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JB NEWS
Informativo Nr. 261
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era, 91 (GLSC)
Quintas-feiras 20h00 Templo: “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC), 16 de maio de 2011
Índice desta segunda-feira:
1. Almanaque
2. O que minha Loja ensina, é o que o neófito quer aprender? (Ir. Nelson
José Rodrigues Machado)
3. O Valor da Intolerância (Ir. Charles Evaldo Boller)
4. Porque meu irmão e não meu amigo?
5. Destaques
 1532 - Tomás Morus renuncia ao posto de Lorde Chanceler da Inglaterra.
 1763 - James Boswell encontra Samuel Johnson.
 1770 - Maria Antonieta com 14 anos de idade se casa com Luís-Augusto que mais tarde
torna-se rei da França.
 1834 - Batalha da Asseiceira
 1966
o Os Beach Boys lançam Pet Sounds, álbum considerado uma obra-prima da
música pop.
o No mesmo dia de Pet Sounds, é lançado outro disco considerado uma obra-prima:
Blonde On Blonde, de Bob Dylan.
 1977 - Iniciam-se as transmissões da primeira telenovela brasileira no canal de televisão
português RTP: Gabriela.
 1980 - Paul McCartney lança o ousado LP "McCartney II", o primeiro após o fim de sua
banda Wings.
 1983 - O Cantor Michael Jackson lança pela primeira vez em um show o passo
Moonwalk.
 1984 - Oliveira de Azeméis é elevada a cidade.
 1986 - São criadas as freguesias de São Sebastião e de Ribeira de São João, ambas no
concelho de Rio Maior.
 1997 - O presidente do Zaire, Mobuto Sese Seko, abandona o poder após mais de 30 anos
de ditadura.
 1999 - O Kuwait anuncia que, pela primeira vez na história do Emirado, as mulheres
poderão votar e ser eleitas para o Parlamento e cargos municipais.
 2001 - Em Salvador, estudantes são espancados pela Polícia Militar em pleno campus da
Universidade Federal da Bahia durante manifestação contra o então senador Antônio
Carlos Magalhães. O ato fica conhecido como Passeata de 16 de maio.
 2004 - O Estado americano de Massachusetts se tornou o primeiro a permitir o casamento
legal entre pessoas do mesmo sexo.
 Mitologia hindu: Dia de Savitu-Vrta, festa em honra da deusa Sarasvati, das Letras e das
Artes.
 Brasil: Dia do Botafogo FR.
 Brasil: Aniversário da cidade de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro.
 Brasil: Aniversário da cidade de São Pedro da Aldeia, Estado do Rio de Janeiro.
 Brasil: Dia do Gari
 Portugal: Aniversário da cidade de Fafe.
(“O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1865 – Saldanha Marinho exorta os Maçons para que “a emancipação dos
escravos saia do seio da Maçonaria.
1919 – Fundação da Grande Loja Regional de Barranquilha, na Colômbia.
Ir Nelson José Rodrigues Machado
Loja Delta do Universo nr. 98 - MI - 33o.
Posso reconstituir um retrato crítico, apresentando algumas facetas de
cada sessão em câmara de instrução, como pequenas faces regulares de
uma pedra lapidada.
Em outras palavras: a pedra a ser trabalhada, é apresentada na figura do
neófilo que, deve projetar-se além do templo [profanun].
O mestre como o mediador de Paulo Freire(1), deve personificar-se
definitivamente, como aquele que, ao invés de transmitir conteúdos,
mobiliza-os com o objetivo não apenas de alcançar o neófilo, mas, de
inspirá-lo a se voltar à pesquisa, ao pensamento, ao estudo, ao debate e à
reflexão crítica.
Para tanto, deve entender a complexidade do ensino, a partir do
entendimento do sistema instrucional e da análise dos elementos que
compõem a organização do trabalho pedagógico.
Desta forma, aplicando o conceito e o currículo adequado ao ensino
maçônico, refletir acerca do planejamento da leitura das instruções
clássicas, dos debates dos complementos e facículos e, finalmente
compreender, o conceito pedagógico do sistema histórico filosófico
aplicado à maçonaria.
Como fórmula de possibilitar tal emprego ao ensino maçônico, deve o
mestre, aplicar a “ignorância socrática”, ao refletir sobre si
próprio[nosce te ipsum], na busca de conhecer-se melhor e encontrar
motivação para renovar esforços em direção ao estudo e a busca de
novos conhecimentos.
Finalmente, o mestre deve cercar-se do pensamento e do trabalho
coletivo, contraposto ao individual, e sob a sua liderança - agora
renovada e atual - trabalhar incansavelmente para encontrar uma
resposta à impiedosa, mas salutar questão:
O que a minha loja e eu ensinamos,
é o que o neófilo quer aprender?
Paulo Reglus Neves Freire (Recife,1921 — São Paulo,1997) foi um educador e filósofo brasileiro.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um
método de alfabetização dialético. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história
dapedagogia mundial
[1]
, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
Ir Charles Evaldo Boller
Loja Apóstolo da Caridade, 21 – Grande Loja
Curitiba – PR
Sinopse: A intolerância na construção social.
Definição da intolerância como a única realmente válida.
Na sociedade humana existe apenas intolerância.
Já observou o quanto a intolerância desmedida torna o individuo tolo?
Principalmente porque é sempre ligada aos abusos de intolerância
cometidos por sistemas de governos absolutistas e religiões, a
intolerância é objeto de ódio profundo, como um grande mal da
humanidade. Não lhe dão valor algum. É injusto dar valor apenas à
tolerância. A intolerância possui tanto valor quanto a tolerância.
Inclusive, até mais.
O que aconteceria se fosse possível calar todas as mentes pensantes?
Trazer as pessoas numa tal dependência que não tenham mais a mínima
coragem de proferir nenhuma palavra, a
não ser com o consentimento daquele
sentado no trono do poder? Felizmente
não é assim! Brutos déspotas não
conseguem ver, ouvir ou parar o
pensamento de ninguém. O homem
"ainda" tem a possibilidade de manter o
pensamento bloqueado ao tirano e manter
a mente livre do alcance deste. Aquele
que exerce autoridade arbitrária não
obtém sucesso em obrigar as pessoas a
pensarem exatamente igual ao que sua
tirânica disposição define. Se fosse possível seria o fim da boa-fé - a
retidão ou pureza de intenções; a sinceridade - a necessidade máxima do
estado, a qual se corromperia, incrementando a hipocrisia e a adulação.
O aumento da deslealdade faria aflorar uma sociedade corrupta em todas
as relações sociais.
Não se vive algo assemelhado? Já sem penetrar o pensamento, apenas
manipulando a distribuição das riquezas e das oportunidades, o déspota
impõe sua vontade aos cidadãos e os manobra quais cordeiros. Como o
faz? Com o tempo, a intromissão do estado na vida do cidadão, através
das leis, debilita o vínculo social e subjuga a consciência de cada
cidadão pela exploração da miséria e da ignorância. É o lado negro da
Democracia.
São estabelecidos pisos para investimento na educação em todos os
níveis do poder, mas estes pisos passam a ser interpretados como tetos.
Por truques e artimanhas administrativas e legais investe-se cada vez
menos na educação, a qual seria importante válvula de escape da
sociedade de livrar-se do despotismo. Com o acirramento da ignorância
aparece o fanatismo entre as diversas relações dos cidadãos. A liberdade
aos poucos é tomada e caminha-se para um estado de desvio de regras e
padrões, para a intolerância descabida, a um estado despótico.
Um regime tolerante tem batalha perpétua na obtenção da liberdade do
cidadão. E desta liberdade emana o poder que mantém o governante em
seu posto. Mas esta concessão de liberdade pode ferir o estado
profundamente. Para evitá-lo deve existir um forte esquema de
segurança para o estado, porque do outro lado, quanto mais goza de
liberdade de pensar, de se manifestar, mais aumenta a hostilidade do
cidadão contra o poder estabelecido. É parte da índole do homem abusar
quando experimenta liberdade. Um governo deve administrar a coisa
pública em geral e não favorecer os interesses de indivíduos ou grupos.
O poder não pode ceder às minorias ou indivíduos que visam obter
vantagens para espoliar o bem público. Obter o equilíbrio entre o poder
do estado e liberdade do cidadão é a tolerância instituída. É a melhor
política, mas para funcionar, certos mecanismos de intolerância devem
ser postos em prática.
Para um governo equilibrado, quais seriam os limites para impor a
certeza de estar de posse de uma verdade absoluta? O maçom, e hoje a
filosofia pós-moderna, sabe que a verdade absoluta não existe. Como
fazer para evitar o uso da força e reprimir a vontade do governante
déspota de impor sua vontade por anuência ou repressão? A história
conta como o poder político sempre usa da violência legal para subjugar
o cidadão, escravizando-o de uma forma ou outra. Esquema de
segurança forte demais para o Estado, fatalmente leva ao abuso do
governante. Muita liberdade para o cidadão certamente leva ao abuso de
liberdade. De um lado o tirano, de outro, o libertino inconsequente. Isto
instituiu a necessidade de estabelecer limites para a tolerância. Impõem a
necessidade de exercer intolerância sobre alguns aspectos da
convivência social; é a razão da existência das leis que são a maior
expressão da intolerância institucional da sociedade.
Já que a verdade absoluta não existe, a intolerância das leis deve ser
mantida aos que ensinam princípios que ameaçam a convivência pacífica
entre os cidadãos e os bons costumes; aos grupos, religiões ou seitas que
reservam prerrogativas contrárias ao direito civil; ao dano moral e
material; ao comportamento de uma
minoria que prejudica a maioria; e mesmo
com o perigo da generalização pode-se
definir que os limites da tolerância podem
ser resumidos num único princípio: de
que a intolerância não pode ser tolerada,
na medida em que, prevalecendo ela, não
seria mais possível a tolerância.
Tanto a intolerância como a tolerância tem a ver com a manipulação do
mal. E isto traz confusão. Se uma tratasse do mal e a outra do bem seria
fácil de entender. Não havendo intolerância para que tolerância?
Havendo tolerância ao extremo ela mesma se anula. Havendo
intolerância ao extremo ela anula a possibilidade de tolerância. São
apenas conceitos diferentes para o mesmo objetivo; minimizar os efeitos
do mal. Ser tolerante ou intolerante com o mal, o que é mais importante?
A primeira exige sacrifício; não existe tolerância sem sacrifício. A
segunda exige poder e força. A intolerância movida pelo fanatismo é a
pior expressão do mal contra o progresso da humanidade. Intolerância
extrema torna o homem sanguinário. Considerado o lado bestial do ser
humano, subjugado apenas ao rigor da lei, a intolerância emanada da lei
deve existir equilibrada no limite até onde a tolerância fica impossível;
senão o estado totalitário abusaria do expediente de pressionar o cidadão
usando dos rigores da lei o que tornaria sua vida difícil. Este equilíbrio é
necessário em todos os ambientes sociais onde existe disputa de poder
ou geração de medo. Não fica restrita à determinada linha de tempo, mas
em todas as épocas, a cada relação de força do Estado e o cidadão ou
entre pessoas.
A intolerância ao mal é importante na vida em sociedade. Sem
intolerância ao mal a sociedade não tem como subsistir. A intolerância
não é algo a ser banido do pensamento, mas carece de uso equilibrado
para o estabelecimento de relações estáveis e pacíficas entre as pessoas;
é o que torna possível a vida em comum entre povos e nações.
"Tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos, e para todas
as raças. Tolerância não significa aceitar o que se tolera", (Mahatma
Gandhi). Este é o exercício filosófico de Voltaire: "a intolerância é fruto
do fanatismo; o único remédio para superá-la está na filosofia". Muitas
vezes a verdade fica oculta por não se olharem os vários lados de uma
questão. Existe aquele que se diz tolerante e abomina a intolerância
apenas porque, por razões simplistas, não avaliou que a intolerância
também tem seu valor. Se levado ao extremo da lógica, só a intolerância
existe. Se a tolerância for levada ao extremo, inviabiliza a própria
tolerância; uma sociedade tolerante ao absoluto já não é mais uma
sociedade humana. A tolerância é considerada uma virtude menor, pois
quando se diz que se tolera algo, aflora embutido neste pensamento a
intolerância. O valor da intolerância está nisso: apenas ela existe de fato.
Dizer que se tolera algo define em realidade que não se tolera aquilo;
exerce-se apenas intolerância. Ser tolerante significa que se está
exercendo intolerância até o limite onde, existindo apenas tolerância, a
própria tolerância desaparece.
Quando a ordem maçônica se denomina tolerante para com todas as
religiões significa que a intolerância é reduzida; a intolerância existe. No
laboratório que pretende reproduzir uma sociedade igualitária não existe
igualdade de fato. Existe intolerância para situações onde mentira e
verdade é confundida para embaralhar a moral, mas até nestes casos,
quando impera a ignorância, o déspota impõe seu domínio - isto
determina a necessidade do maçom aprender a pensar filosoficamente,
de estudar e ensinar. Quanta intolerância é suportada para sustentar a
busca do poder dentro da ordem maçônica, razão da existência da
diversificação de grandes orientes, grandes lojas, ritos e ofensas em
época de eleição. Quando a tolerância é maximizada ela é tão má quanto
à intolerância: surge inadimplência, indisciplina, absentismo, templos
esvaziam e obreiros adormecem. Quanto mais tolerância, mais os
incompetentes e maus se estabelecem no poder e afastam os bons.
Intolerância levada ao extremo causa o mesmo mal. Daí a necessidade
do estabelecimento de limites. É a razão da existência dos regulamentos
e leis de cada obediência; a expressão da intolerância ao mal.
Qual o valor da intolerância? Pela lógica apenas ela existe e é benéfica
para a sociedade. Exercida dentro de limites ela é boa e traz à existência
a tolerância tão necessária e importante para superar dificuldades,
tornando-se elemento de progresso de pessoas e nações. Se não existir
intolerância não há necessidade de tolerância. É ela que define a
importância do inimigo, pois são em razão da existência do adversário
que se desenvolvem os limites para manter a intolerância ao mínimo. O
inimigo é o grande mestre de tolerância para cada um. Retribuir bem
com bem, tolerância com tolerância, não estabelece mérito algum, mas
sem tolerância não é possível boa Democracia e construção.
Haja vista os erros e fraquezas característicos do homem, a intolerância
tem seu valor porque dá à luz a tolerância. A tolerância é um ato de
amor fraterno, algo que exige abnegação, a única solução para todos os
problemas da humanidade. Onde a tolerância brilha, mesmo que seja a
menor, insignificante, o homem cresce e se desenvolve debaixo da
suprema lei de sua melhor natureza, advinda de um projeto inteligente,
magistral, cujo autor o maçom conhece apenas por um conceito que
torna a sua convivência maçônica possível e prazerosa, denominada
Grande Arquiteto do Universo.
Bibliografia
1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo
Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes
Editora limitada., 1210 páginas, São Paulo, 2007;
2. ANTISERI, Dario; REALE, Giovanni, História da Filosofia, do Romantismo Até Nossos
Dias, Volume 3, título original: El Pensiero Occidentale Dalle Origini Ad Oggi, ISBN 85-349-
0142-2, sexta edição, Paulus, 1114 páginas, São Paulo, 1991;
3. COMTE-SPONVILLE, André, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, tradução: Eduardo
Brandão, ISBN 85-336-0444-0, primeira edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 392
páginas, São Paulo, 1995;
4. DURANT, Will, A História da Filosofia, tradução: Luiz Carlos do Nascimento Silva, ISBN
85-351-0695-2, primeira edição, Editora Nova Cultural limitada., 480 páginas, Rio de Janeiro,
1926;
5. GAVAZZONI, Aluisio, História do Direito, dos Sumérios Até Nossa Era, ISBN 85-353-0250-
6, terceira edição, Livraria Freitas Bastos S. A., 196 páginas, Rio de Janeiro, 2005;
6. HITLER, Adolf, Minha Luta, Tomo 1 de 2, título original: Mein Kampf, tradução: J. De
Mattos Ibiapina, ISBN 85-7246-016-0, terceira edição, Revisão Editora, 612 páginas, Porto
Alegre, 1990;
7. MAQUIAVEL, Nicolau, O Príncipe, Comentado por Napoleão Bonaparte, tradução: Fernanda
Pinto Rodrigues, segunda edição, Publicações Europa-américa, 182 páginas, 1976;
8. ROCHA, José Manuel de Sacadura, Fundamentos de Filosofia do Direito, da Antiguidade a
Nossos Dias, ISBN 978-85-224-4597-4, primeira edição, Atlas, 157 páginas, São Paulo, 2006;
9. SPOLADORE, Hercule, Revista A Trolha, Março 2005, Páginas 32-33, tema: Tolerância;
10. TOFFLER, Alvin, A Terceira Onda, A Morte do Industrialismo e o Nascimento de uma
Nova Civilização, título original: The Thrid Wave, tradução: João Távora, ISBN 85-01-01797-3,
21ª edição, Editora Record, 492 páginas, Rio de Janeiro, 1980.
Biografia
1. Mahatma Gandhi, advogado e maçom indiano. Também conhecido por Mohandas Karamchand
Gandhi. Nasceu em Porbandar, Índia em 2 de outubro de 1869. Faleceu em Delhi, em 30 de janeiro de
1948, com 78 anos de idade, assassinado. É um dos maiores líderes nacionais do século XX;
2. Voltaire ou François Marie Arouet, dramaturgo, ensaista, escritor, filósofo, historiador, maçom,
novelista e poeta francês. Nasceu em Paris em 21 de novembro de 1694. Faleceu em Paris, em 30 de maio
de 1778, com 83 anos de idade. É um dos principais nomes do iluminismo na França. Iniciado maçom no
dia 7 de fevereiro de 1778 numa das cerimônias mais brilhantes da história da Maçonaria mundial, a loja
Les Neuf Soeurs, Paris, inicia ao octogenário Voltaire, que ingressa no Templo apoiado no braço de
Benjamin Franklin, embaixador dos Estados Unidos da América na França nessa data. A sessão foi
dirigida pelo Venerável Mestre Lalande na presença de 250 irmãos. O venerável ancião, orgulho da
Europa, foi revestido com o avental que pertenceu a Helvetius e que fora cedido, para a ocasião, pela sua
viúva. Voltaire falece três meses depois.
Data do texto: 02/09/2008.
Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, engenheiro eletricista e maçom de
nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina.
Com 61 anos de idade.
Grau do Texto: Aprendiz Maçom.
Área de Estudo: Comportamento, Filosofia, Maçonaria, Tolerância.
Os maçons tratam-se, entre si, por "irmão", tratamento que é
explicitamente indicado a cada novo maçon após a sua iniciação.
Imediatamente após terminada a sessão de Iniciação é normal que todos
os presentes cumprimentem o novo Aprendiz com efusivos abraços,
rasgados sorrisos e, entre repetidos "meu irmão", "meu querido irmão" e
"bem vindo, meu irmão", recebe-se, frequentemente, mais afeto do que
aquele que se recebeu na semana anterior.
O que seria um primeiro momento de descontração torna-se,
frequentemente, num verdadeiro "tratamento de choque", num
momento de alguma estranheza e, quiçá, algum desconforto para o novo
Aprendiz. Afinal, não é comum receber-se uns calorosos e sinceros
abraços de uns quantos desconhecidos, para mais quando estes nos
tratam - e esperam que os tratemos - por irmão... e por tu! Sim, que outro
tratamento não há entre maçons, pelo menos em privado - que as
conveniências sociais podem ditar, em público, distinto tratamento.
O primeiro momento de estranheza depressa se esvai - e os encontros
seguintes encarregam-se de tornar naturalíssimo tal tratamento, a ponto
de se estranhar qualquer "escorregadela" que possa suceder, como tratar-
se um Irmão na terceira pessoa... Aí, logo o Aprendiz é pronta e
fraternalmente corrigido, e logo passa a achar naturalíssimo tratar por tu
um médico octogenário, um político no ativo, ou um professor
universitário. E de facto assim é: entre irmãos não há distinção de trato.
Não se pense, todavia, que todos se relacionam do mesmo modo. Afinal,
não somos abelhas obreiras, e mesmo entre essas há as que alimentam a
rainha ou as larvas, as que limpam a colmeia, e as que recolhem o
néctar. Do mesmo modo, todos os maçons são diferentes, têm distintos
interesses, e não há dois que vivam a maçonaria de forma igual. É
natural que um se aproxime mais de outro, mas tenha com um terceiro
um relacionamento menos intenso. Não é senão normal que, para
determinados assuntos, recorra mais a um irmão, e para outros a outro -
e podemos estar a falar de algo tão simples quanto pedir um
esclarecimento sobre um ponto mais obscuro da simbologia, ou querer
companhia ao almoço num dia em que se precise, apenas, de quem se
sente ali à nossa frente, sem que se fale sequer da dor que nos moi a
alma.</ div>
Mas não serão isto "amigos"? Porquê "irmãos"? Durante bastante tempo
essa questão colocou-se-me sem que a soubesse responder. Sim, havia as
razões históricas, das irmandades do passado, mas mesmo nessas teria
que haver uma razão para tal tratamento. O que leva um punhado de
homens a tratarem-se por "irmão" em vez de se assumirem como
amigos? Como em tanta outra coisa, só o tempo me permitiu encontrar
uma resposta que me satisfizesse. Não é, certamente, a única possível -
mas é a que consegui encontrar.
Quando nascemos, fazêmo-lo no seio de uma família que não temos a
prerrogativa de escolher. Ninguém escolhe os seus pais ou irmãos de
sangue; ficamos com aqueles que nos calham. O mais natural é que, em
cada núcleo familiar, haja regras conducentes à sua própria preservação
e à de todos os seus elementos, regras que passam, forçosamente, pela
cooperação entre estes. É, igualmente, natural que esse fim utilitário, de
pura sobrevivência, seja reforçado por laços afetivos que o suplantam a
ponto de que o propósito inicial seja relegado para um plano inferior. É,
assim, frequente que, especialmente depois de atingida a idade adulta,
criemos laços de verdadeira e genuína amizade com os nossos irmãos de
sangue, que complementa e de certo modo ultrapassa, em certa medida,
os meros laços de parentesco.
Do mesmo modo, quando se é iniciado numa Loja - e a Iniciação é um
"renascimento" simbólico - ganha-se de imediato uma série de Irmãos,
como se se tivesse nascido numa família numerosa. Neste registo, os
maçons têm, uns para com os outros, deveres de respeito, solidariedade e
lealdade, que podem ser equiparados aos deveres que unem os membros
de uma célula famíliar. Porém, do mesmo modo que nem todos os
irmãos de sangue são os melhores amigos, também na Maçonaria o
mesmo sucede. Não é nenhum drama; o contrário é que seria de
estranhar. Diria, mesmo, que é desejável e sadio que assim suceda, pois
a amizade quer-se espontânea, livre e recíproca. E, tal como sucede entre
alguns irmãos de sangue, respeitam-se e cumprem com os deveres que
decorrem dos laços que os unem, mas não estabelecem outros laços para
além destes . Pode acontecer - e acontece. Mas a verdade é que o mais
frequente é que, especialmente dentro de cada Loja, cada maçon
encontre, de entre os seus irmãos, grandes amigos - e como são sólidos
os laços de amizade que se estabelecem entre irmãos maçons!
 Chegando a Revista “O Prumo” edição 196 março/abril-2011, da Editora “O
Prumo” de Florianópolis. Alguns dos destaques: “Especulações a Respeito das
Iniciações no Futuro – Uma visão Especulativa e Futurística” Ir. Hercule
Spoladore; “Rosa, Milho e Compasso” Ir Josué Eugênio Werner; “O Sonho e a
Realidade” Ir. Francisco Vady Nozar Mello; “Sempre Aprendizes” Luiz
Willibaldo Jung; “A Ordem Maçônica” Ir Osvaldo Pereira Rochas; “O
despotismo esclarecido e suas relações com a Maçonaria no Século das Luzes”
o Ir Guilherme Benno Guenther; “Instruções Maçônicas” Ir Luiz V, Cichoski
e “Filosofia Occidental, Filosofía zen de la Escuela de Kyoto Y Pensamiento
Masónico Simbólico” do Ir Joseph Bruno Levy.
De quebra ainda veio o informativo “O Vigilante” de abril. Para um domingo
chuvoso, uma ótima opção.
 Sábado o Capítulo Ilha de Santa Catarina da Ordem DeMolay realizou o seu I
Ecostelasso. As fotos estão no link abaixo:
https://picasaweb.google.com/henriquealb/Ecostelasso?authkey=Gv1sRgCL_04uaarNKY-gE#
 Já no domingo o Bethel nr 8 Fênix da Ordem Internacional das Filhas de Jó
realizou no salão de festas da Loja Ordem e Trabalho o Nhoque Fênix, com
muitos Tios, Tias e DeMolays prestigiando o evento fiulantrópico.
Acesse o link e veja alguns registros:
https://picasaweb.google.com/portaljb33/BethelFenix?authkey=Gv1sRgCMbbxMzf
1-ObEg#
 Nova admiinistração: (Loja Silêncio de Elêusis, nr. 21 – Chapecó-SC)
2011/2012
Comunicamos que aos 02 dias do mês de Maio de 2011 (E∴V∴), às 20:00 horas,
no Templo onde se localiza a A∴R∴B∴L∴S∴ Silêncio de Elêusis, número 21, à Rua
14 de agosto, 311D, Bairro Maria Goretti, no Or∴ de Chapecó, com as presenças
dos VVen∴IIr∴ que assinaram o Livro de Presenças, em número legal, realizou-se
a SESSÃO DE ELEIÇÃO, sob a Presid∴ do Resp∴ Mest∴ Ir∴ Omar José Cassol
com a finalidade de elegerem as LLuz∴ e Tes∴ para a gestão de 2011/2012,
resultando assim na composição:
Ir∴DIVALDINO BET divabet@gmail.com
VENERÁVEL MESTRE :
1º VIGILANTE:Ir∴LEOCÁDIO ULIR JÚNIOR
2º VIGILANTE:Ir∴LUIZ CARLOS GIONGO
TESOUREIRO:Ir∴JOSE LOPES BRUM
ORADOR:Ir∴ A CONFIRMAR
ORADOR ADJUNTO:Ir∴ AMILCAR LANGOSKI
SECRETÁRIO:Ir∴CRISTIANO POPOV ZAMBIAZIsecretariosilenciodeeleusis@gmail.com
CHANCELER:Ir∴SAVÉRIO ANDRÉ DADALT
Ir.´. Radamés Pereira Secretario da A.´.R.´.B.´.L.´.S.´.S.´.E.´. , N.21 secretariosilenciodeeleusis@gmail.com
 Loja Templários da Liberdade nr. 69 (Pinhalzinho):
Aproveitando a oportunidade em que os IIr:. estão divulgando a eleição das novas
Administrações, informo que no dia 02/05/2011 a ARLS Templários da Liberdade,
n. 69, Oriente de Pinhalzinho SC, também elegeu seus novos
dirigentes para o ano 2011/2012 ficando assim constituída a nova administração:
Venerável Mestre: Celso Mantelli
Primeiro Vigilante: João Alberto Brust
Segundo Vigilante: Roque Bach
Orador: Ricardo Hoppe
Secretário: Roberto Aurélio Merlo
Tesoureiro: Silvio Mocelin
Chanceler: João Carlos Bilibio
M:.M:. Roberto Aurélio Merlo – ARLS Templários da Liberdade, n.69 -
Oriente de Pinhalzinho SC – REAA - GOSC

Não é fotografia, é pintura
Palácio Maçônico junto ao Rio Marin, Veneza
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 261 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era, 91 (GLSC) Quintas-feiras 20h00 Templo: “Obreiros da Paz” Praia de Canasvieiras Florianópolis (SC), 16 de maio de 2011 Índice desta segunda-feira: 1. Almanaque 2. O que minha Loja ensina, é o que o neófito quer aprender? (Ir. Nelson José Rodrigues Machado) 3. O Valor da Intolerância (Ir. Charles Evaldo Boller) 4. Porque meu irmão e não meu amigo? 5. Destaques
  • 2.
  • 3.  1532 - Tomás Morus renuncia ao posto de Lorde Chanceler da Inglaterra.  1763 - James Boswell encontra Samuel Johnson.  1770 - Maria Antonieta com 14 anos de idade se casa com Luís-Augusto que mais tarde torna-se rei da França.  1834 - Batalha da Asseiceira  1966 o Os Beach Boys lançam Pet Sounds, álbum considerado uma obra-prima da música pop. o No mesmo dia de Pet Sounds, é lançado outro disco considerado uma obra-prima: Blonde On Blonde, de Bob Dylan.  1977 - Iniciam-se as transmissões da primeira telenovela brasileira no canal de televisão português RTP: Gabriela.  1980 - Paul McCartney lança o ousado LP "McCartney II", o primeiro após o fim de sua banda Wings.  1983 - O Cantor Michael Jackson lança pela primeira vez em um show o passo Moonwalk.  1984 - Oliveira de Azeméis é elevada a cidade.  1986 - São criadas as freguesias de São Sebastião e de Ribeira de São João, ambas no concelho de Rio Maior.  1997 - O presidente do Zaire, Mobuto Sese Seko, abandona o poder após mais de 30 anos de ditadura.
  • 4.  1999 - O Kuwait anuncia que, pela primeira vez na história do Emirado, as mulheres poderão votar e ser eleitas para o Parlamento e cargos municipais.  2001 - Em Salvador, estudantes são espancados pela Polícia Militar em pleno campus da Universidade Federal da Bahia durante manifestação contra o então senador Antônio Carlos Magalhães. O ato fica conhecido como Passeata de 16 de maio.  2004 - O Estado americano de Massachusetts se tornou o primeiro a permitir o casamento legal entre pessoas do mesmo sexo.  Mitologia hindu: Dia de Savitu-Vrta, festa em honra da deusa Sarasvati, das Letras e das Artes.  Brasil: Dia do Botafogo FR.  Brasil: Aniversário da cidade de Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro.  Brasil: Aniversário da cidade de São Pedro da Aldeia, Estado do Rio de Janeiro.  Brasil: Dia do Gari  Portugal: Aniversário da cidade de Fafe. (“O Livro dos Dias” e arquivo pessoal) 1865 – Saldanha Marinho exorta os Maçons para que “a emancipação dos escravos saia do seio da Maçonaria. 1919 – Fundação da Grande Loja Regional de Barranquilha, na Colômbia.
  • 5. Ir Nelson José Rodrigues Machado Loja Delta do Universo nr. 98 - MI - 33o. Posso reconstituir um retrato crítico, apresentando algumas facetas de cada sessão em câmara de instrução, como pequenas faces regulares de uma pedra lapidada. Em outras palavras: a pedra a ser trabalhada, é apresentada na figura do neófilo que, deve projetar-se além do templo [profanun]. O mestre como o mediador de Paulo Freire(1), deve personificar-se definitivamente, como aquele que, ao invés de transmitir conteúdos, mobiliza-os com o objetivo não apenas de alcançar o neófilo, mas, de inspirá-lo a se voltar à pesquisa, ao pensamento, ao estudo, ao debate e à reflexão crítica. Para tanto, deve entender a complexidade do ensino, a partir do entendimento do sistema instrucional e da análise dos elementos que compõem a organização do trabalho pedagógico. Desta forma, aplicando o conceito e o currículo adequado ao ensino maçônico, refletir acerca do planejamento da leitura das instruções clássicas, dos debates dos complementos e facículos e, finalmente
  • 6. compreender, o conceito pedagógico do sistema histórico filosófico aplicado à maçonaria. Como fórmula de possibilitar tal emprego ao ensino maçônico, deve o mestre, aplicar a “ignorância socrática”, ao refletir sobre si próprio[nosce te ipsum], na busca de conhecer-se melhor e encontrar motivação para renovar esforços em direção ao estudo e a busca de novos conhecimentos. Finalmente, o mestre deve cercar-se do pensamento e do trabalho coletivo, contraposto ao individual, e sob a sua liderança - agora renovada e atual - trabalhar incansavelmente para encontrar uma resposta à impiedosa, mas salutar questão: O que a minha loja e eu ensinamos, é o que o neófilo quer aprender? Paulo Reglus Neves Freire (Recife,1921 — São Paulo,1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história dapedagogia mundial [1] , tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
  • 7. Ir Charles Evaldo Boller Loja Apóstolo da Caridade, 21 – Grande Loja Curitiba – PR Sinopse: A intolerância na construção social. Definição da intolerância como a única realmente válida. Na sociedade humana existe apenas intolerância. Já observou o quanto a intolerância desmedida torna o individuo tolo? Principalmente porque é sempre ligada aos abusos de intolerância cometidos por sistemas de governos absolutistas e religiões, a intolerância é objeto de ódio profundo, como um grande mal da humanidade. Não lhe dão valor algum. É injusto dar valor apenas à tolerância. A intolerância possui tanto valor quanto a tolerância. Inclusive, até mais. O que aconteceria se fosse possível calar todas as mentes pensantes? Trazer as pessoas numa tal dependência que não tenham mais a mínima
  • 8. coragem de proferir nenhuma palavra, a não ser com o consentimento daquele sentado no trono do poder? Felizmente não é assim! Brutos déspotas não conseguem ver, ouvir ou parar o pensamento de ninguém. O homem "ainda" tem a possibilidade de manter o pensamento bloqueado ao tirano e manter a mente livre do alcance deste. Aquele que exerce autoridade arbitrária não obtém sucesso em obrigar as pessoas a pensarem exatamente igual ao que sua tirânica disposição define. Se fosse possível seria o fim da boa-fé - a retidão ou pureza de intenções; a sinceridade - a necessidade máxima do estado, a qual se corromperia, incrementando a hipocrisia e a adulação. O aumento da deslealdade faria aflorar uma sociedade corrupta em todas as relações sociais. Não se vive algo assemelhado? Já sem penetrar o pensamento, apenas manipulando a distribuição das riquezas e das oportunidades, o déspota impõe sua vontade aos cidadãos e os manobra quais cordeiros. Como o faz? Com o tempo, a intromissão do estado na vida do cidadão, através das leis, debilita o vínculo social e subjuga a consciência de cada cidadão pela exploração da miséria e da ignorância. É o lado negro da Democracia. São estabelecidos pisos para investimento na educação em todos os níveis do poder, mas estes pisos passam a ser interpretados como tetos. Por truques e artimanhas administrativas e legais investe-se cada vez menos na educação, a qual seria importante válvula de escape da sociedade de livrar-se do despotismo. Com o acirramento da ignorância aparece o fanatismo entre as diversas relações dos cidadãos. A liberdade aos poucos é tomada e caminha-se para um estado de desvio de regras e padrões, para a intolerância descabida, a um estado despótico.
  • 9. Um regime tolerante tem batalha perpétua na obtenção da liberdade do cidadão. E desta liberdade emana o poder que mantém o governante em seu posto. Mas esta concessão de liberdade pode ferir o estado profundamente. Para evitá-lo deve existir um forte esquema de segurança para o estado, porque do outro lado, quanto mais goza de liberdade de pensar, de se manifestar, mais aumenta a hostilidade do cidadão contra o poder estabelecido. É parte da índole do homem abusar quando experimenta liberdade. Um governo deve administrar a coisa pública em geral e não favorecer os interesses de indivíduos ou grupos. O poder não pode ceder às minorias ou indivíduos que visam obter vantagens para espoliar o bem público. Obter o equilíbrio entre o poder do estado e liberdade do cidadão é a tolerância instituída. É a melhor política, mas para funcionar, certos mecanismos de intolerância devem ser postos em prática. Para um governo equilibrado, quais seriam os limites para impor a certeza de estar de posse de uma verdade absoluta? O maçom, e hoje a filosofia pós-moderna, sabe que a verdade absoluta não existe. Como fazer para evitar o uso da força e reprimir a vontade do governante déspota de impor sua vontade por anuência ou repressão? A história conta como o poder político sempre usa da violência legal para subjugar o cidadão, escravizando-o de uma forma ou outra. Esquema de segurança forte demais para o Estado, fatalmente leva ao abuso do governante. Muita liberdade para o cidadão certamente leva ao abuso de liberdade. De um lado o tirano, de outro, o libertino inconsequente. Isto instituiu a necessidade de estabelecer limites para a tolerância. Impõem a necessidade de exercer intolerância sobre alguns aspectos da convivência social; é a razão da existência das leis que são a maior expressão da intolerância institucional da sociedade. Já que a verdade absoluta não existe, a intolerância das leis deve ser mantida aos que ensinam princípios que ameaçam a convivência pacífica entre os cidadãos e os bons costumes; aos grupos, religiões ou seitas que reservam prerrogativas contrárias ao direito civil; ao dano moral e
  • 10. material; ao comportamento de uma minoria que prejudica a maioria; e mesmo com o perigo da generalização pode-se definir que os limites da tolerância podem ser resumidos num único princípio: de que a intolerância não pode ser tolerada, na medida em que, prevalecendo ela, não seria mais possível a tolerância. Tanto a intolerância como a tolerância tem a ver com a manipulação do mal. E isto traz confusão. Se uma tratasse do mal e a outra do bem seria fácil de entender. Não havendo intolerância para que tolerância? Havendo tolerância ao extremo ela mesma se anula. Havendo intolerância ao extremo ela anula a possibilidade de tolerância. São apenas conceitos diferentes para o mesmo objetivo; minimizar os efeitos do mal. Ser tolerante ou intolerante com o mal, o que é mais importante? A primeira exige sacrifício; não existe tolerância sem sacrifício. A segunda exige poder e força. A intolerância movida pelo fanatismo é a pior expressão do mal contra o progresso da humanidade. Intolerância extrema torna o homem sanguinário. Considerado o lado bestial do ser humano, subjugado apenas ao rigor da lei, a intolerância emanada da lei deve existir equilibrada no limite até onde a tolerância fica impossível; senão o estado totalitário abusaria do expediente de pressionar o cidadão usando dos rigores da lei o que tornaria sua vida difícil. Este equilíbrio é necessário em todos os ambientes sociais onde existe disputa de poder ou geração de medo. Não fica restrita à determinada linha de tempo, mas em todas as épocas, a cada relação de força do Estado e o cidadão ou entre pessoas. A intolerância ao mal é importante na vida em sociedade. Sem intolerância ao mal a sociedade não tem como subsistir. A intolerância não é algo a ser banido do pensamento, mas carece de uso equilibrado para o estabelecimento de relações estáveis e pacíficas entre as pessoas; é o que torna possível a vida em comum entre povos e nações.
  • 11. "Tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos, e para todas as raças. Tolerância não significa aceitar o que se tolera", (Mahatma Gandhi). Este é o exercício filosófico de Voltaire: "a intolerância é fruto do fanatismo; o único remédio para superá-la está na filosofia". Muitas vezes a verdade fica oculta por não se olharem os vários lados de uma questão. Existe aquele que se diz tolerante e abomina a intolerância apenas porque, por razões simplistas, não avaliou que a intolerância também tem seu valor. Se levado ao extremo da lógica, só a intolerância existe. Se a tolerância for levada ao extremo, inviabiliza a própria tolerância; uma sociedade tolerante ao absoluto já não é mais uma sociedade humana. A tolerância é considerada uma virtude menor, pois quando se diz que se tolera algo, aflora embutido neste pensamento a intolerância. O valor da intolerância está nisso: apenas ela existe de fato. Dizer que se tolera algo define em realidade que não se tolera aquilo; exerce-se apenas intolerância. Ser tolerante significa que se está exercendo intolerância até o limite onde, existindo apenas tolerância, a própria tolerância desaparece. Quando a ordem maçônica se denomina tolerante para com todas as religiões significa que a intolerância é reduzida; a intolerância existe. No laboratório que pretende reproduzir uma sociedade igualitária não existe igualdade de fato. Existe intolerância para situações onde mentira e verdade é confundida para embaralhar a moral, mas até nestes casos, quando impera a ignorância, o déspota impõe seu domínio - isto determina a necessidade do maçom aprender a pensar filosoficamente, de estudar e ensinar. Quanta intolerância é suportada para sustentar a busca do poder dentro da ordem maçônica, razão da existência da diversificação de grandes orientes, grandes lojas, ritos e ofensas em época de eleição. Quando a tolerância é maximizada ela é tão má quanto à intolerância: surge inadimplência, indisciplina, absentismo, templos esvaziam e obreiros adormecem. Quanto mais tolerância, mais os incompetentes e maus se estabelecem no poder e afastam os bons. Intolerância levada ao extremo causa o mesmo mal. Daí a necessidade
  • 12. do estabelecimento de limites. É a razão da existência dos regulamentos e leis de cada obediência; a expressão da intolerância ao mal. Qual o valor da intolerância? Pela lógica apenas ela existe e é benéfica para a sociedade. Exercida dentro de limites ela é boa e traz à existência a tolerância tão necessária e importante para superar dificuldades, tornando-se elemento de progresso de pessoas e nações. Se não existir intolerância não há necessidade de tolerância. É ela que define a importância do inimigo, pois são em razão da existência do adversário que se desenvolvem os limites para manter a intolerância ao mínimo. O inimigo é o grande mestre de tolerância para cada um. Retribuir bem com bem, tolerância com tolerância, não estabelece mérito algum, mas sem tolerância não é possível boa Democracia e construção. Haja vista os erros e fraquezas característicos do homem, a intolerância tem seu valor porque dá à luz a tolerância. A tolerância é um ato de amor fraterno, algo que exige abnegação, a única solução para todos os problemas da humanidade. Onde a tolerância brilha, mesmo que seja a menor, insignificante, o homem cresce e se desenvolve debaixo da suprema lei de sua melhor natureza, advinda de um projeto inteligente, magistral, cujo autor o maçom conhece apenas por um conceito que torna a sua convivência maçônica possível e prazerosa, denominada Grande Arquiteto do Universo. Bibliografia 1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario di Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 1210 páginas, São Paulo, 2007; 2. ANTISERI, Dario; REALE, Giovanni, História da Filosofia, do Romantismo Até Nossos Dias, Volume 3, título original: El Pensiero Occidentale Dalle Origini Ad Oggi, ISBN 85-349- 0142-2, sexta edição, Paulus, 1114 páginas, São Paulo, 1991;
  • 13. 3. COMTE-SPONVILLE, André, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, tradução: Eduardo Brandão, ISBN 85-336-0444-0, primeira edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 392 páginas, São Paulo, 1995; 4. DURANT, Will, A História da Filosofia, tradução: Luiz Carlos do Nascimento Silva, ISBN 85-351-0695-2, primeira edição, Editora Nova Cultural limitada., 480 páginas, Rio de Janeiro, 1926; 5. GAVAZZONI, Aluisio, História do Direito, dos Sumérios Até Nossa Era, ISBN 85-353-0250- 6, terceira edição, Livraria Freitas Bastos S. A., 196 páginas, Rio de Janeiro, 2005; 6. HITLER, Adolf, Minha Luta, Tomo 1 de 2, título original: Mein Kampf, tradução: J. De Mattos Ibiapina, ISBN 85-7246-016-0, terceira edição, Revisão Editora, 612 páginas, Porto Alegre, 1990; 7. MAQUIAVEL, Nicolau, O Príncipe, Comentado por Napoleão Bonaparte, tradução: Fernanda Pinto Rodrigues, segunda edição, Publicações Europa-américa, 182 páginas, 1976; 8. ROCHA, José Manuel de Sacadura, Fundamentos de Filosofia do Direito, da Antiguidade a Nossos Dias, ISBN 978-85-224-4597-4, primeira edição, Atlas, 157 páginas, São Paulo, 2006; 9. SPOLADORE, Hercule, Revista A Trolha, Março 2005, Páginas 32-33, tema: Tolerância; 10. TOFFLER, Alvin, A Terceira Onda, A Morte do Industrialismo e o Nascimento de uma Nova Civilização, título original: The Thrid Wave, tradução: João Távora, ISBN 85-01-01797-3, 21ª edição, Editora Record, 492 páginas, Rio de Janeiro, 1980. Biografia 1. Mahatma Gandhi, advogado e maçom indiano. Também conhecido por Mohandas Karamchand Gandhi. Nasceu em Porbandar, Índia em 2 de outubro de 1869. Faleceu em Delhi, em 30 de janeiro de 1948, com 78 anos de idade, assassinado. É um dos maiores líderes nacionais do século XX; 2. Voltaire ou François Marie Arouet, dramaturgo, ensaista, escritor, filósofo, historiador, maçom, novelista e poeta francês. Nasceu em Paris em 21 de novembro de 1694. Faleceu em Paris, em 30 de maio de 1778, com 83 anos de idade. É um dos principais nomes do iluminismo na França. Iniciado maçom no
  • 14. dia 7 de fevereiro de 1778 numa das cerimônias mais brilhantes da história da Maçonaria mundial, a loja Les Neuf Soeurs, Paris, inicia ao octogenário Voltaire, que ingressa no Templo apoiado no braço de Benjamin Franklin, embaixador dos Estados Unidos da América na França nessa data. A sessão foi dirigida pelo Venerável Mestre Lalande na presença de 250 irmãos. O venerável ancião, orgulho da Europa, foi revestido com o avental que pertenceu a Helvetius e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Voltaire falece três meses depois. Data do texto: 02/09/2008. Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade. Grau do Texto: Aprendiz Maçom. Área de Estudo: Comportamento, Filosofia, Maçonaria, Tolerância.
  • 15. Os maçons tratam-se, entre si, por "irmão", tratamento que é explicitamente indicado a cada novo maçon após a sua iniciação. Imediatamente após terminada a sessão de Iniciação é normal que todos os presentes cumprimentem o novo Aprendiz com efusivos abraços, rasgados sorrisos e, entre repetidos "meu irmão", "meu querido irmão" e "bem vindo, meu irmão", recebe-se, frequentemente, mais afeto do que aquele que se recebeu na semana anterior. O que seria um primeiro momento de descontração torna-se, frequentemente, num verdadeiro "tratamento de choque", num momento de alguma estranheza e, quiçá, algum desconforto para o novo Aprendiz. Afinal, não é comum receber-se uns calorosos e sinceros abraços de uns quantos desconhecidos, para mais quando estes nos tratam - e esperam que os tratemos - por irmão... e por tu! Sim, que outro tratamento não há entre maçons, pelo menos em privado - que as conveniências sociais podem ditar, em público, distinto tratamento.
  • 16. O primeiro momento de estranheza depressa se esvai - e os encontros seguintes encarregam-se de tornar naturalíssimo tal tratamento, a ponto de se estranhar qualquer "escorregadela" que possa suceder, como tratar- se um Irmão na terceira pessoa... Aí, logo o Aprendiz é pronta e fraternalmente corrigido, e logo passa a achar naturalíssimo tratar por tu um médico octogenário, um político no ativo, ou um professor universitário. E de facto assim é: entre irmãos não há distinção de trato. Não se pense, todavia, que todos se relacionam do mesmo modo. Afinal, não somos abelhas obreiras, e mesmo entre essas há as que alimentam a rainha ou as larvas, as que limpam a colmeia, e as que recolhem o néctar. Do mesmo modo, todos os maçons são diferentes, têm distintos interesses, e não há dois que vivam a maçonaria de forma igual. É natural que um se aproxime mais de outro, mas tenha com um terceiro um relacionamento menos intenso. Não é senão normal que, para determinados assuntos, recorra mais a um irmão, e para outros a outro - e podemos estar a falar de algo tão simples quanto pedir um esclarecimento sobre um ponto mais obscuro da simbologia, ou querer companhia ao almoço num dia em que se precise, apenas, de quem se sente ali à nossa frente, sem que se fale sequer da dor que nos moi a alma.</ div> Mas não serão isto "amigos"? Porquê "irmãos"? Durante bastante tempo essa questão colocou-se-me sem que a soubesse responder. Sim, havia as razões históricas, das irmandades do passado, mas mesmo nessas teria que haver uma razão para tal tratamento. O que leva um punhado de homens a tratarem-se por "irmão" em vez de se assumirem como amigos? Como em tanta outra coisa, só o tempo me permitiu encontrar uma resposta que me satisfizesse. Não é, certamente, a única possível - mas é a que consegui encontrar. Quando nascemos, fazêmo-lo no seio de uma família que não temos a prerrogativa de escolher. Ninguém escolhe os seus pais ou irmãos de sangue; ficamos com aqueles que nos calham. O mais natural é que, em cada núcleo familiar, haja regras conducentes à sua própria preservação
  • 17. e à de todos os seus elementos, regras que passam, forçosamente, pela cooperação entre estes. É, igualmente, natural que esse fim utilitário, de pura sobrevivência, seja reforçado por laços afetivos que o suplantam a ponto de que o propósito inicial seja relegado para um plano inferior. É, assim, frequente que, especialmente depois de atingida a idade adulta, criemos laços de verdadeira e genuína amizade com os nossos irmãos de sangue, que complementa e de certo modo ultrapassa, em certa medida, os meros laços de parentesco. Do mesmo modo, quando se é iniciado numa Loja - e a Iniciação é um "renascimento" simbólico - ganha-se de imediato uma série de Irmãos, como se se tivesse nascido numa família numerosa. Neste registo, os maçons têm, uns para com os outros, deveres de respeito, solidariedade e lealdade, que podem ser equiparados aos deveres que unem os membros de uma célula famíliar. Porém, do mesmo modo que nem todos os irmãos de sangue são os melhores amigos, também na Maçonaria o mesmo sucede. Não é nenhum drama; o contrário é que seria de estranhar. Diria, mesmo, que é desejável e sadio que assim suceda, pois a amizade quer-se espontânea, livre e recíproca. E, tal como sucede entre alguns irmãos de sangue, respeitam-se e cumprem com os deveres que decorrem dos laços que os unem, mas não estabelecem outros laços para além destes . Pode acontecer - e acontece. Mas a verdade é que o mais frequente é que, especialmente dentro de cada Loja, cada maçon encontre, de entre os seus irmãos, grandes amigos - e como são sólidos os laços de amizade que se estabelecem entre irmãos maçons!
  • 18.  Chegando a Revista “O Prumo” edição 196 março/abril-2011, da Editora “O Prumo” de Florianópolis. Alguns dos destaques: “Especulações a Respeito das Iniciações no Futuro – Uma visão Especulativa e Futurística” Ir. Hercule Spoladore; “Rosa, Milho e Compasso” Ir Josué Eugênio Werner; “O Sonho e a Realidade” Ir. Francisco Vady Nozar Mello; “Sempre Aprendizes” Luiz Willibaldo Jung; “A Ordem Maçônica” Ir Osvaldo Pereira Rochas; “O despotismo esclarecido e suas relações com a Maçonaria no Século das Luzes” o Ir Guilherme Benno Guenther; “Instruções Maçônicas” Ir Luiz V, Cichoski e “Filosofia Occidental, Filosofía zen de la Escuela de Kyoto Y Pensamiento Masónico Simbólico” do Ir Joseph Bruno Levy. De quebra ainda veio o informativo “O Vigilante” de abril. Para um domingo chuvoso, uma ótima opção.  Sábado o Capítulo Ilha de Santa Catarina da Ordem DeMolay realizou o seu I Ecostelasso. As fotos estão no link abaixo: https://picasaweb.google.com/henriquealb/Ecostelasso?authkey=Gv1sRgCL_04uaarNKY-gE#  Já no domingo o Bethel nr 8 Fênix da Ordem Internacional das Filhas de Jó realizou no salão de festas da Loja Ordem e Trabalho o Nhoque Fênix, com muitos Tios, Tias e DeMolays prestigiando o evento fiulantrópico. Acesse o link e veja alguns registros: https://picasaweb.google.com/portaljb33/BethelFenix?authkey=Gv1sRgCMbbxMzf 1-ObEg#  Nova admiinistração: (Loja Silêncio de Elêusis, nr. 21 – Chapecó-SC) 2011/2012 Comunicamos que aos 02 dias do mês de Maio de 2011 (E∴V∴), às 20:00 horas, no Templo onde se localiza a A∴R∴B∴L∴S∴ Silêncio de Elêusis, número 21, à Rua 14 de agosto, 311D, Bairro Maria Goretti, no Or∴ de Chapecó, com as presenças dos VVen∴IIr∴ que assinaram o Livro de Presenças, em número legal, realizou-se a SESSÃO DE ELEIÇÃO, sob a Presid∴ do Resp∴ Mest∴ Ir∴ Omar José Cassol com a finalidade de elegerem as LLuz∴ e Tes∴ para a gestão de 2011/2012, resultando assim na composição: Ir∴DIVALDINO BET divabet@gmail.com
  • 19. VENERÁVEL MESTRE : 1º VIGILANTE:Ir∴LEOCÁDIO ULIR JÚNIOR 2º VIGILANTE:Ir∴LUIZ CARLOS GIONGO TESOUREIRO:Ir∴JOSE LOPES BRUM ORADOR:Ir∴ A CONFIRMAR ORADOR ADJUNTO:Ir∴ AMILCAR LANGOSKI SECRETÁRIO:Ir∴CRISTIANO POPOV ZAMBIAZIsecretariosilenciodeeleusis@gmail.com CHANCELER:Ir∴SAVÉRIO ANDRÉ DADALT Ir.´. Radamés Pereira Secretario da A.´.R.´.B.´.L.´.S.´.S.´.E.´. , N.21 secretariosilenciodeeleusis@gmail.com  Loja Templários da Liberdade nr. 69 (Pinhalzinho): Aproveitando a oportunidade em que os IIr:. estão divulgando a eleição das novas Administrações, informo que no dia 02/05/2011 a ARLS Templários da Liberdade, n. 69, Oriente de Pinhalzinho SC, também elegeu seus novos dirigentes para o ano 2011/2012 ficando assim constituída a nova administração: Venerável Mestre: Celso Mantelli Primeiro Vigilante: João Alberto Brust Segundo Vigilante: Roque Bach Orador: Ricardo Hoppe Secretário: Roberto Aurélio Merlo Tesoureiro: Silvio Mocelin Chanceler: João Carlos Bilibio M:.M:. Roberto Aurélio Merlo – ARLS Templários da Liberdade, n.69 - Oriente de Pinhalzinho SC – REAA - GOSC
  • 21.
  • 22. Palácio Maçônico junto ao Rio Marin, Veneza
  • 23. As cores do mar