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Danos Mecânicos Aplicados 
em Vergalhões de Aço em 
Estruturas de Concreto Sob 
Corrosão 
“Damage Mechanics Applied for Steel 
Reinforcements in Concrete Structure 
Under Corrosion”
O que são vergalhões de aço?
São barras de aço que 
conferem ao sistema 
concreto – armadura 
melhor resistência à 
tração. São colocados 
nas estruturas de 
concreto onde a o 
sistema possivelmente 
receberá solicitações de 
cargas de tração.
Por que ocorre a corrosão nos 
vergalhões de aço? 
• Camada muito fina 
do revestimento de 
concreto; 
• Concreto de má 
qualidade; 
• Fissuras no concreto; 
• Ambientes 
corrosivos.
Corrosão da Armadura Dentro do 
Concreto
Recuperação de Armadura
Ambiente Corrosivos
Cálculo do Modelo Matemático da 
Tensão 
• Cada amostra possui uma seção transversal semelhante; 
• O estresse efetivo é a medida da força aplicada pela área da 
seção transversal do material; 
• As amostras apresentam danos de corrosão após submetidas 
ao “Salt Spray Test”, bem como danos mecânicos 
provenientes do estresse ao qual foram submetidos 
posteriormente.
Área Total de Defeitos 
Área total da 
seção que resiste 
aos esforços 
(área efetiva) 
Área de seção 
SD = SDC + SDm 
Área de danos 
mecânicos 
Área total de transversal 
defeitos 
Área de danos 
devido à corrosão
Área Efetiva 
Partindo da equação 
da Área de defeitos: 
Temos: 
Onde: D = variável de dano
Estresse Efetivo Para um 
Caso Unidimensional 
Força aplicada na seção 
Partindo da equação da área efetiva: 
E relacionando com a equação do 
tensão: 
Área total que resiste aos 
esforços (área efetiva) 
Temos:
Aplicação do Modelo Matemático 
Variável de Dano (0 a 1) 
Se D = 1, a superfície está 
totalmente danificada, e a Tensão 
aplicada não encontra resistência 
mecânica na superfície. 
Se D = 0, a superfície não 
apresenta dano e a Tensão 
aplicada é igual a Tensão 
total.
Considerações Sobre o Modelo 
Matemático 
Quanto maior o DANO SOFRIDO, maior o ESTRESSE APLICADO.
Tensão Efetiva Para um 
Caso Unidimensional: 
Área total de defeitos 
Área de seção transversal
Materiais e Métodos
Amostras
O ensaio e corrosão acelerada 
(Pilha eletroquímica) é 
fundamentado em três 
condições básicas para que o 
processo de corrosão se 
desenvolva: 
• Existência de um eletrólito; 
• Diferença de potencial de 
eletrodo; 
• Presença de oxigênio.
Elasticidade do 
elemento após 
exposição à corrosão 
Elasticidade após 
a corrosão e 
danos mecânicos 
Elasticidade do 
elemento íntegro
Relação Dano e Elasticidade
Tensão x Deformação 
Maior 
exposição à 
corrosão 
(3216h) 
Sem corrosão
Dano x Deformação Plástica 
Sem corrosão 
Maior exposição à 
corrosão (2904h)
Conclusões 
• A ruptura dos corpos de prova sem corrosão e dos expostos à corrosão (até 
2.376 h,) ocorreu com um dano crítico (Dc) de aproximadamente Dc = 0,45. 
Isso valida o modelo matemático utilizado, já que o dano crítico é uma 
característica do material quando submetido às mesmas condições de teste. 
• Por um tempo de exposição acima de 2.376 horas, alguns espécimes 
submetidos ao teste de corrosão apresentaram um comportamento 
diferente na evolução do dano (apresentaram diferentes danos iniciais e 
diferentes danos críticos). Isso indica que o modelo matemático utilizado é 
válido até um período de exposição à corrosão (2.376 horas), a partir deste 
período, a distribuição dos danos ocasionados pela corrosão não é 
homogênea, ou seja, as condições do volume do elemento representante 
não satisfaz o modelo matemático usado.

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Corrosão em Vergalhões de Aço

  • 1.
  • 2. Danos Mecânicos Aplicados em Vergalhões de Aço em Estruturas de Concreto Sob Corrosão “Damage Mechanics Applied for Steel Reinforcements in Concrete Structure Under Corrosion”
  • 3. O que são vergalhões de aço?
  • 4. São barras de aço que conferem ao sistema concreto – armadura melhor resistência à tração. São colocados nas estruturas de concreto onde a o sistema possivelmente receberá solicitações de cargas de tração.
  • 5. Por que ocorre a corrosão nos vergalhões de aço? • Camada muito fina do revestimento de concreto; • Concreto de má qualidade; • Fissuras no concreto; • Ambientes corrosivos.
  • 6. Corrosão da Armadura Dentro do Concreto
  • 9. Cálculo do Modelo Matemático da Tensão • Cada amostra possui uma seção transversal semelhante; • O estresse efetivo é a medida da força aplicada pela área da seção transversal do material; • As amostras apresentam danos de corrosão após submetidas ao “Salt Spray Test”, bem como danos mecânicos provenientes do estresse ao qual foram submetidos posteriormente.
  • 10. Área Total de Defeitos Área total da seção que resiste aos esforços (área efetiva) Área de seção SD = SDC + SDm Área de danos mecânicos Área total de transversal defeitos Área de danos devido à corrosão
  • 11. Área Efetiva Partindo da equação da Área de defeitos: Temos: Onde: D = variável de dano
  • 12. Estresse Efetivo Para um Caso Unidimensional Força aplicada na seção Partindo da equação da área efetiva: E relacionando com a equação do tensão: Área total que resiste aos esforços (área efetiva) Temos:
  • 13. Aplicação do Modelo Matemático Variável de Dano (0 a 1) Se D = 1, a superfície está totalmente danificada, e a Tensão aplicada não encontra resistência mecânica na superfície. Se D = 0, a superfície não apresenta dano e a Tensão aplicada é igual a Tensão total.
  • 14. Considerações Sobre o Modelo Matemático Quanto maior o DANO SOFRIDO, maior o ESTRESSE APLICADO.
  • 15. Tensão Efetiva Para um Caso Unidimensional: Área total de defeitos Área de seção transversal
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. O ensaio e corrosão acelerada (Pilha eletroquímica) é fundamentado em três condições básicas para que o processo de corrosão se desenvolva: • Existência de um eletrólito; • Diferença de potencial de eletrodo; • Presença de oxigênio.
  • 24.
  • 25. Elasticidade do elemento após exposição à corrosão Elasticidade após a corrosão e danos mecânicos Elasticidade do elemento íntegro
  • 26. Relação Dano e Elasticidade
  • 27. Tensão x Deformação Maior exposição à corrosão (3216h) Sem corrosão
  • 28.
  • 29. Dano x Deformação Plástica Sem corrosão Maior exposição à corrosão (2904h)
  • 30. Conclusões • A ruptura dos corpos de prova sem corrosão e dos expostos à corrosão (até 2.376 h,) ocorreu com um dano crítico (Dc) de aproximadamente Dc = 0,45. Isso valida o modelo matemático utilizado, já que o dano crítico é uma característica do material quando submetido às mesmas condições de teste. • Por um tempo de exposição acima de 2.376 horas, alguns espécimes submetidos ao teste de corrosão apresentaram um comportamento diferente na evolução do dano (apresentaram diferentes danos iniciais e diferentes danos críticos). Isso indica que o modelo matemático utilizado é válido até um período de exposição à corrosão (2.376 horas), a partir deste período, a distribuição dos danos ocasionados pela corrosão não é homogênea, ou seja, as condições do volume do elemento representante não satisfaz o modelo matemático usado.