Problemas médico legais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO DE
PERIODONTIA

ORIENTADOR: Prof. Dr. Plínio Macêdo

PROBLEMAS
MÉDICO-LEGAIS

MARCELA C. REINALDO

INTRODUÇÃO
PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS PROBLEMAS MÉDICO-LEGAIS

 O cirugião-dentista tem a
responsabilidade de fornecer aos
pacientes um TRATAMENTO PADRÃO.
 Muitas condições sistêmicas do paciente
com doença periodontal podem afetar a
saúde geral desse indivíduo, um exame
cuidadoso e uma revisão da história
médica são indispensáveis.

CUIDADO PADRÃO

 O profissional deve possuir conhecimento
e graus de habilidade que todo
profissional necessita para realizar a
prática profissional com prudência.

 O profissional deve exercitar as
habilidades necessárias e o conhecimento
de maneira razoavelmente prudente.

CUIDADO PADRÃO


Parâmetros para esses atendimentos.
 Devem ser periodicamente revistos e
atualizados com base na evolução da
literatura científica.
 Os profissionais responsáveis e prudentes
se submetem a guias de instrução.
 Esse atendimento padrão é o mínimo que
um profissional prudente deve executar de
maneira pelo menos razoável.

HÁBITOS NEGLIGENTES

Um hábito negligente, mesmo se praticado pela maioria dos
profissionais, viola o atendimento padrão.

Um exemplo da prática odontológica negligenciável:

 1) realização de tratamento endodõntico sem isolamento
absoluto;
 2) falha na determinação da profundidade das bolsas
periodontais;
 3) indicação de tratamento periodontal somente para os
dentes pilares para prótese,
 4) adesão cega às restrições dos guias em desuso,
 5) exposição desnecessária à radiação com D-speed filme
 (8) o uso de substâncias químicas frias, como soluções
esterilizadoras, sem obedecer às recomendações dos
fabricantes

OBRIGAÇÃO DE INDICAR
UM ESPECIALISTA

 Diploma dá o direito de realizar todos os procedimentos
odontológicos entretanto poucos clínicos gerais possuem
conhecimento, treinamento e habilidade para realizar
qualquer tipo de procedimento dentro dos padrões exigidos
para o atendimento.
 O dentista clínico geral tem a obrigação de indicar
especialistas para as situações nas quais outros dentisias
também o fariam.
 Quando o treinamento e a experiência de um especialista
são exigidos, o clínico geral é considerado negligente se
tentar diagnosticar ou tratar o caso.
 A ausência de disponibilidade de especialistas em certos
locais não justifica a falta de indicação.

OBRIGAÇÃO DE INDICAR
UM ESPECIALISTA

 O paciente é quem deve decidir se pode viajar ou não para
outras localidades para ser atendido por um especialista.
 O dentista que indicou não é responsável pelo resultado do
tratamento realizado pelo mesmo
 O dentista que faz a indicação deve ser responsável e
conhecer o trabalho do profissional.
 O CD deve verificar se o paciente realmente consultou o
especialista e se obteve as recomendaçõcs devidas.
 Na ficha clínica do paciente, todos esses passos devem ser
anotados e o paciente deve ser avisado sobre as
conseqüências da não realização do que foi determinado.

ATUALIZAÇÃO DAS HABILIDADES E
DOS CONHECIMENTOS

 Muitos profissionais negligenciam o processo de falhas e
não se comunicam com outro profissional mais experiente
para melhorar ou manter suas habilidades e conhecimento
 A experiência isolada não preenche o atendimento padrão.
Os profissionais com muitos anos de experiência apenas
repetem o que aprenderam no seu primeiro ano de prática.
 Um profissional prudente atualiza constantemente seus
métodos para realizar melhores tratamentos.
 Estuda-se que, após a graduação, os avanços científicos
ultrapassem os conhecimentos aprendidos nos últimos 5
anos

RECUSA AO TRATAMENTO


 Os dentistas não são obrigados a realizar
tratamento que seja do interesse do paciente,
mesmo que o paciente solicite.
 O dentista também não é obrigado a atender
um paciente quando há desacordo profissional.
 CD não aceita iniciar um tratamento ou decide
não continuar atendendo algum paciente, ele
deve ser avisado por escrito e os nomes de
outros profissionais, com os respectivos
endereços, devem ser fornecidos como opção
para a continuidade do tratamento

CONSULTAS MÉDICAS

 O dentista eleve se comunicar com o médico do
paciente quando o tratamento dentário proposto
puder aletar a saúde geral do paciente.
 CD que segue cegamente as recomendações do
médico, mesmo quando essas recomendações entram
em conflito com sua conduta profissional, estará
violando o atendimento padrão e o cuidado adequado.
 Quando as decisões de tratamento são conflitantes
entre o médico e o dentista, pode-se permitir que o
paciente faça sua decisão, mas somente quando as
duas alternativas são recomendáveis.

EXAME PERIODONTAL E
REAVALIAÇÃO

 A American Academy of Periodotology recomenda que
seus Paramenters on Comprehesive Pcriodontal
Examination (1995) sirva como atendimento padrão para os
exames periodontais.
 A reavaliação periódica após tratamento é essencial para
se conseguir estabilidade e impedir uma nova destruição
tecidual.
 Tanto a resistência do hospedeiro como os fatores locais
podem afetar a manutenção do tratamento a longo prazo.
 Quando ocorre recidiva da doença, tanto a resistência do
hospedeiro como os fatores locais devem ser novamente
verificados.

EXAME PERIODONTAL E
REAVALIAÇÃO

 A American Academy of Periodotology Professional
Policy Statement on Periodontal Dicease Detection
estabeleceu o seguinte:
- Após o tratamento, o paciente deve ser
cuidadosamente monitorado pelo periodontista e
dentista clínico geral para a prevenção da recorrência
de qualquer doença.
- Os exames periodontais periódicos devem ser
realizados e comparados entre si.
- Esta fase de manutenção é essencial para se
assegurar a saúde periodontal a longo prazo e a
retenção dos dentes naturais.

EXAME PERIODONTAL E
REAVALIAÇÃO

 “Todos os pacientes devem ser examinados para
se detectar ou não a presença de doença
periodontal regularmente".
 No caso de detecção de doença periodontal, uma
ficha clínica deve ser totalmente preenchida e um
tratamento efetivo deve ser realizado.
 O profissional que falha na reavaliação da
condição da doença do paciente não pode
determinar se ele está ou não em condições
normais.

FATORES DE RISCO

 O atendimento padrão faz com que o
profissional tome consciência dos fatores
de risco e deve diagnosticar o risco de
suscetibilidade do paciente, de maneira
que controle ou elimine o fator de risco.
 A falha ao realizar isso ou ao aconselhar
o paciente em relação a esses fatores
pode tornar o profissional responsável.

FATORES DE RISCO

 Muitos fatores de risco podem ser identificados
e comunicados ao paciente e sua eliminação
pode ser incorporada no tratamento periodontal.
 Os fatores de risco da doença periodontal
podem incluir:
(1) fatores de risco herdados
(2) fatores de risco sistêmicos,
(3) fatores de risco adquiridos
(4) os fatores de risco locais

Fatores de Risco Herdados:

 A composição genética do paciente não
pode ser alterada.
 o conhecimento da predisposição
genética pode afetar as decisões de
tratamento e o prognóstico.
 A doença periodontal ocorre apenas nos
indivíduos suscetíveis.

Fatores de Risco
Sistêmicos

 Diabetes
- É reconhecido como fator de risco para a progressão
da doença periodontal, quando seu controle é
inadequado.
- Ao contrário, quando o paciente é controlado, os
diabéticos, em geral, não mostram risco aumentado
para a progressão da doença periodontal.
- Tanto as condições sistêmicas como as locais da
doença periodontal devem ser controladas para que a
saúde seja ótima.
- Além disso, os médicos e dentistas precisam interagir
para assegurar ao paciente que nem a doença
periodontal nem o diabetes fora de controle vão afetar
um ao outro.

Fatores de Risco
Adquiridos

 Tabagismo
- Considerados como fatores primários de risco para a
doença periodontal.
- Os médicos e os dentistas são igualmente obrigados a
aconselhar o paciente a eliminar o uso do tabaco devido
aos vários riscos para a saúde.
- É obrigação do profissional aconselhar o paciente a
descontinuar o seu uso e alertá-los sofre os efeitos
adversos do seu uso sobre o tratamento.

 Higiene bucal
- Os pacientes com bolsas periodontais demonstraram
suscetibilidade à doença e necessitam de procedimentos
periodontais de manutenção (PPM) frequentemente
- Um PMP freqüente e regular pode manter a saúde bucal
mesmo que a higiene não seja a mais adecluada possível .

Fatores de Risco
Adquiridos

 Bebês prematuros
- O nascimento prematuro de bebês é
freqüentemente considerado multifatorial.
- Os fatores de risco incluem subnutrição, abuso de
drogas, tabagismo e falta de cuidado pré-natal.
- Pesquisas periodontais recentes sugerem que a
doença periodontal grave é um fator de risco.
- As infecções da mãe predispõe a um trabalho de
parto prematuro ou ao nascimento espontâneo de
bebês abaixo do peso.

CONCLUSÃO

 Os dentistas têm obrigação ética de aderir
ao maior interesse do paciente em relação
à saúde bucal.
 Os dentistas são legalmente obrigados a
proteger e preservar a saúde do paciente
como o principal objetivo da profissão, pois
a relação pacicnte-profissioanal é de
confiança.

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