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                           Crack         Casa Nova                                                         Busca:                  Em: A Notícia   OK




Joinville                          Sexta ­feira, 02 de mar ço de 2007                                  Santa Catarina  ­ Brasil 


               Anexo ­ A Notícia


              02 de março na História                     Deu em A Notícia

              1923                                        1955

              Primeira edi çã o da revista americana      Cresce longevidade dos 
              “Time ”. 
                                                          brasileiros
                                                          O jornal A Not ícia destaca uma 
              1944                                        reportagem sobre o aumento da 
                                                          expectativa de vida dos brasileiros. Na 
              Pela primeira vez, a entrega do Oscar       década de 1940, o tempo m édio de 
              é transmitida pela TV.  “O Bom Pastor ”     vida dos homens era de 39 anos. das 
              ganhou sete estatuetas  –  incluindo        mulheres, 45. As pesquisas realizadas 
              filme, diretor (Leo McCarey) e ator         nos anos 50 apontam um acr éscimo de 
              (Bing Crosby). A melhor atriz foi Ingrid    dez anos para ambos os sexos.
              Bergman ( “À  Meia Luz ”). 

                                                          1977
              1969

              O Concorde, o primeiro jato                 Libertado guitarrista dos 
              supers ônico para transporte de             Stones
              passageiros, faz v ôo inaugural em 
              Toulouse (Fran ç a)..                       Keith Richards, guitarrista dos Rolling 
                                                          Stones, foi libertado ap ós pagar uma 
                                                          fian ç a de mil d ólares canadenses. O 
              1996
                                                          músico havia sido detido em Toronto, 
              Uma trag édia abala o Brasil: os cinco      de posse de 28 gramas. Em sua 
              integrantes da banda Mamonas                defesa, o guitarrista alega que droga 
              Assassinas morrem em um acidente            não era pura, e sim,  “hero ína de rua ”. 
              aéreo na Serra da Cantareira (S ão 
              Paulo).




               Guerra entre tribos: viol ência demais num filme bem feito, mas longo e pouco 
                                 inspirador. FOTO MOVIEWEB, DIVULGA ÇÃO


                                                    CINEMA


                                Destruição em larga escala
                                             Luiz Zanin Oricchio
                                         Agê ncia Estado/S ão Paulo


             Em cartaz a partir de hoje em Santa Catarina,  “Apocalypto ” come ça com 
             uma cita ção do historiador Will Durant: uma civiliza ção s ó  se destr ói por 
             raz ões internas. Tomando ­a como verdade,o imp é rio maia j á  estaria  à 
             beira do colapso quando chegaram Pizarro, suas naves, seus sacerdotes 
             católicos e suas armas de fogo, botando para quebrar. Por isso, a hist ória 
             contada por Mel Gibson se refere  à  luta entre tribos e n ão contra os 
             conquistadores espanh óis.
             O filme, de boa fatura t é cnica, envolve tr ê s fases. Uma mais curta, 
             mostrando a vida id ílica de uma tribo  na selva. Outra, quando uma tribo 
             predadora captura a primeira e leva alguns prisioneiros para serem 
             sacrificados aos deuses; a terceira, quando um desses prisioneiros tenta 
             escapar e volta para ajudar sua mulher e filho. A hist ória flui, as 
             persegui ções funcionam, a barb árie parece cr ível. Esta  é  uma aprecia ção 
             té cnica, apenas. Portanto, de import â ncia apenas relativa.
             O que, suspeito, ter á  de ser discutido em  “Apocalypto ” é , mais uma vez, a 
             maneira como Mel Gibson usa as imagens da viol ê ncia em seus filmes. 
             Nota ­se o gosto com que se det é m em detalhes sanguinolentos e, em 
             particular, cenas de torturas e execu ções. Sempre  é  poss ível argumentar 
             que ele se limita a mostrar as coisas  “como elas s ã o”. Cada espectador 
             terá  de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se 
             justifica no contexto dram á tico ou se  é  pura apela ção comercial. Na 
             percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel
             Gibson n ã o deixam margem para d úvidas.
             O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais 
             sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão 
             necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador, 
             inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da 
             cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais. 
que ele se limita a mostrar as coisas  “como elas s ã o”. Cada espectador 
terá  de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se 
justifica no contexto dram á tico ou se  é  pura apela ção comercial. Na 
percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel
Gibson n ã o deixam margem para d úvidas.
O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais 
sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão 
necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador, 
inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da 
cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais. 


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         Motoqueiro Fantasma chega às telas
                               RODRIGO SCHWARZ


Interpretar personagens como Super ­Homem e Batman n ã o demanda mais
que uma fantasia e um ator musculoso  – e no caso do vigilante de 
Gotham, nem mesmo isso, levando em conta que Adam West e Michael 
Keaton j á  usaram sua m áscara. J á  para levar o Motoqueiro Fantasma  à 
telona, foi preciso que o cinema desenvolvesse tecnologias que h á  alguns 
anos apenas o mirabolante computador dos Super Amigos seria capaz de 
reproduzir. 
Em  “Motoqueiro Fantasma ”, que estr é ia hoje no Estado, o her ói da Marvel 
chega aos cinemas com todo o apuro visual dos gibis. Quem interpreta o 
personagem  é  Nicholas Cage. Fan á tico por quadrinhos, Cage conseguiu um 
papel que na fase inicial do projeto havia sido cortejado por Johnny Depp. A
produ ção foi abandonada em 2000, entre outros motivos, pela inexist ê ncia 
de efeitos especiais capazes de criar de forma cr ível a caveira e a moto 
flamejante do her ói.
No filme, dirigido por Mark Steven Johnson (o mesmo de  “Demolidor ”), 
Johnny Blaze  é  um piloto de acrobacias. Ap ós descobrir que o pai est á 
morrendo de c âncer, ele faz um pacto com o diabo, que tamb é m atende 
por Mefistof óles. Para interpretar o Dem ônio, que j á  foi personificado no 
cinema por monstros como Robert De Niro e Al Pacino, foi chamado Peter 
Fonda. A escolha n ã o foi gratuita. Fonda estrelou o mais c é lebre filme de 
motocicletas da hist ória,  “Easy Rider ” (“Sem Destino ”). 
O acordo com Mefistof óles revela ­se um p é ssimo neg ócio. O pai de Blaze  é
poupado da doen ça, mas morre em um salto de moto. Resta ao 
motoqueiro as letras mi údas do contrato: Blaze  é  obrigado a trabalhar 
como uma esp é cie de capanga do diabo. Sua primeira miss ão  é  dar cabo 
do filho de Mefistof óles, Cora ção Negro (Wes Bentley), que veio  à  Terra 
com outros anjos ca ídos e planeja usurpar do pai o trono do Inferno. E 
como salvar o planeta tr ê s vezes por dia n ão  é  suficiente para preencher a 
agenda dos her óis da Marvel, Johnny Blaze ainda flerta com sua antiga 
namorada, Roxanne Simpson (Eva Mendes).
Este ano,  “Motoqueiro Fantasma ” foi o filme de maior arrecada ção em seu 
final de semana de estr é ia, amealhando US$ 44 milh ões. J á  a cr ítica 
destruiu o longa, alegando ser muita pirotecnia para pouco roteiro. Integra 
o festival de efeitos os recursos sonoros da pel ícula. Para conferir um 
timbre l úgubre  à  voz do Motoqueiro, as falas de Cage foram digitalmente 
mixadas ao rugido de v ários animais.
Um importante componente da transforma ção de Nicolas Cage em Johnny 
Blaze n ã o se deve a efeitos especiais de ponta. Uma simples peruca 
escondeu a calv ície do ator, nas cenas em que ele interpreta o rebelde 
Blaze.


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                    Hugh Grant, o ídolo pop
Entra tamb é m em cartaz nos cinemas de Santa Catarina a nova com é dia 
rom ântica de Hugh Grant,  “Letra e M úsica ”. No longa, dirigido por Marc 
Lawrence, Grant  é  Alex Fletcher, uma estrela da m úsica pop nos 80 que 
hoje vive de apresenta ções nost á lgicas. A chance de brilhar novamente 
aparece quando a diva Cora Corman (Haley Bennet) o convida para um 
dueto. Mas para isso ele precisa escrever uma can ção, algo que n ã o faz h á 
anos. Na hora de compor a m úsica, Alex encontra uma improv á vel parceira:
Sophie Fisher (Drew Barrymore, na foto com Hugh Grant), a mo ça 
encarregada de cuidar de suas plantas. A qu ímica entre os dois acaba indo 
al é m da esfera musical.


                      _______________________________




   Atriz foi uma das fundadoras do Teatro Com édia do Paraná. FOTO EVERSON 
                            BRESSAN, DIVULGA ÇÃO


                                  ARTES CÊNICAS


  Morre a primeira­dama do teatro paranaense  

Lala Schneider deixa legado de determinação para atores

                                         curitiba


Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de
profiss ão. Trata ­se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta ­
feira, em casa, na capital paranaense. 
A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á , 
morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas. 
Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia 
apenas dores na coluna e ansiedade.
O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como 
curitiba


Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de
profiss ão. Trata ­se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta ­
feira, em casa, na capital paranaense. 
A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á , 
morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas. 
Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia 
apenas dores na coluna e ansiedade.
O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como 
homenagem, foi providenciado um painel com fotos de momentos da 
carreira dela. O enterro foi ontem, no Cemit é rio do Boqueir ã o, em Curitiba.
A informa ção divulgada na imprensa era a de que a idade de Lala era de 
80 anos. Mas familiares da atriz afirmam ela tinha 82 anos  – a diferen ça 
nos documentos ocorreu devido a um erro no cart ório.
Lala foi diretora e professora de interpreta ção. O primeiro trabalho no palco
foi em  “O Poder do Amor ”, de Nilo Brand ão, em 1950, pelo Teatro de 
Adultos do Servi ço Social da Ind ústria (Sesi).
Pela pe ça  “O Vampiro e a Polaquinha ”, que ficou sete anos em cartaz, 
ganhou o trof é u Gralha Azul. No cinema, conseguiu o pr ê mio de melhor 
atriz em 2004, no Festival de Gramado, pela atua ção no curta ­metragem 
“Vov ó  Vai ao Supermercado ”, de Valdemir Milani. A trajet ória em benef ício 
do teatro paranaense levou  à  inaugura ção em 1994, de uma sala com o 
nome dela.
“É dif ícil imaginar o teatro paranaense sem a presen ça de Lala Schneider ”, 
disse a secret ária de Estado da Cultura Vera Mussi, no site da pasta do 
governo. A presidente do Teatro Gua íra, Marisa Villela, tamb é m lamentou a
morte da atriz.  “Mais do que um  ícone do teatro, Lala Schneider sempre 
esteve presente na vida do Gua íra. Ela conhecia cada um dos funcion á rios, 
cada cent ímetro da Casa, cada traje c ê nico do nosso guarda ­roupa ”, 
destacou.


                        A saudade dos colegas

“Era batalhadora, alegre, esperan çosa, uma pessoa de car á ter excepcional. 
Tinha verdadeiro amor ao teatro. N ão quis sair de Curitiba porque dizia que
se sentia feliz na sua cidade natal. ” 
Ary Fontoura


“A risada, a simpatia, o bom humor.  É isso que eu vou lembrar de Lala 
para sempre. Toda a minha gera ção ficava de boca aberta vendo a atua ção
dela. ” 
Ranieri Gonz áles


“Ela fez parte de todas as dificuldades que n ós, artistas, temos. 
Dificuldades financeiras, de conseguir espa ço, tudo que vai desgastando o 
artista. ” 
Luiz Melo


                      _______________________________


                                   CRÔNICA


                               Olsen Jr., escritor
                            olsenjr@matrix.com.br


                 Carta ao presidente do Besc
Bom dia, senhor Mescolotto, Gostaria de convid á ­lo para, semelhante ao rei
da f ábula, disfar çado de cidad ão comum, andar com as pessoas da 
comunidade que precisam dos pr é stimos da Institui ção que vossa senhoria 
dirige, nesses pequenos postos instalados em v á rios locais para favorecer o
atendimento de quem quer que os procure. Explico:
O Banco Central do Brasil (BCB) baixou a resolu ção n úmero 2878 
(publicada no  “Diário da Uni ão” em 31/07/2001) determinando que todas 
as institui ções financeiras autorizadas a funcionar em territ ório nacional, na 
presta ção de servi ços aos clientes e p úblico em geral, estabele ça em suas 
depend ê ncias, alternativas f ísicas ou especiais que garantam um 
atendimento priorit ário para pessoas portadoras de defici ê ncias f ísicas ou 
com mobilidade reduzida, tempor ária ou definitiva, idosos, com idade igual 
ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas de 
crian ças de colo, mediante guich ê  de caixa para atendimento exclusivo ou 
implanta ção de outros servi ços de atendimento priorizado.
Pode ­se argumentar que, no lugar de  “deficiente f ísico ” se escrevesse 
“portadores de necessidades especiais ”, mas  é  um detalhe que n ã o alivia, 
redime ou absolve aqueles que n ão respeitam uma determina ção legal: 
por desconhecimento (o que  é  grave, porque deveriam dar o exemplo); por
indol ê ncia (o que  é  imperdo ável, por tratar ­se de um servi ço p úblico), 
ambas as atitudes suscept íveis de san ções.
Prezado Eur ídes Mescolotto, dia 27 de fevereiro, no posto localizado na 
rodovi ária (ao lado do Detran) em nossa Capital, num universo de 30 
pessoas, com tr ê s idosos na fila, tive que fazer uma pequena prele ção a 
respeito do dispositivo legal aqui descrito mas, n ã o obstante a indigna ção 
do orador, agora signat á rio, n ã o foi permitida a entrada dos mesmos no 
recinto sob a  é gide, como disse, da institui ção que vossa senhoria 
administra: por indol ê ncia, desconhecimento da disposi ção normativa, ou 
talvez, por abuso de poder mesmo. Todo o imbecil quando n ã o sabe o que
est á  fazendo, afirma que est á  apenas cumprindo ordens. De quem, vossa 
senhoria poderia explicar?
Turba nenhuma sabe se auto ­administrar. Assim, algu é m deve fazer isto 
por  “ela ”. Sugiro a impress ão de um cartaz contendo o n úmero da 
resolu ção do BCB e as pessoas (nas diversas modalidades e condi ções j á 
citadas) que devem ser beneficiadas, e que seja afixado em todas as 
ag ê ncias do banco, bem como, nos seus postos de atendimento. Assim, 
fazendo a  “nossa ” parte, estamos dando um exemplo de cidadania, de 
respeito  à  condi ção humana, ainda que de maneira impositiva, mas  é  a 
contrapartida do  “nosso ” subdesenvolvimento cultural, e para que se n ão 
confirme mais, a vox populi do  “levar vantagem em tudo ” de um 
hom únculo naquela fila que citei, ao afirmar  “quando a farinha  é  curta, o 
pirão  é  meu ”. 
Diante do exposto, contando com a sensibilidade de vossa senhoria, 
senhor Mescolotto, e para que o pir ã o mencionado continue servindo a 
todos, absolutamente sem apetite, despe ço­me.


                      _______________________________


AUDIOVISUAL
Inscrições para CineEsquemaNovo
Estão abertas at é  o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras 
competitivas do CineEsquemaNovo 2007  – Festival de Cinema de Porto 
Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha. 
Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e 
inscri ção no site www.cineesquemanovo.org.


LITERATURA
Morre historiador Schlesinger
Morreu na noite de quarta ­feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador 
americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto 
Inscrições para CineEsquemaNovo
Estão abertas at é  o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras 
competitivas do CineEsquemaNovo 2007  – Festival de Cinema de Porto 
Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha. 
Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e 
inscri ção no site www.cineesquemanovo.org.


LITERATURA
Morre historiador Schlesinger
Morreu na noite de quarta ­feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador 
americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto 
jantava em um restaurante. Autor de mais de 20 livros, Schlesinger foi duas
vezes agraciado com o Pr ê mio Pulitzer. e integrou a equipe de governo de 
John F. Kennedy. 


MÚSICA
The Doors na calçada da fama
O grupo The Doors recebeu uma estrela na Cal çada da Fama de Hollywood.
Estavam na solenidade os remanescentes, Ray Manzarek, Robby Krieger e 
John Densmore. Formada em 1965, a banda que teve Jim Morrison (1943 ­
1971) nos vocais, ganhou fama com m úsicas como  “Light My Fire ” e  “The 
End ”. 


CINEMA
Primeiro Tarzan: despedida aos cem anos
Na selva do cinema, Tarzan sempre foi o rei. Primeiro ator a interpret á ­lo, 
em 1935, Herman Brix morreu domingo, na Calif órnia (EUA), aos cem anos.
O ator que tamb é m foi atleta  – conquistou a medalha de prata na 
competi ção de levantamento de peso dos Jogos Ol ímpicos de 1928  – usava
o nome art ístico Bruce Bennett e ficou conhecido pelo filme  “As Novas 
Aventuras de Tarzan ”. Em 1960, deixou as telas e tornou ­se um bem ­
sucedido empres ário.


                       _______________________________




Danças t ípicas s ão uma das atra ções do evento que acontece amanh ã na Lagoa da
                                     Conceição.


                                        CULTURA


                  Um mantra ecoa na Capital

 Festival leva a arte, a culinária e os costumes da Índia a 
                         Florianópolis

                                   FLORIAN Ó POLIS


Mantras, dan ças t ípicas, hist órias milenares, culin á ria lacto ­vegetariana, 
ioga. A cultura indiana, com suas variadas facetas, poder á  ser apreciada 
amanh ã  na Lagoa da Concei ção, na Capital. A programa ção, que inclui 
ainda teatro, aplica ção de tatuagem de henna e pintura facial, integra o 
Festival da  Índia, evento internacional que j á  passou por S ão Paulo, Rio de 
Janeiro, Paran á  e Minas Gerais, e que pela primeira vez  é  realizado em 
Santa Catarina, partindo depois para Porto Alegre.
Projeto s ócio ­cultural sem fins lucrativos, o festival tem como objetivo 
central levar  à  popula ção os diferentes aspectos da milenar cultura oriental 
da  Índia. Anualmente, ocorre em cidades como Nova York, Toronto, Nova 
Delhi, Londres e Sidney. As atra ções s ão muitas. Dan çarinas profissionais 
promovem uma das partes mais esperadas do evento. A m úsica oriental  é 
apresentada de diferentes maneiras, desde o  “bhajan bengali ” at é  o 
tradicional mantra rock dance. A tenda da culin ária t ípica  – que distribui 
gratuitamente a comida  – oferece pratos saborosos e nutritivos. No teatro, 
apresenta ções que retratam hist órias milenares da  Índia antiga, 
trabalhando valores de comportamento social e virtudes. No espa ço da 
ioga, instrutores profissionais oferecem aulas pr á ticas e orienta ções.
Entre os convidados para o Festival em Florian ópolis est ã o a dan çarina 
ga úcha K írtida Devi Dasi, de Porto Alegre, o m úsico Vayasaki, de S ã o Paulo,
e o estudante de filosofia Vasudeva Parayana Das, que se dedica  à  prá tica 
de mantra yoga com instrumentos indianos. K írtida estudou durante 11 
anos numa escola de filosofia v é dica, em S ão Paulo, onde aprendeu a 
dan ça e o teatro praticados na  Índia. Depois, ela viajou ao pa ís, 
peregrinando por seus templos e pesquisando sobre a cultura local. 
Autodidata, ela pratica a Bhakti ­yoga e  é  adepta ao vegetarianismo, 
buscando a purifica ção do corpo e da mente.


O QU Ê: Festival da  Índia. QUANDO: amanh ã, 17h. ONDE: Pra ça Bento 
Silvé rio, Lagoa da Concei ção, Florian ópolis. Informa ções: 
www.festivaldaindia.com.br. QUANTO: gratuito.


                     ....................................................


                 A realidade que o cinema vê
                                      Florian ópolis 


O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de 
document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do 
filme  “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer 
....................................................


                 A realidade que o cinema vê
                                      Florian ópolis 


O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de 
document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do 
filme  “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer 
semanalmente no Centro Cultural Boca da Bernun ça, em Arma ção do 
Pâ ntano do Sul. Ap ós a exibi ção haver á  um debate com o diretor do filme, 
Jos é  Rafael Mamigonian, e com a pesquisadora Rosana Cacciatore.
Segundo os organizadores, a id é ia  é  levar o cinema document ário at é  uma 
comunidade que n ão tem muito acesso ao g ê nero, exibindo, al é m de 
clá ssicos, t ítulos que tenham como tema o Sul da Ilha. O filme em cartaz 
hoje retrata a vida de Francisco Thomaz dos Santos, produtor de cacha ça e 
farinha no Sert ão do Peri, atrav é s dos di álogos com a equipe que 
documentava a sua vida. Seo Chico, como era conhecido, foi brutalmente 
assassinado em 1996, na  é poca em que o diretor produzia o filme.
Para o dia 10 de mar ço, os coordenadores do N úcleo planejam exibir 
“Nanook do Norte ”, filme de 1922,tido como o primeiro document á rio 
antropol ógico. Criado e dirigido pelo legend ário Robert J. Flaherty, o longa 
engloba beleza e o perigo da vida no distante P ólo Norte. A c â mera segue 
o esquim ó  Nanook e sua fam ília na luta com os elementos da natureza, na
divers ão, no descanso, no amor e na amizade.
No dia 17 ser ão exibidos  “Volta  à  Ilha em 16mm ”, de Luiz Tasso Neto, e 
“Arma ções ”, de Dilson Branco e Rafael Carvalho, que retratam a praia de 
Canasvieiras pouco habitada, a ca ça  à  baleia na Arma ção do P ântano do 
Sul e uma visita do presidente Get úlio Vargas ao Estado. Os filmes foram 
realizados sobre as imagens captadas pela baronesa Edla von Wangenheim
nas d é cadas de 20 e 30.
Para o dia 24 est á  programado  “Tudo  é  Verdade ”, de Orson Welles. Em 
1942, o cineasta norte ­americano veio ao Brasil para filmar o inacabado 
“It’s All True ”. O document á rio revela a passagem de Welles com Jacer é , 
líder dos jangadeiros de Fortaleza, que foi de jangada at é  o Rio reivindicar 
direitos trabalhistas.
Esta primeira estapa da mostra ser á  encerrada no dia 31, com  “Sabor de 
Mem ória ”, de Renata Lago Philippi e Michele Oliveira Dias, que fala sobre a 
culin ária antiga da Ilha de Santa Catarina.


O QU Ê: MOSTRA DE DOCUMENT ÁRIOS DO N ÚCLEO DE ANTROPOLOGIA 
VISUAL DA UFSC. QUANDO: Hoje,  às 19h30. ONDE: Centro Cultural Boca da 
Bernun ça. Rodovia Francisco Thomaz dos Santos (SC ­401), Arma ção do 
Pâ ntano do Sul, fone (48) 3338 ­4626. QUANTO: Entrada franca.  


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                                        AGENDA


                                           HOJE


Florianópolis
Rock Baby  – A festa traz na mesma noite as bandas Samambaia Sound 
Club (Finalista do Pared ã o Brasil Telecom), que convida Tijuquera, Coletivo 
Operante, Quarteto Nota Jazz e Os Berbig ã o e The Claudionors. Tamb é m 
no Caf é  Matisse acontece a mostra do artista pl ástico brit â nico Tadeusz 
Deregowski, que exp õe trabalhos que retratam a cidade de Florian ópolis, 
em especial sua arquitetura. Conhecido atrav é s dos trabalhos 
desenvolvidos como ilustrador de importantes jornais ingleses, Deregowsky 
dispensa fotografias durante a concep ção das pinturas em  óleo sobre tela. 
Em 2007, recebeu o pr ê mio Dedalo, na It ália, pela obra Such Indulgence. 
No Brasil desde julho de 2006, dedica ­se ao curso de portugu ê s na UFSC, 
al é m da produ ção de suas obras.


Caf é  Matisse, Av. Governador Irineu Borhausen, 5.600, Agron ômica, 
Florian ópolis. O show  é  hoje, 22h. Ingresso: um pacote de fraldas 
Johnson ’s ou Pampers. Exposi ção vai at é  o dia 19 de mar ço. Segunda  à 
sexta,13h, s á bados e domingos,17h. Entrada gratuita. Informa ções pelo 
telefone (48) 3333 ­1619/3333 ­2166.


Drakkar  – Hoje, funk de raiz no estilo Funkadelic, Earth Wind & Fire e James
Brown e muita disco music com a banda Funkstone. No s á bado, noite de 
rock com a banda Eruption. O final de semana fecha com uma programa ção
disco music, com um repert ório dos anos 70 com o DJ Freak Baboo e a 
banda Funkzilla.


Drakkar, Avenida Afonso Delambert Neto, 607, Lagoa da Concei ção. Hoje, 
sá bado e domingo, 22h. Ingressos a R$10,00 (os 50 primeiros pagam 
R$7,00). Informa ções pelo fone (48) 3232 ­8848.  


                                        AMANH Ã


Joinville
“Quem quer Casar com a Dona Baratinha ” – Tudo come çou quando a dona 
Baratinha achou uma moedinha de ouro e assim despertou o interesse em 
se casar. Ela pediu ajuda ao coelho para que pronunciasse a decis ão a 
todos os moradores da Bichol ândia. Foi a í que apareceram v á rios 
pretendentes, entre eles o Galo In á cio, o Porco Lino, o C ã o Zarr ã o e o Jo ã o
Rat ão, mais somente um ser á  escolhido. A produ ção e dire ção geral  é  de 
Valdir Dutra.


Teatro Juarez Machado, Av. Jos é  Vieira, 315. Amanh ã, 16h, e domingo, 
10h30 e 16h. Ingressos antecipados no teatro no s á bado, das 11  às 15h, e
na Delikatesse Vikt ória, Domini Pizzaria, Diverplay e Anjos Brinquedos. 
Informa ções pelo fone (47) 3433 ­2190.  


Blumenau
Chimarruts  – Prestes a gravar seu primeiro DVD, a banda realiza mais um 
show da turn ê  “Livre para Viajar ”, seu terceiro disco. J á  considerada uma 
das mais atuantes da regi ã o sul do Brasil, formada em 2000, a Chimarruts 
vê m consolidando sua carreira tamb é m com v ários hits radiof ônicos. A 
banda volta a Blumenau para tocar can ções como  “Chap é u de Palha ” e 
“Iemanj á” , “Deixa Chover ”,”Nova Ordem ”, “Versos Simples ” e  “Eu Tenho 
Fé ”. O DVD, ainda em processo de produ ção, contar á  com 17 m úsicas, e 
ser ã o os f ãs que escolher ão as faixas que ir ão compor o novo trabalho da 
banda.


Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir 
das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na
Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a 
R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 ­2296.  


Blumenau
Vila Rock Festival  – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção 
de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15 
banda.


Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir 
das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na
Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a 
R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 ­2296.  


Blumenau
Vila Rock Festival  – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção 
de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15 
horas. Apresentam ­se os grupos Lovelee, Khymia, Malditos Moedores, UTI, 
Police Play Eggs, Projeto 85, MDP, Bug Scream, Alfajor e Reino Fungi, banda
joinvilense que fecha o evento em um show que come ça  à  meia ­noite.


Florianópolis
“Ca çadores de Hist órias ” – Dois ca çadores de hist órias se unem em uma 
aventura para descobrir um instrumento para fazer os bichos falarem. A 
descoberta  é  uma surpresa para o espectador, em uma pe ça que faz uma 
homenagem  à s hist órias e  à  prá tica da leitura. Quem chegar mais cedo 
ser á  agraciado com uma pe ça de teatro de minionetes na sala de espera 
do teatro.  “A Cripta ” é  uma historinha de terror de dois minutos e meio, 
vista por apenas um espectador por vez. Consiste em uma caixa preta 
onde a crian ça p õe os olhos para assistir ao mini ­teatro. A pe ça j á  estreou 
em Curitiba e est á  sendo apresentada pela primeira vez na Capital.


Teatro  Álvaro de Carvalho, pra ça Pereira Oliveira, centro. Amanh ã, à s 16 
horas, e domingo,  às 10h30 e 16 horas. Ingressos a R$20,00 (inteira) e 
R$10,00 para crian ças, idosos e estudantes.


                        _______________________________


                                    EM CARTAZ


                       Lola Aronovich, cronista de cinema
                                 lola@lost.art.br


                 O maior espetáculo da Terra
Depois que um f ã  me parou na rua e perguntou  “Você é  a Lola? ”, ando 
imposs ível. Meu ego est á  dando cambalhotas no ar. E se continuar assim 
quase consigo esquecer que n ão ganho um bol ã o do Oscar h á  trê s anos. 
Quase. Voc ê  conhece meu ponto de vista: participar de um bol ã o  é  o  único 
jeito de ag üentar aquela festinha chata. 
Mas ganhar o bol ão de vez em quando pegaria bem, n é ?  Nã o que a 
cerim ônia deste ano tenha sido insuport ável. A Ellen DeGeneres at é  que se 
saiu bem. Ser apresentador do Oscar n ã o  é  um trabalho f ácil. Algu é m se 
lembra do vexame que foi o David Letterman? E s ó  aqueles dan çarinos nas
sombras j á  valeram a pena. E os n úmeros musicais, geralmente a pior 
tortura da noite, foram mais sucintos (pelo menos juntaram as tr ê s can ções
indicadas de  “Dreamgirls ” em uma). Mas o maior problema  é  que n ã o 
houve discursos pol ê micos. Nada pra ficar na mem ória.
Talvez tivesse sido diferente se  “Pequena Miss Sunshine ” levasse pra casa 
o pr ê mio de melhor filme. Havia uma estat ística interessante contra a 
com é dia: em 78 anos de Academia, s ó  um filme ganhou sem ter sido 
indicado  à  dire ção ( “Conduzindo Miss Daisy ”, em 1989). Mas eu achei que, 
por ter sido o filme mais querido dos cinco, daria pra quebrar esse tabu. 
Nã o deu. No entanto, se  é  pra confiar em estat ística, teve alguma outra vez
que uma refilmagem leva a estatueta?! Por mais que eu goste de 
“Infiltrados ”, soa estranho que ningu é m nos discursos de agradecimento 
diga  “Valeu, chineses! ” 
Nã o reclamo da vit ória do Martin Scorsese pra melhor diretor. Ali á s, n ão foi 
só  no audit ório que o cara descolou um standing ovation (sabe, quando 
todo mundo se levanta pra bater palmas?). Na sala dos jornalistas 
tamb é m. Depois de 26 longos anos, o homem vai poder decorar sua lareira
com uma estatueta.
Mas cad ê  o elemento surpresa? Deve ser pela falta disso que muita gente 
boa vive fazendo campanha pra que a Academia divulgue os segundos e 
terceiros colocados em cada categoria, e o n úmero de votos de cada um. 
Seria muito mais emocionante. A Helen Mirren ganhou melhor atriz de 
lavada? O Forest Whitaker ficou quantos votos na frente do Peter O ’Toole? 
Do jeito que foi, a maior zebra foi o  “Labirinto do Fauno ” (em cartaz em 
Conc órdia e S ão Jos é ) ter perdido melhor filme estrangeiro pro alem ã o  “A 
Vida dos Outros ”. 
Aposto como a categoria mais disputada mesmo acabou sendo a de melhor
filme. Tenho certeza que  “Infiltrados ”, “Babel ” e  “Miss ” estiveram pr óximos.
Antes da cerim ônia, o Damien Bona, autor do  ótimo livro  “Inside Oscar ”, 
disse que a  última vez que havia ocorrido tamanha falta de favoritismo foi 
em 1991, quando concorreram, embaralhados,  “Silê ncio dos Inocentes ”, 
“Bugsy ” e  “A Bela e a Fera ”. “Silê ncio ” seria o  “Infiltrados ” de hoje: sucesso
de bilheteria, elogiado, mas sem perfil de oscariz á vel.  “Bugsy ” seria 
“Babel ” (havia levado o Globo de Ouro). E  “A Bela e a Fera ” seria  “Miss ”: 
um filme legal, mas que, segundo ele, se ganhasse, todo mundo iria dizer,
dez anos depois:  “O que a Academia tava pensando? ”. Como fizeram com 
“O Maior Espet áculo da Terra ”...  Não concordo muito com essa an á lise, j á 
que sigo achando  “Miss ” o melhor dos cinco.  
Mas enfim, como disse um comentarista americano sobre a inutilidade de 
se chorar sobre o leite derramado, se minha tia tivesse test ículos, seria 
meu tio.


                                       Play

“Cassino ” (1995) foi o melhor filme do Scorsese antes de  “Infiltrados ”, 
porque  “Gangues de Nova York ” e  “O Aviador ” nã o eram grande coisa. 
Antes disso, tem quem ame  “Os Bons Companheiros ” (1990)  – eu apenas 
gosto. Em compensa ção, adoro  “A Cor do Dinheiro ” (1986), mas pra mim 
seu grande trunfo nos anos 80 foi  “O Rei da Com é dia ” (1983). Melhor que 
o aclamado  “Touro Indom á vel ” (1980), que nunca esteve entre meus 
favoritos. Provavelmente sua j óia seja mesmo  “Taxi Driver ” (1976). Se voc ê
nã o viu, n ão tem como entender a import â ncia do mestre pro cinema.


                        _______________________________


                          O vôo do bailarino

 Joinvilense mostrou que sabe dançar na novela “Páginas 
                        da Vida” 

                                  Rodrigo St üpp


Nenhum olhar para a c âmera. A boca tamb é m n ã o emite sons, mas o corpo
dele fala. E o adolescente flutua, desfocado. De protagonista do Festival de
Dan ça de Joinville, Rodrigo Hermeyer passou a coadjuvante da novela 
“Pá ginas da Vida ”, da Globo, que termina hoje. Ele  é  bailarino na AMA, 
centro cultural levantado no Projac. Aparece especialmente nas cenas de 
Gisele (P é rola Faria), bailarina na trama.  “A participa ção foi por acaso. Achei
legal, mas n ã o  é  isso o que eu quero ”, arremata o joinvilense, agora com 
Rodrigo St üpp


                                Nenhum olhar para a c âmera. A boca tamb é m n ã o emite sons, mas o corpo
                                dele fala. E o adolescente flutua, desfocado. De protagonista do Festival de
                                Dan ça de Joinville, Rodrigo Hermeyer passou a coadjuvante da novela 
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                                legal, mas n ã o  é  isso o que eu quero ”, arremata o joinvilense, agora com 
                                16 anos.
                                A descoberta do bal é  clássico foi tardia. S ó  com 11 anos deu os primeiros 
                                passos. E teve desempenho admir á vel, segundo o professor Marcos Sage, 
                                tutor dele at é  meados de 2006. No ano passado, Hermeyer levou o pr ê mio 
                                de melhor bailarino do Festival de Dan ça de Joinville. Antes, j á  havia 
                                conquistado dois segundos lugares e um terceiro.  “Devo muito ao Marcos, 
                                que foi incans ável no treinamento ”, ressalta.  
                                Estudando dan ça no Rio de Janeiro, ap ós recusar bolsa do bal é  Bolshoi, em
                                Joinville, Hermeyer foi parar no Projac logo nos primeiros dias na cidade. 
                                “Fiquei surpreso. Encontrei alguns famosos, mas conversamos muito 
                                pouco ”, diz o rapaz, que faz figura ção. Ele nem pensa em aparecer mais 
                                nas telas. Quer mesmo  é  repetir atua ções como a do Teatro Municipal do 
                                Rio, participar de concursos internacionais e morar fora do Pa ís.  “A novela 
                                ajudou a difundir o bal é  clássico. Mas aqui ningu é m valoriza. Estou 
                                treinando muito para conseguir emplacar fora ”, conta. O primeiro desafio  é 
                                um concurso na Su íça.


                                rodrigo.stupp@an.com.br

                                                              Expediente  
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  • 1.   Crack Casa Nova Busca: Em: A Notícia OK Joinville  Sexta ­feira, 02 de mar ço de 2007  Santa Catarina  ­ Brasil  Anexo ­ A Notícia 02 de março na História Deu em A Notícia 1923 1955 Primeira edi çã o da revista americana  Cresce longevidade dos  “Time ”.  brasileiros O jornal A Not ícia destaca uma  1944 reportagem sobre o aumento da  expectativa de vida dos brasileiros. Na  Pela primeira vez, a entrega do Oscar  década de 1940, o tempo m édio de  é transmitida pela TV.  “O Bom Pastor ”  vida dos homens era de 39 anos. das  ganhou sete estatuetas  –  incluindo  mulheres, 45. As pesquisas realizadas  filme, diretor (Leo McCarey) e ator  nos anos 50 apontam um acr éscimo de  (Bing Crosby). A melhor atriz foi Ingrid  dez anos para ambos os sexos. Bergman ( “À  Meia Luz ”).  1977 1969 O Concorde, o primeiro jato  Libertado guitarrista dos  supers ônico para transporte de  Stones passageiros, faz v ôo inaugural em  Toulouse (Fran ç a).. Keith Richards, guitarrista dos Rolling  Stones, foi libertado ap ós pagar uma  fian ç a de mil d ólares canadenses. O  1996 músico havia sido detido em Toronto,  Uma trag édia abala o Brasil: os cinco  de posse de 28 gramas. Em sua  integrantes da banda Mamonas  defesa, o guitarrista alega que droga  Assassinas morrem em um acidente  não era pura, e sim,  “hero ína de rua ”.  aéreo na Serra da Cantareira (S ão  Paulo). Guerra entre tribos: viol ência demais num filme bem feito, mas longo e pouco  inspirador. FOTO MOVIEWEB, DIVULGA ÇÃO CINEMA Destruição em larga escala Luiz Zanin Oricchio Agê ncia Estado/S ão Paulo Em cartaz a partir de hoje em Santa Catarina,  “Apocalypto ” come ça com  uma cita ção do historiador Will Durant: uma civiliza ção s ó  se destr ói por  raz ões internas. Tomando ­a como verdade,o imp é rio maia j á  estaria  à  beira do colapso quando chegaram Pizarro, suas naves, seus sacerdotes  católicos e suas armas de fogo, botando para quebrar. Por isso, a hist ória  contada por Mel Gibson se refere  à  luta entre tribos e n ão contra os  conquistadores espanh óis. O filme, de boa fatura t é cnica, envolve tr ê s fases. Uma mais curta,  mostrando a vida id ílica de uma tribo  na selva. Outra, quando uma tribo  predadora captura a primeira e leva alguns prisioneiros para serem  sacrificados aos deuses; a terceira, quando um desses prisioneiros tenta  escapar e volta para ajudar sua mulher e filho. A hist ória flui, as  persegui ções funcionam, a barb árie parece cr ível. Esta  é  uma aprecia ção  té cnica, apenas. Portanto, de import â ncia apenas relativa. O que, suspeito, ter á  de ser discutido em  “Apocalypto ” é , mais uma vez, a  maneira como Mel Gibson usa as imagens da viol ê ncia em seus filmes.  Nota ­se o gosto com que se det é m em detalhes sanguinolentos e, em  particular, cenas de torturas e execu ções. Sempre  é  poss ível argumentar  que ele se limita a mostrar as coisas  “como elas s ã o”. Cada espectador  terá  de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se  justifica no contexto dram á tico ou se  é  pura apela ção comercial. Na  percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel Gibson n ã o deixam margem para d úvidas. O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais  sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão  necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador,  inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da  cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais. 
  • 2. que ele se limita a mostrar as coisas  “como elas s ã o”. Cada espectador  terá  de decidir, por conta pr ópria, se tal ou qual cena de viol ê ncia se  justifica no contexto dram á tico ou se  é  pura apela ção comercial. Na  percep ção deste cr ítico, que n ão deseja ficar no muro, as motiva ções de Mel Gibson n ã o deixam margem para d úvidas. O car áter violento dos rituais maias poderiam muito bem ser mais  sugeridos do que mostrados com tanto gosto pelo diretor. N ã o s ão  necess ários. E nem s ão eles que estragam um filme pouco inspirador,  inclusive porque n ã o se entende atrav é s dele o processo de decad ê ncia da  cultura maia insinuado na abertura. Apenas o pioram, um pouco mais.  .................................................... Motoqueiro Fantasma chega às telas RODRIGO SCHWARZ Interpretar personagens como Super ­Homem e Batman n ã o demanda mais que uma fantasia e um ator musculoso  – e no caso do vigilante de  Gotham, nem mesmo isso, levando em conta que Adam West e Michael  Keaton j á  usaram sua m áscara. J á  para levar o Motoqueiro Fantasma  à  telona, foi preciso que o cinema desenvolvesse tecnologias que h á  alguns  anos apenas o mirabolante computador dos Super Amigos seria capaz de  reproduzir.  Em  “Motoqueiro Fantasma ”, que estr é ia hoje no Estado, o her ói da Marvel  chega aos cinemas com todo o apuro visual dos gibis. Quem interpreta o  personagem  é  Nicholas Cage. Fan á tico por quadrinhos, Cage conseguiu um  papel que na fase inicial do projeto havia sido cortejado por Johnny Depp. A produ ção foi abandonada em 2000, entre outros motivos, pela inexist ê ncia  de efeitos especiais capazes de criar de forma cr ível a caveira e a moto  flamejante do her ói. No filme, dirigido por Mark Steven Johnson (o mesmo de  “Demolidor ”),  Johnny Blaze  é  um piloto de acrobacias. Ap ós descobrir que o pai est á  morrendo de c âncer, ele faz um pacto com o diabo, que tamb é m atende  por Mefistof óles. Para interpretar o Dem ônio, que j á  foi personificado no  cinema por monstros como Robert De Niro e Al Pacino, foi chamado Peter  Fonda. A escolha n ã o foi gratuita. Fonda estrelou o mais c é lebre filme de  motocicletas da hist ória,  “Easy Rider ” (“Sem Destino ”).  O acordo com Mefistof óles revela ­se um p é ssimo neg ócio. O pai de Blaze  é poupado da doen ça, mas morre em um salto de moto. Resta ao  motoqueiro as letras mi údas do contrato: Blaze  é  obrigado a trabalhar  como uma esp é cie de capanga do diabo. Sua primeira miss ão  é  dar cabo  do filho de Mefistof óles, Cora ção Negro (Wes Bentley), que veio  à  Terra  com outros anjos ca ídos e planeja usurpar do pai o trono do Inferno. E  como salvar o planeta tr ê s vezes por dia n ão  é  suficiente para preencher a  agenda dos her óis da Marvel, Johnny Blaze ainda flerta com sua antiga  namorada, Roxanne Simpson (Eva Mendes). Este ano,  “Motoqueiro Fantasma ” foi o filme de maior arrecada ção em seu  final de semana de estr é ia, amealhando US$ 44 milh ões. J á  a cr ítica  destruiu o longa, alegando ser muita pirotecnia para pouco roteiro. Integra  o festival de efeitos os recursos sonoros da pel ícula. Para conferir um  timbre l úgubre  à  voz do Motoqueiro, as falas de Cage foram digitalmente  mixadas ao rugido de v ários animais. Um importante componente da transforma ção de Nicolas Cage em Johnny  Blaze n ã o se deve a efeitos especiais de ponta. Uma simples peruca  escondeu a calv ície do ator, nas cenas em que ele interpreta o rebelde  Blaze. .................................................... Hugh Grant, o ídolo pop Entra tamb é m em cartaz nos cinemas de Santa Catarina a nova com é dia  rom ântica de Hugh Grant,  “Letra e M úsica ”. No longa, dirigido por Marc  Lawrence, Grant  é  Alex Fletcher, uma estrela da m úsica pop nos 80 que  hoje vive de apresenta ções nost á lgicas. A chance de brilhar novamente  aparece quando a diva Cora Corman (Haley Bennet) o convida para um  dueto. Mas para isso ele precisa escrever uma can ção, algo que n ã o faz h á  anos. Na hora de compor a m úsica, Alex encontra uma improv á vel parceira: Sophie Fisher (Drew Barrymore, na foto com Hugh Grant), a mo ça  encarregada de cuidar de suas plantas. A qu ímica entre os dois acaba indo  al é m da esfera musical. _______________________________ Atriz foi uma das fundadoras do Teatro Com édia do Paraná. FOTO EVERSON  BRESSAN, DIVULGA ÇÃO ARTES CÊNICAS Morre a primeira­dama do teatro paranaense   Lala Schneider deixa legado de determinação para atores curitiba Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de profiss ão. Trata ­se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta ­ feira, em casa, na capital paranaense.  A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á ,  morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas.  Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia  apenas dores na coluna e ansiedade. O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como 
  • 3. curitiba Ela produziu cerca de cem pe ças, nove filmes e oito novelas em 57 anos de profiss ão. Trata ­se da atriz curitibana Lala Schneider, que morreu quarta ­ feira, em casa, na capital paranaense.  A atriz, que foi uma das fundadoras do Teatro de Com é dia do Paran á ,  morreu dormindo e foi encontrada sem vida por volta das 10 horas.  Pessoas pr óximas disseram que Lala estava bem de sa úde, e sentia  apenas dores na coluna e ansiedade. O corpo foi velado no sal ão de exposi ções do Teatro Gua íra. Como  homenagem, foi providenciado um painel com fotos de momentos da  carreira dela. O enterro foi ontem, no Cemit é rio do Boqueir ã o, em Curitiba. A informa ção divulgada na imprensa era a de que a idade de Lala era de  80 anos. Mas familiares da atriz afirmam ela tinha 82 anos  – a diferen ça  nos documentos ocorreu devido a um erro no cart ório. Lala foi diretora e professora de interpreta ção. O primeiro trabalho no palco foi em  “O Poder do Amor ”, de Nilo Brand ão, em 1950, pelo Teatro de  Adultos do Servi ço Social da Ind ústria (Sesi). Pela pe ça  “O Vampiro e a Polaquinha ”, que ficou sete anos em cartaz,  ganhou o trof é u Gralha Azul. No cinema, conseguiu o pr ê mio de melhor  atriz em 2004, no Festival de Gramado, pela atua ção no curta ­metragem  “Vov ó  Vai ao Supermercado ”, de Valdemir Milani. A trajet ória em benef ício  do teatro paranaense levou  à  inaugura ção em 1994, de uma sala com o  nome dela. “É dif ícil imaginar o teatro paranaense sem a presen ça de Lala Schneider ”,  disse a secret ária de Estado da Cultura Vera Mussi, no site da pasta do  governo. A presidente do Teatro Gua íra, Marisa Villela, tamb é m lamentou a morte da atriz.  “Mais do que um  ícone do teatro, Lala Schneider sempre  esteve presente na vida do Gua íra. Ela conhecia cada um dos funcion á rios,  cada cent ímetro da Casa, cada traje c ê nico do nosso guarda ­roupa ”,  destacou. A saudade dos colegas “Era batalhadora, alegre, esperan çosa, uma pessoa de car á ter excepcional.  Tinha verdadeiro amor ao teatro. N ão quis sair de Curitiba porque dizia que se sentia feliz na sua cidade natal. ”  Ary Fontoura “A risada, a simpatia, o bom humor.  É isso que eu vou lembrar de Lala  para sempre. Toda a minha gera ção ficava de boca aberta vendo a atua ção dela. ”  Ranieri Gonz áles “Ela fez parte de todas as dificuldades que n ós, artistas, temos.  Dificuldades financeiras, de conseguir espa ço, tudo que vai desgastando o  artista. ”  Luiz Melo _______________________________ CRÔNICA Olsen Jr., escritor olsenjr@matrix.com.br Carta ao presidente do Besc Bom dia, senhor Mescolotto, Gostaria de convid á ­lo para, semelhante ao rei da f ábula, disfar çado de cidad ão comum, andar com as pessoas da  comunidade que precisam dos pr é stimos da Institui ção que vossa senhoria  dirige, nesses pequenos postos instalados em v á rios locais para favorecer o atendimento de quem quer que os procure. Explico: O Banco Central do Brasil (BCB) baixou a resolu ção n úmero 2878  (publicada no  “Diário da Uni ão” em 31/07/2001) determinando que todas  as institui ções financeiras autorizadas a funcionar em territ ório nacional, na  presta ção de servi ços aos clientes e p úblico em geral, estabele ça em suas  depend ê ncias, alternativas f ísicas ou especiais que garantam um  atendimento priorit ário para pessoas portadoras de defici ê ncias f ísicas ou  com mobilidade reduzida, tempor ária ou definitiva, idosos, com idade igual  ou superior a 65 anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas de  crian ças de colo, mediante guich ê  de caixa para atendimento exclusivo ou  implanta ção de outros servi ços de atendimento priorizado. Pode ­se argumentar que, no lugar de  “deficiente f ísico ” se escrevesse  “portadores de necessidades especiais ”, mas  é  um detalhe que n ã o alivia,  redime ou absolve aqueles que n ão respeitam uma determina ção legal:  por desconhecimento (o que  é  grave, porque deveriam dar o exemplo); por indol ê ncia (o que  é  imperdo ável, por tratar ­se de um servi ço p úblico),  ambas as atitudes suscept íveis de san ções. Prezado Eur ídes Mescolotto, dia 27 de fevereiro, no posto localizado na  rodovi ária (ao lado do Detran) em nossa Capital, num universo de 30  pessoas, com tr ê s idosos na fila, tive que fazer uma pequena prele ção a  respeito do dispositivo legal aqui descrito mas, n ã o obstante a indigna ção  do orador, agora signat á rio, n ã o foi permitida a entrada dos mesmos no  recinto sob a  é gide, como disse, da institui ção que vossa senhoria  administra: por indol ê ncia, desconhecimento da disposi ção normativa, ou  talvez, por abuso de poder mesmo. Todo o imbecil quando n ã o sabe o que est á  fazendo, afirma que est á  apenas cumprindo ordens. De quem, vossa  senhoria poderia explicar? Turba nenhuma sabe se auto ­administrar. Assim, algu é m deve fazer isto  por  “ela ”. Sugiro a impress ão de um cartaz contendo o n úmero da  resolu ção do BCB e as pessoas (nas diversas modalidades e condi ções j á  citadas) que devem ser beneficiadas, e que seja afixado em todas as  ag ê ncias do banco, bem como, nos seus postos de atendimento. Assim,  fazendo a  “nossa ” parte, estamos dando um exemplo de cidadania, de  respeito  à  condi ção humana, ainda que de maneira impositiva, mas  é  a  contrapartida do  “nosso ” subdesenvolvimento cultural, e para que se n ão  confirme mais, a vox populi do  “levar vantagem em tudo ” de um  hom únculo naquela fila que citei, ao afirmar  “quando a farinha  é  curta, o  pirão  é  meu ”.  Diante do exposto, contando com a sensibilidade de vossa senhoria,  senhor Mescolotto, e para que o pir ã o mencionado continue servindo a  todos, absolutamente sem apetite, despe ço­me. _______________________________ AUDIOVISUAL Inscrições para CineEsquemaNovo Estão abertas at é  o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras  competitivas do CineEsquemaNovo 2007  – Festival de Cinema de Porto  Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha.  Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e  inscri ção no site www.cineesquemanovo.org. LITERATURA Morre historiador Schlesinger Morreu na noite de quarta ­feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador  americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto 
  • 4. Inscrições para CineEsquemaNovo Estão abertas at é  o dia 9 de abril as inscri ções para as mostras  competitivas do CineEsquemaNovo 2007  – Festival de Cinema de Porto  Alegre (CEN), realizado de 25 de junho a 1o de julho na capital ga úcha.  Podem participar da sele ção curtas, m é dias e longas. Regulamento e  inscri ção no site www.cineesquemanovo.org. LITERATURA Morre historiador Schlesinger Morreu na noite de quarta ­feira, em Nova York, aos 89 anos, o historiador  americano Arthur M. Schlesinger. Ele sofreu um ataque card íaco, enquanto  jantava em um restaurante. Autor de mais de 20 livros, Schlesinger foi duas vezes agraciado com o Pr ê mio Pulitzer. e integrou a equipe de governo de  John F. Kennedy.  MÚSICA The Doors na calçada da fama O grupo The Doors recebeu uma estrela na Cal çada da Fama de Hollywood. Estavam na solenidade os remanescentes, Ray Manzarek, Robby Krieger e  John Densmore. Formada em 1965, a banda que teve Jim Morrison (1943 ­ 1971) nos vocais, ganhou fama com m úsicas como  “Light My Fire ” e  “The  End ”.  CINEMA Primeiro Tarzan: despedida aos cem anos Na selva do cinema, Tarzan sempre foi o rei. Primeiro ator a interpret á ­lo,  em 1935, Herman Brix morreu domingo, na Calif órnia (EUA), aos cem anos. O ator que tamb é m foi atleta  – conquistou a medalha de prata na  competi ção de levantamento de peso dos Jogos Ol ímpicos de 1928  – usava o nome art ístico Bruce Bennett e ficou conhecido pelo filme  “As Novas  Aventuras de Tarzan ”. Em 1960, deixou as telas e tornou ­se um bem ­ sucedido empres ário. _______________________________ Danças t ípicas s ão uma das atra ções do evento que acontece amanh ã na Lagoa da Conceição. CULTURA Um mantra ecoa na Capital Festival leva a arte, a culinária e os costumes da Índia a  Florianópolis FLORIAN Ó POLIS Mantras, dan ças t ípicas, hist órias milenares, culin á ria lacto ­vegetariana,  ioga. A cultura indiana, com suas variadas facetas, poder á  ser apreciada  amanh ã  na Lagoa da Concei ção, na Capital. A programa ção, que inclui  ainda teatro, aplica ção de tatuagem de henna e pintura facial, integra o  Festival da  Índia, evento internacional que j á  passou por S ão Paulo, Rio de  Janeiro, Paran á  e Minas Gerais, e que pela primeira vez  é  realizado em  Santa Catarina, partindo depois para Porto Alegre. Projeto s ócio ­cultural sem fins lucrativos, o festival tem como objetivo  central levar  à  popula ção os diferentes aspectos da milenar cultura oriental  da  Índia. Anualmente, ocorre em cidades como Nova York, Toronto, Nova  Delhi, Londres e Sidney. As atra ções s ão muitas. Dan çarinas profissionais  promovem uma das partes mais esperadas do evento. A m úsica oriental  é  apresentada de diferentes maneiras, desde o  “bhajan bengali ” at é  o  tradicional mantra rock dance. A tenda da culin ária t ípica  – que distribui  gratuitamente a comida  – oferece pratos saborosos e nutritivos. No teatro,  apresenta ções que retratam hist órias milenares da  Índia antiga,  trabalhando valores de comportamento social e virtudes. No espa ço da  ioga, instrutores profissionais oferecem aulas pr á ticas e orienta ções. Entre os convidados para o Festival em Florian ópolis est ã o a dan çarina  ga úcha K írtida Devi Dasi, de Porto Alegre, o m úsico Vayasaki, de S ã o Paulo, e o estudante de filosofia Vasudeva Parayana Das, que se dedica  à  prá tica  de mantra yoga com instrumentos indianos. K írtida estudou durante 11  anos numa escola de filosofia v é dica, em S ão Paulo, onde aprendeu a  dan ça e o teatro praticados na  Índia. Depois, ela viajou ao pa ís,  peregrinando por seus templos e pesquisando sobre a cultura local.  Autodidata, ela pratica a Bhakti ­yoga e  é  adepta ao vegetarianismo,  buscando a purifica ção do corpo e da mente. O QU Ê: Festival da  Índia. QUANDO: amanh ã, 17h. ONDE: Pra ça Bento  Silvé rio, Lagoa da Concei ção, Florian ópolis. Informa ções:  www.festivaldaindia.com.br. QUANTO: gratuito. .................................................... A realidade que o cinema vê Florian ópolis  O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de  document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do  filme  “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer 
  • 5. .................................................... A realidade que o cinema vê Florian ópolis  O N úcleo de Antropologia Visual da UFSC inicia hoje uma mostra de  document ários para a comunidade do Sul da Capital com a exibi ção do  filme  “Seo Chico, um Retrato ”. As exibi ções s ão gratuitas e v ã o ocorrer  semanalmente no Centro Cultural Boca da Bernun ça, em Arma ção do  Pâ ntano do Sul. Ap ós a exibi ção haver á  um debate com o diretor do filme,  Jos é  Rafael Mamigonian, e com a pesquisadora Rosana Cacciatore. Segundo os organizadores, a id é ia  é  levar o cinema document ário at é  uma  comunidade que n ão tem muito acesso ao g ê nero, exibindo, al é m de  clá ssicos, t ítulos que tenham como tema o Sul da Ilha. O filme em cartaz  hoje retrata a vida de Francisco Thomaz dos Santos, produtor de cacha ça e  farinha no Sert ão do Peri, atrav é s dos di álogos com a equipe que  documentava a sua vida. Seo Chico, como era conhecido, foi brutalmente  assassinado em 1996, na  é poca em que o diretor produzia o filme. Para o dia 10 de mar ço, os coordenadores do N úcleo planejam exibir  “Nanook do Norte ”, filme de 1922,tido como o primeiro document á rio  antropol ógico. Criado e dirigido pelo legend ário Robert J. Flaherty, o longa  engloba beleza e o perigo da vida no distante P ólo Norte. A c â mera segue  o esquim ó  Nanook e sua fam ília na luta com os elementos da natureza, na divers ão, no descanso, no amor e na amizade. No dia 17 ser ão exibidos  “Volta  à  Ilha em 16mm ”, de Luiz Tasso Neto, e  “Arma ções ”, de Dilson Branco e Rafael Carvalho, que retratam a praia de  Canasvieiras pouco habitada, a ca ça  à  baleia na Arma ção do P ântano do  Sul e uma visita do presidente Get úlio Vargas ao Estado. Os filmes foram  realizados sobre as imagens captadas pela baronesa Edla von Wangenheim nas d é cadas de 20 e 30. Para o dia 24 est á  programado  “Tudo  é  Verdade ”, de Orson Welles. Em  1942, o cineasta norte ­americano veio ao Brasil para filmar o inacabado  “It’s All True ”. O document á rio revela a passagem de Welles com Jacer é ,  líder dos jangadeiros de Fortaleza, que foi de jangada at é  o Rio reivindicar  direitos trabalhistas. Esta primeira estapa da mostra ser á  encerrada no dia 31, com  “Sabor de  Mem ória ”, de Renata Lago Philippi e Michele Oliveira Dias, que fala sobre a  culin ária antiga da Ilha de Santa Catarina. O QU Ê: MOSTRA DE DOCUMENT ÁRIOS DO N ÚCLEO DE ANTROPOLOGIA  VISUAL DA UFSC. QUANDO: Hoje,  às 19h30. ONDE: Centro Cultural Boca da  Bernun ça. Rodovia Francisco Thomaz dos Santos (SC ­401), Arma ção do  Pâ ntano do Sul, fone (48) 3338 ­4626. QUANTO: Entrada franca.   _______________________________ AGENDA HOJE Florianópolis Rock Baby  – A festa traz na mesma noite as bandas Samambaia Sound  Club (Finalista do Pared ã o Brasil Telecom), que convida Tijuquera, Coletivo  Operante, Quarteto Nota Jazz e Os Berbig ã o e The Claudionors. Tamb é m  no Caf é  Matisse acontece a mostra do artista pl ástico brit â nico Tadeusz  Deregowski, que exp õe trabalhos que retratam a cidade de Florian ópolis,  em especial sua arquitetura. Conhecido atrav é s dos trabalhos  desenvolvidos como ilustrador de importantes jornais ingleses, Deregowsky  dispensa fotografias durante a concep ção das pinturas em  óleo sobre tela.  Em 2007, recebeu o pr ê mio Dedalo, na It ália, pela obra Such Indulgence.  No Brasil desde julho de 2006, dedica ­se ao curso de portugu ê s na UFSC,  al é m da produ ção de suas obras. Caf é  Matisse, Av. Governador Irineu Borhausen, 5.600, Agron ômica,  Florian ópolis. O show  é  hoje, 22h. Ingresso: um pacote de fraldas  Johnson ’s ou Pampers. Exposi ção vai at é  o dia 19 de mar ço. Segunda  à  sexta,13h, s á bados e domingos,17h. Entrada gratuita. Informa ções pelo  telefone (48) 3333 ­1619/3333 ­2166. Drakkar  – Hoje, funk de raiz no estilo Funkadelic, Earth Wind & Fire e James Brown e muita disco music com a banda Funkstone. No s á bado, noite de  rock com a banda Eruption. O final de semana fecha com uma programa ção disco music, com um repert ório dos anos 70 com o DJ Freak Baboo e a  banda Funkzilla. Drakkar, Avenida Afonso Delambert Neto, 607, Lagoa da Concei ção. Hoje,  sá bado e domingo, 22h. Ingressos a R$10,00 (os 50 primeiros pagam  R$7,00). Informa ções pelo fone (48) 3232 ­8848.   AMANH Ã Joinville “Quem quer Casar com a Dona Baratinha ” – Tudo come çou quando a dona  Baratinha achou uma moedinha de ouro e assim despertou o interesse em  se casar. Ela pediu ajuda ao coelho para que pronunciasse a decis ão a  todos os moradores da Bichol ândia. Foi a í que apareceram v á rios  pretendentes, entre eles o Galo In á cio, o Porco Lino, o C ã o Zarr ã o e o Jo ã o Rat ão, mais somente um ser á  escolhido. A produ ção e dire ção geral  é  de  Valdir Dutra. Teatro Juarez Machado, Av. Jos é  Vieira, 315. Amanh ã, 16h, e domingo,  10h30 e 16h. Ingressos antecipados no teatro no s á bado, das 11  às 15h, e na Delikatesse Vikt ória, Domini Pizzaria, Diverplay e Anjos Brinquedos.  Informa ções pelo fone (47) 3433 ­2190.   Blumenau Chimarruts  – Prestes a gravar seu primeiro DVD, a banda realiza mais um  show da turn ê  “Livre para Viajar ”, seu terceiro disco. J á  considerada uma  das mais atuantes da regi ã o sul do Brasil, formada em 2000, a Chimarruts  vê m consolidando sua carreira tamb é m com v ários hits radiof ônicos. A  banda volta a Blumenau para tocar can ções como  “Chap é u de Palha ” e  “Iemanj á” , “Deixa Chover ”,”Nova Ordem ”, “Versos Simples ” e  “Eu Tenho  Fé ”. O DVD, ainda em processo de produ ção, contar á  com 17 m úsicas, e  ser ã o os f ãs que escolher ão as faixas que ir ão compor o novo trabalho da  banda. Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir  das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a  R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 ­2296.   Blumenau Vila Rock Festival  – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção  de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15 
  • 6. banda. Rivage, rua 25 de Julho, 907, Itoupava Norte, Blumenau. Amanh ã , a partir  das 22h. Ingressos antecipados na Bruneti Discos e Shopping Neumarkt, na Imunidade Surf Wear e no Madrugad ão Lanches, na Uniasselvi. Lotes a  R$12,00, R$15,00 e R$18,00. Informa ções pelo fone (47) 3323 ­2296.   Blumenau Vila Rock Festival  – A primeira edi ção do evento conta com a participa ção  de dez bandas catarinenses, que come çam a se apresentar a partir das 15  horas. Apresentam ­se os grupos Lovelee, Khymia, Malditos Moedores, UTI,  Police Play Eggs, Projeto 85, MDP, Bug Scream, Alfajor e Reino Fungi, banda joinvilense que fecha o evento em um show que come ça  à  meia ­noite. Florianópolis “Ca çadores de Hist órias ” – Dois ca çadores de hist órias se unem em uma  aventura para descobrir um instrumento para fazer os bichos falarem. A  descoberta  é  uma surpresa para o espectador, em uma pe ça que faz uma  homenagem  à s hist órias e  à  prá tica da leitura. Quem chegar mais cedo  ser á  agraciado com uma pe ça de teatro de minionetes na sala de espera  do teatro.  “A Cripta ” é  uma historinha de terror de dois minutos e meio,  vista por apenas um espectador por vez. Consiste em uma caixa preta  onde a crian ça p õe os olhos para assistir ao mini ­teatro. A pe ça j á  estreou  em Curitiba e est á  sendo apresentada pela primeira vez na Capital. Teatro  Álvaro de Carvalho, pra ça Pereira Oliveira, centro. Amanh ã, à s 16  horas, e domingo,  às 10h30 e 16 horas. Ingressos a R$20,00 (inteira) e  R$10,00 para crian ças, idosos e estudantes. _______________________________ EM CARTAZ Lola Aronovich, cronista de cinema lola@lost.art.br O maior espetáculo da Terra Depois que um f ã  me parou na rua e perguntou  “Você é  a Lola? ”, ando  imposs ível. Meu ego est á  dando cambalhotas no ar. E se continuar assim  quase consigo esquecer que n ão ganho um bol ã o do Oscar h á  trê s anos.  Quase. Voc ê  conhece meu ponto de vista: participar de um bol ã o  é  o  único  jeito de ag üentar aquela festinha chata.  Mas ganhar o bol ão de vez em quando pegaria bem, n é ?  Nã o que a  cerim ônia deste ano tenha sido insuport ável. A Ellen DeGeneres at é  que se  saiu bem. Ser apresentador do Oscar n ã o  é  um trabalho f ácil. Algu é m se  lembra do vexame que foi o David Letterman? E s ó  aqueles dan çarinos nas sombras j á  valeram a pena. E os n úmeros musicais, geralmente a pior  tortura da noite, foram mais sucintos (pelo menos juntaram as tr ê s can ções indicadas de  “Dreamgirls ” em uma). Mas o maior problema  é  que n ã o  houve discursos pol ê micos. Nada pra ficar na mem ória. Talvez tivesse sido diferente se  “Pequena Miss Sunshine ” levasse pra casa  o pr ê mio de melhor filme. Havia uma estat ística interessante contra a  com é dia: em 78 anos de Academia, s ó  um filme ganhou sem ter sido  indicado  à  dire ção ( “Conduzindo Miss Daisy ”, em 1989). Mas eu achei que,  por ter sido o filme mais querido dos cinco, daria pra quebrar esse tabu.  Nã o deu. No entanto, se  é  pra confiar em estat ística, teve alguma outra vez que uma refilmagem leva a estatueta?! Por mais que eu goste de  “Infiltrados ”, soa estranho que ningu é m nos discursos de agradecimento  diga  “Valeu, chineses! ”  Nã o reclamo da vit ória do Martin Scorsese pra melhor diretor. Ali á s, n ão foi  só  no audit ório que o cara descolou um standing ovation (sabe, quando  todo mundo se levanta pra bater palmas?). Na sala dos jornalistas  tamb é m. Depois de 26 longos anos, o homem vai poder decorar sua lareira com uma estatueta. Mas cad ê  o elemento surpresa? Deve ser pela falta disso que muita gente  boa vive fazendo campanha pra que a Academia divulgue os segundos e  terceiros colocados em cada categoria, e o n úmero de votos de cada um.  Seria muito mais emocionante. A Helen Mirren ganhou melhor atriz de  lavada? O Forest Whitaker ficou quantos votos na frente do Peter O ’Toole?  Do jeito que foi, a maior zebra foi o  “Labirinto do Fauno ” (em cartaz em  Conc órdia e S ão Jos é ) ter perdido melhor filme estrangeiro pro alem ã o  “A  Vida dos Outros ”.  Aposto como a categoria mais disputada mesmo acabou sendo a de melhor filme. Tenho certeza que  “Infiltrados ”, “Babel ” e  “Miss ” estiveram pr óximos. Antes da cerim ônia, o Damien Bona, autor do  ótimo livro  “Inside Oscar ”,  disse que a  última vez que havia ocorrido tamanha falta de favoritismo foi  em 1991, quando concorreram, embaralhados,  “Silê ncio dos Inocentes ”,  “Bugsy ” e  “A Bela e a Fera ”. “Silê ncio ” seria o  “Infiltrados ” de hoje: sucesso de bilheteria, elogiado, mas sem perfil de oscariz á vel.  “Bugsy ” seria  “Babel ” (havia levado o Globo de Ouro). E  “A Bela e a Fera ” seria  “Miss ”:  um filme legal, mas que, segundo ele, se ganhasse, todo mundo iria dizer, dez anos depois:  “O que a Academia tava pensando? ”. Como fizeram com  “O Maior Espet áculo da Terra ”...  Não concordo muito com essa an á lise, j á  que sigo achando  “Miss ” o melhor dos cinco.   Mas enfim, como disse um comentarista americano sobre a inutilidade de  se chorar sobre o leite derramado, se minha tia tivesse test ículos, seria  meu tio. Play “Cassino ” (1995) foi o melhor filme do Scorsese antes de  “Infiltrados ”,  porque  “Gangues de Nova York ” e  “O Aviador ” nã o eram grande coisa.  Antes disso, tem quem ame  “Os Bons Companheiros ” (1990)  – eu apenas  gosto. Em compensa ção, adoro  “A Cor do Dinheiro ” (1986), mas pra mim  seu grande trunfo nos anos 80 foi  “O Rei da Com é dia ” (1983). Melhor que  o aclamado  “Touro Indom á vel ” (1980), que nunca esteve entre meus  favoritos. Provavelmente sua j óia seja mesmo  “Taxi Driver ” (1976). Se voc ê nã o viu, n ão tem como entender a import â ncia do mestre pro cinema. _______________________________ O vôo do bailarino Joinvilense mostrou que sabe dançar na novela “Páginas  da Vida”  Rodrigo St üpp Nenhum olhar para a c âmera. A boca tamb é m n ã o emite sons, mas o corpo dele fala. E o adolescente flutua, desfocado. De protagonista do Festival de Dan ça de Joinville, Rodrigo Hermeyer passou a coadjuvante da novela  “Pá ginas da Vida ”, da Globo, que termina hoje. Ele  é  bailarino na AMA,  centro cultural levantado no Projac. Aparece especialmente nas cenas de  Gisele (P é rola Faria), bailarina na trama.  “A participa ção foi por acaso. Achei legal, mas n ã o  é  isso o que eu quero ”, arremata o joinvilense, agora com 
  • 7. Rodrigo St üpp Nenhum olhar para a c âmera. A boca tamb é m n ã o emite sons, mas o corpo dele fala. E o adolescente flutua, desfocado. De protagonista do Festival de Dan ça de Joinville, Rodrigo Hermeyer passou a coadjuvante da novela  “Pá ginas da Vida ”, da Globo, que termina hoje. Ele  é  bailarino na AMA,  centro cultural levantado no Projac. Aparece especialmente nas cenas de  Gisele (P é rola Faria), bailarina na trama.  “A participa ção foi por acaso. Achei legal, mas n ã o  é  isso o que eu quero ”, arremata o joinvilense, agora com  16 anos. A descoberta do bal é  clássico foi tardia. S ó  com 11 anos deu os primeiros  passos. E teve desempenho admir á vel, segundo o professor Marcos Sage,  tutor dele at é  meados de 2006. No ano passado, Hermeyer levou o pr ê mio  de melhor bailarino do Festival de Dan ça de Joinville. Antes, j á  havia  conquistado dois segundos lugares e um terceiro.  “Devo muito ao Marcos,  que foi incans ável no treinamento ”, ressalta.   Estudando dan ça no Rio de Janeiro, ap ós recusar bolsa do bal é  Bolshoi, em Joinville, Hermeyer foi parar no Projac logo nos primeiros dias na cidade.  “Fiquei surpreso. Encontrei alguns famosos, mas conversamos muito  pouco ”, diz o rapaz, que faz figura ção. Ele nem pensa em aparecer mais  nas telas. Quer mesmo  é  repetir atua ções como a do Teatro Municipal do  Rio, participar de concursos internacionais e morar fora do Pa ís.  “A novela  ajudou a difundir o bal é  clássico. Mas aqui ningu é m valoriza. Estou  treinando muito para conseguir emplacar fora ”, conta. O primeiro desafio  é  um concurso na Su íça. rodrigo.stupp@an.com.br Expediente      Este Portal  é melhor visualizado na resolu çã o 800x600  Copyright  © A Not ícia  ­  Fone 055 ­ 0xx47 3431 9000  ­  Fax 055 ­ 0 x x 4 7   3 4 3 1   9 1 0 0    Rua Ca ç ador, 112  ­  C E P   8 9 2 0 3 ­ 610  ­  C. Postal: 2  ­  8 9 2 0 1 ­ 972  ­  Joinville  ­  SC  ­  Brasil