PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
Aprendizagem
1. FACULDADE DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO E TEOLOGIA
DO NORTE DO BRASIL - FACETEN
PÓS - GRADUAÇÃO LATU SENSO
EDSON SANTANA MATTOS
PAULO ROBERTO DA SILVA PEREIRA
A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS CONCEPÇÕES
BOA VISTA/RR
DEZEMBRO/2012
2. EDSON SANTANA MATTOS1
PAULO ROBERTO DA SILVA PEREIRA2
A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS CONCEPÇÕES
Artigo apresentado ao Centro de Pós-Graduação
da Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do
Norte do Brasil - FACETEN, como requisito para
obtenção do Título de Especialista Lato Senso.
Boa Vista
2012
A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS
1
Graduado em Pedagogia pela Faculdade Roraimense de Educação Superior – FARES/RR
2
Graduado em Pedagogia pela Faculdade Roraimense de Educação Superior – FARES/RR
3. DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS CONCEPÇÕES3
RESUMO
O presente artigo explicita dentre muitos os fatores que influenciam na dificuldade
de assimilação da aprendizagem significativa. Entre as dificuldades mais conhecidas na
atualidade, pode-se citar: os quadros neurológicos como paralisia cerebral, epilepsia,
deficiência mental e deficiências sensoriais. Mas também, devem-se citar os problemas com a
escola, a falta de habilidade do professor, falta de estímulos para a motivação do aluno,
defasagem entre o desempenho do aluno e o nível de exigência da escola, quadros
psicológicos e/ou psiquiátricos: TDAH, depressão, ansiedade, estresse. Dessa forma, a escola
e os envolvidos no processo educativo devem estar atentos a essas dificuldades, observando
se são momentâneas ou se persistem. Além disso, é preciso observar se as dificuldades podem
ser resultantes de fatores orgânicos ou mesmo emocionais. Os professores são os mais
importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem
formação específica para fazê-los. O papel do professor se restringe em observar o aluno e
auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não
rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem, processo educativo, dificuldades.
THE DIFFICULTY OF LEARNING IN EARLY SERIES
3
Artigo apresentado ao Centro de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil - FACETEN, como
requisito para obtenção do Título de Especialista Lato Senso.
4. THE BASIC EDUCATION AND CONCEPTS
ABSTRACT
This article explains among many factors that influence the difficulty of assimilation
of meaningful learning. Among the best-known difficulties in actuality, one can cite:
neurological complications such as cerebral palsy, epilepsy, mental retardation and sensory
impairments. But it also must be mentioned the problems with school, lack of skill of the
teacher, lack of incentives for student motivation, the gap between student performance and
the level of demand for school boards psychological and / or psychiatric: ADHD , depression,
anxiety, stress. Thus, the school and involved in the educational process should be aware of
these difficulties, observing that if they continue or are momentary. Furthermore, it should be
noted that the difficulties may be the result of organic factors or even emotional. Teachers are
the most important in the process of identification and discovery of these problems, but have
no specific training to make them. The teacher's role is restricted to observe the student and
assist the process of learning, making lessons more dynamic and motivated, not labeling the
student, but giving you the opportunity to discover their potential.
KEYWORDS: Learning, the educational process, difficulties.
5. INTRODUÇÃO
O artigo acadêmico a seguir tem por objetivo desvendar quais as maiores
dificuldades encontradas para se obter uma aprendizagem no contexto escolar; e concomitante
a esta pesquisa, mostrar a seguir, qual a relação entre o fracasso escolar e a autoestima dos
alunos, assim como perceber em que medida a família contribui para o sucesso escolar.
Seu principal enfoque é demonstrar aos profissionais da educação que não é o
insucesso de aprendizagem de uma determinada matéria ou conteúdo específico que
caracteriza a dificuldade de aprendizagem do aluno, mas todo um contexto maior que o
engloba.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é
incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir
da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva,
uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo
conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na
estrutura cognitiva.
A relevância de se estudar o assunto apresentado se dá pelo fato de se perceber o
elevado nível de evasão e fracasso escolar. Além disso, o presente trabalho busca mostrar a
necessidade de conhecer o assunto abordado para que os profissionais envolvidos na educação
possam desempenhar um papel eficaz na construção da educação de todos os envolvidos.
6. 1 A APRENDIZAGEM E SUAS CONCEPÇÕES
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da
experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.
Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. De acordo
com a nova ênfase educacional, centrada na aprendizagem, o professor é coautor do processo
de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque centrado na aprendizagem, o conhecimento é
construído e reconstruído continuamente.
Quando a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar
prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de comunicação e
a construção de novas habilidades, caracterizando competências e atitudes significativas. Nos
bastidores da aprendizagem há a participação, mediação e interatividade, porque há um novo
ambiente de aprendizagem, remodelação dos papéis dos atores e coautores do processo,
desarticulação de incertezas e novas formas de interação mediadas pela orientação, condução
e facilitação dos caminhos a seguir.
A Educação como interatividade contempla tempos e espaços novos, dialogo
problematização e produção própria dos educandos. O professor exerce a sua habilidade de
mediador das construções de aprendizagem. E mediar é intervir para promover mudanças.
Como mediador, o docente passa a ser comunicador, colaborador e exerce a criatividade do
seu papel de coautor do processo de aprender dos alunos.
Na relação desse novo encontro pedagógico, professores e alunos interagem usando a
corresponsabilidade, a confiança, a dialogicidade fazendo a auto avaliação de suas funções.
Isso é fundamental, pois nesse encontro, professor e alunos vão construindo novos modos de
se praticar a educação. É necessário que o trabalho escolar seja competente para abdicar a
cidadania tutelada, ultrapassar a cidadania assistida, para chegar à cidadania emancipada, que
exige sujeitos capazes de fazerem história própria. Saber pensar é uma das estratégias mais
decisivas. O ser humano precisa saber fazer e, principalmente, saber fazer-se oportunidade.
(DEMO, Política Social do Conhecimento).
Os objetivos da aprendizagem são classificados em: domínio cognitivo (ligados a
conhecimentos, informações ou capacidades intelectuais); domínio afetivo, (relacionados a
sentimentos, emoções, gostos ou atitudes); domínio psicomotor (que ressaltam o uso e a
coordenação dos músculos). No domínio cognitivo temos as habilidades de memorização,
compreensão, aplicação, análise, síntese e a avaliação. No domínio afetivo temos habilidades
de receptividade, resposta, valorização, organização e caracterização. No domínio psicomotor
7. apresentamos habilidades relacionadas a movimentos básicos fundamentais, movimentos
reflexos, habilidades perceptivas e físicas e a comunicação não discursiva.
“Porque nós estamos na educação formando o
sujeito capaz de ter história própria, e não história copiada,
reproduzida, na sombra dos outros, parasitária. Uma história
que permita ao sujeito participar da sociedade”. (DEMO,2000,
p. 27).
A educação vista sobre o prisma da aprendizagem representa a vez da voz, o resgate
da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação,
criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar, sendo que o
aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua aprendizagem.
2 A APRENDIZAGEM ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DO CONHECMENTO
A aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e
espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar, pensar,
garantindo assim, a sua sobrevivência. Com aproximadamente três anos, as crianças são
capazes de construir as primeiras hipóteses e já começam a questionar sobre a existência.
A aprendizagem escolar também é considerada um processo natural, que resulta de
uma complexa atividade mental, na qual o pensamento, a percepção, as emoções, a memória,
a motricidade e os conhecimentos prévios estão envolvidos e onde a criança deva sentir o
prazer em aprender.
O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são
desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e
externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.
Procurando compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais,
orgânicos, familiares, sociais e pedagógicos que determinam à condição do sujeito e
interferem no processo de aprendizagem, possibilitando situações que resgatem a
aprendizagem em sua totalidade de maneira prazerosa.
Os alunos difíceis que apresentavam dificuldades de aprendizagem, mas que não
tinha origens em quadros neurológicos, numa linguagem psicanalítica, não estruturam uma
psicose ou neurose grave, que não podiam ser considerados portadores de deficiência mental,
oscilavam na conduta e no humor e até dificuldades nos processos simbólicos, que dificultam
a organização do pensamento, que consequentemente interferem na alfabetização e no
8. aprendizado dos processos lógico-matemáticos, demonstram potencial cognitivo, podendo ser
resgatados na sua aprendizagem.
Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas. Atribuir
ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum comprometimento no seu
desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é lento,
não faz a lição de casa, não tem assimilação, entre outros.), desestruturação familiar, sem
considerar, as condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e os outros fatores
intra-escolares que favorecem a não aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagem na escola podem ser consideradas uma das causas
que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar. Não podemos desconsiderar que o fracasso
do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a
diversidade dos seus alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de
ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da
importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas,
construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos.
O termo dificuldade de aprendizagem começou a ser usado na década de 60 e até
hoje na maioria das vezes é confundido por pais e professores como uma simples desatenção
em sala de aula ou crianças desobedientes. Mas a dificuldade de aprendizagem refere-se a um
distúrbio que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos, emocionais ou
neurológicos, que podem afetar qualquer área do desempenho escolar.
“Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação
num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na
compreensão ou na utilização da linguagem falada ou escrita que pode
manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler,
escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos. O tema inclui como
problemas perspectivos, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima,
dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba crianças
que tem problemas de aprendizagem resultante de deficiências,
visuais, auditivas, ou motoras, de deficiência mental, de perturbação
emocional, ou de desenvolvimento ambientais, culturais ou
econômicos”, (CORREIA, 1991, p. 39).
No momento em que a criança começa a freqüentar a escola, seus colegas e
professores fazem parte de sua família; e esta fase da vida da criança que se pode perceber
melhor se ela tem algum tipo de dificuldade de aprendizagem. É neste período que ela começa
a ter novos desafios o que na maioria das vezes ela não tinha enquanto estava somente no
convívio com a família.
9. 3 ALGUMAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
A criança que apresenta dificuldade na aprendizagem em sua maioria apresenta
sintomas diversos como à tristeza, a timidez e a perda de iniciativa, agressividade, a
ansiedade, tem dificuldade em se relacionar com os colegas e muitas vezes o professor não
percebe que aquela criança tem uma dificuldade de aprendizagem e acaba por titulá-la como
aluno problema.
Atualmente, vive-se um momento em que as necessidades dos alunos com
dificuldade de aprendizagem está cada dia mais presente no dia a dia. Chega-se no momento
que a escola não pode ser apenas transmissora de conteúdos e conhecimentos, muito mais que
isso, a escola tem a tarefa primordial de “reconstruir” o papel e a figura do aluno, deixando o
mesmo de ser apenas um receptor, proporcionando ao aluno que seja o criador e protagonista
do seu conhecimento.
Levar o aluno a pensar e buscar informações para o seu desenvolvimento
educacional, cultural e pessoal é uma das tarefas primordiais e básicas da educação. Para tanto
é primordial que se leve em consideração as dificuldades de aprendizagem, não como
fracassos, mas como desafios e serem enfrentados, e ao se trabalhar essas dificuldades,
trabalha-se respectivamente a dificuldades existentes na vida, dando- lhes a oportunidade de
ser independente e de reconstruir-se enquanto ser humano e indivíduo.
Segundo Freire (2003), o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente
“lido”, interpretado, “escrito” e “reescrito”. Essa leitura do espaço pedagógico pressupõe
também uma releitura da questão das dificuldades de aprendizagem.
Uma criança, ou mesmo um adulto, com imensa inabilidade para desenvolver
relacionamentos interpessoais não é rotulada como tendo dificuldade de aprendizagem, mas
se apresenta dificuldade na leitura, o rótulo já lhe cai bem. Mas, convenhamos! O que é mais
importante na vida? Aprender a ler ou fazer amigos? Saber matemática ou ser capaz de
sobreviver à violência das grandes cidades? Apresentar facilidade para compor ou desenhar
ou possuir notável capacidade de memorização para hierarquias dinásticas impostas pela
História?
De maneira geral, todos os seres humanos apresentam limitações nesta ou naquela
habilidade e praticamente ninguém é proficiente em absolutamente tudo, mas dependendo da
cultura em que se nasce e da escola que se frequenta, as nossas inabilidades são consideradas
irrelevantes e, assim, somos rotulados como “normais”, enquanto que outros, por falta de
sorte, ainda que extremamente habilidosos nesta ou naquela ação, recebem o rótulo de
10. “anormais” porque não desenvolvem plenamente do domínio da leitura, da compreensão de
mensagens, da capacidade de cálculo ou do raciocínio matemático ou ainda a audição, a fala
ou a expressão escrita.
Essas dificuldades, por sua vez, levam a déficits estratégicos na motivação e no
esforço para a aprendizagem, como também, ao aumento da percepção de inadequação e
baixa autoestima na criança. Com isso, ao fracassar na escola, o aluno tende a pensar que
fracassará em tudo na vida. O mau-desempenho deste aumenta a ansiedade já existente e
interfere no seu autoconceito, ou seja, na imagem que ela possui de si mesmo e passa para os
outros, e em quem acredita que é. Portanto, a incompetência pessoal, sentimentos de
vergonha, baixa autoestima e de autoconfiança podem conduzir à falta de motivação,
afastamento das demandas de aprendizagem, crises de ansiedades e estresse, caracterizando
problemas emocionais. Já os sentimentos de frustração, inferioridade, raiva e agressividade
diante do fracasso escolar podem resultar em problemas comportamentais, tais como
resistência em ir à escola, conduta mais agressiva, dificuldade de atenção e concentração.
Os conceitos de sucesso e de fracasso são, na maioria das vezes, aprendidos na
escola, pois é nesse ambiente que a competência da criança é avaliada pelos adultos e por ela
mesma. O sucesso aumenta a autoestima, proporciona novas experiências e influencia todas
as atividades que a pessoa pratica, na forma como vê o mundo e na sua própria auto avaliação.
As crianças que apresentam dificuldades comportamentais, além de dificuldades de
aprendizagem, podem apresentar um autoconceito mais negativo que aquele que apresentam
apenas dificuldades de aprendizagem. Esse conceito mais negativo aparece pelo fato de essas
crianças receberem uma desmotivação do ambiente, não só em relação ao contexto
acadêmico, mas também em relação ao contexto social.
O mau desempenho aumenta a ansiedade já existente na criança, causando prejuízos
familiares. Além disso, os pais podem se sentir envergonhados e incompetentes, muitas vezes
manejando erroneamente a educação dos filhos. Marturano et.al. (apud PARREIRA,
MARTURANO, 1999) encontraram indícios de enfrentamento inadequado de situações
cotidianas (hostilidade, resistência e normas) e relações deterioradas entre a criança e seu
ambiente, sugestivo de tensões familiares. Contudo, é importante considerar a função que essa
criança desempenha na família, como lida com a ansiedade e como recebe as mensagens
envoltas nos discursos de sua família.
11. 3.1 Principais Dificuldades de Aprendizagem
• Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois
faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de
linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores
genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
• Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e
inversões de letras consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está
associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao
produzir um texto.
• Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números. De um modo geral os portadores
não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem
enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não
entendem sequências.
• Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala. Apresenta pronúncia inadequada das
palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se
mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
• Disortográfia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como
consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas,
desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de
percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
• TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem
neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de
concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e
adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque
apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de
causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e
outros profissionais capacitados.
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As dificuldades na aprendizagem devem ser consideradas como algo que aglutina
uma diversidade de problemas educacionais. Desta forma, frequentemente este termo é mal
interpretado, em parte devido às várias definições que lhe foram atribuídas. O estudo em
questão representa um campo bastante amplo e complexo, que abrange fatores socioculturais,
econômicos, pedagógicos, psicológicos e familiares.
É relevante a compreensão das dificuldades de aprendizagem tanto no nível escolar,
bem como no nível familiar. Em ambos os contextos, a melhor compreensão das dificuldades
apresentadas pela criança, auxiliam o processo de viabilização de soluções. No entanto, há de
se perceber a interligação que deve existir entre escola e família, pois juntas poderão
reconhecer e trabalhar as dificuldades de maneira a modificar o quadro que se apresente.
13. REFERÊNCIAS
CORREIA, Luíz M. Dificuldades de aprendizagem: contribuições para a clarificação e
unificação de Conceitos. Braga: Associação de Psicólogos Portugueses, 2001.
DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2000
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 27.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de A. Metodologia do trabalho científico. 6.
ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MARTURANO, E. M. (1999). Recursos no Ambiente Familiar e Dificuldades de
Aprendizagem na Escola. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15 (mai./ago), 135-142.