgarmos o nível de textualidade de produções linguísticas. Compreendamo-las a partir de exemplos.
  • 8. Da língua para o texto: falando sobre a construção do sentido Em sua experiência, o que faz um texto ter sentido? Vamos analisar as noções de sentido implícito e explícito dos textos no que está entre as páginas 12 e 14 do capítulo lido. Dois grandes linguistas, Beaugrande e Dressler, propuseram algumas condições para julgarmos o nível de textualidade de produções linguísticas. Compreendamo-las a partir de exemplos.
  • 9. Gêneros textuais: o que são De acordo com a leitura do capítulo de Goldstein, Louzada e Ivamoto, o que são os gêneros textuais? Se tivéssemos de criar uma metáfora para falar dos gêneros, quais seriam as possibilidades interessantes? Em duplas, vamos resolver as atividades das páginas 16 a 18 do capítulo de Goldstein, Louzada e Ivamoto.
  • 10. Gêneros textuais: contribuições teóricas de Faraco e Tezza Se por um lado a língua varia em pronúncia, sintaxe e vocabulário (sistemas gramaticais), por outro “se estratifica em diferentes formas mais ou menos estáveis, que podemos chamar de gêneros, isto é, manifestações da linguagem tipificadas por características formais recorrentes e correlacionadas a diferentes atividades socioculturais”. (FARACO e TEZZA, 2008, p.20) “(...) toda língua é um conjunto de variedades”, e reagimos diferentemente a cada uma delas . A dicotomia “certo x errado” do ambiente escolar faz com que estranhemos constantemente nossa própria língua materna. (p.10-11)
  • 11. Gêneros textuais: contribuições teóricas de Faraco e Tezza O gênero é determinado pelo momento de enunciação e pela intenção do comunicante. Portanto, não está originariamente ligado somente ao uso “correto” da língua. (Idem, p.21) “Essa imensa diversidade de gêneros explica por que nós, que, digamos, quase sempre temos grande facilidade de linguagem oral, somos eventualmente incapazes de algumas tarefas específicas (fazer discurso ou contar bem uma piada). Isto é, não aprendemos a língua, mas alguns gêneros da língua.” (Idem, p.21)
  • 12. Gêneros textuais: contribuições teóricas de Faraco e Tezza Diferentemente da variedade oral, os gêneros escritos são menos numerosos e bem mais convencionais. – Razão: controle social, do qual a escola é o principal instrumento. O texto escrito é produzido sob uma variedade de vigilantes: o professor, o editor, o chefe etc. É uma vigilância objetiva, consciente e sistemática. – Evidência: se podemos pronunciar uma palavra de n formas, só há uma grafia considerada correta. (Idem, p.22)
  • 14. Marcos Bagno: preconceito linguístico “Existe uma regra de ouro da Lingüística que diz: ‘só existe língua se houver seres humanos que a falem’. (...) Temos de fazer um grande esforço para não incorrer no erro milenar dos gramáticos tradicionalistas de estudar a língua como uma coisa morta, sem levar em consideração as pessoas vivas que a falam. O preconceito lingüístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão. Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo... Também a gramática não é a língua.” BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 49.ed. São Paulo : Loyola, 2007. (p.9)
  • 15. Beaugrande e Dressler: condições de textualidade Intencionalidade e Aceitabilidade A intenção do autor está clara? Qual foi? Você teve dificuldades em compreender o texto da forma como ele está apresentado?
  • 16. Beaugrande e Dressler: condições de textualidade Situacionalidade Qual foi o problema de uso do texto apresentado na tirinha? O que podemos inferir a partir dele sobre o conceito de situacionalidade?
  • 17. Beaugrande e Dressler: condições de textualidade Informatividade O exemplo apresentado é um texto? Por que, então, temos tanta dificuldade em compreendê-lo? O que podemos inferir sobre o conceito de informatividade, portanto?
  • 18. Beaugrande e Dressler: condições de textualidade Intertextualidade Qual é a primeira coisa que nos vem à mente ao lermos a Oração do Internauta? Por que isso acontece? O que podemos inferir sobre o conceito de intertextualidade e como ele se integra aos outros vistos?