SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 6
Downloaden Sie, um offline zu lesen
GEOLOGIA ESTRUTURAL
Prof. Michel Arthaud
Prof. Haakon Fossen
As forças que deformam a crosta são de três tipos: forças compressivas, forças
distensivas e forças de cisalhamento. As forças compressivas levam à compressão e
redução da crosta, enquanto que as forças distensivas a alongam. As forças de
cisalhamento puxam duas partes da crosta em direções opostas.
As falhas são a expressão fundamental da atividade tectônica na crosta superior, onde as
rochas apresentam um comportamento frágil (rúptil, rígido). Elas estão associadas aos
regimes de tensão, compressão ou transcorrente (cisalhamento). Nos níveis mais
profundos elas podem também acomodar problemas geométricos ligados ao
dobramento).
Quando forças externas atuam sobre um
corpo, dizemos que o corpo está sujeito a
tensões ou esforços (stress). A deformação
(mudança de forma) do corpo devido às
tensões é designada deformação. O gráfico
ao lado mostra um corpo inicialmente sujeito
a deformação elástica, depois a deformação
plástica e, finalmente, uma deformação rúptil
ou frágil. Habitualmente, as rochas sofrem
deformação ao longo dessas três fases.
A primeira fase da deformação é elástica. Se a
tensão aplicada ao corpo aumentar, é excedido
o limite de elasticidade e a deformação torna-se
permanente.
Contudo, se a tensão for aliviada, o corpo
retorna à sua forma e tamanho originais.
Agora, a deformação excedeu o
limite de elasticidade.
Se a tensão terminar, podemos ver
que o corpo não readquire sua forma
e tamanho originais. Este sofreu uma
deformação permanente. Veja o
gráfico.
Contudo, se a tensão aumentar,
o corpo irá, eventualmente, se
fraturar. Em geologia, a
deformação que ocorre antes
da fratura (i.e., deformação
elástica e plástica) é referida
como deformação dúctil.
Quando o corpo se fratura,
dizemos que sofreu uma
deformação rúptil ou frágil.
O comportamento das rochas pode ser visualizado no seguinte esquema:
FALHAS
Falhas são superfícies ou zonas estreitas
onde as rochas estão quebradas ou
deslocadas. Elas são caracterizadas por
apresentarem movimento paralelo à
superfície de fratura (ruptura). Esta
superfície, plana ou curva, é chamada plano
de falha ou superfície de falha.
Quando a superfície do plano de falha é
perfeitamente polida, as vezes brilhosa,
este plano recebe o nome de espelho de
falha. As massas rochosas separadas pelo
plano de falha são os blocos de falha ou
compartimentos de falha. O bloco
geometricamente acima do plano de falha é
o bloco superior, também chamado de capa
ou teto. O bloco geometricamente abaixo
do plano de falha é o bloco inferior,
também chamado lapa ou muro.
No caso de falhas com plano vertical, esta terminologia não se aplica. Neste caso, a
identificação dos compartimentos é feita usando os pontos cardeais (ex.: bloco NE,
bloco S etc.).
É muito comum a superfície do plano de falha apresentar um aspecto estriado, em
função do atrito entre os blocos, da presença de elementos estirados ou do crescimento
fibroso de determinados minerais (como,
p.e., calcita ou quartzo). As estrias,
geralmente lineares, indicam a direção
relativa do movimento dos blocos. Quando
há uma rotação do plano de falha, as estrias
geralmente estão encurvadas.
O ângulo (medido com transferidor) entre a
direção do plano de falha e a estria é o pitch
da estria.
O rejeito da falha caracteriza o movimento relativo dos blocos e corresponde à distância
que separa dois pontos, situados em blocos opostos, que se encontravam inicialmente
juntos. Este rejeito, ou rejeito verdadeiro (net slip) nem sempre pode ser determinado no
campo. As figuras a seguir mostram a decomposição do rejeito segundo os planos
horizontal, plano vertical paralelo à direção da falha e plano vertical perpendicular à
direção da falha.
As falhas são classificadas
como inversa, normal ou
transcorrente, conforme o
sentido do deslocamento. A
cada regime tectônico pode
ser associado um tipo
específico (mas não
exclusivo) de falha. Veja a
ilustração ao lado.
- ao regime compressional
correspondem as falhas inversas,
caracterizadas por um movimento
relativo de subida do bloco superior.
Estas falhas são, as vezes, chamadas de
falhas de cavalgamento. Elas
provocam um encurtamento crustal
associado a um espessamento.
Teoricamente, elas apresentam
mergulho de baixo ângulo (<450
).
- as falhas normais associam-se
ao regime extensional e são
caracterizadas por um movimento
de descida do bloco superior. Eram
antigamente chamadas de falhas
de gravidade. Elas provocam um
estiramento crustal, associado a
um afinamento. Teoricamente, elas
apresentam mergulho de alto
ângulo (>450
);
- ao regime transcorrente (ou
de cisalhamento)
correspondem as falhas
transcorrentes, caracterizadas
por um movimento relativo
direcional (paralelo à direção
do plano de falha) dos
compartimentos. Elas
provocam um estiramento e
um encurtamento da crosta em
duas direções perpendiculares,
mas não levam ao
espessamento ou ao
afinamento da crosta.
As falhas transcorrentes
podem ser divididas em dois
conjuntos: as falhas
transcorrentes dextrais
desligamento para a direita) e sinistrais (desligamento para a esquerda). A figura acima
é uma imagem aérea da Falha de Santo André, na Califórnia, com desligamento direito.
A determinação do nome a ser utilizado para uma determinada falha implica no
conhecimento da direção exata e do sentido do movimento relativo dos compartimentos.
Referências:
FOSSEN, Haakon. Structural Geology. Chapter 2 e-module.
http://www.rc.unesp.br/igce/petro/estrutural/Geol_Estrutural_Unesp_RC/Links_uteis_fi
les/02%20Deformation.swf.
ARTHAUD, Michel Henri. Elementos de Geologia Estrutural.
http://geologico.blogspot.com.br/2012/10/apostila-elementos-de-geologia.html.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentaresmargaridabt
 
DeformaçõEs Das Rochas
DeformaçõEs Das RochasDeformaçõEs Das Rochas
DeformaçõEs Das RochasArminda Malho
 
3 tectónica de placas
3   tectónica de placas3   tectónica de placas
3 tectónica de placasmargaridabt
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas MetamórficasTânia Reis
 
Ambientes de Sedimentação e Tempo Geológico
Ambientes de Sedimentação  e Tempo GeológicoAmbientes de Sedimentação  e Tempo Geológico
Ambientes de Sedimentação e Tempo GeológicoYago Matos
 
6 dobras e falhas
6   dobras e falhas6   dobras e falhas
6 dobras e falhasmargaridabt
 
7 rochas metamórficas
7   rochas metamórficas7   rochas metamórficas
7 rochas metamórficasmargaridabt
 
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentaresmargaridabt
 
Rochas Sedimentares
Rochas SedimentaresRochas Sedimentares
Rochas Sedimentaresanabela
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticasmargaridabt
 
Geo 13 ambientes sedimentares
Geo 13   ambientes sedimentaresGeo 13   ambientes sedimentares
Geo 13 ambientes sedimentaresNuno Correia
 
6 métodos estudo interior da terra
6   métodos estudo interior da terra6   métodos estudo interior da terra
6 métodos estudo interior da terramargaridabt
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicosmargaridabt
 
Princípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológicoPrincípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológicomargaridabt
 

Was ist angesagt? (20)

3 a formaçãorochassedimentares
3 a  formaçãorochassedimentares3 a  formaçãorochassedimentares
3 a formaçãorochassedimentares
 
DeformaçõEs Das Rochas
DeformaçõEs Das RochasDeformaçõEs Das Rochas
DeformaçõEs Das Rochas
 
Rochas sedimentares
Rochas sedimentaresRochas sedimentares
Rochas sedimentares
 
3 tectónica de placas
3   tectónica de placas3   tectónica de placas
3 tectónica de placas
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas Metamórficas
 
9 vulcanologia
9   vulcanologia9   vulcanologia
9 vulcanologia
 
Ambientes de Sedimentação e Tempo Geológico
Ambientes de Sedimentação  e Tempo GeológicoAmbientes de Sedimentação  e Tempo Geológico
Ambientes de Sedimentação e Tempo Geológico
 
6 dobras e falhas
6   dobras e falhas6   dobras e falhas
6 dobras e falhas
 
7 rochas metamórficas
7   rochas metamórficas7   rochas metamórficas
7 rochas metamórficas
 
3 b classificaçãorochassedimentares
3 b   classificaçãorochassedimentares3 b   classificaçãorochassedimentares
3 b classificaçãorochassedimentares
 
Rochas Sedimentares
Rochas SedimentaresRochas Sedimentares
Rochas Sedimentares
 
5 rochas magmáticas
5  rochas magmáticas5  rochas magmáticas
5 rochas magmáticas
 
Geo 13 ambientes sedimentares
Geo 13   ambientes sedimentaresGeo 13   ambientes sedimentares
Geo 13 ambientes sedimentares
 
Deformaçoes
DeformaçoesDeformaçoes
Deformaçoes
 
6 métodos estudo interior da terra
6   métodos estudo interior da terra6   métodos estudo interior da terra
6 métodos estudo interior da terra
 
XI - ROCHAS METAMÓRFICAS
XI - ROCHAS METAMÓRFICASXI - ROCHAS METAMÓRFICAS
XI - ROCHAS METAMÓRFICAS
 
Recursos geológicos
Recursos geológicosRecursos geológicos
Recursos geológicos
 
Princípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológicoPrincípios básicos do raciocínio geológico
Princípios básicos do raciocínio geológico
 
agentes de transporte
agentes de transporteagentes de transporte
agentes de transporte
 
7 vulcanologia
7   vulcanologia7   vulcanologia
7 vulcanologia
 

Ähnlich wie Geologia estrutural Falhas

Geologia estrutural exercício avaliativo 2
Geologia estrutural   exercício avaliativo 2Geologia estrutural   exercício avaliativo 2
Geologia estrutural exercício avaliativo 2marciotecsoma
 
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1Camila Brito
 
Deformação das Rochas.pptx
Deformação das Rochas.pptxDeformação das Rochas.pptx
Deformação das Rochas.pptxPedroDinis28
 
Processos e materiais geológicos deformações
Processos e materiais geológicos   deformaçõesProcessos e materiais geológicos   deformações
Processos e materiais geológicos deformaçõesAnne Armas
 
Falhas e dobras
Falhas e dobrasFalhas e dobras
Falhas e dobrasanabela
 
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
Resumo   11º ano - rochas metamórficasResumo   11º ano - rochas metamórficas
Resumo 11º ano - rochas metamórficasHugo Martins
 
Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2PublicaTUDO
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografiaRonaldo Assis
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxisacsouza12
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxisacsouza12
 
Geologia estrutural zonas de cisalhamento dúctil
Geologia estrutural   zonas de cisalhamento dúctilGeologia estrutural   zonas de cisalhamento dúctil
Geologia estrutural zonas de cisalhamento dúctilmarciotecsoma
 
ConsequêNcias Da TectóNica De Placas
ConsequêNcias Da TectóNica De PlacasConsequêNcias Da TectóNica De Placas
ConsequêNcias Da TectóNica De PlacasTânia Reis
 

Ähnlich wie Geologia estrutural Falhas (19)

Fraturas e falhas
Fraturas e falhasFraturas e falhas
Fraturas e falhas
 
Geologia estrutural exercício avaliativo 2
Geologia estrutural   exercício avaliativo 2Geologia estrutural   exercício avaliativo 2
Geologia estrutural exercício avaliativo 2
 
Estudo das Falhas 1
Estudo das Falhas 1Estudo das Falhas 1
Estudo das Falhas 1
 
Falhas atitude-dobras
Falhas atitude-dobrasFalhas atitude-dobras
Falhas atitude-dobras
 
Falhas atitude-dobras
Falhas atitude-dobrasFalhas atitude-dobras
Falhas atitude-dobras
 
582866 macro estruturas-revisao1a
582866 macro estruturas-revisao1a582866 macro estruturas-revisao1a
582866 macro estruturas-revisao1a
 
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1
GEOLOGIA ESTRUTURAL- AULA 1
 
Solos 6a
Solos 6aSolos 6a
Solos 6a
 
Deformação das Rochas.pptx
Deformação das Rochas.pptxDeformação das Rochas.pptx
Deformação das Rochas.pptx
 
Processos e materiais geológicos deformações
Processos e materiais geológicos   deformaçõesProcessos e materiais geológicos   deformações
Processos e materiais geológicos deformações
 
Falhas e dobras
Falhas e dobrasFalhas e dobras
Falhas e dobras
 
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
Resumo   11º ano - rochas metamórficasResumo   11º ano - rochas metamórficas
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
 
Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2Dobras falhas montanhas 2
Dobras falhas montanhas 2
 
Trabalho de geografia
Trabalho de geografiaTrabalho de geografia
Trabalho de geografia
 
Dobras e falhas
Dobras e falhasDobras e falhas
Dobras e falhas
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
 
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptxmodeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
modeladores do relevo 6 ano 27.06.2023.pptx
 
Geologia estrutural zonas de cisalhamento dúctil
Geologia estrutural   zonas de cisalhamento dúctilGeologia estrutural   zonas de cisalhamento dúctil
Geologia estrutural zonas de cisalhamento dúctil
 
ConsequêNcias Da TectóNica De Placas
ConsequêNcias Da TectóNica De PlacasConsequêNcias Da TectóNica De Placas
ConsequêNcias Da TectóNica De Placas
 

Mehr von marciotecsoma

Hidrologia sustentabilidade dos aquíferos
Hidrologia   sustentabilidade dos aquíferosHidrologia   sustentabilidade dos aquíferos
Hidrologia sustentabilidade dos aquíferosmarciotecsoma
 
Geoquímica do solo aula 6
Geoquímica do solo   aula 6Geoquímica do solo   aula 6
Geoquímica do solo aula 6marciotecsoma
 
Geoquímica do solo aula 5
Geoquímica do solo   aula 5Geoquímica do solo   aula 5
Geoquímica do solo aula 5marciotecsoma
 
Impactos sobre os aquiferos
Impactos sobre os aquiferosImpactos sobre os aquiferos
Impactos sobre os aquiferosmarciotecsoma
 
Hidrologia aquíferos
Hidrologia   aquíferosHidrologia   aquíferos
Hidrologia aquíferosmarciotecsoma
 
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa   permeabiliade e infiltraçãoHidrologiqa   permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa permeabiliade e infiltraçãomarciotecsoma
 
Geoquímica sedimentação e intemperismo
Geoquímica   sedimentação e intemperismoGeoquímica   sedimentação e intemperismo
Geoquímica sedimentação e intemperismomarciotecsoma
 
Hidrologia permeabilidade
Hidrologia   permeabilidadeHidrologia   permeabilidade
Hidrologia permeabilidademarciotecsoma
 
Hidrologia porosidade
Hidrologia   porosidadeHidrologia   porosidade
Hidrologia porosidademarciotecsoma
 
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão GeoquímicaGeoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão Geoquímicamarciotecsoma
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicosmarciotecsoma
 
Hidrologia escoamento superficial
Hidrologia   escoamento superficialHidrologia   escoamento superficial
Hidrologia escoamento superficialmarciotecsoma
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferosmarciotecsoma
 
Ação geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneaAção geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneamarciotecsoma
 
Água subterrânea infiltração
Água subterrânea   infiltraçãoÁgua subterrânea   infiltração
Água subterrânea infiltraçãomarciotecsoma
 
Mapas topográficos e geológicos
Mapas topográficos e geológicosMapas topográficos e geológicos
Mapas topográficos e geológicosmarciotecsoma
 
A geologia de Paracatu - MG
A geologia de Paracatu - MGA geologia de Paracatu - MG
A geologia de Paracatu - MGmarciotecsoma
 
Hidrologia - Água Subterrânea 1
Hidrologia -  Água Subterrânea 1Hidrologia -  Água Subterrânea 1
Hidrologia - Água Subterrânea 1marciotecsoma
 

Mehr von marciotecsoma (20)

Hidrologia sustentabilidade dos aquíferos
Hidrologia   sustentabilidade dos aquíferosHidrologia   sustentabilidade dos aquíferos
Hidrologia sustentabilidade dos aquíferos
 
Geoquímica do solo aula 6
Geoquímica do solo   aula 6Geoquímica do solo   aula 6
Geoquímica do solo aula 6
 
Geoquímica do solo aula 5
Geoquímica do solo   aula 5Geoquímica do solo   aula 5
Geoquímica do solo aula 5
 
Impactos sobre os aquiferos
Impactos sobre os aquiferosImpactos sobre os aquiferos
Impactos sobre os aquiferos
 
Hidrologia aquíferos
Hidrologia   aquíferosHidrologia   aquíferos
Hidrologia aquíferos
 
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa   permeabiliade e infiltraçãoHidrologiqa   permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
 
Geoquímica sedimentação e intemperismo
Geoquímica   sedimentação e intemperismoGeoquímica   sedimentação e intemperismo
Geoquímica sedimentação e intemperismo
 
Hidrologia permeabilidade
Hidrologia   permeabilidadeHidrologia   permeabilidade
Hidrologia permeabilidade
 
Hdrologia aplicada
Hdrologia aplicadaHdrologia aplicada
Hdrologia aplicada
 
Hidrologia porosidade
Hidrologia   porosidadeHidrologia   porosidade
Hidrologia porosidade
 
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão GeoquímicaGeoquímica - Dispersão Geoquímica
Geoquímica - Dispersão Geoquímica
 
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica   Distribuição dos elementos químicosGeoquímica   Distribuição dos elementos químicos
Geoquímica Distribuição dos elementos químicos
 
Geoquímica Aula 1
Geoquímica   Aula 1Geoquímica   Aula 1
Geoquímica Aula 1
 
Hidrologia escoamento superficial
Hidrologia   escoamento superficialHidrologia   escoamento superficial
Hidrologia escoamento superficial
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferos
 
Ação geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneaAção geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrânea
 
Água subterrânea infiltração
Água subterrânea   infiltraçãoÁgua subterrânea   infiltração
Água subterrânea infiltração
 
Mapas topográficos e geológicos
Mapas topográficos e geológicosMapas topográficos e geológicos
Mapas topográficos e geológicos
 
A geologia de Paracatu - MG
A geologia de Paracatu - MGA geologia de Paracatu - MG
A geologia de Paracatu - MG
 
Hidrologia - Água Subterrânea 1
Hidrologia -  Água Subterrânea 1Hidrologia -  Água Subterrânea 1
Hidrologia - Água Subterrânea 1
 

Kürzlich hochgeladen

praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxIlda Bicacro
 

Kürzlich hochgeladen (20)

praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 

Geologia estrutural Falhas

  • 1. GEOLOGIA ESTRUTURAL Prof. Michel Arthaud Prof. Haakon Fossen As forças que deformam a crosta são de três tipos: forças compressivas, forças distensivas e forças de cisalhamento. As forças compressivas levam à compressão e redução da crosta, enquanto que as forças distensivas a alongam. As forças de cisalhamento puxam duas partes da crosta em direções opostas. As falhas são a expressão fundamental da atividade tectônica na crosta superior, onde as rochas apresentam um comportamento frágil (rúptil, rígido). Elas estão associadas aos regimes de tensão, compressão ou transcorrente (cisalhamento). Nos níveis mais profundos elas podem também acomodar problemas geométricos ligados ao dobramento). Quando forças externas atuam sobre um corpo, dizemos que o corpo está sujeito a tensões ou esforços (stress). A deformação (mudança de forma) do corpo devido às tensões é designada deformação. O gráfico ao lado mostra um corpo inicialmente sujeito a deformação elástica, depois a deformação plástica e, finalmente, uma deformação rúptil ou frágil. Habitualmente, as rochas sofrem deformação ao longo dessas três fases. A primeira fase da deformação é elástica. Se a tensão aplicada ao corpo aumentar, é excedido o limite de elasticidade e a deformação torna-se permanente.
  • 2. Contudo, se a tensão for aliviada, o corpo retorna à sua forma e tamanho originais. Agora, a deformação excedeu o limite de elasticidade. Se a tensão terminar, podemos ver que o corpo não readquire sua forma e tamanho originais. Este sofreu uma deformação permanente. Veja o gráfico. Contudo, se a tensão aumentar, o corpo irá, eventualmente, se fraturar. Em geologia, a deformação que ocorre antes da fratura (i.e., deformação elástica e plástica) é referida como deformação dúctil. Quando o corpo se fratura, dizemos que sofreu uma deformação rúptil ou frágil.
  • 3. O comportamento das rochas pode ser visualizado no seguinte esquema: FALHAS Falhas são superfícies ou zonas estreitas onde as rochas estão quebradas ou deslocadas. Elas são caracterizadas por apresentarem movimento paralelo à superfície de fratura (ruptura). Esta superfície, plana ou curva, é chamada plano de falha ou superfície de falha. Quando a superfície do plano de falha é perfeitamente polida, as vezes brilhosa, este plano recebe o nome de espelho de falha. As massas rochosas separadas pelo plano de falha são os blocos de falha ou compartimentos de falha. O bloco geometricamente acima do plano de falha é o bloco superior, também chamado de capa ou teto. O bloco geometricamente abaixo do plano de falha é o bloco inferior, também chamado lapa ou muro.
  • 4. No caso de falhas com plano vertical, esta terminologia não se aplica. Neste caso, a identificação dos compartimentos é feita usando os pontos cardeais (ex.: bloco NE, bloco S etc.). É muito comum a superfície do plano de falha apresentar um aspecto estriado, em função do atrito entre os blocos, da presença de elementos estirados ou do crescimento fibroso de determinados minerais (como, p.e., calcita ou quartzo). As estrias, geralmente lineares, indicam a direção relativa do movimento dos blocos. Quando há uma rotação do plano de falha, as estrias geralmente estão encurvadas. O ângulo (medido com transferidor) entre a direção do plano de falha e a estria é o pitch da estria. O rejeito da falha caracteriza o movimento relativo dos blocos e corresponde à distância que separa dois pontos, situados em blocos opostos, que se encontravam inicialmente juntos. Este rejeito, ou rejeito verdadeiro (net slip) nem sempre pode ser determinado no campo. As figuras a seguir mostram a decomposição do rejeito segundo os planos horizontal, plano vertical paralelo à direção da falha e plano vertical perpendicular à direção da falha.
  • 5. As falhas são classificadas como inversa, normal ou transcorrente, conforme o sentido do deslocamento. A cada regime tectônico pode ser associado um tipo específico (mas não exclusivo) de falha. Veja a ilustração ao lado. - ao regime compressional correspondem as falhas inversas, caracterizadas por um movimento relativo de subida do bloco superior. Estas falhas são, as vezes, chamadas de falhas de cavalgamento. Elas provocam um encurtamento crustal associado a um espessamento. Teoricamente, elas apresentam mergulho de baixo ângulo (<450 ). - as falhas normais associam-se ao regime extensional e são caracterizadas por um movimento de descida do bloco superior. Eram antigamente chamadas de falhas de gravidade. Elas provocam um estiramento crustal, associado a um afinamento. Teoricamente, elas apresentam mergulho de alto ângulo (>450 );
  • 6. - ao regime transcorrente (ou de cisalhamento) correspondem as falhas transcorrentes, caracterizadas por um movimento relativo direcional (paralelo à direção do plano de falha) dos compartimentos. Elas provocam um estiramento e um encurtamento da crosta em duas direções perpendiculares, mas não levam ao espessamento ou ao afinamento da crosta. As falhas transcorrentes podem ser divididas em dois conjuntos: as falhas transcorrentes dextrais desligamento para a direita) e sinistrais (desligamento para a esquerda). A figura acima é uma imagem aérea da Falha de Santo André, na Califórnia, com desligamento direito. A determinação do nome a ser utilizado para uma determinada falha implica no conhecimento da direção exata e do sentido do movimento relativo dos compartimentos. Referências: FOSSEN, Haakon. Structural Geology. Chapter 2 e-module. http://www.rc.unesp.br/igce/petro/estrutural/Geol_Estrutural_Unesp_RC/Links_uteis_fi les/02%20Deformation.swf. ARTHAUD, Michel Henri. Elementos de Geologia Estrutural. http://geologico.blogspot.com.br/2012/10/apostila-elementos-de-geologia.html.