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Trabalho em sala: caso do trem e do halterofilista.
5 trabalhadores fazem seu serviço de manutenção dos trilhos, roçando matos ao redor de
uma rodovia ferroviária. Devido ao barulho os trabalhadores usam protetor auricular.
Bem próximo do local existe uma ponte onde estão dois homens observando os 5
funcionários trabalhando, sendo que um dos homens se encontra em pé encostado no
parapeito da ponte e o outro um halterofilista muito musculoso e forte sentado no parapeito
da ponte.
Em dado momento os homens que estão na ponte percebem a chegada de um trem que
fazendo o seu trajeto rotineiro está indo de encontro com os homens que estão trabalhando
próximos da linha onde o trem irá passar e que eles não percebem a chegada do trem
porque estão usando o protetor auricular e o trem irá atropelar e matar os 5 trabalhadores.
O homem que está de pé sobre a ponte tem a possibilidade de empurrar o halterofilista que
com o seu grande tamanho pararia o trem e não atropelaria os 5 trabalhadores. Essa
afirmativa é certa, o homem mataria o halterofilista, mas salvaria os 5 trabalhadores.
* Se fosse você que estivesse lá na ponte empurraria o halterofilista para salvar a viva
dos 5 trabalhadores? Por quê?
Não empurraria. Os trabalhadores que lá se encontravam, ao serem contratados foram
certamente foram orientados do uso dos equipamentos obrigatórios de trabalho (protetor
auricular, óculos protetor) e que naquela área deveriam ter mais atenção na hora do
trabalho, pois com o uso do protetor auricular para manusear as máquinas de trabalho,
teriam que ficar atentos com a movimentação dos trens, devido o uso dos protetores
auriculares também não escutariam o barulho e nem a buzina do trem.
Quanto aos homens que estavam sobre a ponte nada deveria ser feito por eles, uma vez
que estavam ali por acaso, não sabiam dos riscos que os trabalhadores corriam, não
cabendo a eles decidir sobre o que iria acontecer com os trabalhadores. Já os trabalhadores
sabiam que teriam que trabalhar com muita cautela naquele local, devido os riscos.
É errado sacrificar a vida de um inocente para atingir qualquer objetivo e por mais nobre que
sejam os propósitos.
O ser humano é um fim em si mesmo –
“Considerando assim o imperativo kantiano do ser humano como fim em si mesmo, e
atraindo-o para a escala hermenêutica no sentido de que a interpretação deve considerar o
ser humano como fim da norma jurídica, e nunca como meio, tem-se que em casos de
confronto entre normas jurídicas atinentes ao direito financeiro, ao direito administrativo, ao
direito tributário, e normas imediatamente vinculadas aos direitos fundamentais, estas nunca
podem ceder àquelas, sob pena de transformar-se o ser humano em meio de satisfação de
políticas públicas, violando-lhe os direitos fundamentais e sua dignidade enquanto ser
humano, estruturais do paradigma do Estado Democrático de Direito, segundo o qual a
norma deve se contextualizar”.
Leia mais:
http://jus.com.br/artigos/5175/o-ser-humano-como-fim-em-si-mesmo#ixzz2sNTW28l7
O trem descontrolado (2)
Imagine a mesma situação anterior: um trem em disparada irá atingir 5 trabalhadores
desprevenidos nos trilhos. Agora, porém, há uma linha só. O trem pode ser parado por
algum objeto pesado jogado em sua frente. Um homem com uma mochila muito grande está
ao lado da ferrovia. Se você empurrá-lo para a linha, o trem vai parar, salvando as 5
pessoas, mas liquidando uma. Você empurraria o homem da mochila para a linha?
( ) Empurraria
( ) Não empurraria
Avaliando pela lógica pura, esse dilema não tem diferença em relação ao anterior. Continua
sendo uma questão de trocar 1 indivíduo por 5. Apesar disso, a maioria das pessoas (75%
nos estudos de Joshua Greene, 60% no teste da Time) não empurraria o homem. A equipe
de Greene descobriu que, enquanto usamos áreas cerebrais relacionadas à “alta cognição”,
isto é, ao pensamento profundo, para resolver o dilema anterior, este aqui provoca reações
emocionais, mesmo nos que empurrariam o homem para os trilhos. Uma versão mais
bizarra desse dilema propõe uma catapulta para jogar o homem pesado nos trilhos – e,
surpresa, a maioria das pessoas volta a querer matar 1 para salvar 5. Conclusão: estamos
dispostos a matar com máquinas, mas não mataríamos com as mãos.
Para Greene, a diferença nas respostas aos dois dilemas pode ser explicada pela seleção
natural. Durante milhares de anos da nossa evolução, os seres humanos que matavam
outros friamente atraíam violência para si próprios: eram logo mortos pelo grupo, gerando
menos descendentes. Já aqueles que conseguiam se segurar conquistavam amigos e
proteção, transmitindo seus genes para o futuro. Assim, ao longo dos milênios, criamos
instintos sociais que nos refreiam na hora de matar alguém.
Acontece que, na maior parte do tempo da nossa evolução, vivemos em cavernas e com
lanças na mão, e não operando máquinas, botões ou alavancas. Isso faz com que nossos
instintos sociais não relacionem o ato de apertar um botão ou puxar uma alavanca com o de
jogar alguém para a morte – é por esse motivo que, para Joshua Greene, tanta gente
mudaria a alavanca na situação anterior, mas não executaria o homem neste segundo
dilema. “Os instintos sociais refletem o ambiente nos quais eles evoluíram, não o ambiente
moderno”, afirma o cientista.
Ele dá outro exemplo. Achamos um absurdo não prestar socorro a alguém que sofreu um
acidente na estrada, mas nos esquecemos rapidinho que milhares de pessoas morrem de
fome na África. Para Greene, o motivo dessa disparidade também está nos instintos.
“Nossos ancestrais não evoluíram num ambiente em que poderiam salvar vidas do outro
lado do mundo. Da forma como nosso cérebro é construído, pessoas próximas ativam nosso
botão emocional, enquanto as distantes desaparecem na mente.”
Para Greene, a diferença de atitudes mostra que os filósofos que lidam com a moral devem
levar mais em conta a natureza do homem – não para agirmos conforme a natureza, mas
para superá-la. Tendo consciência de que nossos instintos nos tornam capazes de matar
friamente por meio de uma alavanca ou de ignorar genocídios distantes, temos mais poder
para decidir o que é ou não correto.

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Debate em sala 1 alterofitista

  • 1. Trabalho em sala: caso do trem e do halterofilista. 5 trabalhadores fazem seu serviço de manutenção dos trilhos, roçando matos ao redor de uma rodovia ferroviária. Devido ao barulho os trabalhadores usam protetor auricular. Bem próximo do local existe uma ponte onde estão dois homens observando os 5 funcionários trabalhando, sendo que um dos homens se encontra em pé encostado no parapeito da ponte e o outro um halterofilista muito musculoso e forte sentado no parapeito da ponte. Em dado momento os homens que estão na ponte percebem a chegada de um trem que fazendo o seu trajeto rotineiro está indo de encontro com os homens que estão trabalhando próximos da linha onde o trem irá passar e que eles não percebem a chegada do trem porque estão usando o protetor auricular e o trem irá atropelar e matar os 5 trabalhadores. O homem que está de pé sobre a ponte tem a possibilidade de empurrar o halterofilista que com o seu grande tamanho pararia o trem e não atropelaria os 5 trabalhadores. Essa afirmativa é certa, o homem mataria o halterofilista, mas salvaria os 5 trabalhadores. * Se fosse você que estivesse lá na ponte empurraria o halterofilista para salvar a viva dos 5 trabalhadores? Por quê? Não empurraria. Os trabalhadores que lá se encontravam, ao serem contratados foram certamente foram orientados do uso dos equipamentos obrigatórios de trabalho (protetor auricular, óculos protetor) e que naquela área deveriam ter mais atenção na hora do trabalho, pois com o uso do protetor auricular para manusear as máquinas de trabalho, teriam que ficar atentos com a movimentação dos trens, devido o uso dos protetores auriculares também não escutariam o barulho e nem a buzina do trem. Quanto aos homens que estavam sobre a ponte nada deveria ser feito por eles, uma vez que estavam ali por acaso, não sabiam dos riscos que os trabalhadores corriam, não cabendo a eles decidir sobre o que iria acontecer com os trabalhadores. Já os trabalhadores sabiam que teriam que trabalhar com muita cautela naquele local, devido os riscos. É errado sacrificar a vida de um inocente para atingir qualquer objetivo e por mais nobre que sejam os propósitos. O ser humano é um fim em si mesmo – “Considerando assim o imperativo kantiano do ser humano como fim em si mesmo, e atraindo-o para a escala hermenêutica no sentido de que a interpretação deve considerar o ser humano como fim da norma jurídica, e nunca como meio, tem-se que em casos de confronto entre normas jurídicas atinentes ao direito financeiro, ao direito administrativo, ao direito tributário, e normas imediatamente vinculadas aos direitos fundamentais, estas nunca podem ceder àquelas, sob pena de transformar-se o ser humano em meio de satisfação de políticas públicas, violando-lhe os direitos fundamentais e sua dignidade enquanto ser humano, estruturais do paradigma do Estado Democrático de Direito, segundo o qual a norma deve se contextualizar”. Leia mais: http://jus.com.br/artigos/5175/o-ser-humano-como-fim-em-si-mesmo#ixzz2sNTW28l7
  • 2. O trem descontrolado (2) Imagine a mesma situação anterior: um trem em disparada irá atingir 5 trabalhadores desprevenidos nos trilhos. Agora, porém, há uma linha só. O trem pode ser parado por algum objeto pesado jogado em sua frente. Um homem com uma mochila muito grande está ao lado da ferrovia. Se você empurrá-lo para a linha, o trem vai parar, salvando as 5 pessoas, mas liquidando uma. Você empurraria o homem da mochila para a linha? ( ) Empurraria ( ) Não empurraria Avaliando pela lógica pura, esse dilema não tem diferença em relação ao anterior. Continua sendo uma questão de trocar 1 indivíduo por 5. Apesar disso, a maioria das pessoas (75% nos estudos de Joshua Greene, 60% no teste da Time) não empurraria o homem. A equipe de Greene descobriu que, enquanto usamos áreas cerebrais relacionadas à “alta cognição”, isto é, ao pensamento profundo, para resolver o dilema anterior, este aqui provoca reações emocionais, mesmo nos que empurrariam o homem para os trilhos. Uma versão mais bizarra desse dilema propõe uma catapulta para jogar o homem pesado nos trilhos – e, surpresa, a maioria das pessoas volta a querer matar 1 para salvar 5. Conclusão: estamos dispostos a matar com máquinas, mas não mataríamos com as mãos. Para Greene, a diferença nas respostas aos dois dilemas pode ser explicada pela seleção natural. Durante milhares de anos da nossa evolução, os seres humanos que matavam outros friamente atraíam violência para si próprios: eram logo mortos pelo grupo, gerando menos descendentes. Já aqueles que conseguiam se segurar conquistavam amigos e proteção, transmitindo seus genes para o futuro. Assim, ao longo dos milênios, criamos instintos sociais que nos refreiam na hora de matar alguém. Acontece que, na maior parte do tempo da nossa evolução, vivemos em cavernas e com lanças na mão, e não operando máquinas, botões ou alavancas. Isso faz com que nossos instintos sociais não relacionem o ato de apertar um botão ou puxar uma alavanca com o de jogar alguém para a morte – é por esse motivo que, para Joshua Greene, tanta gente mudaria a alavanca na situação anterior, mas não executaria o homem neste segundo dilema. “Os instintos sociais refletem o ambiente nos quais eles evoluíram, não o ambiente moderno”, afirma o cientista. Ele dá outro exemplo. Achamos um absurdo não prestar socorro a alguém que sofreu um acidente na estrada, mas nos esquecemos rapidinho que milhares de pessoas morrem de fome na África. Para Greene, o motivo dessa disparidade também está nos instintos. “Nossos ancestrais não evoluíram num ambiente em que poderiam salvar vidas do outro lado do mundo. Da forma como nosso cérebro é construído, pessoas próximas ativam nosso botão emocional, enquanto as distantes desaparecem na mente.” Para Greene, a diferença de atitudes mostra que os filósofos que lidam com a moral devem levar mais em conta a natureza do homem – não para agirmos conforme a natureza, mas para superá-la. Tendo consciência de que nossos instintos nos tornam capazes de matar friamente por meio de uma alavanca ou de ignorar genocídios distantes, temos mais poder para decidir o que é ou não correto.