Roteiro de defesa oral apresentada à banca de doutoramento no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciência da Informação da UnB em 20/03/2015.
Tema da Tese: Modelo de Ação comunicativa e de informação para redes sociais em ambientes digitais
Orientadora: Elmira Simeão. Banca: Antonio Miranda, Aurora Cuevas (por videoconferência), Isa Freire e Fátima Brandão.
Modelo de comunicação e informação em redes sociais digitais
1. Modelo de acao comunicativa e dȩ ̃
informacao para redes sociais em̧ ̃
ambientes digitais
Márcia Marques
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduacão da Faculdade de Ciencia da Informacão da Universidadȩ ̂ ̧
de Brasília (UnB), como requisito parcial para a obtencão do grau de Doutor em Ciencia da Informacão.̧ ̂ ̧
Orientadora: Profa. Dra. Elmira Melo Simeão
2. Objeto
•
O objeto desta pesquisa é o desenvolvimento de
um Modelo de Ação Comunicativa e de
Informação em Redes Sociais em Ambientes
Digitais
•
a partir da indagação: é possível promover ação
de comunicação e de informação, para o
entendimento em rede, em ambientes digitais?
3. Objetivo geral
•
Desenhar o Modelo teórico-metodológico
para elaboração de diagnóstico de fluxos de
informação e comunicação em redes sociais
em ambientes digitais, que contemple o perfil
e contexto do grupo delimitado, que oriente o
planejamento de estratégias de ação
comunicativa para o entendimento
4. Objetivos específicos
•
Apresentação de arcabouço conceitual que envolva a comunicação, a
informação e a tecnologia para a compreensão do campo multi e
interdisciplinar do Modelo;
•
Definição dos indicadores macro para a pesquisa sobre o indivíduo em rede,
através de Estudo de Usuários que colete dados demográficos e de
habilidades, competências e necessidades de informação, comunicação e
tecnologias para a obtenção do perfil e contexto dos usuários/participantes
da rede;
•
Definição de categorias relacionais da rede, via Análise de Redes Sociais,
para aplicação do modelo;
•
Testar, em diferentes tipos de rede, os aspectos metodológicos que
envolvem a aplicação do modelo.
5. Modelo
•
Todo modelo é uma aproximação da natureza
das coisas, é tecnologia de simplificação da
complexidade, que fornece instrumentos de
investigação para a compreensão das teorias
do mundo. É uma criação cultural.
6. Modelo transdisciplinar
•
É uma articulação transdisciplinar de
conceitos e metodologias para orientar a
elaboração de diagnóstico e o planejamento
de estratégias de ação de comunicação e de
informação que promovam o entendimento na
diversidade de uma rede social em ambientes
digitais
7. A definição de estratégias envolve observar:
•a rede e o indivíduo,
•as relações do indivíduo em rede,
•os conteúdos de informação e
•os meios tecnológicos e ambientes em que
comunicação e informação se consumam
8. Modelo e disciplinas
•
Ciência da Informação, Comunicação e Ciência
da Computação: formadoras, amalgamadoras e
organizadoras de relações de comunicação e
de informação nas redes sociais em ambientes
digitais.
•
Ainda que mantenham as especificidades, as
disciplinas articuladas proporcionam múltiplos
pontos de observação para o objeto em análise
9. Metodologia: a mescla de
procedimentos
•
A interrelação de diferentes paradigmas
teóricos para a construção de um arcabouço
capaz de lidar com a complexidade do objeto
de pesquisa resulta na necessidade de
utilização de uma mescla de métodos
quantitativos e qualitativos das ciências
sociais.
10. O paradigma indiciário
•
Ginzburg faz levantamento do paradigma,
modelo de rigor flexível, com regras que não
se prestam a ser formalizadas nem ditas.
•
Utiliza análise, comparação e classificação
em busca de indícios, que dependem de
elementos imponderáveis, como faro, golpe
de vista e intuição.
11. A busca ao acaso
•
O processo de busca dos indícios denomina-se
“brauseio”(ARAÚJO in FREIRE, 2014), um
deambular em biblioteca ou centro de documentos
ao acaso, coletando flashes de informação de todo
tipo, para depois selecionar as informações válidas
e úteis, por exemplo.
•
O uso de múltiplas metodologias oferece múltiplas
pistas, diversidade de indícios para o desenho da
rede, fluida e mutante.
12. Metodologia para a tese
•
Revisão bibliográfica de Comunicação,
Informação e TIC – teorias e métodos de
pesquisa (quantitativos e qualitativos)
•
Aprofundamento metodologias em disciplinas
específicas (EU e ARS), experimentação da
multivocalidade
13. Metodologia para o Modelo
•
Estudo de Usuários – indivíduo na rede –usos,
necessidades, competências instrumentais, em
informação e em comunicação
•
Análise de Redes Sociais – indivíduo e a rede, uma
relação íntima – os fluxos nas redes, mediação e
intermediação
•
Multivocalidades – riquezas são diferenças – a
rede não é a média, nem maioria, é também minorias
14. Informação
Modelo de três mundos de
Popper
Três significados de
Informação
Material e humano (mundo dos
objetos ou estados fisicos)́
informacao como coisa̧ ̃
Conhecimento subjetivo
(mundo da consciencia oû
estados psiquicos)́
informacao como̧ ̃
conhecimento
Conhecimento objetivo (mundo
constituido de signos)́
informacao como processo̧ ̃
15. Informação como coisa
•
Sistemas de Organização da Informação:
•
Organizar a informação é buscar a entropia
negativa, a neguentropia, com a
compreensão de que a ordem das coisas
vivas não é simples, não diz respeito à lógica
aplicada às coisas mecânicas e que postula
uma lógica da complexidade (MORIN, 2011,
p. 31-32)
16. Competências e direitos humanos
•
Declaração Universal dos Direitos Humanos –
artigo 19
•
e novo conjunto de direitos: ao
Desenvolvimento; à Diversidade Cultural; dos
Povos Indígenas; relativos à proteção ao
ecossistema e ao patrimônio da humanidade;
relativos ao novo estatuto jurídico sobre a
vida humana;
17. Competências e Direitos Humanos
•
Direitos decorrentes das novas tecnologias da comunicação e da
informação, dos quais derivam os direitos:
•
1. À comunicação e à Informação completa e verdadeira; de acesso à
informação relevante para a humanidade; à informação genética; à livre
comunicação de idéias, pensamentos e opiniões; de acesso aos meios
técnicos de comunicação pública; à autodeterminação informativa; à
proteção de dados de caráter pessoal e familiar.
•
2. Na rede: direitos informáticos; a conhecer a identidade do emissor
de informação e opiniões; à vida privada na rede, à honra e à própria
imagem; à propriedade intelectual e industrial na rede.
18. Competências
•
Competência em informação (informação como
conhecimento) é espinha dorsal do processo de
formação permanente
•
Competência Instrumental – a tecnologia como
mediadora
•
Competência sócio-comunicacional (informação
como processo) – alfabetização em mídia e
informação
19. Comunicação
•
Sete paradigmas observados: funcionalista,
matemático, crítico, culturológico,
midiológico/tecnológico, linguístico semiótico
e dialético
•
O contexto da comunicação extensiva e a
linguagem da animaverbivocovisualidade
(AV3): a comunicação em rede
20. Comunicação
•
No horizonte da incomunicação, a Ação
Comunicativa para o entendimento e para o
sucesso
•
A organização da comunicação – integrada e
com foco na formação
•
O jornalismo – linguagem e estrutura de
produção coletiva
21. Comunicação
•
O leitor participante
•
Atores que influem, positiva ou
negativamente, nos fluxos de informação, na
comunicação em rede: o intermediador e o
mediador –na perspectiva de que são atores
que se comunicam no contexto do AV3.
22. Tecnologia
•
Para a informação e para a comunicação – integra este modelo desde
o objeto, as redes sociais que se situam em ambientes digitais, e a
partir de três perspectivas:
•
conceitual – desenvolvimento da internet e da web, e as questões da
cibercultura e redes
•
instrumental – soluções e desenvolvimento de ferramentas e serviços
para o uso das TIC, bem como a oferta de formação de competências
e habilidades para o uso dessas ferramentas e serviços
•
metodológica – uso de Análise de Redes Sociais (ARS) – filha moderna
da Sociometria, nascida nos anos 1930 com Moreno, no seio da
Ciência da Informação
23. Tecnologia
•
A web é a principal teia hipertextual;
•
A rede 3.0, multimodal, representa a integração de
múltiplas redes, plataformas e funcionalidades por meio
do uso de aplicativos e de mídias móveis
•
os ambientes digitais: um conjunto de diferentes
artefatos físicos, sistemas, programas e aplicativos
digitais que propiciam a efetivação da comunicação
integrada e desterritorializada entre pessoas individual
ou coletivamente.
24. Rede e complexidade
•
A separação cartesiana de indivíduo e mundo criou um
sujeito ideológico que deve reinar sobre o mundo dos
objetos. Um sujeito que possui, manipula e transforma este
mundo.
•
O pensamento complexo compreende este sujeito como um
dos atores no tecido de relações – humanas e não humanas
– deste pequeno planeta.
•
Neste trabalho, rede e complexidade mantêm uma
similaridade semântica, uma intersecção de sentido, quando
a rede é avaliada em sua complexidade
26. Aspectos das redes
•
Rede social é a relação entre atores, que se
desenha em um contexto, digital ou não;
•
Digital meio para relações em rede e em sub-
redes;
•
Mídias sociais digitais sub-redes de
comunicação e de informação, caminhos das
redes sociais nas redes digitais.
27. Análise de Redes Sociais
•
Faz análise exploratória do que se desenha
da rede a partir das relações entre os atores
•
Não parte de hipóteses específicas sobre a
rede que estuda
28. Aplicação do Modelo
rede Estudo de Usuários Multivocalidade Análise de Redes Sociais
1 Avaliadores de software X
2 Gestão da Memória X X
3 Rede do Cafezinho X
4 Rede de Sobradinho/Serrana X
5 Disciplina de Extensão X* X
6 Redes do DF X X
7 Rede FAC X X X
Redes e metodologias testadas
29. Aplicação do Modelo
Resumo das informações da rede
item metodologia específico elementos encontrados
A rede contextualização geral
Tipo ator/rede descritivo dos tipos de ator e rede
Metodologia Estudo de Usuários olhar o indivíduo – competências (e necessidades) de
formação para a informação, a comunicação e a
tecnologia
Multivocalidade a expressão do indivíduo e dos indivíduos (coletivos)
em rede
Análise de Redes Sociais observar a rede e os fluxos
Resultados Dados Demográficos perfil dos atores
Dados sobre competências instrumental contexto de uso instrumental
em informação contexto de uso da informação
em comunicação contexto de uso da comunicação
Dados sobre necessidades de informação contexto de busca/acesso
Dados multivocais a diversidade da rede
Dados relacionais os fluxos e conteúdos
Diagnóstico conjunto de dados para planejar
30. Resultados multivocais
Gestão da memória, os articuladores do encontro e suas perspectivas:
comunicação, memória e informação. A visualidade do conteúdo em
nuvem de tags
Figura 3 – nuvem de tags ressalta comunicação, memória e informação
31. Os nós das redes
Na rede do Cafezinho, as trocas de mensagens em uma “zona neutra”, que reuniu
turmas de diferentes salas virtuais de estudo de segurança da informação, utilizadas
para observar os atores humanos, a autoridade da sala de aula migrou para o espaço
informal. Observação com divisões temporais.
32. Os nós dialógicos da rede
Na rede Serrana, uma rede territorializada, destacam-se os que mais recebem
respostas às mensagens enviadas, o ator 18 era a técnica da Fiocruz responsável por
organizar e divulgar atas e agendas de encontros do grupo. Também se destacam as
representantes da ACM (27) e do CDCA (19)
33. Os diálogos agrupados
A observação, via ARS, da troca de mensagens também permite agrupar e sub-
agrupar a rede em temas, que facilitam ações específicas. Aqui, a Rede
Serrana/Sobradinho e as sub-redes temáticas encontradas.
Coordenadores/Articulad
ores
institucional
segurança pública
políticas públicas
subgrupo que participa pouco da rede
34. Competências para redes
Uso instrumental para comunicação em rede na atividade de
Extensão/grupo focal. Escolha de uso de grupo no Facebook porque
todos do grupo estavam nesta mídia social
36. Competências para a rede
A Rede FAC foi objeto de investigação com a mescla de metodologias. Na busca das pistas sobre
competências, as perguntas demandavam o que atores sabiam e o que precisavam aprender para
a comunicação e uso da informação em rede. Aplicada à rede de coordenação institucional da
faculdade, atores não-humanos de representação humana
O que precisa aprender para se comunicar em redeCompetências instrumentais para comunicação em rede
37. Necessidade
de
informação
O calendário de atividades
acadêmicas (90%),
essencial ao funcionamento
da rede, e informações
sobre eventos na faculdade
(70%) têm maior
importância para os
respondentes
Informações de interesse da Rede FAC
38. Multivocalidade
A busca de documentos, varredura de informações do portal existente e algumas
questões abertas apresentadas aos atores institucionais. A segunda fase da pesquisa
vai aprofundar a busca de das múltiplas vozes que compõem a Rede FAC: alunos,
professores, servidores.
39. Conexões institucionaisDestaques: (04) Laboratórios, sobrecarregada e que mantém relações com praticamente toda a Rede FAC, e (05) de
Extensão, que tem relacionamento com as linhas de pesquisa da Pós-Graduação (professores e alunos) e com alunos de
Graduação. Poucas conexões: chefia do Departamento de Publicidade e Audiovisual (10), com relações dirigidas ao seu
grupo, e o Cedoc (02) que não está pronto para atender o público.
01. Graduação Diurno
02. Cedoc
03. vice/linha imagem e som
04. Laboratórios
05 Extensão
06 linha políticas de comunicação
07 Coordenação da Pós
08 - Direção
09. Projetos Experimentais
10.Departamento de Publicidade e
Audiovisual
40. Quem a rede demanda
Servidores administrativos e professores da Graduação são os
mais acionados. Há uma linha de servidores de todas as áreas na
terceira camada de contatos.
41. observação
A rede Rede da Faculdade de Comunicação da Universidade de
Brasília
Tipo ator/rede identificados quatro grupos de atores individuais e
coletivos, em uma rede descentralizada, com
hierarquias e ao mesmo tempo muitas relações
horizontais
Metodologia Estudo de Usuários sim
Multivocalidade sim
Análise de Redes Sociais sim
Resultados Dados Demográficos Resultado apenas dos atores individuais institucionais:
grupo de respondentes dividido igualmente entre
homens e mulheres, idades variando entre 37 e 63 anos
(imigrantes digitais)
Dados sobre competências instrumental poucas habilidades e competências instrumentais para
produção de informação e de comunicação em rede
em informação alto nível de competência para o enfrentamento da
informação
em comunicação alto nível de competência para se comunicar, mas
prejudicado pelas dificuldades instrumentais
Dados sobre necessidades de informação demonstram necessidade de informação relacionada
com agendas administrativas e acadêmicas
Dados multivocais nesta etapa uso de documentos, que mostram como a
instituição se vê e também nas respostas abertas dos
participantes, que se mostram dispostos a oferecer os
conteúdos necessários ao funcionamento dos
ambientes digitais para a rede
Dados relacionais Rede capilarizada, com destaque de contatos para as
coordenações de Laboratórios e de Extensão.
Servidores são sub-rede importante no entorno das
atividades dos coordenadores
Para planejar Indicada necessidade de criação de uma Coordenação
de Comunicação, Informação e Tecnologia, para
organizar o planejamento. Apresentada primeira
proposta de construção do portal da FAC, como âncora
dos ambientes digitais que serão produzidos de forma
modular. Cada coordenação deve ter estrutura própria
(e não apenas um modelo reproduzido igualmente para
todas as páginas) com o objetivo de atender os fluxos e
necessidades indicados na pesquisa. Os novos
ambientes e módulos serão complementados a partir da
aplicação da pesquisa a todos os atores da rede
42. Conclusões
•
A rede – mesmo que territorial – pode aplicar o Modelo. Necessária a multidisciplinaridade
•
Universidades e bibliotecas podem dar apoio às redes via projetos acadêmicos ou prestação de serviços.
•
Em processo colaborativo de elaboração de ações de comunicação e de informação, é importante compartilhar o
estágio de andamento dos trabalhos, resultados de pesquisas etc.
•
A curadoria da informação deve ser discutida pela rede. Há muitas modalidades de gestão da informação em rede.
•
Necessário manter espaços multivocais para planejar para a diversidade e não para a média, como no modelo da
Comunicação de Massas.
•
Do ponto de vista operacional, os dados multivocais permitem manter atualização de páginas, mídias, repositórios,
linguagens etc.
•
O planejamento para a rede pede controle, avaliação periódica, porque a rede muda, é nuvem.
•
Planejamento deve inserir a formação permanente, estruturas colaborativas e de compartilhamento e deve observar:
• tipos de atores: institucionais, individuais (humanos e não-humanos)
• tipos de rede: centralizada, descentralizada, distribuída;
• buscar a multivocalidade, encontrar a diversidade
43. Conclusões
•
A mesma metodologia pode ser aplicada de maneiras diversas e estão diretamente relacionadas com o que se busca
observar. São metodologias exploratórias, que mostram retratos, e devem ser tratadas como fotogramas. Para haver
evolução (o movimento dos fotogramas) é necessário definir tipos, indicadores, temas etc. que possam ser medidos
conforme o tempo avança.
•
Os dados de perfil e contexto dos respondentes ao questionário são consoantes com o que a literatura diz sobre os
imigrantes digitais quanto às dificuldades para o uso instrumental das TIC.
•
É necessário diferenciar nativos e imigrantes, porque têm níveis diferentes de necessidades e capacidades para o uso
das tecnologias, da informação e da comunicação.
•
As redes territoriais parecem, a princípio, ser do tipo distribuída, mas, ao se fazer o recorte (via Análise de Redes
Sociais) ela passa a ser descentralizada, com divisões em sub-redes temáticas, por exemplo. ARS permite enxergar as
redes descentralizadas, onde é possível planejar.
•
O uso da metodologia de Análise de Redes Sociais a partir da troca de mensagens dos atores permite observar
movimentos da rede com pouco impacto da presença do pesquisador. Também é interessante porque as trocas de
mensagens permitem avaliar as múltiplas vozes, agrupar conteúdos, encontrar atores que se destacam como
indutores, ou como bloqueadores, de fluxo da informação.
•
Cabem novos estudos para definições mais precisas sobre os tipos de ator-rede. No caso institucional –
especificamente na Rede FAC – foi possível delinear quatro tipos específicos, mas para as redes territoriais as
definições não se aplicaram claramente. (não era intenção criar categorias de tipos de atores)