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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE
Centro de Pós-Graduação
PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu
Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10

Diminuição dos riscos em prensas
antigas e obsoletas

Marcelo Gandra Falcone

Orientador: Nilton Francisco Rejowski

São Paulo
2009
i
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE
Centro de Pós-Graduação
PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu
Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10

Diminuição dos riscos em prensas
antigas e obsoletas

Marcelo Gandra Falcone

Orientador: Nilton Francisco Rejowski

Monografia apresentada ao Centro de Pós
Graduação da Universidade Nove de Julho
Uninove, como requisito final à obtenção
do grau de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho.

São Paulo
2009
ii
Falcone, Marcelo Gandra
Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas./
Marcelo Gandra Falcone – São Paulo, SP: Uninove / Universidade
Nove de Julho, Departamento de Pós Graduação, 2009.
i-xx, 1-121 - f.:141: il.; 31 cm.
Orientador: Nilton Francisco Rejowski
Monografia (pós graduação “Latu Sensu”) –: Uninove /
Universidade Nove de Julho, Pós Graduação de Engenharia em
Segurança do Trabalho, dezembro de 2009.
Referências bibliográficas: f. 74-76
1. Prensas. 2. Engenharia de Segurança do Trabalho. 3.
Dispositivos em prensas. 4. Acidentes do trabalho. 5. NR12. 6.
Braço mecânico. 7. Duplo comando. 8. Ferramenta fechada.
9.Proteção e enclausuramento - Monografia. I. Rejowsk, Nilton
Francisco i. II. Uninove / Universidade Nove de Julho. III Diminuição
dos riscos em prensas antigas e obsoletas.

iii
Diminuição dos Riscos em Prensas Antigas e Obsoletas

Por

Marcelo Gandra Falcone

Monografia apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia De Segurança Do Trabalho,
para obtenção do grau de Especialista em
Engenharia De Segurança Do Trabalho,
pela Banca Examinadora, formada por:

________________________________________________________
Presidente: Prof. Nilton Francisco Rejowski – orientador, Uninove

Membro: Prof. Marcelo Eloy Fernandes, Uninove

________________________________________________________
Membro: Profa. Eliacy Cavalcanti Lelis, Uninove

São Paulo,

de

de 2009.

iv
Dedico esta obra as mulheres de minha vida,
mulheres estas, que de forma desprendida e
comprometida,
tanto procuram dar apoio,
proteção e estimulo
criando motivação,
sentimentos mais nobres e um colorido especial,
em meu dia a dia, permitindo que pudesse me
embrenhar em novos desafios, investindo em
sabedoria e conhecimento, criando uma pequena
ferramenta que pudesse entusiasmar as pessoas
pensarem em modernizar equipamentos em prol
da segurança e respeito à integridade física de
nossos companheiros de trabalho, algo difícil
dentro desta turbulenta e apressada rotina do
trabalho que vivemos intensamente durante nossa
breve existência.
À minha adorada esposa Alessandra,
Rosa, minha mãe querida
Minhas filhas de coração Zig, Ziginha e Mayara,
Dedico também ao meu pai Prof. Dr. Áureo
Gilberto Falcone, meu mentor, orientador e
sublime exemplo e a nossa filha Gabriela que nos
deixou no momento de nascer para virar estrela e
brilhar em nossas vidas como uma lembrança feliz
cheia de esplendor e luz. (em memória).

v
Agradecimentos

Aos colegas da Equacional Elétrica e Mecânica Ltda., pois todas as soluções
encontradas foram feitas com apoio integral dos senhores Marcos Gandra
Falcone, Rosa Cheganças Gandra Falcone, Carlos Laffitte Junior, Ivan Eduardo
Chabu e José Américo Milanese. Estas soluções em sua maioria foram
idealizadas pelo Sr José Américo e projetadas e executadas pelos funcionários da
Equacional, até mesmo em finais de semana. Foi o apoio da Alta direção da
empresa e dos funcionários que viabilizou este trabalho.
Agradeço ao Eduardo “Marcelinho”, que fez os desenhos técnicos contidos neste
trabalho.
Agradeço ao Daniel pelas fotografias cedidas.
Agradeço aos Colegas de Contru da PMSP, Karina, Raul, Roberto, Francisco
Miguel, Joel, Aguinaldo, Renato e Kuniaki, pelo incentivo e organização que
proporcionaram meu ingresso no curso e posteriormente persistindo e fazendo
que esta corrente me levasse a ter coragem e suportar um curso de 680 horas.
Agradeço a meu Professor orientador: Nilton Francisco Rejowski pelas palavras e
atos de encorajamento e que apesar da sobrecarga de trabalho destinou o tempo
necessário para a concretização deste trabalho.
Agradeço aquele que disse enquanto eu estava fazendo a nova avaliação de
riscos após as modificações e não quis seu nome revelado para evitar confronto
com as chefias: “Hoje, o funcionário policia os colegas, procurando evitar
acidentes e a CIPA deixou de ser uma reunião para aqueles que querem
estabilidade de emprego e tomar cafezinho, para tornar-se mais atuante nas
ações corretivas e preventivas”.
Agradeço a São João Bosco pela obra de São Francisco de Sales e exemplos de
persistência e coragem.

vi
Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e,
mesmo assim, ainda gosta de você.
Kim Hubbad – In "O melhor do mau humor",
coletadas por Ruy Castro, Companhia das Letras
- São Paulo, 1990.
vii
RESUMO

Estudo de caso sobre a instalação de dispositivos de proteção coletivas em
prensas mecânicas e similares antigas e obsoletas, utilizadas na estamparia de
peças metálicas, visando à diminuição dos riscos e adequação as normas de
segurança vigentes brasileiras e internacionais.

Palavras-chave: Segurança 1, Proteção 2, Prensa 3.

viii
ABSTRACT

Case study on the installation of collective protection at power presses and similar
old and obsolete, used in metals stamping parts, in order to decrease the risks and
the adequacy of existing security standards here and abroad.
Keywords: security 1, protection 2, presses 3.

ix
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho ..................................................... 6
Figura 2: Acidente do Trabalho ............................................................................... 8
Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador .................... 9
Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes ..................................................... 10
Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho ............................................................ 13
Figura 6: Hierarquia das leis................................................................................. 14
Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE ...................................................... 15
Figura 8: Normas Técnicas ................................................................................... 17
Figura 9: Hierarquia das Normas .......................................................................... 18
Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas .................................................... 20
Figura 11: Vista Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional ......... 26
Figura 12 : Estampo enclausurado........................................................................ 34
Figura 13 : Estampo fehado para disco padrão..................................................... 35
Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apendice B) .............................. 35
Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal..................... 36
Figura 16: Prensa excêntrica numero 31............................................................... 39
Figura 17: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 39
Figura 18: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 40
Figura 19: Prensa excêntrica numero 37............................................................... 40
Figura 20: Prensa excêntrica numero 35............................................................... 41
Figura 21: Pinças. ................................................................................................. 41
Figura 22: Pinça magnética................................................................................... 42
Figura 23: Pinça magnética em uso ...................................................................... 43
Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 43
Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45
Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45
Figura 27: Cadeado com sinalização .................................................................... 46
Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 47
Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 48
Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto. ....................................................... 49

x
Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 50
Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 51
Figura 33: Pedal de acionamento.......................................................................... 52
Figura 34: Exemplo de comando bimanual. .......................................................... 53
Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável....................................... 54
Figura 36: Kit de acionamento Bimanual:.............................................................. 55
Figura 36: Grau de Severidade ............................................................................. 61
Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco .............................................. 62
Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco .............................................. 62
Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco............................................................ 63
Figura 40: Avaliação do Risco............................................................................... 63
Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada” ..................... 65
Figura 43: Maquete da Nova Fabrica da Equacional (prev. 2010) ........................ 88
Figura 44: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89
Figura 45: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89
Figura 51: Esquema de Seqüência de estamparia................................................ 99
Figura 52: Exemplo de disco cortado. ................................................................. 100
Figura 53: Esquema de protocolo dimensional ................................................... 101
Figura 54: Chapa ranhura do estator .................................................................. 102
Figura 55: Empilhamento das Sobras do Estator ................................................ 103
Figura 56: Protocolo Dimensional (Instrução de Trabalho) ................................. 104
Figura 57: Disco do rotor (sobra do estator, Fig. 55)........................................... 105
Figura 58: Chapa ranhura do estator .................................................................. 106
Figura 59: Protocolo Dimensional ....................................................................... 108
Figura 60: Núcleo de rotor montado sobre o eixo com barramento condutor...... 109
Figura 61: Núcleo de estator montado com tirantes............................................ 110
Figura 62: Chapa ranhura do estator. ................................................................. 110

xi
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Cronograma......................................................................................... 28
Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa................................................... 29
Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares ........ 31
Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting” .............................................. 32
Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento........................................................ 33
Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1 ................................................ 33
Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760 .......................................... 37
Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853 .............................................. 38
Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34) ........... 60
Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco.............. 61
Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos........ 61
Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco ..................... 62
Tabela 13 – Riscos Ocupacionais. ........................................................................ 64
Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório......... 64
Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas. ......... 65
Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório............ 65
Tabela 17 - Gradação das Multas (em UFIR)........................................................ 71
Tabela 18 - Classificação das Infrações................................................................ 72
Tabela 19 – Multa referente a reincidência ........................................................... 72
Tabela 20 – Valores das Multas em Reais ............................................................ 73
Tabela 21 – Máquinas e Ferramentas disponíveis................................................ 92
Tabela 22 - Velocidade de estampagem (limites por inércia da chapa). ............... 97

LISTA DE DESENHOS
Desenho 1 – Croquis da Equacional ..................................................................... 30
Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42........................................... 49
Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43........................................... 50
Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44........................................... 51

xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AAF - Análise de Árvore de Falhas
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABPA- Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes
ACGIH - American Conference of Governametal Industrial Higienists
AI - Agente de Inspeção
ANSI - American National Standards Institute
ANVS - Associação Nacional de Vigilância Sanitária
APR - Análise Preliminar de Riscos
ARE - Análise de Risco Específico
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
ASME - American Society of Mechanical Engineers
ASO - Atestado de Saúde Ocupacional
AT - Acidente de Trabalho
AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros
BDI - Benefícios e Despesas Indiretas
C - Código do EPI. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3
CA - Certificado de Aprovação
CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho
CCT - Convenção Coletiva do Trabalho
CEI - Cadastro Específico do INSS
CEN – Comitê Europeu de Normalização
CGC - Cadastro Geral de Pessoa Física
CID - Código Identificador de Doença; Classificação Internacional de Doenças
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CNAE - Código Nacional de Atividades Econômicas
CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
CTPS - Carteira de Trabalho Previdência Social

xiii
dB - Decibel
DIN - Deutsche Industrien Normen, Deutsches Institut für Normung
DNSST - Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho
DORT - Distúrbio(S) Osteomuscular(Es) Relacionado(S) ao Trabalho
DRT - Delegacia Regional do Trabalho
DRTE - Delegacia Regional do Trabalho e Emprego
DSST - Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho
EN. - Norma Européia
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
EST - Engenheiro de Segurança do Trabalho; Engenharia de Segurança do
Trabalho
FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FISP - Folha de Informação Sobre o Produto
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico
FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e Med. do
Trabalho
GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social.
GHE - Grupo Homogêneo de Exposição
GHR - Grupo Homogêneo de Risco
GLP - Gás Liquefeito de Petróleo
GNV - Gás Natural Veicular
GR - Grau De Risco
HSTA - Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente
I - Grau de Infração. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBUTG - Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo
IN - Instrução Normativa. Sucede-se ao IN um número. Por exemplo IN-84
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social

xiv
ISO - International Organization for Standardization
LEM - Laudo de exame médico
Leq - Level equivalent
LEO - Limite de Exposição Ocupacional
LER - Lesão por Esforço Repetitivo
LER/DORT - Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho
LP - Líquido penetrante
LT - limite de tolerância
LTCA - Laudo Técnico de Condições Ambientais
LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho.
MBA - Master of Business Administration
MRA - Mapa de Risco Ambiental
MTb - Ministério do Trabalho
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
NBR - Norma brasileira
Neq - Nível Equivalente, o mesmo que Leq
NE - Nível de Exposição
NEN - Nível de Exposição Normalizado
NFPA - National Fire Protection Association
NHO - Norma de Higiene Ocupacional
NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health
NIT - Número de Identificação do Trabalhador
NOB - Norma Operacional Básica
NR - Norma Regulamentadora
NRR - Nível de Redução de Ruído
NRR-SF - Noise Reduction Rating - Subject Fit
NT - Notas Técnicas do MTE. Procedimentos de fiscalização das DRTs
OCRA - Occupational Repetitive Assessement
OHSAS - Ocupational Health Safety Assessment Series
OIT - Organização Internacional do Trabalho (em Inglês, ILO)

xv
OMS - Organização Mundial da Saúde
ONG - Organização Não-Governamental
OS - Ordem de Serviço
OSHA - Occupational Safety and Health Administration
PAE - Plano de Ação Emergencial
PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído
PAIRO - Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional
PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador
PCA - Programa de Conservação Auditiva
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Construção Civil
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PDCA - Plan, Do, Check, Act
PH - Profissional Habilitado
pH - Potencial Hidrogenio-iônico
PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle
PPD - Pessoa Portadora de Deficiência
PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário
PPR - Programa de Proteção Respiratória
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PPRPS - Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares.
PPS - Procedimento Padrão de Segurança
PRAT - Pedido de Reconsideração de Acidente de Trabalho
PRODAT - Programa Nacional de Melhoria de Informações Estatísticas Sobre
Doenças e Acidentes do Trabalho
PSS - Programa de Saúde e Segurança
PSSTR - Programa Saúde e Segurança do Trabalhador Rural
PT - Permissão de Trabalho
RG - Registro Geral (Cédula Identidade)
RNC - Relatório de Não-Conformidade
RT - Responsável Técnico

xvi
SAT - Seguro de Acidente de Trabalho
SEESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizado Industrial
SESI - Serviço Social da Indústria
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho
SESST - Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador
Portuário
SEST - Serviço Especializado em Segurança do Trabalho
SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho
SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
S (5S) - Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke
SSST - Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho
SST - Saúde e Segurança do Trabalho
SUS - Sistema Único de Saúde
TDS - Treinamento de Segurança
TE - Temperatura Efetiva
TEC - Temperatura Efetiva Corrigida
TIG - Tungsten Inert Gas - tipo de solda
TRT - Tribunal Regional do Trabalho
TST - Técnico de Segurança do Trabalho
TST - Tribunal Superior do Trabalho
UFIR - Unidade Fiscal de Referência

xvii
SUMÁRIO
1

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

2

OBJETIVO ....................................................................................................... 5

3

JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6

4

REVISÃO BIBLIOGRAFICA:.......................................................................... 14
4.1

Segurança de Máquinas: Leis e Normas ................................................ 14

4.1.1 Hierarquia das Leis.............................................................................. 14
4.2

Leis ......................................................................................................... 15

4.3

Portarias.................................................................................................. 15

4.4

NR e NT da ABNT................................................................................... 16

4.5

Convenções Coletivas: ........................................................................... 18

4.6

Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção................................... 19

4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho: ....... 20
4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho................................. 21
4.6.3 Válvulas de segurança ........................................................................ 22
4.6.4 Dispositivos de parada de emergência................................................ 23
4.6.5 Monitoramento do curso do martelo .................................................... 24
4.6.6 Comandos elétricos de segurança ...................................................... 24
4.6.7 Pedais de acionamento ....................................................................... 24
4.6.8 Proteção das transmissões de força ................................................... 25
4.6.9 Aterramento elétrico ............................................................................ 25
4.6.10

Ferramentas..................................................................................... 25

4.6.11

Sistemas de retenção mecânica ...................................................... 25

4.6.12

Equipamentos similares específicos ................................................ 26

xviii
5

METODOLOGIA............................................................................................. 27
5.1

6

cronograma ............................................................................................. 28

DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................................... 29
6.1

Implantação do PPRPS .......................................................................... 29

6.1.1 Formação de uma equipe gestora:...................................................... 29
6.1.2 Formulação do PPRPS: ...................................................................... 29
6.2

PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS .......................... 34

6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas ..................... 34
6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção . ...................... 36
6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)......................... 41
6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente ............................... 43
6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio ............................................................ 46
6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco.................................................... 48
6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecanicos) .......................... 52
6.2.8 Comando Bimanual ............................................................................. 53
6.2.9 Soluções não adotadas ....................................................................... 56
6.2.10
6.2.11

Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados............. 60

6.2.12

7

Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão ............. 58

Ordem de Serviço para Prensista .................................................... 64

CONCLUSÕES .............................................................................................. 66
7.1

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.......................................... 66

7.1.1 Custo de treinamento: ......................................................................... 66
7.1.2 Custo das modificações físicas: .......................................................... 67
7.1.3 Custo total do projeto: ......................................................................... 68
7.2

CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS........ 68

7.3

CUSTO DE MULTAS REFERENTES AO NÃO CUMPRIMENTO DAS

NORMAS ........................................................................................................... 70

xix
7.4

COMPARAÇÃO DOS CUSTOS.............................................................. 73

7.5

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 74

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 76

GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 79

APÊNDICES.......................................................................................................... 85
APÊNDICE A – Equacional Elétrica e Mecânica Ltda, empresa que cedeu
espaço para a pesquisa..................................................................................... 85
APÊNDICE B – Estampagem de núcleos magnéticos em motores elétricos .... 90

ANEXOS ............................................................................................................. 111
ANEXO A – ORDEM DE SERVIÇO PRENSISTA – EQUACIONAL 2009 ....... 111
ANEXO B – LAUDO TÉCNICO DE RUÍDO – EQUACIONAL 2009................. 116

xx
1

INTRODUÇÃO

O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares
(PPRPS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança
que devem ser implantadas em prensas e equipamentos similares. O PPRPS
deve ser aplicado nos estabelecimentos que possuem prensas e/ou equipamentos
similares, objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas atividades
expondo-se às zonas de risco desprotegidas.

Devido à alta incidência de acidentes de trabalho registrados no Brasil que
atingem membros superiores dos trabalhadores e considerando que prensas e
equipamentos similares são responsáveis por mais da metade dos acidentes de
trabalho com mutilação analisados pela Inspeção de Segurança e Saúde no
Trabalho,

alguns

Sindicatos

de

Trabalhadores

conseguiram

inserir

nas

Convenções Coletivas o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e
Similares (PPRPS) com o objetivo de garantir a proteção adequada à integridade
física e à saúde de todos os trabalhadores envolvidos nas diversas formas e
etapas do uso das prensas e equipamentos similares.

O Ministério do Trabalho vem desenvolvendo Notas Técnicas, pois pretende
integrar o PPRS as Normas Regulamentadoras como uma nova NR ou como um
anexo a NR12 – Maquinas e Equipamentos e com isto transformar o PPRPS em
obrigatoriedade extensível a todos trabalhadores expostos a este risco. Esta
padronização permite homogeneizar os procedimentos da fiscalização do
Trabalho e julgamento em ações Trabalhistas.

Cabe lembrar que a Constituição Federal assegura a adoção de medidas de
proteção contra os riscos inerentes ao trabalho (art. 7o, inciso XXII), o respeito à
dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho (art. 1o, incisos III
e IV), observada a função social da propriedade (art. 170, inciso VI) e o artigo 184
da CLT onde determina que todas as máquinas e equipamentos devem ser
dotadas dos dispositivos necessários para a prevenção de acidentes de trabalho.
1
Dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego podemos
citar a Nota Técnica NT016 que é à base da maioria dos PPRPS existentes nas
indústrias. Acordos Coletivos entre Sindicatos de Trabalhadores e Sindicatos
Patronais. No estado de São Paulo existe a Convenção Coletiva de melhoria das
condições de trabalho em prensas e equipamentos similares, injetoras de plástico
e tratamento galvânico de superfícies das Indústrias Metalúrgicas que é
praticamente cópia literal da NT do MTE. A Nota Técnica NT016 originou-se da
reunião do Grupo Técnico sobre Prensas e Equipamentos Similares do Ministério
do Trabalho e Emprego, realizada no dia 17 de março de 2005, com objetivo de
revisar a Nota Técnica NT / DSST / n.º 37, de 16 de dezembro de 2004, na
aplicação das normas sempre focado na segurança e princípios de boa prática
para a proteção de prensas e equipamentos similares com base nas Normas a
saber:


NBRNM 213/1 e 2 - Segurança de máquinas Conceitos fundamentais,
princípios gerais de projeto;



NBR 14009 - Segurança de máquinas - Princípios para apreciação de risco;



NBR 14153 - Segurança de máquinas - Partes de sistemas de comando
relacionadas à segurança - Princípios gerais para projeto;



NBRNM-ISO 13852 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança
para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores;



NBRNM-ISO 13853 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança
para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores;



NBRNM-ISO 13854 - Segurança de máquinas - Folgas mínimas para evitar
esmagamento de partes do corpo humano;



NBR 13970 - Segurança de máquinas - Temperaturas para superfícies
acessíveis - Dados ergonômicos;



NBR 13759 - Segurança de máquinas - Equipamentos de parada de
emergência - Aspectos funcionais - Princípios para projeto;



NBRNM 272 - Segurança de máquinas - Proteções - Requisitos gerais para
o projeto e construção de proteções fixas e móveis;

2


NBRNM 273 - Segurança de máquinas - Dispositivos de intertravamento
associados a proteções - Princípios para projeto e seleção;



NBR 14152 - Segurança de máquinas - Dispositivos de comando bi
manuais - Aspectos funcionais e princípios para projeto;



NBR 14154 - Segurança de máquinas - Prevenção de partida inesperada,
NBR 13930 - Prensas mecânicas - Requisitos de segurança;



IEC EN 61496, partes 1 e 2 - Safety of Machinery - Electro-sensitive
Protective, Equipment;



EN 692 – Mechanical Presses- Safety;



EN 999 - Safety of Machinery – The Positioning of Protective Equipment in
Respect of Approach Speeds of Parts of the Human Body;



Artigos 184 a 186 da CLT;



Normas Regulamentadora NR-12 – Maquinas e Equipamentos.

Devido às experiências bem sucedidas dos sindicatos de trabalhadores,
empregadores e poder público no sentido de regulamentar as condições de
trabalho com prensas e equipamentos similares, podemos afirmar que hoje a
indústria dispõe de tecnologia suficiente para a proteção de prensas e similares,
de forma a evitar acidentes, além do fato da Convenção n.o 119 da Organização
Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil e com vigência nacional desde 16
de abril de 1993, proíbe a venda, locação, cessão a qualquer título, exposição e
utilização de máquinas e equipamentos novos ou usados sem dispositivos de
proteção adequados. Porém no parque industrial brasileiro ainda ocorre à
utilização de equipamentos obsoletos e que oferecem riscos de acidentes.

São considerados dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de
prensagem ou de trabalho:


Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que
não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme
as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou
móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança,

3
garantindo

a

pronta

paralisação

da

máquina

sempre

que

forem

movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272;


Ferramenta

fechada,

significando

o

enclausuramento

do

par

de

ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos
dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e
13854;


Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou
categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR
14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto
teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930.
Havendo possibilidade de acesso a áreas de risco não monitoradas pela(s)
cortina(s),

devem

existir

proteções

fixas

ou

móveis

dotados

de

intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM
272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de
operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro
sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental
da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a
NBR 14154.

Sempre que as prensas e equipamentos similares sofrerem transformação
substancial esta deve ser realizada mediante projeto mecânico elaborado por
profissional

legalmente

habilitado,

acompanhado

de

Anotação

de

Responsabilidade Técnica (ART). O projeto deverá conter memória de cálculo de
dimensionamento dos componentes, especificação dos materiais empregados e
memorial descritivo de todos os componentes.
De acordo com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2005, podem
ser adotadas, em caráter excepcional, outras medidas de proteção e
dispositivos de segurança nas prensas e equipamentos similares, desde que
garantam a mesma eficácia das proteções e dispositivos mencionados,
atendendo o disposto nas Normas Técnicas oficiais vigentes.

4
2

OBJETIVO

O objetivo desta pesquisa é introduzir criar condições de segurança suficientes
para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização
de prensas e similares, obsoletas que oferecem riscos de acidentes de acordo
com

as

Convenções

Coletivas,

Normas

Técnicas

oficiais

e

com

a

NT016/DSS/2004, onde é permitido que sejam adotadas, em caráter excepcional,
outras medidas de proteção e dispositivos de segurança nas prensas e
equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções do
enclausuramento da zona de prensagem, a ferramenta fechada e a Cortina de
luz com redundância .

Por que outras medidas? Porque é necessário em um programa de adaptação,
prever o custo-benefício em relação ao desejado e a aceitação do operador do
novo sistema em uma maquina que ele já estava condicionado em operar de outra
forma, ou seja, é mais fácil uma um prensista se adaptar a uma maquina nova do
que a uma adaptação. Nem sempre as opções oferecidas pelas Convenções
Coletivas, Normas Técnicas oficiais e com a NT016/DSS/2004 são adaptáveis a
maquina existe, ou a prova de “gambiarras” pelo operador (com exceção da
ferramenta fechada).

Com a pesquisa procuraremos provar que as modificações introduzidas foram
eficientes quanto à prevenção e como se trata de uma verificação junto ao usuário
em curto prazo, a pesquisa tem um valor intangível indicativo da qualidade
percebida pelo operador da maquina, resultando em um valor indicativo
(qualitativo), portanto também será executada uma analise do custo do acidente
do trabalho em comparação ao custo da prevenção adotada, procurando
demonstrar a viabilidade, ou seja, que o custo de prevenção é menor que o custo
de um eventual acidente ou de um processo de fiscalização.

5
3

JUSTIFICATIVA

De acordo com Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2006 do Ministério
da Previdencia

Social., as doenças profissionais e os acidentes de trabalho

constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. As
estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam a ocorrência
anual de 160 milhões de doenças profissionais, 250 milhões de acidentes de
trabalho e 330 mil óbitos no mundo.

Segundo foi divulgado no site do INSS, em 2007 a Previdência Social gastou R$
10,7 bilhões com benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho
e de atividades insalubres. No ano de 2006, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo
com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil
acidentes do trabalho foram registrados no INSS naquele ano, número 27,5%
superior ao de 2006.

Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho

Fonte: DATAPREV, CAT., Arquivo 6Act01_07, do Anuário estatístico de acidentes do
trabalho, 2006. Brasília; Ministério da Previdência e Assistência Social. Disponível em:
http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=490

6
De acordo com dados publicados no site do Sindicato dos Metalúrgicos de São
Paulo e Mogi das Cruzes, filiado a Força Sindical a cada duas horas de trabalho,
morrem no país, três trabalhadores e a cada minuto de trabalho, ocorrem três
acidentes. O problema dos acidentes de trabalho assume maiores proporções do
que as estatísticas existentes permitem estimar, e o seu dimensionamento real,
inclusive quanto ao custo social, tem sido dificultado por diversos fatores.

A principal fonte de dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil é o
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), cujos dados oficiais se referem
apenas aos acidentes registrados e ocorridos entre os trabalhadores segurados,
não estando incluídos aqueles ocorridos com os trabalhadores do setor informal,
que representam importante parcela da população economicamente ativa. Os
demais fatores envolvidos são:



As restrições que a legislação acidentária progressivamente sofreu na
conceituação do acidente e das doenças relacionadas ao trabalho;



As restrições à concessão de benefícios por parte do INSS;



A falta de conhecimento do procedimento correto de notificação;



A pressão do trabalho ou o medo de que a ocorrência de uma exposição
possa refletir a falta de habilidade individual;



O fato de a notificação ser um procedimento demorado e também
complicado;



A parcela ainda restrita de organizações de trabalhadores envolvidas em
relação a esse assunto.

7
Figura 2: Acidente do Trabalho

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Em analise ao artigo original “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado
de São Paulo (Brasil)” publicada na Revista Saúde Pública vol.15 nº1 São
Paulo Feb. 1981 do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde
Pública da USP, dos autores Diogo Pupo Nogueira; Jorge da Rocha Gomes; Naim
Sawaia verificamos que a maioria dos acidentes de grande gravidade que resultou
em incapacidade permanente foi mais elevado nos acidentes provenientes das
pequenas empresas e mais elevado ainda entre os prensistas. Uma explicação
para os 56,9% de incapacitados permanentes em conseqüência de acidentes
ocorridos nas pequenas empresas, são suas condições precárias de segurança e
medicina do trabalho, além de problemas com a assistência médica aos
acidentados tais como: equipamentos obsoletos e sem proteção, falta de
treinamento e conhecimento dos riscos, excesso de confiança, demoras no
atendimento de emergência, agravamento de lesões por tratamento caseiro,
permanência no trabalho apesar da lesão, retorno ao trabalho precocemente,
entre outros.

8
Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador

Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 nº1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do trabalho
na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”, acesso em 11/05/2009 as 11:00 hrs:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002

Na continuidade ainda é observado que dentre os vários fatores que ocasionaram
os acidentes a maior freqüência modal recaiu no trabalho com prensas. Quase
sempre os acidentes em prensas são de natureza grave incluindo, na maioria das
vezes, perdas anatômicas importantes. Recomenda-se atenção especial para as
prensas mecânicas excêntricas, onde maior risco envolve as operações em
prensas com sistema de alimentação manual, comando tipo pedal e estampos tipo
aberto.

9
Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes

Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 no.1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do
trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”,acesso em 11/05/2009:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002

10
Em estudo realizado por Adelmo do Valle Sousa Leão, advogado empresarial
trabalhista, com especialização em RH / MBA pela USP, que atua no Peixoto e
Cury Advogados S.C em seu artigo “Mapeamento de risco de acidente evita ações
do

INSS”,

disponível

no

Site

Conjur

-

Consultor

Jurídico

–

http://www.conjur.com.br, publicou:
...“ A Lei 8.213/91 já estabelecia, em seu artigo 120, a possibilidade de o INSS ingressar
com “ação regressiva” para obter o ressarcimento, junto a empresas negligentes quanto
às normas de segurança e higiene do trabalho, de gastos com benefícios pagos pela
Previdência Social. Esse risco de passivo para as empresas já é real e agora tende a se
intensificar. Com o déficit da Previdência estimado em R$ 38 bilhões para 2009, a
tendência é haver um aumento de ações de regresso.
Segundo foi divulgado, em 2007 a Previdência Social gastou R$ 10,7 bilhões com
benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades
insalubres. No ano anterior, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo com o Anuário Estatístico
da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil acidentes do trabalho foram registrados
no INSS naquele ano, número 27,5% superior ao de 2006.
O Decreto 6.042/07, ao regular o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Nexo Técnico
Epidemiológico de Prevenção (NTEP), estabelece que a perícia médica do INSS, quando
constatar indícios de culpa ou dolo por parte do empregador em relação à causa geradora
dos benefícios por incapacidade concedidos, deverá oficiar a Procuradoria do INSS. A
perícia deve, então, subsidiar a Procuradoria com evidências e demais meios de prova
colhidos, notadamente quanto aos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais,
para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, e possibilitar o
ressarcimento à Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por
incapacidade permanente ou temporária.
As empresas já vêm observando com atenção as normas de segurança e higiene, mas
isso, isoladamente, não resolve o problema. As empresas devem gerenciar e,
especialmente, mapear os afastamentos, no sentido de descobrir os seus focos e origens,
que podem ser dos mais variados, como motivos ergonômicos, o medo de perder o
emprego ou até um gerente que não sabe lidar com seus subordinados. Os afastamentos
podem até ter origem por fatores externos e isso precisa ser detectado pelas empresas, o
que, na maioria das vezes, não vem ocorrendo com eficácia.
Um bom monitoramento dos afastamentos facilitará a defesa da empresa em recursos
administrativos e judiciais, especialmente nas ações de regresso do INSS. As empresas
devem estar atentas também a medidas que evidenciem e comprovem o cumprimento
das normas de segurança, para se defenderem de demandas dessa natureza sem
grandes transtornos.
Conforme noticiado pela Previdência, em 2008 a Procuradoria Regional Federal da 4º
Região, em parceria com o INSS, ajuizou ação regressiva acidentária perante a Justiça
Federal de Porto Alegre contra uma empresa metalúrgica que, segundo a petição inicial,
foi negligente no cumprimento e fiscalização das normas de proteção e segurança dos
trabalhadores. Segundo o informe, a “empresa reconheceu a culpa por acidente

11
acontecido com trabalhador, que sofreu a amputação de sete dedos das mãos ao operar
uma prensa mecânica sem os dispositivos obrigatórios de segurança, tanto que na ação
indenizatória movida pelo acidentado na Justiça do Trabalho firmou acordo de R$ 1,479
milhão, com danos morais e materiais”.

Ante o transcrito podemos concluir que o INSS não pretende assumir, ou pelo
menos pretende dificultar o pagamento dos valores indenizatórios referentes a
acidentes do trabalho. Portanto o risco de acidentes do trabalho esta se
transformando em risco de passivo trabalhista ou no mínimo um risco de sofrer
ações regressivas. Segundo os especialistas em acidentes do trabalho os
afastamentos da empresa (por acidentes ou não) geram vários custos para a
empresa que não são inventariados, sendo que ela deve contabilizar e administrar
melhor esse fluxo, especialmente em época de crise. Gerenciamento e ações de
melhoria no âmbito da Segurança e Saúde do Trabalho podem representar uma
grande economia para a empresa.

Voltando a introdução deste trabalho é importante lembrar que o Programa de
Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRS) é um
planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser
introduzidas em prensas e equipamentos similares, objetivando que nenhum
trabalhador deve executar as suas atividades expondo-se às zonas de risco
desprotegidas o programa é um meio de capacitação dos trabalhadores, como
forma de envolvê-los, de modo comprometido, com a segurança e saúde no
trabalho. Como exemplo do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais) o PPRPS (Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e
Similares), promove a proteção coletiva, entre outros, sempre com a participação
e o envolvimento de todos os interessados na questão, ou seja, os especialistas
em segurança e saúde no trabalho, profissionais de manutenção, da conservação,
da produção, de projetos, trabalhadores especializados, técnicos e auxiliares, e
representantes da direção da empresa.

12
Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

Existem estudos de associações medicas e dissertações de mestrado que
provam que o custo do tratamento é dez vezes maior que o da prevenção.

Portanto, além da busca pela qualidade na segurança e saúde no trabalho, a
conseqüente diminuição dos riscos no trabalho e dos riscos de passivo para as
empresas, o PPRPS acaba permitindo que trabalhadores comprometidos e
trabalhando de forma comprometida com segurança, produzam com mais
qualidade, maior produtividade criando um ambiente saudável, seguro e
financeiramente mais favorável.

13
4
4.1

REVISÃO BIBLIOGRAFICA:
Segurança de Máquinas: Leis e Normas

4.1.1 Hierarquia das Leis
De acordo com os preceitos do Direito do Trabalho as Leis seguem uma
hierarquia definida por:
1ª Constituição Federal – Emenda Constitucional:
2ª Decreto Lei, Leis Complementares, Leis Ordinárias e Leis Delegadas
3ª

Atos Normativos ( Decretos, Resoluções, Portarias, Medidas Provisórias,

Regimentos Internos, Ordem de Serviços, Convênios):
4ª Normas,
5ª Contratos, Convenções e Ordens de Serviço das Empresas
Figura 6: Hierarquia das leis

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

14
4.2

Leis


O Decreto Lei 5452, de 1 de maio de 1943 aprova a CONSOLIDAÇÕES
DAS LEIS DO TRABALHO - CLT



4.3

Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977 altera o Capitulo V do Titulo II da
CLT relativo à Segurança e Medicina do Trabalho

Portarias


Portaria 3214, de 08 de Junho de 1978 aprova as Normas
Regulamentadoras – NRs. Possuem força de lei; são de caráter abrangente
e fiscalizatório. São utilizadas pelos fiscais do trabalho para autuar
empresas

Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

15
4.4

NR e NT da ABNT


Normas Técnicas da ABNT:

o Normas tipo A: que definem com rigor conceitos fundamentais,
princípios de projetos e aspectos gerais válidos para todos os tipos
de máquinas.

o Normas tipo B: que tratam de um aspecto ou de um tipo de
dispositivo condicionador de segurança, aplicáveis a uma gama
extensa de máquinas, sendo.


Normas tipo B1: sobre aspectos particulares de segurança
(por exemplo, distâncias de segurança, temperatura de
superfície, ruído).



Normas tipo B2: sobre dispositivos condicionadores de
segurança (por exemplo, comandos bi manuais, dispositivos
de

intertravamento,

dispositivos

sensíveis

à

pressão,

proteções).

o Normas tipo C: que dão prescrição detalhadas de segurança
aplicáveis a uma máquina em particular ou a um grupo de máquinas.



Outros dispositivos normativos:

o Notas Técnicas

o Notas do MTE. Podem harmonizar o procedimento de fiscalização
das DRTs, exemplo: N.T. 46/2005


Abrangência: Todo o Brasil;



Máquinas: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos;



Define medidas necessárias para segurança das maquinas;

16
Figura 8: Normas Técnicas

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

17
4.5

Convenções Coletivas:


Convenções Coletivas são acordos que visam à melhoria das condições de
trabalho;
Exemplo: P.P.R.P.S. e P.P.R.M.I.
o Abrangência: Ind. Metalúrgicas do estado de S.P;
o Máquinas PPRPS: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos;
o Máquinas PPRMI: Injetoras de plástico e elastômeros
o Definem medidas necessárias p/ a segurança das maquina;
o Estabelece cronograma de implantação das medidas(prazo máx.
04/2007).

Figura 9: Hierarquia das Normas

Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano,
FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br

18
4.6

Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção

Prensas são equipamentos utilizados onde materiais diversos em placa ou chapa
são trabalhados sob operações de conformação ou corte, onde o movimento do
martelo (punção) é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de
um sistema mecânico (o movimento rotativo é transformado em linear através de
sistemas de bielas, manivelas ou fusos).

As prensas são máquinas ferramentas utilizadas, principalmente, na metalurgia
básica e na fabricação de produtos de metal para a fabricação de máquinas
elétricas (motores e geradores), linha branca (geladeiras, fogões, ventiladores,
exaustores) máquinas e equipamentos, máquinas de escritório e equipamentos de
informática, móveis com predominância de metal, veículos automotores, reboques
e carrocerias.

Como especificado no parágrafo anterior, as prensas são usadas para conformar,
moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças, nesses processos existe sempre um
martelo (punção) cujo movimento é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro
hidráulico) ou de um sistema mecânico (em que o movimento rotativo é
transformado em linear através de um sistema de bielas, manivelas ou fusos). Há
uma grande variedade de tipos e modelos de prensas, que variam quanto ao tipo,
modelo, tamanho e capacidade de aplicação de força ou velocidade.

No mercado, encontramos prensas com capacidade de carga de poucos quilos até
prensas de mais de 50.000 toneladas de força. No parque industrial brasileiro a
maioria das prensas é do tipo excêntrica que é a mais perigosa. O acionamento
das prensas pode ser feito por pedais, botoeiras simples, por comando bi manual
ou por acionamento contínuo.

19
Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas

Fonte: Brasil, SENAI Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São
Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Para efeito do PPRPS são considerados os seguintes tipos de prensas,
independentemente de sua capacidade:


Prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta;



Prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem;



Prensas de fricção com acionamento por fuso;



Prensas hidráulicas;



Outros tipos de prensas não relacionadas anteriormente.

4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho:
 Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que
não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme
as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou
móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança,
garantindo

a

pronta

paralisação

da

máquina

sempre

movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272;

20

que

forem


Ferramenta

fechada,

significando

o

enclausuramento

do

par

de

ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos
dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e
13854;


Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou
categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR
14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto
teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930.
Havendo possibilidade de acesso áreas de risco não monitoradas pela(s)
cortina(s),

devem

existir

proteções

fixas

ou

móveis

dotados

de

intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM
272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de
operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro
sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental
da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a
NBR 14154.

4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho
 As prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema de
acoplamento equivalente (de ciclo completo), as prensas de fricção com
acionamento por fuso e seus respectivos equipamentos similares não
podem permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores nas
áreas de risco, devendo adotar as seguintes proteções na zona de
prensagem ou de trabalho:
o Ser enclausuradas, com proteções fixas, e, havendo necessidade de
troca freqüente de ferramentas, com proteções móveis dotadas de
intertravamento com bloqueio, por meio de chave de segurança, de
modo a permitir a abertura somente após a parada total dos
movimentos de risco ou;
o Operar somente com ferramentas fechadas.

21


As

prensas

hidráulicas,

freio/embreagem,

seus

as

prensas

respectivos

mecânicas

equipamentos

excêntricas
similares

com
e

os

dispositivos pneumáticos devem adotar as seguintes proteções na zona de
prensagem ou de trabalho:
o Ser enclausuradas, com proteções fixas ou móveis dotadas de
intertravamento com chave de segurança ou;
o Operar somente com ferramentas fechadas ou;
o Utilizar cortina de luz conjugada com comando bi manual.
4.6.3 Válvulas de segurança
 As prensas mecânicas

excêntricas

com

freio/embreagem e

seus

respectivos equipamentos similares devem ser comandados por válvula de
segurança específica, de fluxo cruzado, conforme o item 4.7 da NBR 13930
e a EN 692, classificadas como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009.


A prensa ou equipamento similar deve possuir rearme manual, incorporado
à válvula de segurança ou em qualquer outro componente do sistema, de
modo a impedir qualquer acionamento adicional em caso de falha.



Nos modelos de válvulas com monitoração dinâmica externa por
pressostato, micro-switches ou sensores de proximidade, esta deve ser
realizada por Controlador Lógico Programável (CLP) de segurança ou
lógica equivalente, com redundância e auto-teste, classificados como tipo
ou categoria 4, conforme a NBR 14009.



Somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não
apresentem risco de entupimento, ou que tenham passagem livre
correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferirem no
tempo de frenagem.



Quando forem utilizadas válvulas de segurança independentes para o
comando de prensas e equipamentos similares com freio e embreagem
separados, estas devem ser interligadas de modo a estabelecer uma
monitoração dinâmica entre si, assegurando que o freio seja imediatamente
aplicado caso a embreagem seja liberada durante o ciclo, e também para
impedir que a embreagem seja acoplada caso a válvula do freio não atue.
22


Os sistemas de alimentação de ar comprimido para circuitos pneumáticos
de prensas e similares devem garantir a eficácia das válvulas de
segurança, possuindo purgadores ou sistema de secagem do ar e sistema
de lubrificação automática com óleo específico para este fim.



As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os
dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de segurança específica
ou sistema de segurança que possua a mesma característica e eficácia.



As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os
dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de retenção que impeça
a queda do martelo em caso de falha do sistema hidráulico ou pneumático.

4.6.4 Dispositivos de parada de emergência
 As prensas e equipamentos similares devem dispor de dispositivos de
parada de emergência, que garantam a interrupção imediata do movimento
da máquina ou equipamento, conforme a NBR 13759.


Quando utilizados comandos bi manuais conectáveis por tomadas
(removíveis) que contenham botão de parada de emergência, este não
pode ser o único, devendo haver dispositivo de parada de emergência no
painel ou corpo da máquina ou equipamento.



Havendo vários comandos bi manuais para o acionamento de uma prensa
ou equipamento similar, estes devem ser ligados de modo a se garantir o
funcionamento adequado do botão de parada de emergência de cada um
deles.



Nas prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema
de acoplamento equivalente (de ciclo completo) e em seus equipamentos
similares, admite-se o uso de dispositivos de parada que não cessem
imediatamente o movimento da máquina ou equipamento, em razão da
inércia do sistema.

23
4.6.5 Monitoramento do curso do martelo
 Nas prensas hidráulicas, prensas

mecânicas

excêntricas

com

freio/embreagem e respectivos equipamentos similares, não enclausurados,
ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo deverá ser monitorado
por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado mecanicamente à
máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme o item 4.9
da NBR13930.
4.6.6 Comandos elétricos de segurança
 As chaves de segurança das proteções móveis, as cortinas de luz, os
comandos bi manuais, as chaves seletoras de posições tipo yale e os
dispositivos de parada de emergência devem ser ligados a comandos
elétricos de segurança, ou seja, CLP ou relés de segurança, com
redundância e auto-teste, classificados como tipo ou categoria 4, conforme
a NBR 14009, com rearme manual. As chaves seletoras de posições tipo
yale para seleção do número de comandos bi manuais devem ser ligadas a
comando eletro-eletrônico de segurança de lógica programável (CLP ou
relé de segurança). Caso os dispositivos de segurança sejam ligados a CLP
de segurança, o software instalado deverá garantir a sua eficácia, de forma
a reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana,
em seu projeto, devendo ainda possuir sistema de verificação de
conformidade, a fim de evitar o comprometimento de qualquer função
relativa à segurança, bem como não permitir alteração do software básico
pelo usuário, conforme o item 4.10 da NBR 13930 e o item 12.3 da EN
60204.1
4.6.7 Pedais de acionamento
 As prensas e equipamentos similares que têm sua zona de prensagem ou
de trabalho enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas podem
ser acionadas por pedal com atuação elétrica, pneumática ou hidráulica,
desde que instaladas no interior de uma caixa de proteção, atendendo ao
disposto na NBR NM ISO 13852.
Obs.: Não é admitido o uso de pedais com atuação mecânica.
24
4.6.8 Proteção das transmissões de força
 As transmissões de força, como volantes, polias, correias e engrenagens,
devem ter proteção fixa, integral e resistente, através de chapa ou outro
material rígido (por exemplo chapa quadriculada) que impeça o ingresso
das mãos e dedos nas áreas de risco, conforme a NBRNM 13852. Nas
prensas excêntricas mecânicas deve haver também uma proteção fixa das
bielas e das pontas de seus eixos que resistam aos esforços de solicitação
em caso de ruptura. Nas prensas de fricção com acionamento por fuso
devem ter os volantes verticais e horizontais protegidos, de modo que não
sejam arremessados em caso de ruptura do fuso.
4.6.9 Aterramento elétrico
 As prensas e equipamentos similares devem possuir aterramento elétrico,
conforme as NBR 5410 e NBR 5419.
4.6.10 Ferramentas
 As ferramentas devem ser construídas de forma que evitem a projeção de
rebarbas nos operadores e não ofereçam riscos adicionais. As ferramentas
devem ser armazenadas em locais próprios e seguros. As ferramentas
devem ser fixadas às máquinas de forma adequada, sem improvisações,
com a máquina desligada e travada para evitar acionamento acidental
durante o processo de “Set-Up”.
4.6.11 Sistemas de retenção mecânica
 Todas as prensas devem possuir um sistema de retenção mecânica, para
travar a maquina antes do início dos trabalhos. O componente de retenção
mecânica utilizado deve ser pintado na cor amarela e dotado de interligação
eletromecânica, conectado ao comando central da máquina de forma a
impedir, durante a sua utilização, o funcionamento da prensa.

Obs.: Nas situações onde não seja possível o uso do sistema de retenção
mecânica, devem ser adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo
resultado, como por exemplo, chave elétrica geral com chave tranca.

25
4.6.12 Equipamentos similares específicos
 As guilhotinas, tesouras e cisalhadoras devem possuir grades de proteção
fixas e, havendo necessidade de intervenção freqüente nas lâminas, devem
possuir grades de proteção móveis dotadas de intertravamento com
bloqueio, por meio de chave de segurança, para impedir o ingresso das
mãos e dedos dos operadores nas áreas de risco, conforme a NBR NM-ISO
13852.


Os rolos laminadores, laminadoras, calandras e outros equipamentos
similares devem ter seus cilindros protegidos, de forma a não permitir o
acesso às áreas de risco, ou ser dotados de outro sistema de proteção de
mesma eficácia. Dispositivos de parada e retrocesso de emergências
acessíveis de qualquer ponto do posto de trabalho são obrigatórios, mas
não eliminam a necessidade da exigência das grades de proteção fixa.

Figura 11: Vista Parcial Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional

Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional

26
5

METODOLOGIA

A proposta desta pesquisa é diminuir os riscos em prensas antigas e obsoletas.
Vão ser projetados dispositivos de segurança suficientes para prevenir a
ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização dos
equipamentos que possam oferecer riscos de acidentes.
A atividade será medida através de uma avaliação preliminar dos riscos existentes
na

configuração atual

dos equipamentos antes da implementação

das

modificações e com a construção de um protótipo para medição e avaliação dos
riscos e o custo de implementação após executada a modificação conforme
projeto.
Para reduzir o risco os equipamentos serão reprojetados (“Retrofiting”) e os
operadores conscientizados por meio de 3 diferentes ações:


Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto possível mediante a introdução
de modificações no design da máquina:



Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos)



Introdução de sistema bi manual




Mão Mecânica para segurar o disco

Botão de parada de emergência

Tomar as medidas de proteção necessárias, em relação ao que não pode
ser eliminado.



Informar operadores para os riscos residuais, decorrentes de “ignorar”
medidas recomendáveis ou adotar atalhos para realizar o trabalho.

A hierarquia entre as medidas que serão tomadas quando a eliminação do perigo
não ocorre na primeira fase do projeto de reprojeto da máquina. Serão elas:


Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas



Utilizar proteção móvel ou dispositivo de proteção, tais como grade, etc.



Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)



Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente



Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão

27
5.1

cronograma

Este projeto de pesquisa está estimado para ser executado em 7 meses (a partir
de junho de 2009), conforme as etapas abaixo:

Etapas:



Pesquisa bibliográfica



Analise dos Riscos



Formulação do texto final para envio ao orientador até 23/11/2009



Levantamento de dados



Projeto dos Dispositivos



Instalação e teste dos dispositivos e equipamentos previstos na pesquisa



Treinamento dos operadores.



Nova analise de Risco



Processamento e análise dos resultados.



Redação final.



Defesa da Monografia (data provável dia 12 de dezembro de 2009)

Tabela 1 – Cronograma
cronograma

jun/09

jul/09

ago/09

1. Pesquisa bibliográfica
2. Analise dos Riscos
3. Formulação do texto Prof Nilton
4. Levantamento de dados
5. Projeto dos Dispositivos
6. Instalação e teste dos dispostivos
e equipamentos previstos na
pesquisa
7. Treinamento dos operadores.
8. Nova analise de Risco
9. Processamento e análise dos
resultados.
10. Redação final.
11. Defesa da Monografia

28

set/09

out/09

nov/09

dez/09

jan/10
6

6.1

DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Implantação do PPRPS

O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares
(PPRS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança
que devem ser implementadas em prensas e equipamentos similares. Um grupo
gestor será formado para analisar os riscos e programar as melhorias propostas
nesta pesquisa. objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas
atividades expondo-se às zonas de risco desprotegidas.

6.1.1 Formação de uma equipe gestora:
 Engenheiro de Segurança do Trabalho


Responsável pelo RH (Representante da Alta Direção da Empresa)



Supervisor de Produção



Líder do Setor de Estamparia



Representante da Área de Projetos



Representante da CIPA

6.1.2 Formulação do PPRPS:
6.1.2.1 Identificação da empresa

Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa
Razão Social
Endereço
Atividade
Nº de prensas/similares
Nº de funcionários
Responsável
Fonte: Senai/SP
6.1.2.2 Planta baixa com a localização das prensas

29
Desenho 1 – Croquis da Equacional

Fonte: Gentilmente cedido por Equacional

6.1.2.3 Identificação de cada prensa/equipamento similar

30
Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares
FICHA No 001
Equipamento:
Tipo:
Capacidade:
Local:
Equipamentos
Tipo
Auxiliares

6.1.2.3.1.1.1.1.1
Existentes

Fabricante
:
Modelo:
Ano Fab.:
Inventário:
Modelo

Fabricante

Sistemas ou dispositivos de proteção

Necessário implantar
Ações

Quem

Revisão e inspeção do equipamento
Responsável

Data

Fonte: Senai/SP

6.1.2.4 Cronograma de correção e instalação

31

Quando
Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting”
Equipamento
Nº
Correção necessária

001

002

003

004

Fonte: Senai/SP

32

Prazo
Assina
Responsável
dias
tura
6.1.2.5 Procedimentos seguros para troca de estampos e matrizes (O quadro
deve indicar as etapas de trabalho envolvidas na troca de ferramentas, os
riscos envolvidos nessa troca e o procedimento seguro a adotar em cada
etapa)
Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento
PROCEDIMENTO SEGURO DE TRABALHO
Troca de estampos e matrizes
AÇÃO:
Etapas de trabalho

Existência de riscos

Procedimento Seguro

APLICÁVEL AOS SEGUINTES CARGOS OU FUNÇÕES

Elab. 1a
edição

Revisão
data

Doc.

Téc. de Supervisor
segurança da área

Gerente
da área

Departa
mento

Fonte: Senai/SP

6.1.2.6 Controle de treinamento (preencher o quadro com informações sobre
um treinamento que será dado aos prensistas da empresa)
Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1
CONTROLE DE TREINAMENTO
CURSO:

Ministrado em
Carga horária

Validade

MINISTRADO POR:

Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico
seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS”
Participantes
Nome

Cargo

Conteúdo programático

Fonte: Senai/SP

33

Setor

Assinatura
6.2

PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS

Etapa onde serão realizados levantamentos técnicos das prensas, ferramental,
tipos de peças estampadas, proteção existentes, elaboração dos croquis de
proteções necessárias, implementação dos dispositivos escolhidos, relatório
fotográfico, registro das modificações, consolidação dos projetos de adaptação,
recolhimento das ART´s referentes ao “retrofiting”, elaboração dos procedimentos
seguros de operações.

6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas
Figura 12 : Estampo enclausurado

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:
 O estampo é fechado e só permite a entrada do material mas não da mão
do operador.
A proteção para enclausuramento do estampo deve ser:


forte e robusta e não pode ser facilmente removida



fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato.

Comentários:


Pode ser utilizado em qualquer tipo de prensa.



Deve ser previsto quando se projeta o estampo da prensa.

34


Para alguns tipos de peça sua utilização não é possível.



Oferece segurança total.

Ações executadas:


Compra de 04 estampos fechados para furos padrão



Mudança de Procedimento: os demais furos padrão e recorte do estator
rotor feita serão executados em ranhuradeira com faca combinada

Figura 13 : Estampo fechado para disco padrão

Fotografia gentilmente cedida por Equacional
Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apêndice B)

Fotografia gentilmente cedida por Equacional
35
6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção tais
grades, etc.
Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:
O enclausuramento de partes móveis da máquina é uma proteção mecânica de
algumas partes da máquina:


deve ser forte e robusta e fabricada em chapa, tela de aço ou
policarbonato, na forma de grades, barras ou capas;



quando o acesso a uma parte é constante, o enclausuramento deve ser
feito por proteção que não seja facilmente removível; quando o acesso a
ela é raro, a parte deve ser enclausurada por proteção fixa.

Comentários: Em qualquer equipamento, as partes móveis podem atingir o
operador. A instalação de proteções mecânicas protegem o operador.

Características:
A proteção para enclausuramento da zona de prensagem pode ser fixa ou móvel,
e deve ser:


forte e robusta e não pode ser facilmente removida
36


fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato



projetada para passar apenas o material e não a mão e os dedos do
operador



ligada eletricamente por sensores ao comando da prensa, fazendo com que
ela não funcione se for retirada

Comentários: A proteção não pode interferir na possibilidade de inspeção da
prensa.

Ações executadas:


Cobertura das partes móveis com proteções de chapa de aço



Cobertura das áreas de prensagem com tela de aço



Parâmetros utilizados:

Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760

Fonte: Norma NBR 13760:1996 (Cancelada)- Tabela 01 do Anexo A (conclusão)

37
Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853

Fonte: norma NBR NM ISO 13853 - ABNT

38
Figura 16: Prensa excêntrica numero 31

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 17: Prensa excêntrica numero 38

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

39
Figura 18: Prensa excêntrica numero 38

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 19: Prensa excêntrica numero 37

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

40
Figura 20: Prensa excêntrica numero 35

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)
Figura 21: Pinças.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

41
Características:
As pinças e tenazes são usadas, em geral, para o forjamento a morno e a



quente. O uso de pinças e tenazes em forjamento a frio só se justifica como
alternativa provisória antes da implantação de outros sistemas de segurança.
Comentários: É comum que os próprios operadores produzam suas próprias
pinças e tenazes, o que pode causar problemas, pois não há como garantir que a
matéria-prima tenha a qualidade necessária.
Ações executadas:


Compradas 05 pinças magnéticas idênticas às usadas na Brastemp

Figura 22: Pinça magnética

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

42
Figura 23: Pinça magnética em uso

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente
Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx

43
Características:
1. Base: Uma cadeira moderna possui 5 pés de apoio na base.
2. Assento: O assento deve possuir o bordo anterior curvado para baixo e
controles de altura, de forma que possa ajustá-la mantendo suas coxas
paralelas ao chão. A parte posterior da panturrilha (batata da perna) deve
ficar afastada do assento no mínimo de 2 ou 3 centímetros
3. Apoio lombar : Este deve apoiar a região lombar da coluna. Este apoio deve
possuir ajuste de altura e inclinação, independente dos ajustes do assento.
Comentários


O apoio lombar bem ajustado, auxilia na sustentação de toda a coluna.
Sem este apoio, esta sustentação é toda realizada pela musculatura da
coluna, concentrando todo o peso da parte superior do corpo na ultima
vértebra lombar. Sem o apoio e dependendo do tempo que se permanece
sentado, a musculatura pode entrar em fadiga gerando desconforto.



A necessidade de apoio de braço em alguns casos deve ser opcional, pois
em determinadas atividades ele pode atrapalhar gerando desconforto.
Devemos lembrar que este equipamento é um apoio e não um suporte.
Assim, não recomendamos a utilização constante do apoio durante
operação prolongada. Mesmo com um bom apoio de braço deve-se realizar
pausas ou micro pausas.



O assento deve distribuir o peso do corpo de maneira uniforme. O ajuste
alto demais, tende a comprimir a parte posterior da coxa próximo ao joelho.
Baixa demais, a força de compressão tende a se localizar apenas nas
nádegas. Ambas as situações geram desconforto e dificultam a circulação
sanguínea.

Ações executadas:


Compradas 06 cadeiras adaptadas ergonomicamente.

44
Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

45
6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio
Figura 27: Cadeado com sinalização

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:
São peças que permitem o travamento dos dispositivos de isolamento de energia.
Ou seja, com esses dispositivos evitam-se energizações acidentais.
A manipulação incorreta de válvulas, o acionamento acidental de disjuntores de
plugs industriais, de painéis elétricos, de chaves elétricas, etc. podem colocar em
risco a vida dos trabalhadores.
Para as diferentes fontes de energia, existem inúmeros dispositivos de bloqueio
que podem prevenir riscos no ambiente de trabalho e evitar a ocorrência de
acidentes.
Tipos de dispositivos de bloqueio:


Bloqueadores de válvulas: de esfera, de gaveta, borboleta, etc.



Multibloqueadores: em aço, em alumínio, em plástico, etc.



Etiquetas de segurança.



Cadeados industriais , supercadeado ou Bloqueador pneumático.

Comentários: É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do
controle de energia. Todos os dispositivos de comando devem ser sinalizados e
bloqueados, o que inclui, naturalmente o bloqueio da energia elétrica. A decisão
do quê e de como bloquear depende de cuidadosa análise de fontes de energia.

46
Ações executadas:


Todas as máquinas foram equipadas com chave geral I/O



Compradas Plaquetas (Etiquetas de segurança).

Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

47
6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco

Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:


Pode

ser

robotizada,

fazendo

movimentos

de

acamamento

e

posicionamento da matéria prima durante a estampagem.


Pode ser complementada por cortina de luz pois se o operador colocar a
mão em zona de prensagem a prensa pára.

Comentários: Pinça magnética não é mão mecânica. A pinça é um paliativo que
não oferece a proteção necessária ao operador e deve ser evitada, o braço aqui
sugerido é composto de um braço regulável, um atuador pneumático(BelAir), uma
válvula pneumática 5/2 posições (BelAir), Lubrifil mini (BelAir), Regulador de fluxo,
conexões e bolachas de posicionamento.
Ações executadas:


As maquinas 42, 43, e 44 foram equipadas com braços mecânicos de
projeto próprio da Equacional (solução caseira para minimizar custos).

48
Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional
Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.

49
Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional
Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.
50
Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto.

Fotografia gentilmente cedida por Equacional
Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44

Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA.

51
6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos)
Figura 33: Pedal de acionamento.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:
É uma alavanca projetada para ser operada pelos pés do operador, em



prensas do tipo com engate por chaveta.
Dispositivo que permite que o operador controle o funcionamento da



prensa, ativando-a ou parando-a com um de seus pés.


O pedal pode ter atuação elétrica, pneumática ou hidráulica.



É proibida, pelo Parágrafo 1º da Clausula 6ª da Convenção, a utilização de

pedais com acionamento mecânico em prensas ou equipamentos similares.
O pedal deve ser instalado numa caixa de proteção.



Comentários: Os pedais de acionamento devem ser usados em prensas que têm
sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas,
pois o operador pode inadvertidamente ativar a prensa enquanto suas mãos se
encontram na zona de prensagem.
Ações executadas:


Eliminação os pedais mecânicos.



Introdução de sistema bi manual.



Introdução do Botão de parada de emergência.

52
6.2.8 Comando Bi manual
Figura 34: Exemplo de comando bi manual.

Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo,
1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx
Características:


Apresenta-se de diferentes formas, segundo o tipo de prensa em que
estiver instalado: para excêntricas com engate por chaveta, o comando bi
manual deve obrigar o operador a manter-se afastado da zona de
prensagem;



Em prensas excêntricas com freio/embreagem, os comandos ficam perto da
zona de prensagem, mas impedem que as mãos se aproximem dela.



Dois botões de comando que devem ser pressionados simultaneamente
(defasagem de tempo inferior a 0,5 segundos), para que a prensa funcione.
Se um dos botões não estiver pressionado a máquina é impedida de
continuar funcionando.



Obriga o operador a estar com as duas mãos no dispositivo impedindo-o de
chegar à zona de prensagem.



O design da prensa deve impedir a operação inadequada da prensa. Deve
ser corretamente construído e instalado.



O comando bi-manual comutado por temporizador não permite que os
operadores travem um dos comandos e passem a alimentar a prensa com
a mão que ficou livre.

53


Com o temporizador, os comandos devem ser atuados simultaneamente
em determinado tempo, exigindo que o operador esteja com as duas mãos
ocupadas até o início do movimento.

Comentários: Não é um dispositivo completamente seguro; ele protege apenas o
operador, não protege outras pessoas que transitam perto da prensa.
Ações executadas:


Eliminação os pedais mecânicos.



Pedestal ajustável marca New teck (051) 3484-6993 (R$286,00) e Botão
cogumelo de mínimo esforço e botão de parada de emergência monitorado
de segurança de 22 mm.



Kits pneumáticos para comando Bi-Manual ARD (protótipo R$ 1.560,00
demais unidades R$ 510,00).



Instalação: Equipe de Manutenção própria.

Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável

Fonte: Catalogo New-teck
54
Figura 36: Kit de acionamento Bi manual:

Fonte: Catalogo Equipamentos de segurança ARD Indústria e Comércio Ltda.

55
6.2.9 Soluções não adotadas
A nota técnica NT016/DSS/2004 recomenda a utilização:


Cortina de luz com redundância



Válvulas de segurança



Monitoramento do curso do martelo



Sistemas de retenção mecânica

A nota técnica e a convenção coletiva recomendam utilizar cortina de luz
conjugada com comando bi manual. Foi utilizado o comando bi manual. A cortina
de luz nas condições estruturais inviabiliza o uso das prensas mecânicas onde o
operador fica sentado. Seu uso é recomendado para prensas hidráulicas com
extrator de grande porte, onde o risco não se limita aos membros superiores. Nas
prensas trabalhadas o risco limita-se somente aos membros superiores. Na
prensa hidráulica foi criada uma gaiola externa na área de risco feita de chapa
perfurada e com a porta de acesso intertravada com o acionamento da bomba
hidráulica, ou seja, a prensa só pode ser acionada com a gaiola fechada.

No sistema hidráulico, a norma EN 693 recomenda a utilização de válvulas
monitoradas eletricamente. Isso implica na troca de todos os componentes
hidráulicos. A solução adotada descrita acima elimina a válvula.

O monitoramento do martelo deve ser realizado nas prensas hidráulicas, prensas
mecânicas excêntricas com freio/embreagem e respectivos equipamentos
similares, não enclausurados, ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo
deverá ser monitorado por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado
mecanicamente à máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme
o item 4.9 da NBR13930. Neste trabalho a empresa optou por usar somente
ferramentas fechadas atendendo esta recomendação de outra forma.

56
Sistema de retenção mecânica compostos de um calço de segurança, ou seja ,
uma barra de aço que impeça a queda da parte superior da prensa durante uma
operação de troca de ferramenta e/ou manutenção. Este calço deve ser ligado ao
comando da máquina de forma a impedir que ela seja acionada se o calço estiver
fora da sua posição de repouso. Com esta ligação impede-se que a máquina seja
acionada com o calço dentro da área de prensagem. Normalmente dimensiona-se
a resistência mecânica do calço para o peso das partes móveis. Assim, deve
evitar que a força exercida pela máquina, que facilmente chega a algumas
toneladas, seja aplicada diretamente sobre o calço. As modificações no sistema
elétrico foram feitas de forma a melhorar o quadro elétrico e adaptando-o com
mais espaço, componentes e ligações novas. Para substituição deste item foi feito
conforme a orientação da NT016/DSS/2004 onde especifica que nas situações
onde não seja possível o uso do sistema de retenção mecânica, devem ser
adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo resultado, como por
exemplo, chave elétrica geral com chave tranca, no caso foi utilizada chave
elétrica geral do tipo chave com indicação de ligado e desligado (Chave I/O, pag.
47, fig. 28).

O custo para estas modificações supera facilmente a casa das dezenas de
milhares de reais. A empresa decidiu não realizar estas modificações. De acordo
com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2004, podem ser adotadas,
em caráter excepcional, outras medidas de proteção e dispositivos de segurança
nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das
proteções e dispositivos mencionados, atendendo o disposto nas Normas
Técnicas oficiais vigentes, as modificações mecânicas foram feitas com o
acréscimo das grades de proteção e a analise de riscos comprova o atendimento
ao NT016/DSS/2004. com base na NBR NM 272 - 2002 - Segurança de Maquinas
- Proteções - Requisitos Gerais para o Projeto e Construção de proteções fixas e
móveis.
Conclusão: Nenhuma outra modificação se faz necessária.

57
6.2.10

Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão

O treinamento de profissionais é indispensável para garantir uma operação com
qualidade e com segurança. A capacitação deve atingir todas as instâncias da
empresa, desde o técnico ou engenheiro de segurança até operadores e
profissionais de manutenção.

Para a introdução de dispositivos de segurança nas máquinas, os profissionais
devem ser preparados para conhecer as possibilidades existentes no mercado e
decidirem em relação aos dispositivos mais adequados para cada uma das
máquinas específicas.

Ao introduzir modificações nas máquinas para aumentar a segurança é
indispensável que os profissionais sejam preparados para a nova situação e que
compreendam o significado das modificações.

O treinamento específico para operadores de prensas ou equipamentos similares
deve obedecer ao seguinte currículo básico:

a) Tipos de prensas ou similares
b) Princípio de funcionamento
c) Sistemas de proteção
d) Possibilidades de falhas dos equipamentos
e) Responsabilidade do operador
f) Responsabilidade da chefia imediata
g) Riscos na movimentação e troca dos estampos e matrizes
h) Calços de proteção
i) Outros

58
O treinamento específico para movimentação e troca de ferramentas, estampos e
matrizes deverão ser ministradas para os operadores e funcionários responsáveis
pela troca e ajuste dos conjuntos de ferramentas em prensas e similares, devendo
conter:
a) Tipos de estampos e matrizes
b) Movimentação e transporte
c) Responsabilidades na supervisão e operação de troca dos estampos e
matrizes
d) Meios de fixá-los à máquina
e) Calços de segurança
f) Lista de checagem (check list) de montagem
g) Outros.

Obs: O treinamento básico para trabalhadores envolvidos em atividades
com prensas e equipamentos similares deverá ser ministrado com
condição fundamental, antes do início das atividades, conforme o
disposto no item 1.7, alínea “b”, da NR-1

O responsável pelo treinamento deve :
a) Controlar as características dos treinamentos que já foram ou serão
executados.
b) Possuir documentação relativa à comprovação da participação do
funcionário no treinamento e uma declaração assinada pelo próprio
funcionário atestando que efetivamente recebeu o treinamento.
c) Possuir comprovação do conteúdo programático desenvolvido no curso.

59
6.2.10.1

Controle de treinamento

Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34)
CONTROLE DE TREINAMENTO
CURSO:

Ministrado em
Carga horária

Validade

MINISTRADO POR:

Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico
seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS”

Participantes
Nome

Cargo

Setor

Assinatura

Conteúdo programático

Fonte: Senai/SP

6.2.11

Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados

Para efeito de segurança em prensas, considera-se que um risco é uma função da
severidade do dano possível e da probabilidade de ocorrência desse dano. Um
dos princípios da avaliação de risco é o de que ela deve ser realizada durante
todas as fases da “vida” das máquinas, o que implica acompanhamento constante
e permanente para garantia de segurança. Além desse princípio, outro se refere à
idéia de que a avaliação de risco implica julgamentos que se apóiam em métodos
qualitativos e, na medida do possível, em quantitativos.

Para que seja possível avaliar os riscos envolvidos em prensas, recomenda-se o
uso de alguns critérios baseados na NBR 14009 Princípios para apreciação de

Riscos; EN954-1 - Anexo B e várias outras normas em vigência.
60
Esses critérios válidos para qualquer máquina e equipamento têm como limites:



a gravidade prevista pelo dano

Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco
S=

Severidade (gravidade) de ferimento potencial
S1 -> Leve (em geral inteiramente reversível, por
exemplo, arranhão, contusão)
S2 -> Grave (em geral irreversível, incluindo morte)

Figura 36: Grau de Severidade

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas



a permanência em áreas perigosas

Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos
F=

duração ou freqüência de exposição ao risco
F1 -> Exposição pouco freqüente e/ou curta exposição (quando o
acesso somente é necessário de tempo em tempo e/ou a
exposição acontece por um curto período)
F2 -> Exposição freqüente e contínua ou de longa duração (se a
pessoa se encontra exposta freqüentemente ao ponto de risco)

61
Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas



a possibilidade de evitar o risco

Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco
P = Possibilidade de evitar o risco
P1 -> Possível sob condições específicas (o operador
reconhece o risco e evita ferimentos)
P2 -> Pouco possível (o operador não reconhece o risco e
não evita ferimentos)

Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco

Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas

Geralmente se encontram relacionados à velocidade à qual se origina, a
proximidade do ponto de risco, o nível de treinamento e a experiência do
operador. Se, na opinião do responsável, o operador reconhece o risco e evita
ferimentos, deverá selecionar P1, e em caso contrário, P2.

62


Verificação do Risco NBR14009 / EN954-1 - Anexo B

Uma vez definido o Risco conforme figura 40, devesse comparar o Risco
comparar com Risco inicial / Final e fazer tabela comparativa das melhorias
obtidas.

Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco

Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa
Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO
Figura 40: Avaliação do Risco

Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa
Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO

63
6.2.12

Ordem de Serviço para Prensista

De acordo com a NR-01 da Portaria 3.214/78, cabe ao empregador elaborar
ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho com o intuito de
prevenção e ao trabalhador cumprir o estabelecido no Artigo 157, item II e Artigo
158 da CLT, com nova redação dada pela lei nº 6514 de 22/12/1977. Toda vez
que mudamos os equipamentos, máquinas, “layout”, condição do ambiente ou
procedimento, equivale a uma nova condição de risco, portanto uma nova ordem
de serviço deve ser elaborada para a função. A ordem de serviço completa para
prensista na revisão 2009, encontra-se no anexo “A” deste trabalho. Abaixo estão
descritos os riscos avaliados, EPI´s e EPC´s recomendados:
Tabela 13 – Riscos Ocupacionais.

Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório.

64
Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas.

Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório.

Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada”

Fotografia gentilmente cedida por Equacional

65
7

CONCLUSÕES

7.1

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

Para analisar o custo de implantação do projeto e necessário definir alguns
parâmetros:



número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);



salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$
1,029,60);



custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica,
seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte,
INSS, férias e 13º): 132%;



Custo do salário = R$ 2.388,67;



Custo com BDI por parada de maquina neste setor: 103%;



HH= R$ 22,04 (para 220 horas);



uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor).

7.1.1

Custo de treinamento:

Formação de uma equipe gestora: 36 HH;
Avaliação de Riscos: 24 HH;
Formulação do PPRPS: 24 HH;
Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão: 72 HH;
Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados: 30 HH;

Custo treinamento = 186 HH = R$ 4.099,44.

66
7.1.2


Custo das modificações físicas:
Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas:
Preço médio unitário = R$ 820,00
05 Unidades = R$4.100,00



Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção, tais grades, etc.
Preço médio unitário = R$ 396,00
08 unidades = R$ 3.168,00



Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)
Preço unitário = R$ 42,00
05 unidades = R$ 210,00



Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente
Preço unitário = R$ 332,00
06 lugares = R$ 1.992,00



Fornecer Sistema de Bloqueio
Botão segurança= R$ 61,00
Chave 0-I = R$ 32,00
08 unidades = R$ 744,00



Mão Mecânica para segurar o disco
Cada dispositivo = R$ 1.203, 00
03 maquinas = R$ 3.609,00



Modificação do sistema de pedais
Preço médio unitário = R$ 450,00
07 maquinas = R$ 3.150,00



Comando Bi manual
Preço médio unitário = R$ 890,00
08 maquinas = R$ 7.120,00

Custo dos equipamentos implementados = R$ 24.093,00

67
7.1.3

Custo total do projeto:

CUSTO TOTAL = MDO APLICADA + MATERIAL
CUSTO TOTAL = R$ 4.099,44 + R$ 24.093,00 = R$ 28.192,44

7.2

CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS

Para analisar o custo de um acidente vamos considerar um acidente simples sem
mutilação com afastamento normal de 15 dias pela empresa e 15 pelo INSS

a) Vamos utilizar os mesmos valores do item 7.1:


número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);



salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$
1,029,60);



custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica,
seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte,
INSS, férias e 13º): 132%;



Custo do salário = R$ 2.388,67;



Custo BDI por parada de maquina neste setor: 103%;



HH= R$ 22,04 (para 220 horas);



uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor).

b) Embasamento teórico e formulação matemática :

Pesquisa feita pela Fundacentro revelou a necessidade de modificar os conceitos
tradicionais de custos de acidentes e propôs uma nova sistemática para a sua
elaboração, com enfoque prático, denominada Custo Efetivo dos Acidentes, como
descrito a seguir ( ver na página 13 à Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho):

68
Ce = C - i
Ce = Custo efetivo do acidente
C = Custo do acidente
i = Indenizações e ressarcimento recebidos por meio de seguro ou de terceiros
(valor líquido)

C = C1 + C2 + C3

C1 = Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias)
em conseqüência de acidente com lesão;

C2 = Custo referente aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e
materiais danificados (acidentes com danos a propriedade);

C3 = Custo complementares relativos às lesões (assistência médica e primeiro
socorros) e os danos a propriedade (outros custos operacionais, como os
resultantes de paralisações, manutenções e lucros interrompidos).

C1 = R$ 2.388,67 / 2 = R$ 1.194,33
C2 = R$ 0,00
C3 = reposição de 220 HH = R$ 4.848,80
C3 = primeiros socorros = R$ 110,00
C3 = perda de bônus assistência médica = 2% de R$ 12.450,00 = R$ 249,00
C3 = Aumento da carga de seguro do INSS sobre a folha nos níveis de risco de
acidentes do trabalho = 0,2% de R$ 233.000,00 = R$ 466,00
C3 = emissão da CAT = 2HH = R$ 44,08

i = R$ 0,00
Ce = Custo de um acidente = R$ 6.912,21

69
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Monografia marcelo eng seg

  • 1. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Centro de Pós-Graduação PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10 Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas Marcelo Gandra Falcone Orientador: Nilton Francisco Rejowski São Paulo 2009 i
  • 2. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE Centro de Pós-Graduação PÓS-GRADUAÇÃO Lato Sensu Curso de ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - TURMA EST 10 Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas Marcelo Gandra Falcone Orientador: Nilton Francisco Rejowski Monografia apresentada ao Centro de Pós Graduação da Universidade Nove de Julho Uninove, como requisito final à obtenção do grau de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. São Paulo 2009 ii
  • 3. Falcone, Marcelo Gandra Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas./ Marcelo Gandra Falcone – São Paulo, SP: Uninove / Universidade Nove de Julho, Departamento de Pós Graduação, 2009. i-xx, 1-121 - f.:141: il.; 31 cm. Orientador: Nilton Francisco Rejowski Monografia (pós graduação “Latu Sensu”) –: Uninove / Universidade Nove de Julho, Pós Graduação de Engenharia em Segurança do Trabalho, dezembro de 2009. Referências bibliográficas: f. 74-76 1. Prensas. 2. Engenharia de Segurança do Trabalho. 3. Dispositivos em prensas. 4. Acidentes do trabalho. 5. NR12. 6. Braço mecânico. 7. Duplo comando. 8. Ferramenta fechada. 9.Proteção e enclausuramento - Monografia. I. Rejowsk, Nilton Francisco i. II. Uninove / Universidade Nove de Julho. III Diminuição dos riscos em prensas antigas e obsoletas. iii
  • 4. Diminuição dos Riscos em Prensas Antigas e Obsoletas Por Marcelo Gandra Falcone Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia De Segurança Do Trabalho, para obtenção do grau de Especialista em Engenharia De Segurança Do Trabalho, pela Banca Examinadora, formada por: ________________________________________________________ Presidente: Prof. Nilton Francisco Rejowski – orientador, Uninove Membro: Prof. Marcelo Eloy Fernandes, Uninove ________________________________________________________ Membro: Profa. Eliacy Cavalcanti Lelis, Uninove São Paulo, de de 2009. iv
  • 5. Dedico esta obra as mulheres de minha vida, mulheres estas, que de forma desprendida e comprometida, tanto procuram dar apoio, proteção e estimulo criando motivação, sentimentos mais nobres e um colorido especial, em meu dia a dia, permitindo que pudesse me embrenhar em novos desafios, investindo em sabedoria e conhecimento, criando uma pequena ferramenta que pudesse entusiasmar as pessoas pensarem em modernizar equipamentos em prol da segurança e respeito à integridade física de nossos companheiros de trabalho, algo difícil dentro desta turbulenta e apressada rotina do trabalho que vivemos intensamente durante nossa breve existência. À minha adorada esposa Alessandra, Rosa, minha mãe querida Minhas filhas de coração Zig, Ziginha e Mayara, Dedico também ao meu pai Prof. Dr. Áureo Gilberto Falcone, meu mentor, orientador e sublime exemplo e a nossa filha Gabriela que nos deixou no momento de nascer para virar estrela e brilhar em nossas vidas como uma lembrança feliz cheia de esplendor e luz. (em memória). v
  • 6. Agradecimentos Aos colegas da Equacional Elétrica e Mecânica Ltda., pois todas as soluções encontradas foram feitas com apoio integral dos senhores Marcos Gandra Falcone, Rosa Cheganças Gandra Falcone, Carlos Laffitte Junior, Ivan Eduardo Chabu e José Américo Milanese. Estas soluções em sua maioria foram idealizadas pelo Sr José Américo e projetadas e executadas pelos funcionários da Equacional, até mesmo em finais de semana. Foi o apoio da Alta direção da empresa e dos funcionários que viabilizou este trabalho. Agradeço ao Eduardo “Marcelinho”, que fez os desenhos técnicos contidos neste trabalho. Agradeço ao Daniel pelas fotografias cedidas. Agradeço aos Colegas de Contru da PMSP, Karina, Raul, Roberto, Francisco Miguel, Joel, Aguinaldo, Renato e Kuniaki, pelo incentivo e organização que proporcionaram meu ingresso no curso e posteriormente persistindo e fazendo que esta corrente me levasse a ter coragem e suportar um curso de 680 horas. Agradeço a meu Professor orientador: Nilton Francisco Rejowski pelas palavras e atos de encorajamento e que apesar da sobrecarga de trabalho destinou o tempo necessário para a concretização deste trabalho. Agradeço aquele que disse enquanto eu estava fazendo a nova avaliação de riscos após as modificações e não quis seu nome revelado para evitar confronto com as chefias: “Hoje, o funcionário policia os colegas, procurando evitar acidentes e a CIPA deixou de ser uma reunião para aqueles que querem estabilidade de emprego e tomar cafezinho, para tornar-se mais atuante nas ações corretivas e preventivas”. Agradeço a São João Bosco pela obra de São Francisco de Sales e exemplos de persistência e coragem. vi
  • 7. Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você. Kim Hubbad – In "O melhor do mau humor", coletadas por Ruy Castro, Companhia das Letras - São Paulo, 1990. vii
  • 8. RESUMO Estudo de caso sobre a instalação de dispositivos de proteção coletivas em prensas mecânicas e similares antigas e obsoletas, utilizadas na estamparia de peças metálicas, visando à diminuição dos riscos e adequação as normas de segurança vigentes brasileiras e internacionais. Palavras-chave: Segurança 1, Proteção 2, Prensa 3. viii
  • 9. ABSTRACT Case study on the installation of collective protection at power presses and similar old and obsolete, used in metals stamping parts, in order to decrease the risks and the adequacy of existing security standards here and abroad. Keywords: security 1, protection 2, presses 3. ix
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho ..................................................... 6 Figura 2: Acidente do Trabalho ............................................................................... 8 Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador .................... 9 Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes ..................................................... 10 Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho ............................................................ 13 Figura 6: Hierarquia das leis................................................................................. 14 Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE ...................................................... 15 Figura 8: Normas Técnicas ................................................................................... 17 Figura 9: Hierarquia das Normas .......................................................................... 18 Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas .................................................... 20 Figura 11: Vista Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional ......... 26 Figura 12 : Estampo enclausurado........................................................................ 34 Figura 13 : Estampo fehado para disco padrão..................................................... 35 Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apendice B) .............................. 35 Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal..................... 36 Figura 16: Prensa excêntrica numero 31............................................................... 39 Figura 17: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 39 Figura 18: Prensa excêntrica numero 38............................................................... 40 Figura 19: Prensa excêntrica numero 37............................................................... 40 Figura 20: Prensa excêntrica numero 35............................................................... 41 Figura 21: Pinças. ................................................................................................. 41 Figura 22: Pinça magnética................................................................................... 42 Figura 23: Pinça magnética em uso ...................................................................... 43 Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 43 Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45 Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada ................................................... 45 Figura 27: Cadeado com sinalização .................................................................... 46 Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 47 Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção ................................ 48 Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto. ....................................................... 49 x
  • 11. Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 50 Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto. ..................................................... 51 Figura 33: Pedal de acionamento.......................................................................... 52 Figura 34: Exemplo de comando bimanual. .......................................................... 53 Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável....................................... 54 Figura 36: Kit de acionamento Bimanual:.............................................................. 55 Figura 36: Grau de Severidade ............................................................................. 61 Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco .............................................. 62 Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco .............................................. 62 Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco............................................................ 63 Figura 40: Avaliação do Risco............................................................................... 63 Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada” ..................... 65 Figura 43: Maquete da Nova Fabrica da Equacional (prev. 2010) ........................ 88 Figura 44: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89 Figura 45: Hidrogeradores da PCH São Mauricio – Fabr. Equacional 2009 ......... 89 Figura 51: Esquema de Seqüência de estamparia................................................ 99 Figura 52: Exemplo de disco cortado. ................................................................. 100 Figura 53: Esquema de protocolo dimensional ................................................... 101 Figura 54: Chapa ranhura do estator .................................................................. 102 Figura 55: Empilhamento das Sobras do Estator ................................................ 103 Figura 56: Protocolo Dimensional (Instrução de Trabalho) ................................. 104 Figura 57: Disco do rotor (sobra do estator, Fig. 55)........................................... 105 Figura 58: Chapa ranhura do estator .................................................................. 106 Figura 59: Protocolo Dimensional ....................................................................... 108 Figura 60: Núcleo de rotor montado sobre o eixo com barramento condutor...... 109 Figura 61: Núcleo de estator montado com tirantes............................................ 110 Figura 62: Chapa ranhura do estator. ................................................................. 110 xi
  • 12. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Cronograma......................................................................................... 28 Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa................................................... 29 Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares ........ 31 Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting” .............................................. 32 Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento........................................................ 33 Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1 ................................................ 33 Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760 .......................................... 37 Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853 .............................................. 38 Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34) ........... 60 Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco.............. 61 Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos........ 61 Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco ..................... 62 Tabela 13 – Riscos Ocupacionais. ........................................................................ 64 Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório......... 64 Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas. ......... 65 Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório............ 65 Tabela 17 - Gradação das Multas (em UFIR)........................................................ 71 Tabela 18 - Classificação das Infrações................................................................ 72 Tabela 19 – Multa referente a reincidência ........................................................... 72 Tabela 20 – Valores das Multas em Reais ............................................................ 73 Tabela 21 – Máquinas e Ferramentas disponíveis................................................ 92 Tabela 22 - Velocidade de estampagem (limites por inércia da chapa). ............... 97 LISTA DE DESENHOS Desenho 1 – Croquis da Equacional ..................................................................... 30 Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42........................................... 49 Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43........................................... 50 Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44........................................... 51 xii
  • 13. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AAF - Análise de Árvore de Falhas ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ABPA- Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes ACGIH - American Conference of Governametal Industrial Higienists AI - Agente de Inspeção ANSI - American National Standards Institute ANVS - Associação Nacional de Vigilância Sanitária APR - Análise Preliminar de Riscos ARE - Análise de Risco Específico ART - Anotação de Responsabilidade Técnica ASME - American Society of Mechanical Engineers ASO - Atestado de Saúde Ocupacional AT - Acidente de Trabalho AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros BDI - Benefícios e Despesas Indiretas C - Código do EPI. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3 CA - Certificado de Aprovação CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho CCT - Convenção Coletiva do Trabalho CEI - Cadastro Específico do INSS CEN – Comitê Europeu de Normalização CGC - Cadastro Geral de Pessoa Física CID - Código Identificador de Doença; Classificação Internacional de Doenças CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT - Consolidação das Leis do Trabalho CNAE - Código Nacional de Atividades Econômicas CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CTPS - Carteira de Trabalho Previdência Social xiii
  • 14. dB - Decibel DIN - Deutsche Industrien Normen, Deutsches Institut für Normung DNSST - Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho DORT - Distúrbio(S) Osteomuscular(Es) Relacionado(S) ao Trabalho DRT - Delegacia Regional do Trabalho DRTE - Delegacia Regional do Trabalho e Emprego DSST - Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho EN. - Norma Européia EPC - Equipamento de Proteção Coletiva EPI - Equipamento de Proteção Individual EST - Engenheiro de Segurança do Trabalho; Engenharia de Segurança do Trabalho FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FISP - Folha de Informação Sobre o Produto FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e Med. do Trabalho GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. GHE - Grupo Homogêneo de Exposição GHR - Grupo Homogêneo de Risco GLP - Gás Liquefeito de Petróleo GNV - Gás Natural Veicular GR - Grau De Risco HSTA - Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente I - Grau de Infração. Por exemplo: C = 118.211-0/I=3 IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBUTG - Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo IN - Instrução Normativa. Sucede-se ao IN um número. Por exemplo IN-84 INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social xiv
  • 15. ISO - International Organization for Standardization LEM - Laudo de exame médico Leq - Level equivalent LEO - Limite de Exposição Ocupacional LER - Lesão por Esforço Repetitivo LER/DORT - Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho LP - Líquido penetrante LT - limite de tolerância LTCA - Laudo Técnico de Condições Ambientais LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho. MBA - Master of Business Administration MRA - Mapa de Risco Ambiental MTb - Ministério do Trabalho MTE - Ministério do Trabalho e Emprego NBR - Norma brasileira Neq - Nível Equivalente, o mesmo que Leq NE - Nível de Exposição NEN - Nível de Exposição Normalizado NFPA - National Fire Protection Association NHO - Norma de Higiene Ocupacional NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health NIT - Número de Identificação do Trabalhador NOB - Norma Operacional Básica NR - Norma Regulamentadora NRR - Nível de Redução de Ruído NRR-SF - Noise Reduction Rating - Subject Fit NT - Notas Técnicas do MTE. Procedimentos de fiscalização das DRTs OCRA - Occupational Repetitive Assessement OHSAS - Ocupational Health Safety Assessment Series OIT - Organização Internacional do Trabalho (em Inglês, ILO) xv
  • 16. OMS - Organização Mundial da Saúde ONG - Organização Não-Governamental OS - Ordem de Serviço OSHA - Occupational Safety and Health Administration PAE - Plano de Ação Emergencial PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído PAIRO - Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador PCA - Programa de Conservação Auditiva PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção Civil PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PDCA - Plan, Do, Check, Act PH - Profissional Habilitado pH - Potencial Hidrogenio-iônico PMOC - Plano de Manutenção, Operação e Controle PPD - Pessoa Portadora de Deficiência PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário PPR - Programa de Proteção Respiratória PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRPS - Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares. PPS - Procedimento Padrão de Segurança PRAT - Pedido de Reconsideração de Acidente de Trabalho PRODAT - Programa Nacional de Melhoria de Informações Estatísticas Sobre Doenças e Acidentes do Trabalho PSS - Programa de Saúde e Segurança PSSTR - Programa Saúde e Segurança do Trabalhador Rural PT - Permissão de Trabalho RG - Registro Geral (Cédula Identidade) RNC - Relatório de Não-Conformidade RT - Responsável Técnico xvi
  • 17. SAT - Seguro de Acidente de Trabalho SEESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SENAI - Serviço Nacional de Aprendizado Industrial SESI - Serviço Social da Indústria SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SESST - Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário SEST - Serviço Especializado em Segurança do Trabalho SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho S (5S) - Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke SSST - Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho SST - Saúde e Segurança do Trabalho SUS - Sistema Único de Saúde TDS - Treinamento de Segurança TE - Temperatura Efetiva TEC - Temperatura Efetiva Corrigida TIG - Tungsten Inert Gas - tipo de solda TRT - Tribunal Regional do Trabalho TST - Técnico de Segurança do Trabalho TST - Tribunal Superior do Trabalho UFIR - Unidade Fiscal de Referência xvii
  • 18. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1 2 OBJETIVO ....................................................................................................... 5 3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6 4 REVISÃO BIBLIOGRAFICA:.......................................................................... 14 4.1 Segurança de Máquinas: Leis e Normas ................................................ 14 4.1.1 Hierarquia das Leis.............................................................................. 14 4.2 Leis ......................................................................................................... 15 4.3 Portarias.................................................................................................. 15 4.4 NR e NT da ABNT................................................................................... 16 4.5 Convenções Coletivas: ........................................................................... 18 4.6 Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção................................... 19 4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho: ....... 20 4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho................................. 21 4.6.3 Válvulas de segurança ........................................................................ 22 4.6.4 Dispositivos de parada de emergência................................................ 23 4.6.5 Monitoramento do curso do martelo .................................................... 24 4.6.6 Comandos elétricos de segurança ...................................................... 24 4.6.7 Pedais de acionamento ....................................................................... 24 4.6.8 Proteção das transmissões de força ................................................... 25 4.6.9 Aterramento elétrico ............................................................................ 25 4.6.10 Ferramentas..................................................................................... 25 4.6.11 Sistemas de retenção mecânica ...................................................... 25 4.6.12 Equipamentos similares específicos ................................................ 26 xviii
  • 19. 5 METODOLOGIA............................................................................................. 27 5.1 6 cronograma ............................................................................................. 28 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................................... 29 6.1 Implantação do PPRPS .......................................................................... 29 6.1.1 Formação de uma equipe gestora:...................................................... 29 6.1.2 Formulação do PPRPS: ...................................................................... 29 6.2 PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS .......................... 34 6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas ..................... 34 6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção . ...................... 36 6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)......................... 41 6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente ............................... 43 6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio ............................................................ 46 6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco.................................................... 48 6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecanicos) .......................... 52 6.2.8 Comando Bimanual ............................................................................. 53 6.2.9 Soluções não adotadas ....................................................................... 56 6.2.10 6.2.11 Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados............. 60 6.2.12 7 Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão ............. 58 Ordem de Serviço para Prensista .................................................... 64 CONCLUSÕES .............................................................................................. 66 7.1 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO.......................................... 66 7.1.1 Custo de treinamento: ......................................................................... 66 7.1.2 Custo das modificações físicas: .......................................................... 67 7.1.3 Custo total do projeto: ......................................................................... 68 7.2 CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS........ 68 7.3 CUSTO DE MULTAS REFERENTES AO NÃO CUMPRIMENTO DAS NORMAS ........................................................................................................... 70 xix
  • 20. 7.4 COMPARAÇÃO DOS CUSTOS.............................................................. 73 7.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 74 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 76 GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 79 APÊNDICES.......................................................................................................... 85 APÊNDICE A – Equacional Elétrica e Mecânica Ltda, empresa que cedeu espaço para a pesquisa..................................................................................... 85 APÊNDICE B – Estampagem de núcleos magnéticos em motores elétricos .... 90 ANEXOS ............................................................................................................. 111 ANEXO A – ORDEM DE SERVIÇO PRENSISTA – EQUACIONAL 2009 ....... 111 ANEXO B – LAUDO TÉCNICO DE RUÍDO – EQUACIONAL 2009................. 116 xx
  • 21. 1 INTRODUÇÃO O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser implantadas em prensas e equipamentos similares. O PPRPS deve ser aplicado nos estabelecimentos que possuem prensas e/ou equipamentos similares, objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas atividades expondo-se às zonas de risco desprotegidas. Devido à alta incidência de acidentes de trabalho registrados no Brasil que atingem membros superiores dos trabalhadores e considerando que prensas e equipamentos similares são responsáveis por mais da metade dos acidentes de trabalho com mutilação analisados pela Inspeção de Segurança e Saúde no Trabalho, alguns Sindicatos de Trabalhadores conseguiram inserir nas Convenções Coletivas o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares (PPRPS) com o objetivo de garantir a proteção adequada à integridade física e à saúde de todos os trabalhadores envolvidos nas diversas formas e etapas do uso das prensas e equipamentos similares. O Ministério do Trabalho vem desenvolvendo Notas Técnicas, pois pretende integrar o PPRS as Normas Regulamentadoras como uma nova NR ou como um anexo a NR12 – Maquinas e Equipamentos e com isto transformar o PPRPS em obrigatoriedade extensível a todos trabalhadores expostos a este risco. Esta padronização permite homogeneizar os procedimentos da fiscalização do Trabalho e julgamento em ações Trabalhistas. Cabe lembrar que a Constituição Federal assegura a adoção de medidas de proteção contra os riscos inerentes ao trabalho (art. 7o, inciso XXII), o respeito à dignidade da pessoa humana e aos valores sociais do trabalho (art. 1o, incisos III e IV), observada a função social da propriedade (art. 170, inciso VI) e o artigo 184 da CLT onde determina que todas as máquinas e equipamentos devem ser dotadas dos dispositivos necessários para a prevenção de acidentes de trabalho. 1
  • 22. Dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego podemos citar a Nota Técnica NT016 que é à base da maioria dos PPRPS existentes nas indústrias. Acordos Coletivos entre Sindicatos de Trabalhadores e Sindicatos Patronais. No estado de São Paulo existe a Convenção Coletiva de melhoria das condições de trabalho em prensas e equipamentos similares, injetoras de plástico e tratamento galvânico de superfícies das Indústrias Metalúrgicas que é praticamente cópia literal da NT do MTE. A Nota Técnica NT016 originou-se da reunião do Grupo Técnico sobre Prensas e Equipamentos Similares do Ministério do Trabalho e Emprego, realizada no dia 17 de março de 2005, com objetivo de revisar a Nota Técnica NT / DSST / n.º 37, de 16 de dezembro de 2004, na aplicação das normas sempre focado na segurança e princípios de boa prática para a proteção de prensas e equipamentos similares com base nas Normas a saber:  NBRNM 213/1 e 2 - Segurança de máquinas Conceitos fundamentais, princípios gerais de projeto;  NBR 14009 - Segurança de máquinas - Princípios para apreciação de risco;  NBR 14153 - Segurança de máquinas - Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança - Princípios gerais para projeto;  NBRNM-ISO 13852 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores;  NBRNM-ISO 13853 - Segurança de máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores;  NBRNM-ISO 13854 - Segurança de máquinas - Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano;  NBR 13970 - Segurança de máquinas - Temperaturas para superfícies acessíveis - Dados ergonômicos;  NBR 13759 - Segurança de máquinas - Equipamentos de parada de emergência - Aspectos funcionais - Princípios para projeto;  NBRNM 272 - Segurança de máquinas - Proteções - Requisitos gerais para o projeto e construção de proteções fixas e móveis; 2
  • 23.  NBRNM 273 - Segurança de máquinas - Dispositivos de intertravamento associados a proteções - Princípios para projeto e seleção;  NBR 14152 - Segurança de máquinas - Dispositivos de comando bi manuais - Aspectos funcionais e princípios para projeto;  NBR 14154 - Segurança de máquinas - Prevenção de partida inesperada, NBR 13930 - Prensas mecânicas - Requisitos de segurança;  IEC EN 61496, partes 1 e 2 - Safety of Machinery - Electro-sensitive Protective, Equipment;  EN 692 – Mechanical Presses- Safety;  EN 999 - Safety of Machinery – The Positioning of Protective Equipment in Respect of Approach Speeds of Parts of the Human Body;  Artigos 184 a 186 da CLT;  Normas Regulamentadora NR-12 – Maquinas e Equipamentos. Devido às experiências bem sucedidas dos sindicatos de trabalhadores, empregadores e poder público no sentido de regulamentar as condições de trabalho com prensas e equipamentos similares, podemos afirmar que hoje a indústria dispõe de tecnologia suficiente para a proteção de prensas e similares, de forma a evitar acidentes, além do fato da Convenção n.o 119 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil e com vigência nacional desde 16 de abril de 1993, proíbe a venda, locação, cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos novos ou usados sem dispositivos de proteção adequados. Porém no parque industrial brasileiro ainda ocorre à utilização de equipamentos obsoletos e que oferecem riscos de acidentes. São considerados dispositivos de proteção aos riscos existentes na zona de prensagem ou de trabalho:  Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança, 3
  • 24. garantindo a pronta paralisação da máquina sempre que forem movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272;  Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e 13854;  Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR 14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930. Havendo possibilidade de acesso a áreas de risco não monitoradas pela(s) cortina(s), devem existir proteções fixas ou móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM 272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a NBR 14154. Sempre que as prensas e equipamentos similares sofrerem transformação substancial esta deve ser realizada mediante projeto mecânico elaborado por profissional legalmente habilitado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O projeto deverá conter memória de cálculo de dimensionamento dos componentes, especificação dos materiais empregados e memorial descritivo de todos os componentes. De acordo com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2005, podem ser adotadas, em caráter excepcional, outras medidas de proteção e dispositivos de segurança nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções e dispositivos mencionados, atendendo o disposto nas Normas Técnicas oficiais vigentes. 4
  • 25. 2 OBJETIVO O objetivo desta pesquisa é introduzir criar condições de segurança suficientes para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização de prensas e similares, obsoletas que oferecem riscos de acidentes de acordo com as Convenções Coletivas, Normas Técnicas oficiais e com a NT016/DSS/2004, onde é permitido que sejam adotadas, em caráter excepcional, outras medidas de proteção e dispositivos de segurança nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções do enclausuramento da zona de prensagem, a ferramenta fechada e a Cortina de luz com redundância . Por que outras medidas? Porque é necessário em um programa de adaptação, prever o custo-benefício em relação ao desejado e a aceitação do operador do novo sistema em uma maquina que ele já estava condicionado em operar de outra forma, ou seja, é mais fácil uma um prensista se adaptar a uma maquina nova do que a uma adaptação. Nem sempre as opções oferecidas pelas Convenções Coletivas, Normas Técnicas oficiais e com a NT016/DSS/2004 são adaptáveis a maquina existe, ou a prova de “gambiarras” pelo operador (com exceção da ferramenta fechada). Com a pesquisa procuraremos provar que as modificações introduzidas foram eficientes quanto à prevenção e como se trata de uma verificação junto ao usuário em curto prazo, a pesquisa tem um valor intangível indicativo da qualidade percebida pelo operador da maquina, resultando em um valor indicativo (qualitativo), portanto também será executada uma analise do custo do acidente do trabalho em comparação ao custo da prevenção adotada, procurando demonstrar a viabilidade, ou seja, que o custo de prevenção é menor que o custo de um eventual acidente ou de um processo de fiscalização. 5
  • 26. 3 JUSTIFICATIVA De acordo com Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2006 do Ministério da Previdencia Social., as doenças profissionais e os acidentes de trabalho constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. As estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam a ocorrência anual de 160 milhões de doenças profissionais, 250 milhões de acidentes de trabalho e 330 mil óbitos no mundo. Segundo foi divulgado no site do INSS, em 2007 a Previdência Social gastou R$ 10,7 bilhões com benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades insalubres. No ano de 2006, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil acidentes do trabalho foram registrados no INSS naquele ano, número 27,5% superior ao de 2006. Figura 1: Quantidade de acidentes do Trabalho Fonte: DATAPREV, CAT., Arquivo 6Act01_07, do Anuário estatístico de acidentes do trabalho, 2006. Brasília; Ministério da Previdência e Assistência Social. Disponível em: http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=490 6
  • 27. De acordo com dados publicados no site do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, filiado a Força Sindical a cada duas horas de trabalho, morrem no país, três trabalhadores e a cada minuto de trabalho, ocorrem três acidentes. O problema dos acidentes de trabalho assume maiores proporções do que as estatísticas existentes permitem estimar, e o seu dimensionamento real, inclusive quanto ao custo social, tem sido dificultado por diversos fatores. A principal fonte de dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), cujos dados oficiais se referem apenas aos acidentes registrados e ocorridos entre os trabalhadores segurados, não estando incluídos aqueles ocorridos com os trabalhadores do setor informal, que representam importante parcela da população economicamente ativa. Os demais fatores envolvidos são:  As restrições que a legislação acidentária progressivamente sofreu na conceituação do acidente e das doenças relacionadas ao trabalho;  As restrições à concessão de benefícios por parte do INSS;  A falta de conhecimento do procedimento correto de notificação;  A pressão do trabalho ou o medo de que a ocorrência de uma exposição possa refletir a falta de habilidade individual;  O fato de a notificação ser um procedimento demorado e também complicado;  A parcela ainda restrita de organizações de trabalhadores envolvidas em relação a esse assunto. 7
  • 28. Figura 2: Acidente do Trabalho Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br Em analise ao artigo original “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)” publicada na Revista Saúde Pública vol.15 nº1 São Paulo Feb. 1981 do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, dos autores Diogo Pupo Nogueira; Jorge da Rocha Gomes; Naim Sawaia verificamos que a maioria dos acidentes de grande gravidade que resultou em incapacidade permanente foi mais elevado nos acidentes provenientes das pequenas empresas e mais elevado ainda entre os prensistas. Uma explicação para os 56,9% de incapacitados permanentes em conseqüência de acidentes ocorridos nas pequenas empresas, são suas condições precárias de segurança e medicina do trabalho, além de problemas com a assistência médica aos acidentados tais como: equipamentos obsoletos e sem proteção, falta de treinamento e conhecimento dos riscos, excesso de confiança, demoras no atendimento de emergência, agravamento de lesões por tratamento caseiro, permanência no trabalho apesar da lesão, retorno ao trabalho precocemente, entre outros. 8
  • 29. Figura 3: Porcentual de acidentes graves por função do Trabalhador Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 nº1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”, acesso em 11/05/2009 as 11:00 hrs: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002 Na continuidade ainda é observado que dentre os vários fatores que ocasionaram os acidentes a maior freqüência modal recaiu no trabalho com prensas. Quase sempre os acidentes em prensas são de natureza grave incluindo, na maioria das vezes, perdas anatômicas importantes. Recomenda-se atenção especial para as prensas mecânicas excêntricas, onde maior risco envolve as operações em prensas com sistema de alimentação manual, comando tipo pedal e estampos tipo aberto. 9
  • 30. Figura 4: Fatores ocasionadores de Acidentes Fonte: Rev. Saúde Pública vol.15 no.1 São Paulo Feb. 1981, artigo “Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)”,acesso em 11/05/2009: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100002 10
  • 31. Em estudo realizado por Adelmo do Valle Sousa Leão, advogado empresarial trabalhista, com especialização em RH / MBA pela USP, que atua no Peixoto e Cury Advogados S.C em seu artigo “Mapeamento de risco de acidente evita ações do INSS”, disponível no Site Conjur - Consultor Jurídico – http://www.conjur.com.br, publicou: ...“ A Lei 8.213/91 já estabelecia, em seu artigo 120, a possibilidade de o INSS ingressar com “ação regressiva” para obter o ressarcimento, junto a empresas negligentes quanto às normas de segurança e higiene do trabalho, de gastos com benefícios pagos pela Previdência Social. Esse risco de passivo para as empresas já é real e agora tende a se intensificar. Com o déficit da Previdência estimado em R$ 38 bilhões para 2009, a tendência é haver um aumento de ações de regresso. Segundo foi divulgado, em 2007 a Previdência Social gastou R$ 10,7 bilhões com benefícios previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades insalubres. No ano anterior, foram R$ 9,94 bilhões. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2007, cerca de 653 mil acidentes do trabalho foram registrados no INSS naquele ano, número 27,5% superior ao de 2006. O Decreto 6.042/07, ao regular o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Nexo Técnico Epidemiológico de Prevenção (NTEP), estabelece que a perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por parte do empregador em relação à causa geradora dos benefícios por incapacidade concedidos, deverá oficiar a Procuradoria do INSS. A perícia deve, então, subsidiar a Procuradoria com evidências e demais meios de prova colhidos, notadamente quanto aos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais, para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, e possibilitar o ressarcimento à Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade permanente ou temporária. As empresas já vêm observando com atenção as normas de segurança e higiene, mas isso, isoladamente, não resolve o problema. As empresas devem gerenciar e, especialmente, mapear os afastamentos, no sentido de descobrir os seus focos e origens, que podem ser dos mais variados, como motivos ergonômicos, o medo de perder o emprego ou até um gerente que não sabe lidar com seus subordinados. Os afastamentos podem até ter origem por fatores externos e isso precisa ser detectado pelas empresas, o que, na maioria das vezes, não vem ocorrendo com eficácia. Um bom monitoramento dos afastamentos facilitará a defesa da empresa em recursos administrativos e judiciais, especialmente nas ações de regresso do INSS. As empresas devem estar atentas também a medidas que evidenciem e comprovem o cumprimento das normas de segurança, para se defenderem de demandas dessa natureza sem grandes transtornos. Conforme noticiado pela Previdência, em 2008 a Procuradoria Regional Federal da 4º Região, em parceria com o INSS, ajuizou ação regressiva acidentária perante a Justiça Federal de Porto Alegre contra uma empresa metalúrgica que, segundo a petição inicial, foi negligente no cumprimento e fiscalização das normas de proteção e segurança dos trabalhadores. Segundo o informe, a “empresa reconheceu a culpa por acidente 11
  • 32. acontecido com trabalhador, que sofreu a amputação de sete dedos das mãos ao operar uma prensa mecânica sem os dispositivos obrigatórios de segurança, tanto que na ação indenizatória movida pelo acidentado na Justiça do Trabalho firmou acordo de R$ 1,479 milhão, com danos morais e materiais”. Ante o transcrito podemos concluir que o INSS não pretende assumir, ou pelo menos pretende dificultar o pagamento dos valores indenizatórios referentes a acidentes do trabalho. Portanto o risco de acidentes do trabalho esta se transformando em risco de passivo trabalhista ou no mínimo um risco de sofrer ações regressivas. Segundo os especialistas em acidentes do trabalho os afastamentos da empresa (por acidentes ou não) geram vários custos para a empresa que não são inventariados, sendo que ela deve contabilizar e administrar melhor esse fluxo, especialmente em época de crise. Gerenciamento e ações de melhoria no âmbito da Segurança e Saúde do Trabalho podem representar uma grande economia para a empresa. Voltando a introdução deste trabalho é importante lembrar que o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser introduzidas em prensas e equipamentos similares, objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas atividades expondo-se às zonas de risco desprotegidas o programa é um meio de capacitação dos trabalhadores, como forma de envolvê-los, de modo comprometido, com a segurança e saúde no trabalho. Como exemplo do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) o PPRPS (Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares), promove a proteção coletiva, entre outros, sempre com a participação e o envolvimento de todos os interessados na questão, ou seja, os especialistas em segurança e saúde no trabalho, profissionais de manutenção, da conservação, da produção, de projetos, trabalhadores especializados, técnicos e auxiliares, e representantes da direção da empresa. 12
  • 33. Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br Existem estudos de associações medicas e dissertações de mestrado que provam que o custo do tratamento é dez vezes maior que o da prevenção. Portanto, além da busca pela qualidade na segurança e saúde no trabalho, a conseqüente diminuição dos riscos no trabalho e dos riscos de passivo para as empresas, o PPRPS acaba permitindo que trabalhadores comprometidos e trabalhando de forma comprometida com segurança, produzam com mais qualidade, maior produtividade criando um ambiente saudável, seguro e financeiramente mais favorável. 13
  • 34. 4 4.1 REVISÃO BIBLIOGRAFICA: Segurança de Máquinas: Leis e Normas 4.1.1 Hierarquia das Leis De acordo com os preceitos do Direito do Trabalho as Leis seguem uma hierarquia definida por: 1ª Constituição Federal – Emenda Constitucional: 2ª Decreto Lei, Leis Complementares, Leis Ordinárias e Leis Delegadas 3ª Atos Normativos ( Decretos, Resoluções, Portarias, Medidas Provisórias, Regimentos Internos, Ordem de Serviços, Convênios): 4ª Normas, 5ª Contratos, Convenções e Ordens de Serviço das Empresas Figura 6: Hierarquia das leis Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br 14
  • 35. 4.2 Leis  O Decreto Lei 5452, de 1 de maio de 1943 aprova a CONSOLIDAÇÕES DAS LEIS DO TRABALHO - CLT  4.3 Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977 altera o Capitulo V do Titulo II da CLT relativo à Segurança e Medicina do Trabalho Portarias  Portaria 3214, de 08 de Junho de 1978 aprova as Normas Regulamentadoras – NRs. Possuem força de lei; são de caráter abrangente e fiscalizatório. São utilizadas pelos fiscais do trabalho para autuar empresas Figura 7: Normas Regulamentadoras do MTE Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br 15
  • 36. 4.4 NR e NT da ABNT  Normas Técnicas da ABNT: o Normas tipo A: que definem com rigor conceitos fundamentais, princípios de projetos e aspectos gerais válidos para todos os tipos de máquinas. o Normas tipo B: que tratam de um aspecto ou de um tipo de dispositivo condicionador de segurança, aplicáveis a uma gama extensa de máquinas, sendo.  Normas tipo B1: sobre aspectos particulares de segurança (por exemplo, distâncias de segurança, temperatura de superfície, ruído).  Normas tipo B2: sobre dispositivos condicionadores de segurança (por exemplo, comandos bi manuais, dispositivos de intertravamento, dispositivos sensíveis à pressão, proteções). o Normas tipo C: que dão prescrição detalhadas de segurança aplicáveis a uma máquina em particular ou a um grupo de máquinas.  Outros dispositivos normativos: o Notas Técnicas o Notas do MTE. Podem harmonizar o procedimento de fiscalização das DRTs, exemplo: N.T. 46/2005  Abrangência: Todo o Brasil;  Máquinas: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos;  Define medidas necessárias para segurança das maquinas; 16
  • 37. Figura 8: Normas Técnicas Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br 17
  • 38. 4.5 Convenções Coletivas:  Convenções Coletivas são acordos que visam à melhoria das condições de trabalho; Exemplo: P.P.R.P.S. e P.P.R.M.I. o Abrangência: Ind. Metalúrgicas do estado de S.P; o Máquinas PPRPS: Prensas, similares e maq. com cilindros rotativos; o Máquinas PPRMI: Injetoras de plástico e elastômeros o Definem medidas necessárias p/ a segurança das maquina; o Estabelece cronograma de implantação das medidas(prazo máx. 04/2007). Figura 9: Hierarquia das Normas Fonte:“NORMAS DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS”, por Roberto do Valle Giuliano, FUNDACENTRO, 2006, Fonte: http://www.fundacentro.gov.br 18
  • 39. 4.6 Definição de Prensas e Dispositivos de Proteção Prensas são equipamentos utilizados onde materiais diversos em placa ou chapa são trabalhados sob operações de conformação ou corte, onde o movimento do martelo (punção) é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de um sistema mecânico (o movimento rotativo é transformado em linear através de sistemas de bielas, manivelas ou fusos). As prensas são máquinas ferramentas utilizadas, principalmente, na metalurgia básica e na fabricação de produtos de metal para a fabricação de máquinas elétricas (motores e geradores), linha branca (geladeiras, fogões, ventiladores, exaustores) máquinas e equipamentos, máquinas de escritório e equipamentos de informática, móveis com predominância de metal, veículos automotores, reboques e carrocerias. Como especificado no parágrafo anterior, as prensas são usadas para conformar, moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças, nesses processos existe sempre um martelo (punção) cujo movimento é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de um sistema mecânico (em que o movimento rotativo é transformado em linear através de um sistema de bielas, manivelas ou fusos). Há uma grande variedade de tipos e modelos de prensas, que variam quanto ao tipo, modelo, tamanho e capacidade de aplicação de força ou velocidade. No mercado, encontramos prensas com capacidade de carga de poucos quilos até prensas de mais de 50.000 toneladas de força. No parque industrial brasileiro a maioria das prensas é do tipo excêntrica que é a mais perigosa. O acionamento das prensas pode ser feito por pedais, botoeiras simples, por comando bi manual ou por acionamento contínuo. 19
  • 40. Figura 10: Prensa excêntrica de 300 toneladas Fonte: Brasil, SENAI Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Para efeito do PPRPS são considerados os seguintes tipos de prensas, independentemente de sua capacidade:  Prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta;  Prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem;  Prensas de fricção com acionamento por fuso;  Prensas hidráulicas;  Outros tipos de prensas não relacionadas anteriormente. 4.6.1 Dispositivos de proteção na zona de prensagem ou de trabalho:  Enclausuramento da zona de prensagem, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNMISO 13852 e 13854. Pode ser constituído de proteções fixas ou móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança, garantindo a pronta paralisação da máquina sempre movimentadas, removidas ou abertas, conforme a NBRNM 272; 20 que forem
  • 41.  Ferramenta fechada, significando o enclausuramento do par de ferramentas, com frestas ou passagens que não permitam o ingresso dos dedos e mãos nas áreas de risco, conforme as NBRNM-ISO 13852 e 13854;  Cortina de luz com redundância e auto-teste, classificada como tipo ou categoria 4, conforme a IEC EN 61496, partes 1 e 2, a EN 999 e a NBR 14009, conjugada com comando bi manual com simultaneidade e auto teste, tipo IIIC, conforme a NBR 14152 e o item 4.5 da NBR 13930. Havendo possibilidade de acesso áreas de risco não monitoradas pela(s) cortina(s), devem existir proteções fixas ou móveis dotados de intertravamento por meio de chaves de segurança, conforme a NBRNM 272. O número de comandos bi manuais deve corresponder ao número de operadores na máquina, com chave seletora de posições tipo yale ou outro sistema com função similar, de forma a impedir o funcionamento acidental da máquina sem que todos os comandos sejam acionados, conforme a NBR 14154. 4.6.2 Proteção da zona de prensagem ou de trabalho  As prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema de acoplamento equivalente (de ciclo completo), as prensas de fricção com acionamento por fuso e seus respectivos equipamentos similares não podem permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores nas áreas de risco, devendo adotar as seguintes proteções na zona de prensagem ou de trabalho: o Ser enclausuradas, com proteções fixas, e, havendo necessidade de troca freqüente de ferramentas, com proteções móveis dotadas de intertravamento com bloqueio, por meio de chave de segurança, de modo a permitir a abertura somente após a parada total dos movimentos de risco ou; o Operar somente com ferramentas fechadas. 21
  • 42.  As prensas hidráulicas, freio/embreagem, seus as prensas respectivos mecânicas equipamentos excêntricas similares com e os dispositivos pneumáticos devem adotar as seguintes proteções na zona de prensagem ou de trabalho: o Ser enclausuradas, com proteções fixas ou móveis dotadas de intertravamento com chave de segurança ou; o Operar somente com ferramentas fechadas ou; o Utilizar cortina de luz conjugada com comando bi manual. 4.6.3 Válvulas de segurança  As prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem e seus respectivos equipamentos similares devem ser comandados por válvula de segurança específica, de fluxo cruzado, conforme o item 4.7 da NBR 13930 e a EN 692, classificadas como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009.  A prensa ou equipamento similar deve possuir rearme manual, incorporado à válvula de segurança ou em qualquer outro componente do sistema, de modo a impedir qualquer acionamento adicional em caso de falha.  Nos modelos de válvulas com monitoração dinâmica externa por pressostato, micro-switches ou sensores de proximidade, esta deve ser realizada por Controlador Lógico Programável (CLP) de segurança ou lógica equivalente, com redundância e auto-teste, classificados como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009.  Somente podem ser utilizados silenciadores de escape que não apresentem risco de entupimento, ou que tenham passagem livre correspondente ao diâmetro nominal, de maneira a não interferirem no tempo de frenagem.  Quando forem utilizadas válvulas de segurança independentes para o comando de prensas e equipamentos similares com freio e embreagem separados, estas devem ser interligadas de modo a estabelecer uma monitoração dinâmica entre si, assegurando que o freio seja imediatamente aplicado caso a embreagem seja liberada durante o ciclo, e também para impedir que a embreagem seja acoplada caso a válvula do freio não atue. 22
  • 43.  Os sistemas de alimentação de ar comprimido para circuitos pneumáticos de prensas e similares devem garantir a eficácia das válvulas de segurança, possuindo purgadores ou sistema de secagem do ar e sistema de lubrificação automática com óleo específico para este fim.  As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de segurança específica ou sistema de segurança que possua a mesma característica e eficácia.  As prensas hidráulicas, seus respectivos equipamentos similares e os dispositivos pneumáticos devem dispor de válvula de retenção que impeça a queda do martelo em caso de falha do sistema hidráulico ou pneumático. 4.6.4 Dispositivos de parada de emergência  As prensas e equipamentos similares devem dispor de dispositivos de parada de emergência, que garantam a interrupção imediata do movimento da máquina ou equipamento, conforme a NBR 13759.  Quando utilizados comandos bi manuais conectáveis por tomadas (removíveis) que contenham botão de parada de emergência, este não pode ser o único, devendo haver dispositivo de parada de emergência no painel ou corpo da máquina ou equipamento.  Havendo vários comandos bi manuais para o acionamento de uma prensa ou equipamento similar, estes devem ser ligados de modo a se garantir o funcionamento adequado do botão de parada de emergência de cada um deles.  Nas prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta ou de sistema de acoplamento equivalente (de ciclo completo) e em seus equipamentos similares, admite-se o uso de dispositivos de parada que não cessem imediatamente o movimento da máquina ou equipamento, em razão da inércia do sistema. 23
  • 44. 4.6.5 Monitoramento do curso do martelo  Nas prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem e respectivos equipamentos similares, não enclausurados, ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo deverá ser monitorado por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado mecanicamente à máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme o item 4.9 da NBR13930. 4.6.6 Comandos elétricos de segurança  As chaves de segurança das proteções móveis, as cortinas de luz, os comandos bi manuais, as chaves seletoras de posições tipo yale e os dispositivos de parada de emergência devem ser ligados a comandos elétricos de segurança, ou seja, CLP ou relés de segurança, com redundância e auto-teste, classificados como tipo ou categoria 4, conforme a NBR 14009, com rearme manual. As chaves seletoras de posições tipo yale para seleção do número de comandos bi manuais devem ser ligadas a comando eletro-eletrônico de segurança de lógica programável (CLP ou relé de segurança). Caso os dispositivos de segurança sejam ligados a CLP de segurança, o software instalado deverá garantir a sua eficácia, de forma a reduzir ao mínimo a possibilidade de erros provenientes de falha humana, em seu projeto, devendo ainda possuir sistema de verificação de conformidade, a fim de evitar o comprometimento de qualquer função relativa à segurança, bem como não permitir alteração do software básico pelo usuário, conforme o item 4.10 da NBR 13930 e o item 12.3 da EN 60204.1 4.6.7 Pedais de acionamento  As prensas e equipamentos similares que têm sua zona de prensagem ou de trabalho enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas podem ser acionadas por pedal com atuação elétrica, pneumática ou hidráulica, desde que instaladas no interior de uma caixa de proteção, atendendo ao disposto na NBR NM ISO 13852. Obs.: Não é admitido o uso de pedais com atuação mecânica. 24
  • 45. 4.6.8 Proteção das transmissões de força  As transmissões de força, como volantes, polias, correias e engrenagens, devem ter proteção fixa, integral e resistente, através de chapa ou outro material rígido (por exemplo chapa quadriculada) que impeça o ingresso das mãos e dedos nas áreas de risco, conforme a NBRNM 13852. Nas prensas excêntricas mecânicas deve haver também uma proteção fixa das bielas e das pontas de seus eixos que resistam aos esforços de solicitação em caso de ruptura. Nas prensas de fricção com acionamento por fuso devem ter os volantes verticais e horizontais protegidos, de modo que não sejam arremessados em caso de ruptura do fuso. 4.6.9 Aterramento elétrico  As prensas e equipamentos similares devem possuir aterramento elétrico, conforme as NBR 5410 e NBR 5419. 4.6.10 Ferramentas  As ferramentas devem ser construídas de forma que evitem a projeção de rebarbas nos operadores e não ofereçam riscos adicionais. As ferramentas devem ser armazenadas em locais próprios e seguros. As ferramentas devem ser fixadas às máquinas de forma adequada, sem improvisações, com a máquina desligada e travada para evitar acionamento acidental durante o processo de “Set-Up”. 4.6.11 Sistemas de retenção mecânica  Todas as prensas devem possuir um sistema de retenção mecânica, para travar a maquina antes do início dos trabalhos. O componente de retenção mecânica utilizado deve ser pintado na cor amarela e dotado de interligação eletromecânica, conectado ao comando central da máquina de forma a impedir, durante a sua utilização, o funcionamento da prensa. Obs.: Nas situações onde não seja possível o uso do sistema de retenção mecânica, devem ser adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo resultado, como por exemplo, chave elétrica geral com chave tranca. 25
  • 46. 4.6.12 Equipamentos similares específicos  As guilhotinas, tesouras e cisalhadoras devem possuir grades de proteção fixas e, havendo necessidade de intervenção freqüente nas lâminas, devem possuir grades de proteção móveis dotadas de intertravamento com bloqueio, por meio de chave de segurança, para impedir o ingresso das mãos e dedos dos operadores nas áreas de risco, conforme a NBR NM-ISO 13852.  Os rolos laminadores, laminadoras, calandras e outros equipamentos similares devem ter seus cilindros protegidos, de forma a não permitir o acesso às áreas de risco, ou ser dotados de outro sistema de proteção de mesma eficácia. Dispositivos de parada e retrocesso de emergências acessíveis de qualquer ponto do posto de trabalho são obrigatórios, mas não eliminam a necessidade da exigência das grades de proteção fixa. Figura 11: Vista Parcial Interna do Galpão Estamparia e Usinagem da Equacional Fonte: Fotografia gentilmente cedida por Equacional 26
  • 47. 5 METODOLOGIA A proposta desta pesquisa é diminuir os riscos em prensas antigas e obsoletas. Vão ser projetados dispositivos de segurança suficientes para prevenir a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho durante a utilização dos equipamentos que possam oferecer riscos de acidentes. A atividade será medida através de uma avaliação preliminar dos riscos existentes na configuração atual dos equipamentos antes da implementação das modificações e com a construção de um protótipo para medição e avaliação dos riscos e o custo de implementação após executada a modificação conforme projeto. Para reduzir o risco os equipamentos serão reprojetados (“Retrofiting”) e os operadores conscientizados por meio de 3 diferentes ações:  Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto possível mediante a introdução de modificações no design da máquina:   Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos)  Introdução de sistema bi manual   Mão Mecânica para segurar o disco Botão de parada de emergência Tomar as medidas de proteção necessárias, em relação ao que não pode ser eliminado.  Informar operadores para os riscos residuais, decorrentes de “ignorar” medidas recomendáveis ou adotar atalhos para realizar o trabalho. A hierarquia entre as medidas que serão tomadas quando a eliminação do perigo não ocorre na primeira fase do projeto de reprojeto da máquina. Serão elas:  Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas  Utilizar proteção móvel ou dispositivo de proteção, tais como grade, etc.  Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas)  Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente  Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão 27
  • 48. 5.1 cronograma Este projeto de pesquisa está estimado para ser executado em 7 meses (a partir de junho de 2009), conforme as etapas abaixo: Etapas:  Pesquisa bibliográfica  Analise dos Riscos  Formulação do texto final para envio ao orientador até 23/11/2009  Levantamento de dados  Projeto dos Dispositivos  Instalação e teste dos dispositivos e equipamentos previstos na pesquisa  Treinamento dos operadores.  Nova analise de Risco  Processamento e análise dos resultados.  Redação final.  Defesa da Monografia (data provável dia 12 de dezembro de 2009) Tabela 1 – Cronograma cronograma jun/09 jul/09 ago/09 1. Pesquisa bibliográfica 2. Analise dos Riscos 3. Formulação do texto Prof Nilton 4. Levantamento de dados 5. Projeto dos Dispositivos 6. Instalação e teste dos dispostivos e equipamentos previstos na pesquisa 7. Treinamento dos operadores. 8. Nova analise de Risco 9. Processamento e análise dos resultados. 10. Redação final. 11. Defesa da Monografia 28 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10
  • 49. 6 6.1 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA Implantação do PPRPS O Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRS) é um planejamento estratégico e seqüencial das medidas de segurança que devem ser implementadas em prensas e equipamentos similares. Um grupo gestor será formado para analisar os riscos e programar as melhorias propostas nesta pesquisa. objetivando que nenhum trabalhador deve executar as suas atividades expondo-se às zonas de risco desprotegidas. 6.1.1 Formação de uma equipe gestora:  Engenheiro de Segurança do Trabalho  Responsável pelo RH (Representante da Alta Direção da Empresa)  Supervisor de Produção  Líder do Setor de Estamparia  Representante da Área de Projetos  Representante da CIPA 6.1.2 Formulação do PPRPS: 6.1.2.1 Identificação da empresa Tabela 2 – Modelo de identificação da Empresa Razão Social Endereço Atividade Nº de prensas/similares Nº de funcionários Responsável Fonte: Senai/SP 6.1.2.2 Planta baixa com a localização das prensas 29
  • 50. Desenho 1 – Croquis da Equacional Fonte: Gentilmente cedido por Equacional 6.1.2.3 Identificação de cada prensa/equipamento similar 30
  • 51. Tabela 3 – Modelo de identificação das Prensas e Equipamentos similares FICHA No 001 Equipamento: Tipo: Capacidade: Local: Equipamentos Tipo Auxiliares 6.1.2.3.1.1.1.1.1 Existentes Fabricante : Modelo: Ano Fab.: Inventário: Modelo Fabricante Sistemas ou dispositivos de proteção Necessário implantar Ações Quem Revisão e inspeção do equipamento Responsável Data Fonte: Senai/SP 6.1.2.4 Cronograma de correção e instalação 31 Quando
  • 52. Tabela 4 – Modelo de Cronograma de “Retrofiting” Equipamento Nº Correção necessária 001 002 003 004 Fonte: Senai/SP 32 Prazo Assina Responsável dias tura
  • 53. 6.1.2.5 Procedimentos seguros para troca de estampos e matrizes (O quadro deve indicar as etapas de trabalho envolvidas na troca de ferramentas, os riscos envolvidos nessa troca e o procedimento seguro a adotar em cada etapa) Tabela 5 – Modelo de ficha de procedimento PROCEDIMENTO SEGURO DE TRABALHO Troca de estampos e matrizes AÇÃO: Etapas de trabalho Existência de riscos Procedimento Seguro APLICÁVEL AOS SEGUINTES CARGOS OU FUNÇÕES Elab. 1a edição Revisão data Doc. Téc. de Supervisor segurança da área Gerente da área Departa mento Fonte: Senai/SP 6.1.2.6 Controle de treinamento (preencher o quadro com informações sobre um treinamento que será dado aos prensistas da empresa) Tabela 6 – Modelo de Controle de Treinamento 1 CONTROLE DE TREINAMENTO CURSO: Ministrado em Carga horária Validade MINISTRADO POR: Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS” Participantes Nome Cargo Conteúdo programático Fonte: Senai/SP 33 Setor Assinatura
  • 54. 6.2 PROCEDIMENTOS PARA ELIMINAÇÂO DE RISCOS Etapa onde serão realizados levantamentos técnicos das prensas, ferramental, tipos de peças estampadas, proteção existentes, elaboração dos croquis de proteções necessárias, implementação dos dispositivos escolhidos, relatório fotográfico, registro das modificações, consolidação dos projetos de adaptação, recolhimento das ART´s referentes ao “retrofiting”, elaboração dos procedimentos seguros de operações. 6.2.1 Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas Figura 12 : Estampo enclausurado Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:  O estampo é fechado e só permite a entrada do material mas não da mão do operador. A proteção para enclausuramento do estampo deve ser:  forte e robusta e não pode ser facilmente removida  fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato. Comentários:  Pode ser utilizado em qualquer tipo de prensa.  Deve ser previsto quando se projeta o estampo da prensa. 34
  • 55.  Para alguns tipos de peça sua utilização não é possível.  Oferece segurança total. Ações executadas:  Compra de 04 estampos fechados para furos padrão  Mudança de Procedimento: os demais furos padrão e recorte do estator rotor feita serão executados em ranhuradeira com faca combinada Figura 13 : Estampo fechado para disco padrão Fotografia gentilmente cedida por Equacional Figura 14: Chapa estampada de rotor (consultar apêndice B) Fotografia gentilmente cedida por Equacional 35
  • 56. 6.2.2 Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção tais grades, etc. Figura 15: Prensa excêntrica de 200 toneladas acionada por pedal Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características: O enclausuramento de partes móveis da máquina é uma proteção mecânica de algumas partes da máquina:  deve ser forte e robusta e fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato, na forma de grades, barras ou capas;  quando o acesso a uma parte é constante, o enclausuramento deve ser feito por proteção que não seja facilmente removível; quando o acesso a ela é raro, a parte deve ser enclausurada por proteção fixa. Comentários: Em qualquer equipamento, as partes móveis podem atingir o operador. A instalação de proteções mecânicas protegem o operador. Características: A proteção para enclausuramento da zona de prensagem pode ser fixa ou móvel, e deve ser:  forte e robusta e não pode ser facilmente removida 36
  • 57.  fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato  projetada para passar apenas o material e não a mão e os dedos do operador  ligada eletricamente por sensores ao comando da prensa, fazendo com que ela não funcione se for retirada Comentários: A proteção não pode interferir na possibilidade de inspeção da prensa. Ações executadas:  Cobertura das partes móveis com proteções de chapa de aço  Cobertura das áreas de prensagem com tela de aço  Parâmetros utilizados: Tabela 7 - Tabela 1 – Anexo A da norma NBR 13760 Fonte: Norma NBR 13760:1996 (Cancelada)- Tabela 01 do Anexo A (conclusão) 37
  • 58. Tabela 8 - Tabela 4 da norma NBR NM ISO 13853 Fonte: norma NBR NM ISO 13853 - ABNT 38
  • 59. Figura 16: Prensa excêntrica numero 31 Fotografia gentilmente cedida por Equacional Figura 17: Prensa excêntrica numero 38 Fotografia gentilmente cedida por Equacional 39
  • 60. Figura 18: Prensa excêntrica numero 38 Fotografia gentilmente cedida por Equacional Figura 19: Prensa excêntrica numero 37 Fotografia gentilmente cedida por Equacional 40
  • 61. Figura 20: Prensa excêntrica numero 35 Fotografia gentilmente cedida por Equacional 6.2.3 Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas) Figura 21: Pinças. Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx 41
  • 62. Características: As pinças e tenazes são usadas, em geral, para o forjamento a morno e a  quente. O uso de pinças e tenazes em forjamento a frio só se justifica como alternativa provisória antes da implantação de outros sistemas de segurança. Comentários: É comum que os próprios operadores produzam suas próprias pinças e tenazes, o que pode causar problemas, pois não há como garantir que a matéria-prima tenha a qualidade necessária. Ações executadas:  Compradas 05 pinças magnéticas idênticas às usadas na Brastemp Figura 22: Pinça magnética Fotografia gentilmente cedida por Equacional 42
  • 63. Figura 23: Pinça magnética em uso Fotografia gentilmente cedida por Equacional 6.2.4 Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente Figura 24: Cadeira ergonomicamente adaptada Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx 43
  • 64. Características: 1. Base: Uma cadeira moderna possui 5 pés de apoio na base. 2. Assento: O assento deve possuir o bordo anterior curvado para baixo e controles de altura, de forma que possa ajustá-la mantendo suas coxas paralelas ao chão. A parte posterior da panturrilha (batata da perna) deve ficar afastada do assento no mínimo de 2 ou 3 centímetros 3. Apoio lombar : Este deve apoiar a região lombar da coluna. Este apoio deve possuir ajuste de altura e inclinação, independente dos ajustes do assento. Comentários  O apoio lombar bem ajustado, auxilia na sustentação de toda a coluna. Sem este apoio, esta sustentação é toda realizada pela musculatura da coluna, concentrando todo o peso da parte superior do corpo na ultima vértebra lombar. Sem o apoio e dependendo do tempo que se permanece sentado, a musculatura pode entrar em fadiga gerando desconforto.  A necessidade de apoio de braço em alguns casos deve ser opcional, pois em determinadas atividades ele pode atrapalhar gerando desconforto. Devemos lembrar que este equipamento é um apoio e não um suporte. Assim, não recomendamos a utilização constante do apoio durante operação prolongada. Mesmo com um bom apoio de braço deve-se realizar pausas ou micro pausas.  O assento deve distribuir o peso do corpo de maneira uniforme. O ajuste alto demais, tende a comprimir a parte posterior da coxa próximo ao joelho. Baixa demais, a força de compressão tende a se localizar apenas nas nádegas. Ambas as situações geram desconforto e dificultam a circulação sanguínea. Ações executadas:  Compradas 06 cadeiras adaptadas ergonomicamente. 44
  • 65. Figura 25: Cadeira ergonomicamente adaptada Fotografia gentilmente cedida por Equacional Figura 26: Cadeira ergonomicamente adaptada Fotografia gentilmente cedida por Equacional 45
  • 66. 6.2.5 Fornecer Sistema de Bloqueio Figura 27: Cadeado com sinalização Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características: São peças que permitem o travamento dos dispositivos de isolamento de energia. Ou seja, com esses dispositivos evitam-se energizações acidentais. A manipulação incorreta de válvulas, o acionamento acidental de disjuntores de plugs industriais, de painéis elétricos, de chaves elétricas, etc. podem colocar em risco a vida dos trabalhadores. Para as diferentes fontes de energia, existem inúmeros dispositivos de bloqueio que podem prevenir riscos no ambiente de trabalho e evitar a ocorrência de acidentes. Tipos de dispositivos de bloqueio:  Bloqueadores de válvulas: de esfera, de gaveta, borboleta, etc.  Multibloqueadores: em aço, em alumínio, em plástico, etc.  Etiquetas de segurança.  Cadeados industriais , supercadeado ou Bloqueador pneumático. Comentários: É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do controle de energia. Todos os dispositivos de comando devem ser sinalizados e bloqueados, o que inclui, naturalmente o bloqueio da energia elétrica. A decisão do quê e de como bloquear depende de cuidadosa análise de fontes de energia. 46
  • 67. Ações executadas:  Todas as máquinas foram equipadas com chave geral I/O  Compradas Plaquetas (Etiquetas de segurança). Figura 28: Sinalização chave de bloqueio para manutenção Fotografia gentilmente cedida por Equacional 47
  • 68. 6.2.6 Mão Mecânica para segurar o disco Figura 29: Sinalização chave de bloqueio para manutenção Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:  Pode ser robotizada, fazendo movimentos de acamamento e posicionamento da matéria prima durante a estampagem.  Pode ser complementada por cortina de luz pois se o operador colocar a mão em zona de prensagem a prensa pára. Comentários: Pinça magnética não é mão mecânica. A pinça é um paliativo que não oferece a proteção necessária ao operador e deve ser evitada, o braço aqui sugerido é composto de um braço regulável, um atuador pneumático(BelAir), uma válvula pneumática 5/2 posições (BelAir), Lubrifil mini (BelAir), Regulador de fluxo, conexões e bolachas de posicionamento. Ações executadas:  As maquinas 42, 43, e 44 foram equipadas com braços mecânicos de projeto próprio da Equacional (solução caseira para minimizar custos). 48
  • 69. Figura 30: Prensa 42 Adaptada Pelo Projeto. Fotografia gentilmente cedida por Equacional Desenho 2 – Projeto da mão mecânica da prensa 42 Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA. 49
  • 70. Figura 31: Prensa 43 - Adaptada Pelo Projeto. Fotografia gentilmente cedida por Equacional Desenho 3 – Projeto da mão mecânica da prensa 43 Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA. 50
  • 71. Figura 32: Prensa 44 - Adaptada Pelo Projeto. Fotografia gentilmente cedida por Equacional Desenho 4 – Projeto da mão mecânica da prensa 44 Fonte: Equacional Elétrica e Mecânica LTDA. 51
  • 72. 6.2.7 Modificação do sistema de pedais (hoje mecânicos) Figura 33: Pedal de acionamento. Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características: É uma alavanca projetada para ser operada pelos pés do operador, em  prensas do tipo com engate por chaveta. Dispositivo que permite que o operador controle o funcionamento da  prensa, ativando-a ou parando-a com um de seus pés.  O pedal pode ter atuação elétrica, pneumática ou hidráulica.  É proibida, pelo Parágrafo 1º da Clausula 6ª da Convenção, a utilização de pedais com acionamento mecânico em prensas ou equipamentos similares. O pedal deve ser instalado numa caixa de proteção.  Comentários: Os pedais de acionamento devem ser usados em prensas que têm sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas, pois o operador pode inadvertidamente ativar a prensa enquanto suas mãos se encontram na zona de prensagem. Ações executadas:  Eliminação os pedais mecânicos.  Introdução de sistema bi manual.  Introdução do Botão de parada de emergência. 52
  • 73. 6.2.8 Comando Bi manual Figura 34: Exemplo de comando bi manual. Fonte: Brasil, Senai Manual SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PRENSAS, São Paulo, 1997 Site: http://www.senai.br/br/Publicacoes/snai_vc_pub.aspx Características:  Apresenta-se de diferentes formas, segundo o tipo de prensa em que estiver instalado: para excêntricas com engate por chaveta, o comando bi manual deve obrigar o operador a manter-se afastado da zona de prensagem;  Em prensas excêntricas com freio/embreagem, os comandos ficam perto da zona de prensagem, mas impedem que as mãos se aproximem dela.  Dois botões de comando que devem ser pressionados simultaneamente (defasagem de tempo inferior a 0,5 segundos), para que a prensa funcione. Se um dos botões não estiver pressionado a máquina é impedida de continuar funcionando.  Obriga o operador a estar com as duas mãos no dispositivo impedindo-o de chegar à zona de prensagem.  O design da prensa deve impedir a operação inadequada da prensa. Deve ser corretamente construído e instalado.  O comando bi-manual comutado por temporizador não permite que os operadores travem um dos comandos e passem a alimentar a prensa com a mão que ficou livre. 53
  • 74.  Com o temporizador, os comandos devem ser atuados simultaneamente em determinado tempo, exigindo que o operador esteja com as duas mãos ocupadas até o início do movimento. Comentários: Não é um dispositivo completamente seguro; ele protege apenas o operador, não protege outras pessoas que transitam perto da prensa. Ações executadas:  Eliminação os pedais mecânicos.  Pedestal ajustável marca New teck (051) 3484-6993 (R$286,00) e Botão cogumelo de mínimo esforço e botão de parada de emergência monitorado de segurança de 22 mm.  Kits pneumáticos para comando Bi-Manual ARD (protótipo R$ 1.560,00 demais unidades R$ 510,00).  Instalação: Equipe de Manutenção própria. Figura 35: Pedestal para Comando Bi-Manual ajustável Fonte: Catalogo New-teck 54
  • 75. Figura 36: Kit de acionamento Bi manual: Fonte: Catalogo Equipamentos de segurança ARD Indústria e Comércio Ltda. 55
  • 76. 6.2.9 Soluções não adotadas A nota técnica NT016/DSS/2004 recomenda a utilização:  Cortina de luz com redundância  Válvulas de segurança  Monitoramento do curso do martelo  Sistemas de retenção mecânica A nota técnica e a convenção coletiva recomendam utilizar cortina de luz conjugada com comando bi manual. Foi utilizado o comando bi manual. A cortina de luz nas condições estruturais inviabiliza o uso das prensas mecânicas onde o operador fica sentado. Seu uso é recomendado para prensas hidráulicas com extrator de grande porte, onde o risco não se limita aos membros superiores. Nas prensas trabalhadas o risco limita-se somente aos membros superiores. Na prensa hidráulica foi criada uma gaiola externa na área de risco feita de chapa perfurada e com a porta de acesso intertravada com o acionamento da bomba hidráulica, ou seja, a prensa só pode ser acionada com a gaiola fechada. No sistema hidráulico, a norma EN 693 recomenda a utilização de válvulas monitoradas eletricamente. Isso implica na troca de todos os componentes hidráulicos. A solução adotada descrita acima elimina a válvula. O monitoramento do martelo deve ser realizado nas prensas hidráulicas, prensas mecânicas excêntricas com freio/embreagem e respectivos equipamentos similares, não enclausurados, ou cujas ferramentas não sejam fechadas, o martelo deverá ser monitorado por sinais elétricos produzidos por equipamento acoplado mecanicamente à máquina, com controle de interrupção da transmissão, conforme o item 4.9 da NBR13930. Neste trabalho a empresa optou por usar somente ferramentas fechadas atendendo esta recomendação de outra forma. 56
  • 77. Sistema de retenção mecânica compostos de um calço de segurança, ou seja , uma barra de aço que impeça a queda da parte superior da prensa durante uma operação de troca de ferramenta e/ou manutenção. Este calço deve ser ligado ao comando da máquina de forma a impedir que ela seja acionada se o calço estiver fora da sua posição de repouso. Com esta ligação impede-se que a máquina seja acionada com o calço dentro da área de prensagem. Normalmente dimensiona-se a resistência mecânica do calço para o peso das partes móveis. Assim, deve evitar que a força exercida pela máquina, que facilmente chega a algumas toneladas, seja aplicada diretamente sobre o calço. As modificações no sistema elétrico foram feitas de forma a melhorar o quadro elétrico e adaptando-o com mais espaço, componentes e ligações novas. Para substituição deste item foi feito conforme a orientação da NT016/DSS/2004 onde especifica que nas situações onde não seja possível o uso do sistema de retenção mecânica, devem ser adotadas medidas alternativas que garantam o mesmo resultado, como por exemplo, chave elétrica geral com chave tranca, no caso foi utilizada chave elétrica geral do tipo chave com indicação de ligado e desligado (Chave I/O, pag. 47, fig. 28). O custo para estas modificações supera facilmente a casa das dezenas de milhares de reais. A empresa decidiu não realizar estas modificações. De acordo com as Convenções Coletivas e com a NT016/DSS/2004, podem ser adotadas, em caráter excepcional, outras medidas de proteção e dispositivos de segurança nas prensas e equipamentos similares, desde que garantam a mesma eficácia das proteções e dispositivos mencionados, atendendo o disposto nas Normas Técnicas oficiais vigentes, as modificações mecânicas foram feitas com o acréscimo das grades de proteção e a analise de riscos comprova o atendimento ao NT016/DSS/2004. com base na NBR NM 272 - 2002 - Segurança de Maquinas - Proteções - Requisitos Gerais para o Projeto e Construção de proteções fixas e móveis. Conclusão: Nenhuma outra modificação se faz necessária. 57
  • 78. 6.2.10 Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão O treinamento de profissionais é indispensável para garantir uma operação com qualidade e com segurança. A capacitação deve atingir todas as instâncias da empresa, desde o técnico ou engenheiro de segurança até operadores e profissionais de manutenção. Para a introdução de dispositivos de segurança nas máquinas, os profissionais devem ser preparados para conhecer as possibilidades existentes no mercado e decidirem em relação aos dispositivos mais adequados para cada uma das máquinas específicas. Ao introduzir modificações nas máquinas para aumentar a segurança é indispensável que os profissionais sejam preparados para a nova situação e que compreendam o significado das modificações. O treinamento específico para operadores de prensas ou equipamentos similares deve obedecer ao seguinte currículo básico: a) Tipos de prensas ou similares b) Princípio de funcionamento c) Sistemas de proteção d) Possibilidades de falhas dos equipamentos e) Responsabilidade do operador f) Responsabilidade da chefia imediata g) Riscos na movimentação e troca dos estampos e matrizes h) Calços de proteção i) Outros 58
  • 79. O treinamento específico para movimentação e troca de ferramentas, estampos e matrizes deverão ser ministradas para os operadores e funcionários responsáveis pela troca e ajuste dos conjuntos de ferramentas em prensas e similares, devendo conter: a) Tipos de estampos e matrizes b) Movimentação e transporte c) Responsabilidades na supervisão e operação de troca dos estampos e matrizes d) Meios de fixá-los à máquina e) Calços de segurança f) Lista de checagem (check list) de montagem g) Outros. Obs: O treinamento básico para trabalhadores envolvidos em atividades com prensas e equipamentos similares deverá ser ministrado com condição fundamental, antes do início das atividades, conforme o disposto no item 1.7, alínea “b”, da NR-1 O responsável pelo treinamento deve : a) Controlar as características dos treinamentos que já foram ou serão executados. b) Possuir documentação relativa à comprovação da participação do funcionário no treinamento e uma declaração assinada pelo próprio funcionário atestando que efetivamente recebeu o treinamento. c) Possuir comprovação do conteúdo programático desenvolvido no curso. 59
  • 80. 6.2.10.1 Controle de treinamento Tabela 9 – Tabela de Controle de Treinamento 2 (Ver Tabela 6, pág. 34) CONTROLE DE TREINAMENTO CURSO: Ministrado em Carga horária Validade MINISTRADO POR: Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS” Participantes Nome Cargo Setor Assinatura Conteúdo programático Fonte: Senai/SP 6.2.11 Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados Para efeito de segurança em prensas, considera-se que um risco é uma função da severidade do dano possível e da probabilidade de ocorrência desse dano. Um dos princípios da avaliação de risco é o de que ela deve ser realizada durante todas as fases da “vida” das máquinas, o que implica acompanhamento constante e permanente para garantia de segurança. Além desse princípio, outro se refere à idéia de que a avaliação de risco implica julgamentos que se apóiam em métodos qualitativos e, na medida do possível, em quantitativos. Para que seja possível avaliar os riscos envolvidos em prensas, recomenda-se o uso de alguns critérios baseados na NBR 14009 Princípios para apreciação de Riscos; EN954-1 - Anexo B e várias outras normas em vigência. 60
  • 81. Esses critérios válidos para qualquer máquina e equipamento têm como limites:  a gravidade prevista pelo dano Tabela 10 – Tabela de Critérios de Severidade para definição do Risco S= Severidade (gravidade) de ferimento potencial S1 -> Leve (em geral inteiramente reversível, por exemplo, arranhão, contusão) S2 -> Grave (em geral irreversível, incluindo morte) Figura 36: Grau de Severidade Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas  a permanência em áreas perigosas Tabela 11 – Tabela de Critérios de permanência para definição dos Riscos F= duração ou freqüência de exposição ao risco F1 -> Exposição pouco freqüente e/ou curta exposição (quando o acesso somente é necessário de tempo em tempo e/ou a exposição acontece por um curto período) F2 -> Exposição freqüente e contínua ou de longa duração (se a pessoa se encontra exposta freqüentemente ao ponto de risco) 61
  • 82. Figura 37: Grau de Permanência na área de Risco Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas  a possibilidade de evitar o risco Tabela 12 – Tabela de Critérios de Possibilidade de Evitar o Risco P = Possibilidade de evitar o risco P1 -> Possível sob condições específicas (o operador reconhece o risco e evita ferimentos) P2 -> Pouco possível (o operador não reconhece o risco e não evita ferimentos) Figura 38: Grau de Possibilidade de Evitar o Risco Fonte: http://senaisp.webensino.com.br/sistema/webensino/portal/portal/prensas Geralmente se encontram relacionados à velocidade à qual se origina, a proximidade do ponto de risco, o nível de treinamento e a experiência do operador. Se, na opinião do responsável, o operador reconhece o risco e evita ferimentos, deverá selecionar P1, e em caso contrário, P2. 62
  • 83.  Verificação do Risco NBR14009 / EN954-1 - Anexo B Uma vez definido o Risco conforme figura 40, devesse comparar o Risco comparar com Risco inicial / Final e fazer tabela comparativa das melhorias obtidas. Figura 39: Critérios de Avaliação do Risco Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO Figura 40: Avaliação do Risco Fonte: Catalogo da Prensas Jundiaí “Cuidados na Compra de uma Prensa Excêntrica com Acoplamento Freio Embreagem.” - NERINO FERRARI FILHO 63
  • 84. 6.2.12 Ordem de Serviço para Prensista De acordo com a NR-01 da Portaria 3.214/78, cabe ao empregador elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho com o intuito de prevenção e ao trabalhador cumprir o estabelecido no Artigo 157, item II e Artigo 158 da CLT, com nova redação dada pela lei nº 6514 de 22/12/1977. Toda vez que mudamos os equipamentos, máquinas, “layout”, condição do ambiente ou procedimento, equivale a uma nova condição de risco, portanto uma nova ordem de serviço deve ser elaborada para a função. A ordem de serviço completa para prensista na revisão 2009, encontra-se no anexo “A” deste trabalho. Abaixo estão descritos os riscos avaliados, EPI´s e EPC´s recomendados: Tabela 13 – Riscos Ocupacionais. Tabela 14 – Equipamentos de Proteção Individual (Epi´s). Uso Obrigatório. 64
  • 85. Tabela 15 – Equipamentos de Uso Obrigatório em Atividades Específicas. Tabela 16 – Sistemas De Proteção Coletiva (EPC´s) De Uso Obrigatório. Figura 42: Operador com EPI utilizando uma máquina “retrofitada” Fotografia gentilmente cedida por Equacional 65
  • 86. 7 CONCLUSÕES 7.1 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Para analisar o custo de implantação do projeto e necessário definir alguns parâmetros:  número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);  salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$ 1,029,60);  custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica, seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte, INSS, férias e 13º): 132%;  Custo do salário = R$ 2.388,67;  Custo com BDI por parada de maquina neste setor: 103%;  HH= R$ 22,04 (para 220 horas);  uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor). 7.1.1 Custo de treinamento: Formação de uma equipe gestora: 36 HH; Avaliação de Riscos: 24 HH; Formulação do PPRPS: 24 HH; Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão: 72 HH; Nova Avaliação de Riscos Após Adaptações e Resultados: 30 HH; Custo treinamento = 186 HH = R$ 4.099,44. 66
  • 87. 7.1.2  Custo das modificações físicas: Adotar proteções de enclausuramento nas ferramentas: Preço médio unitário = R$ 820,00 05 Unidades = R$4.100,00  Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção, tais grades, etc. Preço médio unitário = R$ 396,00 08 unidades = R$ 3.168,00  Utilizar ferramentas de proteção (pinças magnéticas) Preço unitário = R$ 42,00 05 unidades = R$ 210,00  Fornecer mobiliário adequado ergonomicamente Preço unitário = R$ 332,00 06 lugares = R$ 1.992,00  Fornecer Sistema de Bloqueio Botão segurança= R$ 61,00 Chave 0-I = R$ 32,00 08 unidades = R$ 744,00  Mão Mecânica para segurar o disco Cada dispositivo = R$ 1.203, 00 03 maquinas = R$ 3.609,00  Modificação do sistema de pedais Preço médio unitário = R$ 450,00 07 maquinas = R$ 3.150,00  Comando Bi manual Preço médio unitário = R$ 890,00 08 maquinas = R$ 7.120,00 Custo dos equipamentos implementados = R$ 24.093,00 67
  • 88. 7.1.3 Custo total do projeto: CUSTO TOTAL = MDO APLICADA + MATERIAL CUSTO TOTAL = R$ 4.099,44 + R$ 24.093,00 = R$ 28.192,44 7.2 CUSTO DE UM ACIDENTE COM AFASTAMENTO POR 30 DIAS Para analisar o custo de um acidente vamos considerar um acidente simples sem mutilação com afastamento normal de 15 dias pela empresa e 15 pelo INSS a) Vamos utilizar os mesmos valores do item 7.1:  número de trabalhadores da empresa (entre 51 e 100);  salário médio de operador da prensa (prensista)= R$ 4,68 p/h (R$ 1,029,60);  custo indireto do trabalhador nesta faixa salarial ( inclui assistência médica, seguro em grupo, assistência odontológica, cesta básica, vale transporte, INSS, férias e 13º): 132%;  Custo do salário = R$ 2.388,67;  Custo BDI por parada de maquina neste setor: 103%;  HH= R$ 22,04 (para 220 horas);  uma UFIR = R$ 1,0641 (a UFIR foi extinta e este é seu último valor). b) Embasamento teórico e formulação matemática : Pesquisa feita pela Fundacentro revelou a necessidade de modificar os conceitos tradicionais de custos de acidentes e propôs uma nova sistemática para a sua elaboração, com enfoque prático, denominada Custo Efetivo dos Acidentes, como descrito a seguir ( ver na página 13 à Figura 5: Custos do Acidente de Trabalho): 68
  • 89. Ce = C - i Ce = Custo efetivo do acidente C = Custo do acidente i = Indenizações e ressarcimento recebidos por meio de seguro ou de terceiros (valor líquido) C = C1 + C2 + C3 C1 = Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias) em conseqüência de acidente com lesão; C2 = Custo referente aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e materiais danificados (acidentes com danos a propriedade); C3 = Custo complementares relativos às lesões (assistência médica e primeiro socorros) e os danos a propriedade (outros custos operacionais, como os resultantes de paralisações, manutenções e lucros interrompidos). C1 = R$ 2.388,67 / 2 = R$ 1.194,33 C2 = R$ 0,00 C3 = reposição de 220 HH = R$ 4.848,80 C3 = primeiros socorros = R$ 110,00 C3 = perda de bônus assistência médica = 2% de R$ 12.450,00 = R$ 249,00 C3 = Aumento da carga de seguro do INSS sobre a folha nos níveis de risco de acidentes do trabalho = 0,2% de R$ 233.000,00 = R$ 466,00 C3 = emissão da CAT = 2HH = R$ 44,08 i = R$ 0,00 Ce = Custo de um acidente = R$ 6.912,21 69