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UNIDADE 2 – A AÇÃO E OS VALORES
Capítulo 1 – A ação humana – Análise e
compreensão do agir
A ação humana
O QUE É UMA AÇÃO? QUE CARATERÍSTICAS
DEVE TER UMA COISA PARA SER
CONSIDERADA UMA AÇÃO.
A ação humana
Uma ação tem de ser um acontecimento.
Um acontecimento é algo que se verifica num certo momento
e num certo lugar. Em linguagem mais técnica, é um evento
espácio-temporalmente enquadrado. Imaginemos que o João
decide ir à praia. Tem de ir a uma praia situada num certo lugar
– Vilamoura no Algarve, Portinho da Arrábida em Setúbal ou
Praia do Castelo na Costa da Caparica – e num determinado
momento normalmente no verão, de manhã ou de tarde.‒
Ficaríamos muito surpreendidos se João dissesse que foi a uma
praia em momento algum e que não ficasse em lado nenhum.
A ação humana
1 – Uma ação é um acontecimento mas nem todos os
acontecimentos são ações.
Todas as ações são acontecimentos, ou seja, são coisas
que acontecem num dado momento e num certo
lugar. Assim, ir à praia é um acontecimento porque
vamos a uma praia num determinado local e em dado
momento – normalmente no verão, de manhã ou de
tarde. Mas nem tudo o que acontece é uma ação, ou
seja, se todas as ações são acontecimentos nem todos
os acontecimentos são ações. Um furacão é um
acontecimento, mas não é uma ação.
A ação humana
2 Uma ação é algo que envolve um agente mas‒
nem tudo o que envolve um agente é uma ação.
O que distingue a proposição João foi à praia da
proposição João sofreu um ataque cardíaco? A
primeira proposição fala-nos de algo que
alguém fez. A segunda de algo que
simplesmente aconteceu a alguém. Uma ação é
um acontecimento que envolve um agente (o
sujeito de uma ação).
A ação humana
3 – Uma ação é algo que um agente faz acontecer, mas
nem tudo o que fazemos é uma ação.
Uma ação é algo que acontece por iniciativa do sujeito
nela envolvido. Ir à praia é algo que João faz
acontecer, mesmo que não o deseje (é de má vontade
que obedece àordem do pai para se juntar à família).
Sofrer um ataque cardíaco é algo que acontece no
organismo do João, mas não resulta de vontade sua.
No primeiro caso, não diremos que João foi à praia
por vontade do pai. Foi algo que ele fez. Seja qual for
o motivo, por gosto ou por obrigação, ir à praia foi
algo que ele fez.
A ação humana
4 – Uma ação é algo que intencionalmente fazemos com
que aconteça
Imaginemos que, inadvertidamente, escorrego numa
casca de banana e acabo por entornar uma garrafa de
Coca-Cola em cima do livro de um colega que
estudava comigo no bar da escola. Sujar o livro do
colega foi algo que eu fiz. Mas será isto uma ação?
Não, porque não tive intenção de sujar o livro do meu
colega, não o fiz de propósito. Estamos perante algo
que eu fiz sem querer e assim sendo o livro foi
estragado pelo que me aconteceu e não
propriamente por mim.
A ação humana
Definição de ação
Uma ação é um acontecimento desencadeado
pela vontade e intenção de um agente. Não é
um simples acontecimento, não é
simplesmente algo que um agente faz, é algo
que um agente faz acontecer intencional ou
propositadamente.
A ação humana
Um exemplo de ação
Vou à farmácia comprar uma embalagem de
aspirinas porque me dói bastante a cabeça.
A dor de cabeça é algo que me acontece, mas ir
à farmácia comprar o medicamento é algo
que eu faço acontecer porque quero tratar a
dor de cabeça. Vou à farmácia com esse
propósito e por esse motivo.
A ação humana
A rede concetual da ação
A rede concetual da ação é o conjunto de
conceitos que usados nas frases que descrevem
e explicam ações nos permitem compreender e
explicar as ações. Os conceitos mais
importantes a este respeito são conceitos
como motivo, intenção, deliberação, decisão,
crença, desejo e consequência.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
1 – Deliberação
Antecede habitualmente a decisão e consiste em
ponderar diferentes possibilidades de ação
Ex.: Devo ir à farmácia ou não? Será que não há
alguém que possa ir por mim? A aspirina não irá
fazer-me mal ao estômago? Se calhar isto passa
sem tomar medicamentos, dormindo um pouco.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
2 – Decisão
Momento em que se escolhe uma das alternativas ou
possibilidades de ação, preferindo uma delas.
Ex.: Vou à farmácia. Esta dor de cabeça tem de ser
tratada com medicamento e não vou poder dormir.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
3 – Intenção
Trata-se do que pretendo com a ação. Neste caso,
a intenção é tratar uma dor de cabeça.
Quando perguntamos «O que quer fazer aquele
que age?», referimo-nos à intenção, ao que o
agente pretende ser ou fazer.
A INTENÇÃO
A intenção é o propósito ou o objectivo da
ação.
Alguém escorrega e deixa cair a comida do
tabuleiro em cima dos livros de um colega,
danificando-os. Quem fez isto pode alegar que
não tinha a intenção – que não era seu
propósito ou objetivo – causar esses estragos.
Se não há intenção então não há ação, não há
agente.
INTENÇÕES, DESEJOS E CRENÇAS
As intenções são estados mentais frequentemente associados
a outros estados psicológicos que são as crenças e os desejos
do agente. O desejo de que o meu filho aprenda inglês é
condição necessária para ter a intenção de fazer tal inscrição.
Mas não chega, não é condição suficiente para explicar a ação.
Com efeito, há outros institutos onde inscrever o meu filho
para aprender Inglês. Aqui entra em jogo outro factor
psicológico: a crença ou convicção.
É por acreditar que a melhor forma de aprender Inglês é
inscrever o meu filho no Instituto Britânico que opto por fazê-
lo em vez de o matricular noutros institutos.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar
uma dor de cabeça.
4 – O motivo
O porquê ou a razão de ser da ação.
«Por que razão quero ir à farmácia comprar um
medicamento para tratar uma dor de cabeça?» A
resposta apresentar-nos-á o motivo dessa decisão,
tomando-a compreensível. O motivo pode ser
acabar com o desconforto físico e poder trabalhar
em melhores condições.
A ação humana
As condicionantes da ação
Entende-se por condicionantes da ação:
1 – Os limites que fatores internos e externos
impõe à nossa ação.
2 – As possibilidades que fatores externos e
internos conferem às nossas ações.
A ação humana
Condicionantes físicas, biológicas e psíquicas
A nossa constituição genética impõe-nos limites:
não podemos voar como algumas aves, não
podemos viver dentro de água como os peixes e
se nascermos com mãos pequenas e baixa
estatura é quase impossível ser jogador da NBA.
Mas somos dotados de inteligência e
criatividade, que nos permitem voar de avião e
passar bastante tempo debaixo de água.
A ação humana – As suas condicionantes
AS CONDICIONANTES BIOLÓGICAS
Somos seres com um programa genético aberto e
flexível.
Programa genético aberto – Programa constituído por um
conjunto de genes que não determinam de forma
absolutamente rígida caraterísticas e comportamentos.
Programa genético fechado – Programa constituído por
um conjunto de instruções genéticas que controlam de
forma muito rígida quase todos os aspectos do
comportamento de um ser, deixando pouco espaço
para que as relações com o meio exerçam a sua
influência.
A ação humana – As suas condicionantes
Somos seres com um programa genético aberto e
flexível.
Imagine que a maioria dos nossos comportamentos são
biologicamente herdados, como se fôssemos abelhas.
Quanto mais comportamentos herdamos por via
biológica menos comportamentos podemos
aprender. Sabemos que as abelhas apresentam
comportamentos muito complexos mas são os únicos
que pode realizar porque quase toda a sua conduta
está determinada geneticamente. O ser humano não
está submetido ao determinismo biológico.
A ação humana – As suas condicionantes
Somos seres com um programa genético aberto e flexível.
Dependemos mais do que fazemos com o que nos é dado
do que do que nos é dado. A relativa indeterminação
biológica, o facto de os nossos comportamentos não
serem rigidamente controlados pela nossa herança
genética, abre ao ser humano a possibilidade de
autodeterminação, e torna-o essencialmente uma
criatura social e cultural. Inacabados e desprotegidos
pela natureza, cabe aos seres humanos completar o seu
projeto por si próprios, usando a razão e a reflexão, que
só eles têm.
A ação humana – As suas condicionantes
No ser humano, a adaptação cultural prevaleceu ao
longo da história sobre a adaptação biológica. Graças
à cultura, o homem pode adaptar-se modificando o
seu próprio meio e não simplesmente ajustando-se a
ele. Quando, graças à cultura, o ser humano modifica
o seu meio de modo a torná-lo mais favorável no que
respeita à satisfação das suas necessidades ou à sua
sobrevivência, diz-se que a cultura tem uma função
adaptativa. Trata-se de uma adaptação criativa e
inventiva. Enquanto, por exemplo, as outras espécies
animais adaptam o seu corpo ao alimento que podem
consumir, o ser humano adaptou o alimento ao seu
corpo e assim se tornou omnívoro.
A ação humana – As suas condicionantes
Não nos adaptamos a um determinado meio como
uma chave se adapta a uma fechadura.
Transformamos o meio mediante a nossa
imaginação e as nossas capacidades de raciocínio e
de reflexão. Somos «programados para aprender».
Temos, em comparação com os outros animais, a
possibilidade de agir segundo normas e padrões de
comportamento aprendidos, de modificar as
aprendizagens efetuadas. Assim, há em nós um
reduzido conjunto de comportamentos de base
instintiva e estereotipada.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes psicológicas
As nossas ações também dependem das nossas
caraterísticas psicológicas.
Se decido deixar de fumar, a realização dessa
decisão – a ação de deixar de fumar – vai depender
em parte da minha força de vontade, capacidade de
persistência e grau de motivação.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
Para aprender e desenvolver a capacidade de
adaptação, não basta um programa genético aberto
ouum cérebro complexo. Isso é necessário mas não
suficiente. É necessário um meio que ensine e
permita aprender. Esse meio são as outras pessoas.
Estas atuam sobre cada indivíduo desde que nasce
– e mesmo antes. Através delas e do que
transmitem e ensinam, o indivíduo biologicamente
muito indeterminado quanto à sua conduta,
aprenderá a comportar-se de acordo com o que o
grupo social exige.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A ação humana depende do contexto cultural e social em
que se realiza.
Posso querer casar com quatro mulheres, mas as leis e
costumes do meu país não o permitem. Posso desejar
ficar com todo o rendimento do meu trabalho, mas as
leis em vigor exigem que pague impostos sobre
rendimentos. Uma mulher poderia querer participar na
vida política do seu país há 70 anos, mas não tinha
como agora o direito de votar ou de ser eleita.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (1)
É um constante processo de aprendizagem que nos
torna relativamente sociáveis, nos integra num meio
sociocultural e nos faz pertencer a vários grupos. Vários
agentes sociais (família, escola, grupos de pares, meios
de comunicação social e outras instituições) participam
nesse longo processo de aprendizagem e de adaptação.
Aprendemos a ser humanos, a viver em sociedade, a
interiorizar atitudes, comportamentos, valores e
normas, em suma, os elementos culturais do ambiente
social em que crescemos e somos educados.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (2)
Mediante esse processo, aprendemos a ler, a escrever, a
falar, a distinguir alimentos comestíveis de não comestíveis
e a consumi-los de certas formas. Criamos laços afetivos.
Adquirimos conhecimentos sobre o mundo e sobre o que é
moralmente certo e errado. Aprendemos uma profissão.
Tomamos consciência de que as regras e leis a que temos de
obedecer impõem limites aos nossos impulsos, mas também
nos protegem dos impulsos dos outros. Compreendemos
que sem um certo grau de obediência e de conformismo é
necessário para uma vida social minimamente estável, que
não é desejável que tudo o que é possível seja por isso
mesmo permitido.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (3)
Os outros exercem uma poderosa influência sobre
nós, tanto mais que chegamos ao mundo
completamente dependentes e sem competências
para vivermos por nós mesmos. Mas será que
somos o que os outros fazem de nós? Será que
pessoas educadas e criadas no mesmo meio são
necessariamente iguais?
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (4)
Socializar não é «programar socialmente» um
indivíduo, como se fôssemos totalmente
determinados pelo que nos transmitem.
Também somos agentes da nossa própria
socialização, ou seja, indivíduos socialmente
ativos. Não nos limitamos a guardar o que nos é
transmitido. Reagimos, protestamos, propomos
mudanças, inovamos.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (5)
Cada um de nós é ao mesmo tempo natureza,
sociedade e cultura. Somos o que nos deram (o
que herdamos por via genética), somos o que
fizeram de nós (mediante a transmissão social) e
somos o que fizemos e fazemos de nós
(mediante as nossas experiências e o modo
como reagimos à influência dos outros).
A ação humana – As suas condicionantes
Investigadores estudaram uma família composta por duas raparigas, um
rapaz e respetivos pais. A mãe sofria de esquizofrenia paranoide,
estando convencida de que um dos membros da família procurava
envenená-la. Só fazia as refeições em restaurantes. Uma das filhas
desenvolveu temores semelhantes, recusando-se a comer a não ser em
restaurantes. A outra rapariga somente comia em casa se o pai estivesse
presente. Licenciou-se e levou uma vida normal. O rapaz não padeceu
destes temores familiares. Desde a idade dos sete anos sempre fez as
refeições em casa não mostrando quaisquer sinais de ansiedade.
Licenciou-se e seguiu uma carreira profissional bem sucedida. Pessoas
que crescem em meios semelhantes desenvolvem-se de modo
diferente.
A ação humana – As suas condicionantes
Não somos simplesmente o que herdámos. Não
somos simplesmente o que nos ensinaram. Não
somos unicamente o resultado das nossas
experiências pessoais. Somos a resposta,
positiva ou negativa, a todos esses fatores. Seja
qual for o instrumento e seja quem for que o dê
(a genética ou a transmissão cultural), a música
depende normalmente do intérprete.
MAS SERÁ QUE É MESMO ASSIM?
Não estarão estas crenças erradas?

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A acção humana a sua natureza e as suas condicionantes

  • 1. UNIDADE 2 – A AÇÃO E OS VALORES Capítulo 1 – A ação humana – Análise e compreensão do agir
  • 2. A ação humana O QUE É UMA AÇÃO? QUE CARATERÍSTICAS DEVE TER UMA COISA PARA SER CONSIDERADA UMA AÇÃO.
  • 3. A ação humana Uma ação tem de ser um acontecimento. Um acontecimento é algo que se verifica num certo momento e num certo lugar. Em linguagem mais técnica, é um evento espácio-temporalmente enquadrado. Imaginemos que o João decide ir à praia. Tem de ir a uma praia situada num certo lugar – Vilamoura no Algarve, Portinho da Arrábida em Setúbal ou Praia do Castelo na Costa da Caparica – e num determinado momento normalmente no verão, de manhã ou de tarde.‒ Ficaríamos muito surpreendidos se João dissesse que foi a uma praia em momento algum e que não ficasse em lado nenhum.
  • 4. A ação humana 1 – Uma ação é um acontecimento mas nem todos os acontecimentos são ações. Todas as ações são acontecimentos, ou seja, são coisas que acontecem num dado momento e num certo lugar. Assim, ir à praia é um acontecimento porque vamos a uma praia num determinado local e em dado momento – normalmente no verão, de manhã ou de tarde. Mas nem tudo o que acontece é uma ação, ou seja, se todas as ações são acontecimentos nem todos os acontecimentos são ações. Um furacão é um acontecimento, mas não é uma ação.
  • 5. A ação humana 2 Uma ação é algo que envolve um agente mas‒ nem tudo o que envolve um agente é uma ação. O que distingue a proposição João foi à praia da proposição João sofreu um ataque cardíaco? A primeira proposição fala-nos de algo que alguém fez. A segunda de algo que simplesmente aconteceu a alguém. Uma ação é um acontecimento que envolve um agente (o sujeito de uma ação).
  • 6. A ação humana 3 – Uma ação é algo que um agente faz acontecer, mas nem tudo o que fazemos é uma ação. Uma ação é algo que acontece por iniciativa do sujeito nela envolvido. Ir à praia é algo que João faz acontecer, mesmo que não o deseje (é de má vontade que obedece àordem do pai para se juntar à família). Sofrer um ataque cardíaco é algo que acontece no organismo do João, mas não resulta de vontade sua. No primeiro caso, não diremos que João foi à praia por vontade do pai. Foi algo que ele fez. Seja qual for o motivo, por gosto ou por obrigação, ir à praia foi algo que ele fez.
  • 7. A ação humana 4 – Uma ação é algo que intencionalmente fazemos com que aconteça Imaginemos que, inadvertidamente, escorrego numa casca de banana e acabo por entornar uma garrafa de Coca-Cola em cima do livro de um colega que estudava comigo no bar da escola. Sujar o livro do colega foi algo que eu fiz. Mas será isto uma ação? Não, porque não tive intenção de sujar o livro do meu colega, não o fiz de propósito. Estamos perante algo que eu fiz sem querer e assim sendo o livro foi estragado pelo que me aconteceu e não propriamente por mim.
  • 8. A ação humana Definição de ação Uma ação é um acontecimento desencadeado pela vontade e intenção de um agente. Não é um simples acontecimento, não é simplesmente algo que um agente faz, é algo que um agente faz acontecer intencional ou propositadamente.
  • 9. A ação humana Um exemplo de ação Vou à farmácia comprar uma embalagem de aspirinas porque me dói bastante a cabeça. A dor de cabeça é algo que me acontece, mas ir à farmácia comprar o medicamento é algo que eu faço acontecer porque quero tratar a dor de cabeça. Vou à farmácia com esse propósito e por esse motivo.
  • 10. A ação humana A rede concetual da ação A rede concetual da ação é o conjunto de conceitos que usados nas frases que descrevem e explicam ações nos permitem compreender e explicar as ações. Os conceitos mais importantes a este respeito são conceitos como motivo, intenção, deliberação, decisão, crença, desejo e consequência.
  • 11. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 1 – Deliberação Antecede habitualmente a decisão e consiste em ponderar diferentes possibilidades de ação Ex.: Devo ir à farmácia ou não? Será que não há alguém que possa ir por mim? A aspirina não irá fazer-me mal ao estômago? Se calhar isto passa sem tomar medicamentos, dormindo um pouco.
  • 12. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 2 – Decisão Momento em que se escolhe uma das alternativas ou possibilidades de ação, preferindo uma delas. Ex.: Vou à farmácia. Esta dor de cabeça tem de ser tratada com medicamento e não vou poder dormir.
  • 13. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 3 – Intenção Trata-se do que pretendo com a ação. Neste caso, a intenção é tratar uma dor de cabeça. Quando perguntamos «O que quer fazer aquele que age?», referimo-nos à intenção, ao que o agente pretende ser ou fazer.
  • 14. A INTENÇÃO A intenção é o propósito ou o objectivo da ação. Alguém escorrega e deixa cair a comida do tabuleiro em cima dos livros de um colega, danificando-os. Quem fez isto pode alegar que não tinha a intenção – que não era seu propósito ou objetivo – causar esses estragos. Se não há intenção então não há ação, não há agente.
  • 15. INTENÇÕES, DESEJOS E CRENÇAS As intenções são estados mentais frequentemente associados a outros estados psicológicos que são as crenças e os desejos do agente. O desejo de que o meu filho aprenda inglês é condição necessária para ter a intenção de fazer tal inscrição. Mas não chega, não é condição suficiente para explicar a ação. Com efeito, há outros institutos onde inscrever o meu filho para aprender Inglês. Aqui entra em jogo outro factor psicológico: a crença ou convicção. É por acreditar que a melhor forma de aprender Inglês é inscrever o meu filho no Instituto Britânico que opto por fazê- lo em vez de o matricular noutros institutos.
  • 16. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 4 – O motivo O porquê ou a razão de ser da ação. «Por que razão quero ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça?» A resposta apresentar-nos-á o motivo dessa decisão, tomando-a compreensível. O motivo pode ser acabar com o desconforto físico e poder trabalhar em melhores condições.
  • 17. A ação humana As condicionantes da ação Entende-se por condicionantes da ação: 1 – Os limites que fatores internos e externos impõe à nossa ação. 2 – As possibilidades que fatores externos e internos conferem às nossas ações.
  • 18. A ação humana Condicionantes físicas, biológicas e psíquicas A nossa constituição genética impõe-nos limites: não podemos voar como algumas aves, não podemos viver dentro de água como os peixes e se nascermos com mãos pequenas e baixa estatura é quase impossível ser jogador da NBA. Mas somos dotados de inteligência e criatividade, que nos permitem voar de avião e passar bastante tempo debaixo de água.
  • 19. A ação humana – As suas condicionantes AS CONDICIONANTES BIOLÓGICAS Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Programa genético aberto – Programa constituído por um conjunto de genes que não determinam de forma absolutamente rígida caraterísticas e comportamentos. Programa genético fechado – Programa constituído por um conjunto de instruções genéticas que controlam de forma muito rígida quase todos os aspectos do comportamento de um ser, deixando pouco espaço para que as relações com o meio exerçam a sua influência.
  • 20. A ação humana – As suas condicionantes Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Imagine que a maioria dos nossos comportamentos são biologicamente herdados, como se fôssemos abelhas. Quanto mais comportamentos herdamos por via biológica menos comportamentos podemos aprender. Sabemos que as abelhas apresentam comportamentos muito complexos mas são os únicos que pode realizar porque quase toda a sua conduta está determinada geneticamente. O ser humano não está submetido ao determinismo biológico.
  • 21. A ação humana – As suas condicionantes Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Dependemos mais do que fazemos com o que nos é dado do que do que nos é dado. A relativa indeterminação biológica, o facto de os nossos comportamentos não serem rigidamente controlados pela nossa herança genética, abre ao ser humano a possibilidade de autodeterminação, e torna-o essencialmente uma criatura social e cultural. Inacabados e desprotegidos pela natureza, cabe aos seres humanos completar o seu projeto por si próprios, usando a razão e a reflexão, que só eles têm.
  • 22. A ação humana – As suas condicionantes No ser humano, a adaptação cultural prevaleceu ao longo da história sobre a adaptação biológica. Graças à cultura, o homem pode adaptar-se modificando o seu próprio meio e não simplesmente ajustando-se a ele. Quando, graças à cultura, o ser humano modifica o seu meio de modo a torná-lo mais favorável no que respeita à satisfação das suas necessidades ou à sua sobrevivência, diz-se que a cultura tem uma função adaptativa. Trata-se de uma adaptação criativa e inventiva. Enquanto, por exemplo, as outras espécies animais adaptam o seu corpo ao alimento que podem consumir, o ser humano adaptou o alimento ao seu corpo e assim se tornou omnívoro.
  • 23. A ação humana – As suas condicionantes Não nos adaptamos a um determinado meio como uma chave se adapta a uma fechadura. Transformamos o meio mediante a nossa imaginação e as nossas capacidades de raciocínio e de reflexão. Somos «programados para aprender». Temos, em comparação com os outros animais, a possibilidade de agir segundo normas e padrões de comportamento aprendidos, de modificar as aprendizagens efetuadas. Assim, há em nós um reduzido conjunto de comportamentos de base instintiva e estereotipada.
  • 24. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes psicológicas As nossas ações também dependem das nossas caraterísticas psicológicas. Se decido deixar de fumar, a realização dessa decisão – a ação de deixar de fumar – vai depender em parte da minha força de vontade, capacidade de persistência e grau de motivação.
  • 25. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais Para aprender e desenvolver a capacidade de adaptação, não basta um programa genético aberto ouum cérebro complexo. Isso é necessário mas não suficiente. É necessário um meio que ensine e permita aprender. Esse meio são as outras pessoas. Estas atuam sobre cada indivíduo desde que nasce – e mesmo antes. Através delas e do que transmitem e ensinam, o indivíduo biologicamente muito indeterminado quanto à sua conduta, aprenderá a comportar-se de acordo com o que o grupo social exige.
  • 26. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A ação humana depende do contexto cultural e social em que se realiza. Posso querer casar com quatro mulheres, mas as leis e costumes do meu país não o permitem. Posso desejar ficar com todo o rendimento do meu trabalho, mas as leis em vigor exigem que pague impostos sobre rendimentos. Uma mulher poderia querer participar na vida política do seu país há 70 anos, mas não tinha como agora o direito de votar ou de ser eleita.
  • 27. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (1) É um constante processo de aprendizagem que nos torna relativamente sociáveis, nos integra num meio sociocultural e nos faz pertencer a vários grupos. Vários agentes sociais (família, escola, grupos de pares, meios de comunicação social e outras instituições) participam nesse longo processo de aprendizagem e de adaptação. Aprendemos a ser humanos, a viver em sociedade, a interiorizar atitudes, comportamentos, valores e normas, em suma, os elementos culturais do ambiente social em que crescemos e somos educados.
  • 28. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (2) Mediante esse processo, aprendemos a ler, a escrever, a falar, a distinguir alimentos comestíveis de não comestíveis e a consumi-los de certas formas. Criamos laços afetivos. Adquirimos conhecimentos sobre o mundo e sobre o que é moralmente certo e errado. Aprendemos uma profissão. Tomamos consciência de que as regras e leis a que temos de obedecer impõem limites aos nossos impulsos, mas também nos protegem dos impulsos dos outros. Compreendemos que sem um certo grau de obediência e de conformismo é necessário para uma vida social minimamente estável, que não é desejável que tudo o que é possível seja por isso mesmo permitido.
  • 29. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (3) Os outros exercem uma poderosa influência sobre nós, tanto mais que chegamos ao mundo completamente dependentes e sem competências para vivermos por nós mesmos. Mas será que somos o que os outros fazem de nós? Será que pessoas educadas e criadas no mesmo meio são necessariamente iguais?
  • 30. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (4) Socializar não é «programar socialmente» um indivíduo, como se fôssemos totalmente determinados pelo que nos transmitem. Também somos agentes da nossa própria socialização, ou seja, indivíduos socialmente ativos. Não nos limitamos a guardar o que nos é transmitido. Reagimos, protestamos, propomos mudanças, inovamos.
  • 31. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (5) Cada um de nós é ao mesmo tempo natureza, sociedade e cultura. Somos o que nos deram (o que herdamos por via genética), somos o que fizeram de nós (mediante a transmissão social) e somos o que fizemos e fazemos de nós (mediante as nossas experiências e o modo como reagimos à influência dos outros).
  • 32. A ação humana – As suas condicionantes Investigadores estudaram uma família composta por duas raparigas, um rapaz e respetivos pais. A mãe sofria de esquizofrenia paranoide, estando convencida de que um dos membros da família procurava envenená-la. Só fazia as refeições em restaurantes. Uma das filhas desenvolveu temores semelhantes, recusando-se a comer a não ser em restaurantes. A outra rapariga somente comia em casa se o pai estivesse presente. Licenciou-se e levou uma vida normal. O rapaz não padeceu destes temores familiares. Desde a idade dos sete anos sempre fez as refeições em casa não mostrando quaisquer sinais de ansiedade. Licenciou-se e seguiu uma carreira profissional bem sucedida. Pessoas que crescem em meios semelhantes desenvolvem-se de modo diferente.
  • 33. A ação humana – As suas condicionantes Não somos simplesmente o que herdámos. Não somos simplesmente o que nos ensinaram. Não somos unicamente o resultado das nossas experiências pessoais. Somos a resposta, positiva ou negativa, a todos esses fatores. Seja qual for o instrumento e seja quem for que o dê (a genética ou a transmissão cultural), a música depende normalmente do intérprete. MAS SERÁ QUE É MESMO ASSIM? Não estarão estas crenças erradas?