O documento resume a história da África desde a colonização européia até a independência dos países africanos no século XX. A África foi dividida em regiões islâmica e subsaariana e foi colonizada por potências européias que exploraram seus recursos naturais. Após a independência, os países africanos enfrentaram desafios para se reconstruir devido às fronteiras artificiais e à desestruturação das sociedades durante o período colonial.
2. A REGIONALIZAÇÃO DA ÁFRICA
• África Islâmica
Compreende a parte norte do
continente, com países de população
predominantemente de religião
islâmica e língua árabe. Maior contato
com a Europa em virtude de invasões
de romanos, gregos, fenícios, árabes
e turcos.
• África Subsaariana
Corresponde ao sul do Saara, reunindo
cerca de 84% da população africana. A
maioria de seus habitantes é negra,
havendo numerosos grupos étnicos
distintos. As religiões animistas
predominam, ainda que o islamismo
venha crescendo nos países situados
ao norte dessa região.
3. AS RAÍZES DO
SUBDESENVOLVIMENTO AFRICANO
Até o século XIX o maior contato da África com a
Europa eram as feitorias (entrepostos comerciais)
portuguesas.
A partir do século XIX, iniciou-se uma nova fase do
colonialismo europeu, marcada pela ocupação
exploração da África e Ásia. Motivo: os países
europeus, como Inglaterra, França, Bélgica,
Holanda e Alemanha, estavam em plena Revolução
Industrial e precisavam de matérias-primas, como
ferro, chumbo, algodão, e borracha, a baixos
custos, para abastecer as fábricas.
4. AS RAÍZES DO
SUBDESENVOLVIMENTO AFRICANO
O continente africano foi
divido entre os países
europeus pela Partilha
selada na Conferência de
Berlin, em 1885, entre
Inglaterra, França,
Bélgica, Alemanha e
Itália, além de Portugal e
Espanha, que já
possuíam domínios nesse
continente.
5. A PARTILHA E A DESESTRUTURAÇÃO DAS
SOCIEDADES AFRICANAS
Motivos da desestruturação da sociedade africana:
Fronteiras artificiais – as fronteiras traçadas pelos europeus levaram
em consideração apenas seus interesses econômicos, não respeitando
limites territoriais que já existiam entre reinos. Então juntaram tribos
inimigas e separaram tribos amigas. Está aí a origem dos conflitos que
perduram até hoje.
6. A PARTILHA E A DESESTRUTURAÇÃO DAS
SOCIEDADES AFRICANAS
A introdução da plantation e da mineração desestruturou a
agricultura de subsistência, caça e coleta. Os piores solos foram
destinados à produção de alimentos gerando a fome.
7. A PARTILHA E A DESESTRUTURAÇÃO DAS
SOCIEDADES AFRICANAS
As plantations e a mineração provocaram o deslocamentos de
grandes contingentes populacionais e a redução da população
em seus locais de origem.
8. OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA E A
DOMINAÇÃO CULTURAL
Diversas nações africanas resistiram à invasão dos europeus por
meio de guerras e confrontos, mas estes foram esmagados pelo
poderio militar do invasor.
Após reprimir os movimentos de resistência, os colonizadores
passaram a impor sua cultura: idioma, vestimentas, alimentos,
religião e quase todo o cotidiano.
Isso durou até a metade do século XX com o processo de
descolonização.
9. A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA
Ao final da Segunda
Guerra Mundial, 1945, os
países europeus
encontravam-se política,
econômica e militarmente
enfraquecidos. Assim,
muitas colônias
conseguiram tornar-se
independente, algumas de
forma pacífica e outras por
guerras.
10. A DIFÍCIL RECONSTRUÇÃO DA ÁFRICA
A pergunta crucial é esta: o que é que nos separa desse futuro que
todos queremos? Alguns acreditam que o que falta são mais
quadros, mais escolas, mais hospitais. Outros acreditam que
precisamos de mais investidores, mais projetos econômicos. Tudo
isso é necessário, tudo isso é imprescindível. Mas para mim, há
uma outra coisa que é ainda mais importante. Essa coisa tem um
nome: é uma nova atitude. Se não mudarmos de atitude não
conquistaremos uma condição melhor. Poderemos ter mais
técnicos, mais hospitais, mais escolas, mas não seremos
construtores de futuro. (Mia Couto)