O documento discute o racismo no Brasil, abordando: 1) a origem do racismo e a classificação de raças por filósofos desde o século 18; 2) a dificuldade de professores em reconhecer atitudes discriminatórias na escola; 3) a desigualdade no mercado de trabalho até os anos 1940 que privilegiava brancos.
3. Não existe unanimidade entre os
estudiosos sobre a origem do
racismo;
A partir do século 18, esses filósofos
iniciaram a obra de classificação
científica da diversidade humana em
raças distintas;
Com bases no racismo da
antiguidade clássica, entre os
gregos e romanos
Esses grupos são hierarquizados
com bases nessas diferenças em
raças superiores e inferiores, numa
pirâmide encabeçado pelo grupo
branco, tendo os negros na base
inferior e os chamados amarelos na
parte intermediária.
4. De acordo com o Brasil em seu estudo intitulado educação anti-racista verificou-se que diversos
professores não compreendem em quais momentos ocorrem atitudes e práticas discriminatórias e
preconceituosas que impedem a realização de uma educação anti-discriminatória. No entanto, um olhar
um pouco mais crítico e preocupado com as relações estabelecidas na escola flagra situações que
constatam a existência de um tratamento diferenciado que hierarquiza o pertencimento racial entre os
alunos. Essa diferenciação de tratamento, uma atitude anti-educativa, concorre para a disseminação, a
reprodução e a permanência do racismo nas escolas e na sociedade.
5. Até meados dos anos 40, o mercado de trabalho era estruturado de cima para baixo,
privilegiava os indivíduos brancos e dificultava o acesso de outros grupos raciais. Foi
justamente por essa ideologia racial que nasceu o preconceito quanto ao ingresso do
negro no mercado de trabalho. Nesse sentido, uma das características marcantes do
mercado de trabalho brasileiro até hoje é a desigualdade de oportunidades entre os
grupos raciais.
6. As ações afirmativas ou sistema de cotas é certamente o assunto mais polêmico quando se
trata do ingresso ao ensino superior e concursos públicos no Brasil. No começo do século,
eram poucas as universidades públicas que reservavam vagas para candidatos negros ou
de baixa renda, destaque para a Universidade de Brasília (UnB). Com o passar dos anos,
mais e mais instituições públicas passaram a adotar o sistema, até que praticamente todas
passaram a usar. A medida que seria provisória se tornou definitiva, já que as universidades
perceberam a letargia dos governos federais, estaduais e municipais em melhorar o ensino
nas escolas públicas.
7. A morte sistemática de jovens negros no Brasil é uma realidade que estampam
capas de noticiários dentro e fora do país. O movimento negro, além de enterrar os
corpos, daqueles que não desaparecem misteriosamente, vem diariamente
denunciando o assombroso aumento do número de homicídios da nossa juventude.
Alguns grupos definem este cenário de morte como sendo de extermínio da
juventude negra, outros defendem a existência de genocídio.