1) O documento discute o filme "Apocalypto" de Mel Gibson, criticando as cenas excessivamente violentas que não são necessárias para o enredo.
2) É anunciado o filme "Ghost Rider" estrelado por Nicolas Cage, baseado no herói da Marvel, que usa efeitos especiais avançados para representar a caveira flamejante.
3) Um novo filme romântico estrelado por Hugh Grant, "Music and Lyrics", é anunciado, no qual Grant interpreta uma ex-estrela do pop que precisa comp
1. Crack Casa Nova Busca: Em: A Notícia OK
Joinville Sexta feira, 02 de mar ço de 2007 Santa Catarina Brasil
Anexo A Notícia
02 de março na História Deu em A Notícia
1923 1955
Primeira edi çã o da revista americana Cresce longevidade dos
“Time ”.
brasileiros
O jornal A Not ícia destaca uma
1944 reportagem sobre o aumento da
expectativa de vida dos brasileiros. Na
Pela primeira vez, a entrega do Oscar década de 1940, o tempo m édio de
é transmitida pela TV. “O Bom Pastor ” vida dos homens era de 39 anos. das
ganhou sete estatuetas – incluindo mulheres, 45. As pesquisas realizadas
filme, diretor (Leo McCarey) e ator nos anos 50 apontam um acr éscimo de
(Bing Crosby). A melhor atriz foi Ingrid dez anos para ambos os sexos.
Bergman ( “À Meia Luz ”).
1977
1969
O Concorde, o primeiro jato Libertado guitarrista dos
supers ônico para transporte de Stones
passageiros, faz v ôo inaugural em
Toulouse (Fran ç a).. Keith Richards, guitarrista dos Rolling
Stones, foi libertado ap ós pagar uma
fian ç a de mil d ólares canadenses. O
1996
músico havia sido detido em Toronto,
Uma trag édia abala o Brasil: os cinco de posse de 28 gramas. Em sua
integrantes da banda Mamonas defesa, o guitarrista alega que droga
Assassinas morrem em um acidente não era pura, e sim, “hero ína de rua ”.
aéreo na Serra da Cantareira (S ão
Paulo).
Guerra entre tribos: viol ência demais num filme bem feito, mas longo e pouco
inspirador. FOTO MOVIEWEB, DIVULGA ÇÃO
CINEMA
Destruição em larga escala
Luiz Zanin Oricchio
Agê ncia Estado/S ão Paulo
Em cartaz a partir de hoje em Santa Catarina, “Apocalypto ” come ça com
uma cita ção do historiador Will Durant: uma civiliza ção s ó se destr ói por
raz ões internas. Tomando a como verdade,o imp é rio maia j á estaria à
beira do colapso quando chegaram Pizarro, suas naves, seus sacerdotes
católicos e suas armas de fogo, botando para quebrar. Por isso, a hist ória
contada por Mel Gibson se refere à luta entre tribos e n ão contra os
conquistadores espanh óis.
O filme, de boa fatura t é cnica, envolve tr ê s fases. Uma mais curta,
mostrando a vida id ílica de uma tribo na selva. Outra, quando uma tribo
predadora captura a primeira e leva alguns prisioneiros para serem
sacrificados aos deuses; a terceira, quando um desses prisioneiros tenta
escapar e volta para ajudar sua mulher e filho. A hist ória flui, as
persegui ções funcionam, a barb árie parece cr ível. Esta é uma aprecia ção
té cnica, apenas. Portanto, de import â ncia apenas relativa.
O que, suspeito, ter á de ser discutido em “Apocalypto ” é , mais uma vez, a
maneira como Mel Gibson usa as imagens da viol ê ncia em seus filmes.
Nota se o gosto com que se det é m em detalhes sanguinolentos e, em
particular, cenas de torturas e execu ções. Sempre é poss ível argumentar
que ele se limita a mostrar as coisas “como elas s ã o”. Cada espectador
terá de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se
justifica no contexto dram á tico ou se é pura apela ção comercial. Na
percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel
Gibson n ã o deixam margem para d úvidas.
O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais
sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão
necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador,
inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da
cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais.
2. que ele se limita a mostrar as coisas “como elas s ã o”. Cada espectador
terá de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se
justifica no contexto dram á tico ou se é pura apela ção comercial. Na
percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel
Gibson n ã o deixam margem para d úvidas.
O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais
sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão
necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador,
inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da
cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais.
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Motoqueiro Fantasma chega às telas
RODRIGO SCHWARZ
Interpretar personagens como Super Homem e Batman n ã o demanda mais
que uma fantasia e um ator musculoso – e no caso do vigilante de
Gotham, nem mesmo isso, levando em conta que Adam West e Michael
Keaton j á usaram sua m áscara. J á para levar o Motoqueiro Fantasma à
telona, foi preciso que o cinema desenvolvesse tecnologias que h á alguns
anos apenas o mirabolante computador dos Super Amigos seria capaz de
reproduzir.
Em “Motoqueiro Fantasma ”, que estr é ia hoje no Estado, o her ói da Marvel
chega aos cinemas com todo o apuro visual dos gibis. Quem interpreta o
personagem é Nicholas Cage. Fan á tico por quadrinhos, Cage conseguiu um
papel que na fase inicial do projeto havia sido cortejado por Johnny Depp. A
produ ção foi abandonada em 2000, entre outros motivos, pela inexist ê ncia
de efeitos especiais capazes de criar de forma cr ível a caveira e a moto
flamejante do her ói.
No filme, dirigido por Mark Steven Johnson (o mesmo de “Demolidor ”),
Johnny Blaze é um piloto de acrobacias. Ap ós descobrir que o pai est á
morrendo de c âncer, ele faz um pacto com o diabo, que tamb é m atende
por Mefistof óles. Para interpretar o Dem ônio, que j á foi personificado no
cinema por monstros como Robert De Niro e Al Pacino, foi chamado Peter
Fonda. A escolha n ã o foi gratuita. Fonda estrelou o mais c é lebre filme de
motocicletas da hist ória, “Easy Rider ” (“Sem Destino ”).
O acordo com Mefistof óles revela se um p é ssimo neg ócio. O pai de Blaze é
poupado da doen ça, mas morre em um salto de moto. Resta ao
motoqueiro as letras mi údas do contrato: Blaze é obrigado a trabalhar
como uma esp é cie de capanga do diabo. Sua primeira miss ão é dar cabo
do filho de Mefistof óles, Cora ção Negro (Wes Bentley), que veio à Terra
com outros anjos ca ídos e planeja usurpar do pai o trono do Inferno. E
como salvar o planeta tr ê s vezes por dia n ão é suficiente para preencher a
agenda dos her óis da Marvel, Johnny Blaze ainda flerta com sua antiga
namorada, Roxanne Simpson (Eva Mendes).
Este ano, “Motoqueiro Fantasma ” foi o filme de maior arrecada ção em seu
final de semana de estr é ia, amealhando US$ 44 milh ões. J á a cr ítica
destruiu o longa, alegando ser muita pirotecnia para pouco roteiro. Integra
o festival de efeitos os recursos sonoros da pel ícula. Para conferir um
timbre l úgubre à voz do Motoqueiro, as falas de Cage foram digitalmente
mixadas ao rugido de v ários animais.
Um importante componente da transforma ção de Nicolas Cage em Johnny
Blaze n ã o se deve a efeitos especiais de ponta. Uma simples peruca
escondeu a calv ície do ator, nas cenas em que ele interpreta o rebelde
Blaze.
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Hugh Grant, o ídolo pop
Entra tamb é m em cartaz nos cinemas de Santa Catarina a nova com é dia
rom ântica de Hugh Grant, “Letra e M úsica ”. No longa, dirigido por Marc
Lawrence, Grant é Alex Fletcher, uma estrela da m úsica pop nos 80 que
hoje vive de apresenta ções nost á lgicas. A chance de brilhar novamente
aparece quando a diva Cora Corman (Haley Bennet) o convida para um
dueto. Mas para isso ele precisa escrever uma can ção, algo que n ã o faz h á
anos. Na hora de compor a m úsica, Alex encontra uma improv á vel parceira:
Sophie Fisher (Drew Barrymore, na foto com Hugh Grant), a mo ça
encarregada de cuidar de suas plantas. A qu ímica entre os dois acaba indo
al é m da esfera musical.
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Atriz foi uma das fundadoras do Teatro Com édia do Paraná. FOTO EVERSON
BRESSAN, DIVULGA ÇÃO
ARTES CÊNICAS
Morre a primeiradama do teatro paranaense
Lala Schneider deixa legado de determinação para atores
curitiba
Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de
profiss ão. Trata se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta
feira, em casa, na capital paranaense.
A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á ,
morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas.
Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia
apenas dores na coluna e ansiedade.
O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como
3. curitiba
Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de
profiss ão. Trata se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta
feira, em casa, na capital paranaense.
A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á ,
morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas.
Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia
apenas dores na coluna e ansiedade.
O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como
homenagem, foi providenciado um painel com fotos de momentos da
carreira dela. O enterro foi ontem, no Cemit é rio do Boqueir ã o, em Curitiba.
A informa ção divulgada na imprensa era a de que a idade de Lala era de
80 anos. Mas familiares da atriz afirmam ela tinha 82 anos – a diferen ça
nos documentos ocorreu devido a um erro no cart ório.
Lala foi diretora e professora de interpreta ção. O primeiro trabalho no palco
foi em “O Poder do Amor ”, de Nilo Brand ão, em 1950, pelo Teatro de
Adultos do Servi ço Social da Ind ústria (Sesi).
Pela pe ça “O Vampiro e a Polaquinha ”, que ficou sete anos em cartaz,
ganhou o trof é u Gralha Azul. No cinema, conseguiu o pr ê mio de melhor
atriz em 2004, no Festival de Gramado, pela atua ção no curta metragem
“Vov ó Vai ao Supermercado ”, de Valdemir Milani. A trajet ória em benef ício
do teatro paranaense levou à inaugura ção em 1994, de uma sala com o
nome dela.
“É dif ícil imaginar o teatro paranaense sem a presen ça de Lala Schneider ”,
disse a secret ária de Estado da Cultura Vera Mussi, no site da pasta do
governo. A presidente do Teatro Gua íra, Marisa Villela, tamb é m lamentou a
morte da atriz. “Mais do que um ícone do teatro, Lala Schneider sempre
esteve presente na vida do Gua íra. Ela conhecia cada um dos funcion á rios,
cada cent ímetro da Casa, cada traje c ê nico do nosso guarda roupa ”,
destacou.
A saudade dos colegas
“Era batalhadora, alegre, esperan çosa, uma pessoa de car á ter excepcional.
Tinha verdadeiro amor ao teatro. N ão quis sair de Curitiba porque dizia que
se sentia feliz na sua cidade natal. ”
Ary Fontoura
“A risada, a simpatia, o bom humor. É isso que eu vou lembrar de Lala
para sempre. Toda a minha gera ção ficava de boca aberta vendo a atua ção
dela. ”
Ranieri Gonz áles
“Ela fez parte de todas as dificuldades que n ós, artistas, temos.
Dificuldades financeiras, de conseguir espa ço, tudo que vai desgastando o
artista. ”
Luiz Melo
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CRÔNICA
Olsen Jr., escritor
olsenjr@matrix.com.br
Carta ao presidente do Besc
Bom dia, senhor Mescolotto, Gostaria de convid á lo para, semelhante ao rei
da f ábula, disfar çado de cidad ão comum, andar com as pessoas da
comunidade que precisam dos pr é stimos da Institui ção que vossa senhoria
dirige, nesses pequenos postos instalados em v á rios locais para favorecer o
atendimento de quem quer que os procure. Explico:
O Banco Central do Brasil (BCB) baixou a resolu ção n úmero 2878
(publicada no “Diário da Uni ão” em 31/07/2001) determinando que todas
as institui ções financeiras autorizadas a funcionar em territ ório nacional, na
presta ção de servi ços aos clientes e p úblico em geral, estabele ça em suas
depend ê ncias, alternativas f ísicas ou especiais que garantam um
atendimento priorit ário para pessoas portadoras de defici ê ncias f ísicas ou
com mobilidade reduzida, tempor ária ou definitiva, idosos, com idade igual
ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas de
crian ças de colo, mediante guich ê de caixa para atendimento exclusivo ou
implanta ção de outros servi ços de atendimento priorizado.
Pode se argumentar que, no lugar de “deficiente f ísico ” se escrevesse
“portadores de necessidades especiais ”, mas é um detalhe que n ã o alivia,
redime ou absolve aqueles que n ão respeitam uma determina ção legal:
por desconhecimento (o que é grave, porque deveriam dar o exemplo); por
indol ê ncia (o que é imperdo ável, por tratar se de um servi ço p úblico),
ambas as atitudes suscept íveis de san ções.
Prezado Eur ídes Mescolotto, dia 27 de fevereiro, no posto localizado na
rodovi ária (ao lado do Detran) em nossa Capital, num universo de 30
pessoas, com tr ê s idosos na fila, tive que fazer uma pequena prele ção a
respeito do dispositivo legal aqui descrito mas, n ã o obstante a indigna ção
do orador, agora signat á rio, n ã o foi permitida a entrada dos mesmos no
recinto sob a é gide, como disse, da institui ção que vossa senhoria
administra: por indol ê ncia, desconhecimento da disposi ção normativa, ou
talvez, por abuso de poder mesmo. Todo o imbecil quando n ã o sabe o que
est á fazendo, afirma que est á apenas cumprindo ordens. De quem, vossa
senhoria poderia explicar?
Turba nenhuma sabe se auto administrar. Assim, algu é m deve fazer isto
por “ela ”. Sugiro a impress ão de um cartaz contendo o n úmero da
resolu ção do BCB e as pessoas (nas diversas modalidades e condi ções j á
citadas) que devem ser beneficiadas, e que seja afixado em todas as
ag ê ncias do banco, bem como, nos seus postos de atendimento. Assim,
fazendo a “nossa ” parte, estamos dando um exemplo de cidadania, de
respeito à condi ção humana, ainda que de maneira impositiva, mas é a
contrapartida do “nosso ” subdesenvolvimento cultural, e para que se n ão
confirme mais, a vox populi do “levar vantagem em tudo ” de um
hom únculo naquela fila que citei, ao afirmar “quando a farinha é curta, o
pirão é meu ”.
Diante do exposto, contando com a sensibilidade de vossa senhoria,
senhor Mescolotto, e para que o pir ã o mencionado continue servindo a
todos, absolutamente sem apetite, despe çome.
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AUDIOVISUAL
Inscrições para CineEsquemaNovo
Estão abertas at é o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras
competitivas do CineEsquemaNovo 2007 – Festival de Cinema de Porto
Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha.
Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e
inscri ção no site www.cineesquemanovo.org.
LITERATURA
Morre historiador Schlesinger
Morreu na noite de quarta feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador
americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto
4. Inscrições para CineEsquemaNovo
Estão abertas at é o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras
competitivas do CineEsquemaNovo 2007 – Festival de Cinema de Porto
Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha.
Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e
inscri ção no site www.cineesquemanovo.org.
LITERATURA
Morre historiador Schlesinger
Morreu na noite de quarta feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador
americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto
jantava em um restaurante. Autor de mais de 20 livros, Schlesinger foi duas
vezes agraciado com o Pr ê mio Pulitzer. e integrou a equipe de governo de
John F. Kennedy.
MÚSICA
The Doors na calçada da fama
O grupo The Doors recebeu uma estrela na Cal çada da Fama de Hollywood.
Estavam na solenidade os remanescentes, Ray Manzarek, Robby Krieger e
John Densmore. Formada em 1965, a banda que teve Jim Morrison (1943
1971) nos vocais, ganhou fama com m úsicas como “Light My Fire ” e “The
End ”.
CINEMA
Primeiro Tarzan: despedida aos cem anos
Na selva do cinema, Tarzan sempre foi o rei. Primeiro ator a interpret á lo,
em 1935, Herman Brix morreu domingo, na Calif órnia (EUA), aos cem anos.
O ator que tamb é m foi atleta – conquistou a medalha de prata na
competi ção de levantamento de peso dos Jogos Ol ímpicos de 1928 – usava
o nome art ístico Bruce Bennett e ficou conhecido pelo filme “As Novas
Aventuras de Tarzan ”. Em 1960, deixou as telas e tornou se um bem
sucedido empres ário.
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Danças t ípicas s ão uma das atra ções do evento que acontece amanh ã na Lagoa da
Conceição.
CULTURA
Um mantra ecoa na Capital
Festival leva a arte, a culinária e os costumes da Índia a
Florianópolis
FLORIAN Ó POLIS
Mantras, dan ças t ípicas, hist órias milenares, culin á ria lacto vegetariana,
ioga. A cultura indiana, com suas variadas facetas, poder á ser apreciada
amanh ã na Lagoa da Concei ção, na Capital. A programa ção, que inclui
ainda teatro, aplica ção de tatuagem de henna e pintura facial, integra o
Festival da Índia, evento internacional que j á passou por S ão Paulo, Rio de
Janeiro, Paran á e Minas Gerais, e que pela primeira vez é realizado em
Santa Catarina, partindo depois para Porto Alegre.
Projeto s ócio cultural sem fins lucrativos, o festival tem como objetivo
central levar à popula ção os diferentes aspectos da milenar cultura oriental
da Índia. Anualmente, ocorre em cidades como Nova York, Toronto, Nova
Delhi, Londres e Sidney. As atra ções s ão muitas. Dan çarinas profissionais
promovem uma das partes mais esperadas do evento. A m úsica oriental é
apresentada de diferentes maneiras, desde o “bhajan bengali ” at é o
tradicional mantra rock dance. A tenda da culin ária t ípica – que distribui
gratuitamente a comida – oferece pratos saborosos e nutritivos. No teatro,
apresenta ções que retratam hist órias milenares da Índia antiga,
trabalhando valores de comportamento social e virtudes. No espa ço da
ioga, instrutores profissionais oferecem aulas pr á ticas e orienta ções.
Entre os convidados para o Festival em Florian ópolis est ã o a dan çarina
ga úcha K írtida Devi Dasi, de Porto Alegre, o m úsico Vayasaki, de S ã o Paulo,
e o estudante de filosofia Vasudeva Parayana Das, que se dedica à prá tica
de mantra yoga com instrumentos indianos. K írtida estudou durante 11
anos numa escola de filosofia v é dica, em S ão Paulo, onde aprendeu a
dan ça e o teatro praticados na Índia. Depois, ela viajou ao pa ís,
peregrinando por seus templos e pesquisando sobre a cultura local.
Autodidata, ela pratica a Bhakti yoga e é adepta ao vegetarianismo,
buscando a purifica ção do corpo e da mente.
O QU Ê: Festival da Índia. QUANDO: amanh ã, 17h. ONDE: Pra ça Bento
Silvé rio, Lagoa da Concei ção, Florian ópolis. Informa ções:
www.festivaldaindia.com.br. QUANTO: gratuito.
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A realidade que o cinema vê
Florian ópolis
O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de
document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do
filme “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer
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A realidade que o cinema vê
Florian ópolis
O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de
document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do
filme “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer
semanalmente no Centro Cultural Boca da Bernun ça, em Arma ção do
Pâ ntano do Sul. Ap ós a exibi ção haver á um debate com o diretor do filme,
Jos é Rafael Mamigonian, e com a pesquisadora Rosana Cacciatore.
Segundo os organizadores, a id é ia é levar o cinema document ário at é uma
comunidade que n ão tem muito acesso ao g ê nero, exibindo, al é m de
clá ssicos, t ítulos que tenham como tema o Sul da Ilha. O filme em cartaz
hoje retrata a vida de Francisco Thomaz dos Santos, produtor de cacha ça e
farinha no Sert ão do Peri, atrav é s dos di álogos com a equipe que
documentava a sua vida. Seo Chico, como era conhecido, foi brutalmente
assassinado em 1996, na é poca em que o diretor produzia o filme.
Para o dia 10 de mar ço, os coordenadores do N úcleo planejam exibir
“Nanook do Norte ”, filme de 1922,tido como o primeiro document á rio
antropol ógico. Criado e dirigido pelo legend ário Robert J. Flaherty, o longa
engloba beleza e o perigo da vida no distante P ólo Norte. A c â mera segue
o esquim ó Nanook e sua fam ília na luta com os elementos da natureza, na
divers ão, no descanso, no amor e na amizade.
No dia 17 ser ão exibidos “Volta à Ilha em 16mm ”, de Luiz Tasso Neto, e
“Arma ções ”, de Dilson Branco e Rafael Carvalho, que retratam a praia de
Canasvieiras pouco habitada, a ca ça à baleia na Arma ção do P ântano do
Sul e uma visita do presidente Get úlio Vargas ao Estado. Os filmes foram
realizados sobre as imagens captadas pela baronesa Edla von Wangenheim
nas d é cadas de 20 e 30.
Para o dia 24 est á programado “Tudo é Verdade ”, de Orson Welles. Em
1942, o cineasta norte americano veio ao Brasil para filmar o inacabado
“It’s All True ”. O document á rio revela a passagem de Welles com Jacer é ,
líder dos jangadeiros de Fortaleza, que foi de jangada at é o Rio reivindicar
direitos trabalhistas.
Esta primeira estapa da mostra ser á encerrada no dia 31, com “Sabor de
Mem ória ”, de Renata Lago Philippi e Michele Oliveira Dias, que fala sobre a
culin ária antiga da Ilha de Santa Catarina.
O QU Ê: MOSTRA DE DOCUMENT ÁRIOS DO N ÚCLEO DE ANTROPOLOGIA
VISUAL DA UFSC. QUANDO: Hoje, às 19h30. ONDE: Centro Cultural Boca da
Bernun ça. Rodovia Francisco Thomaz dos Santos (SC 401), Arma ção do
Pâ ntano do Sul, fone (48) 3338 4626. QUANTO: Entrada franca.
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AGENDA
HOJE
Florianópolis
Rock Baby – A festa traz na mesma noite as bandas Samambaia Sound
Club (Finalista do Pared ã o Brasil Telecom), que convida Tijuquera, Coletivo
Operante, Quarteto Nota Jazz e Os Berbig ã o e The Claudionors. Tamb é m
no Caf é Matisse acontece a mostra do artista pl ástico brit â nico Tadeusz
Deregowski, que exp õe trabalhos que retratam a cidade de Florian ópolis,
em especial sua arquitetura. Conhecido atrav é s dos trabalhos
desenvolvidos como ilustrador de importantes jornais ingleses, Deregowsky
dispensa fotografias durante a concep ção das pinturas em óleo sobre tela.
Em 2007, recebeu o pr ê mio Dedalo, na It ália, pela obra Such Indulgence.
No Brasil desde julho de 2006, dedica se ao curso de portugu ê s na UFSC,
al é m da produ ção de suas obras.
Caf é Matisse, Av. Governador Irineu Borhausen, 5.600, Agron ômica,
Florian ópolis. O show é hoje, 22h. Ingresso: um pacote de fraldas
Johnson ’s ou Pampers. Exposi ção vai at é o dia 19 de mar ço. Segunda à
sexta,13h, s á bados e domingos,17h. Entrada gratuita. Informa ções pelo
telefone (48) 3333 1619/3333 2166.
Drakkar – Hoje, funk de raiz no estilo Funkadelic, Earth Wind & Fire e James
Brown e muita disco music com a banda Funkstone. No s á bado, noite de
rock com a banda Eruption. O final de semana fecha com uma programa ção
disco music, com um repert ório dos anos 70 com o DJ Freak Baboo e a
banda Funkzilla.
Drakkar, Avenida Afonso Delambert Neto, 607, Lagoa da Concei ção. Hoje,
sá bado e domingo, 22h. Ingressos a R$10,00 (os 50 primeiros pagam
R$7,00). Informa ções pelo fone (48) 3232 8848.
AMANH Ã
Joinville
“Quem quer Casar com a Dona Baratinha ” – Tudo come çou quando a dona
Baratinha achou uma moedinha de ouro e assim despertou o interesse em
se casar. Ela pediu ajuda ao coelho para que pronunciasse a decis ão a
todos os moradores da Bichol ândia. Foi a í que apareceram v á rios
pretendentes, entre eles o Galo In á cio, o Porco Lino, o C ã o Zarr ã o e o Jo ã o
Rat ão, mais somente um ser á escolhido. A produ ção e dire ção geral é de
Valdir Dutra.
Teatro Juarez Machado, Av. Jos é Vieira, 315. Amanh ã, 16h, e domingo,
10h30 e 16h. Ingressos antecipados no teatro no s á bado, das 11 às 15h, e
na Delikatesse Vikt ória, Domini Pizzaria, Diverplay e Anjos Brinquedos.
Informa ções pelo fone (47) 3433 2190.
Blumenau
Chimarruts – Prestes a gravar seu primeiro DVD, a banda realiza mais um
show da turn ê “Livre para Viajar ”, seu terceiro disco. J á considerada uma
das mais atuantes da regi ã o sul do Brasil, formada em 2000, a Chimarruts
vê m consolidando sua carreira tamb é m com v ários hits radiof ônicos. A
banda volta a Blumenau para tocar can ções como “Chap é u de Palha ” e
“Iemanj á” , “Deixa Chover ”,”Nova Ordem ”, “Versos Simples ” e “Eu Tenho
Fé ”. O DVD, ainda em processo de produ ção, contar á com 17 m úsicas, e
ser ã o os f ãs que escolher ão as faixas que ir ão compor o novo trabalho da
banda.
Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir
das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na
Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a
R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 2296.
Blumenau
Vila Rock Festival – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção
de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15
6. banda.
Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir
das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na
Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a
R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 2296.
Blumenau
Vila Rock Festival – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção
de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15
horas. Apresentam se os grupos Lovelee, Khymia, Malditos Moedores, UTI,
Police Play Eggs, Projeto 85, MDP, Bug Scream, Alfajor e Reino Fungi, banda
joinvilense que fecha o evento em um show que come ça à meia noite.
Florianópolis
“Ca çadores de Hist órias ” – Dois ca çadores de hist órias se unem em uma
aventura para descobrir um instrumento para fazer os bichos falarem. A
descoberta é uma surpresa para o espectador, em uma pe ça que faz uma
homenagem à s hist órias e à prá tica da leitura. Quem chegar mais cedo
ser á agraciado com uma pe ça de teatro de minionetes na sala de espera
do teatro. “A Cripta ” é uma historinha de terror de dois minutos e meio,
vista por apenas um espectador por vez. Consiste em uma caixa preta
onde a crian ça p õe os olhos para assistir ao mini teatro. A pe ça j á estreou
em Curitiba e est á sendo apresentada pela primeira vez na Capital.
Teatro Álvaro de Carvalho, pra ça Pereira Oliveira, centro. Amanh ã, à s 16
horas, e domingo, às 10h30 e 16 horas. Ingressos a R$20,00 (inteira) e
R$10,00 para crian ças, idosos e estudantes.
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EM CARTAZ
Lola Aronovich, cronista de cinema
lola@lost.art.br
O maior espetáculo da Terra
Depois que um f ã me parou na rua e perguntou “Você é a Lola? ”, ando
imposs ível. Meu ego est á dando cambalhotas no ar. E se continuar assim
quase consigo esquecer que n ão ganho um bol ã o do Oscar h á trê s anos.
Quase. Voc ê conhece meu ponto de vista: participar de um bol ã o é o único
jeito de ag üentar aquela festinha chata.
Mas ganhar o bol ão de vez em quando pegaria bem, n é ? Nã o que a
cerim ônia deste ano tenha sido insuport ável. A Ellen DeGeneres at é que se
saiu bem. Ser apresentador do Oscar n ã o é um trabalho f ácil. Algu é m se
lembra do vexame que foi o David Letterman? E s ó aqueles dan çarinos nas
sombras j á valeram a pena. E os n úmeros musicais, geralmente a pior
tortura da noite, foram mais sucintos (pelo menos juntaram as tr ê s can ções
indicadas de “Dreamgirls ” em uma). Mas o maior problema é que n ã o
houve discursos pol ê micos. Nada pra ficar na mem ória.
Talvez tivesse sido diferente se “Pequena Miss Sunshine ” levasse pra casa
o pr ê mio de melhor filme. Havia uma estat ística interessante contra a
com é dia: em 78 anos de Academia, s ó um filme ganhou sem ter sido
indicado à dire ção ( “Conduzindo Miss Daisy ”, em 1989). Mas eu achei que,
por ter sido o filme mais querido dos cinco, daria pra quebrar esse tabu.
Nã o deu. No entanto, se é pra confiar em estat ística, teve alguma outra vez
que uma refilmagem leva a estatueta?! Por mais que eu goste de
“Infiltrados ”, soa estranho que ningu é m nos discursos de agradecimento
diga “Valeu, chineses! ”
Nã o reclamo da vit ória do Martin Scorsese pra melhor diretor. Ali á s, n ão foi
só no audit ório que o cara descolou um standing ovation (sabe, quando
todo mundo se levanta pra bater palmas?). Na sala dos jornalistas
tamb é m. Depois de 26 longos anos, o homem vai poder decorar sua lareira
com uma estatueta.
Mas cad ê o elemento surpresa? Deve ser pela falta disso que muita gente
boa vive fazendo campanha pra que a Academia divulgue os segundos e
terceiros colocados em cada categoria, e o n úmero de votos de cada um.
Seria muito mais emocionante. A Helen Mirren ganhou melhor atriz de
lavada? O Forest Whitaker ficou quantos votos na frente do Peter O ’Toole?
Do jeito que foi, a maior zebra foi o “Labirinto do Fauno ” (em cartaz em
Conc órdia e S ão Jos é ) ter perdido melhor filme estrangeiro pro alem ã o “A
Vida dos Outros ”.
Aposto como a categoria mais disputada mesmo acabou sendo a de melhor
filme. Tenho certeza que “Infiltrados ”, “Babel ” e “Miss ” estiveram pr óximos.
Antes da cerim ônia, o Damien Bona, autor do ótimo livro “Inside Oscar ”,
disse que a última vez que havia ocorrido tamanha falta de favoritismo foi
em 1991, quando concorreram, embaralhados, “Silê ncio dos Inocentes ”,
“Bugsy ” e “A Bela e a Fera ”. “Silê ncio ” seria o “Infiltrados ” de hoje: sucesso
de bilheteria, elogiado, mas sem perfil de oscariz á vel. “Bugsy ” seria
“Babel ” (havia levado o Globo de Ouro). E “A Bela e a Fera ” seria “Miss ”:
um filme legal, mas que, segundo ele, se ganhasse, todo mundo iria dizer,
dez anos depois: “O que a Academia tava pensando? ”. Como fizeram com
“O Maior Espet áculo da Terra ”... Não concordo muito com essa an á lise, j á
que sigo achando “Miss ” o melhor dos cinco.
Mas enfim, como disse um comentarista americano sobre a inutilidade de
se chorar sobre o leite derramado, se minha tia tivesse test ículos, seria
meu tio.
Play
“Cassino ” (1995) foi o melhor filme do Scorsese antes de “Infiltrados ”,
porque “Gangues de Nova York ” e “O Aviador ” nã o eram grande coisa.
Antes disso, tem quem ame “Os Bons Companheiros ” (1990) – eu apenas
gosto. Em compensa ção, adoro “A Cor do Dinheiro ” (1986), mas pra mim
seu grande trunfo nos anos 80 foi “O Rei da Com é dia ” (1983). Melhor que
o aclamado “Touro Indom á vel ” (1980), que nunca esteve entre meus
favoritos. Provavelmente sua j óia seja mesmo “Taxi Driver ” (1976). Se voc ê
nã o viu, n ão tem como entender a import â ncia do mestre pro cinema.
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O vôo do bailarino
Joinvilense mostrou que sabe dançar na novela “Páginas
da Vida”
Rodrigo St üpp
Nenhum olhar para a c âmera. A boca tamb é m n ã o emite sons, mas o corpo
dele fala. E o adolescente flutua, desfocado. De protagonista do Festival de
Dan ça de Joinville, Rodrigo Hermeyer passou a coadjuvante da novela
“Pá ginas da Vida ”, da Globo, que termina hoje. Ele é bailarino na AMA,
centro cultural levantado no Projac. Aparece especialmente nas cenas de
Gisele (P é rola Faria), bailarina na trama. “A participa ção foi por acaso. Achei
legal, mas n ã o é isso o que eu quero ”, arremata o joinvilense, agora com