Processo de formação é entendido aqui como o conjunto dos métodos pedagógicos e das opções políticas assumidas pela PJB em seu desenvolvimento histórico.
É possível identificar nos textos oficiais da Igreja Católica que o objetivo geral da PJB é de promover um encontro pessoal e comunitário com Cristo, para que o jovem se comprometa com a libertação do homem e da sociedade, levando uma vida de comunhão e participação (Celam, 1987, p. 115).
A presente apresentação traz um pouco do que é a proposta metodológica da PJ no processo de acompanhamento e cuidado com os jovens, de forma simples e prática.
4. O QUE É UM GRUPO DE
BASE?
É um grupo pequeno, onde o
jovem cultiva amizades e
partilha a vida, vida em
comunidade. É inspirado na
própria experiência de Jesus.
5. GRUPO DE BASE SERVE
PARA O JOVEM...
• Criar laços de fraternidade.
• Ser reconhecido.
• Ser valorizado.
• Crescer.
• Amadurecer.
• Aprender.
• Realizar-se como pessoa.
• Experimentar a vida em
comunidade.
8. Utiliza-se o Processo de Educação na
Fé com as etapas: Convocação,
Nucleação, Iniciação e Militância
9. UM POUCO DE PAPO CABEÇA!
1980 e 1990. Processo de
formação é
entendido aqui
como o conjunto
dos métodos
pedagógicos e das
opções políticas
assumidas pela PJB
em seu
desenvolvimento
histórico.
10. DO OBJETIVO
É possível identificar
nos textos oficiais da
IC que o objetivo
geral da PJB é de
promover um
encontro pessoal e
comunitário com
Cristo, para que o
jovem se
comprometa com a
libertação do homem
e da sociedade,
levando uma vida de
comunhão e
11. Para iniciar a caminhada é preciso
formar um novo grupo de jovens.
Para isso é necessário convidar e
acolher os jovens de forma
organizada.
Para CONVOCAR os jovens é
preciso fazer uma preparação
especial.
12. Nesta etapa o jovem deve ter a
oportunidade de conhecer melhor os
outros membros do grupo, através de
atividades e temas que facilitem a
integração. A etapa da NUCLEAÇÃO
deve ser planejada para que os jovens
experimentem os valores da vida em
comunidade: partilha, solidariedade,
companheirismo, convivência
13. A comunidade paroquial deve estar
aberta para acolher os jovens,
colaborando efetivamente para o
sucesso do novo grupo. A presença
de um assessor ou animador para
acompanhar e ajudar os jovens nos
seus primeiros passos é fundamental
nesta etapa.
14. Quando os jovens decidem levar
adiante a sua caminhada começa a
INICIAÇÃO. Nesta etapa, os jovens
fortalecem os laços de amizade
dentro do grupo e aumentam a sua
participação na PJ e na comunidade.
17. É o momento de fortalecimento dos
laços de amizade dentro do grupo. O
jovem descobre que o grupo é o espaço
importante de troca de experiências e de
aprendizado. As relações pessoais são
mais importantes que a doutrina, já que
o jovem está mais preocupado consigo
mesmo. O grupo ainda não é um grupo
de fato, pois ainda não estabeleceu um
ideal grupal.
Descoberta do grupo
19. Descoberta da comunidade
À medida que o jovem participa das
atividades do grupo vai identificando a
igreja como Comunidade de fé e vida,
de celebração, de solidariedade e
esperança. A descoberta da comunidade
dá ao jovem uma visão mais ampla da
religião e um sentido de pertença à Igreja
21. Descoberta do Problema social
O jovem vai percebendo que a sociedade
está cheia de fatos e atitudes que são
contrárias ao Evangelho de Jesus.
Confrontado o Evangelho com esta
realidade, percebe que muita coisa tem que
mudar. Na descoberta do problema social o
jovem toma consciência de problemas muito
piores que os seus. Esse despertar social leva-
o a participar de campanhas para ajudar os
pobres, a visitar hospitais, presídios (Boran,
1994, p. 219-221)
23. Descoberta da organização
mais ampla
O jovem descobre que é importante a
ligação com outros grupos, através da
organização mais ampla da PJ. Percebe
que existem outros grupos na região, na
prelazia, enfim no pais inteiro e que
partilham dos mesmos sonhos e do
mesmo caminho. Ao fazer a descoberta
de uma organização mais ampla, o jovem
descobre a PJB. Nesse momento o jovem é
incentivado “a largar as muletas e caminhar
com suas próprias pernas” (Boran, 1994, p.
226).
24. Com o amadurecimento o jovem é
capaz de realizar uma análise mais
crítica da realidade, identificando
as verdadeiras causas do que é
contrário à realização do plano de
Deus. A vivência da fé no dia a dia
acontece de forma mais concreta
através de ações que promovem a
justiça, a verdade e a vida.
25. A etapa da MILITÂNCIA começa
depois que o jovem passa por todas
as etapas da Iniciação. É o momento
de assumir seu compromisso, seu
testemunho, sua luta e sua atuação
concreta no mundo e na Igreja.
27. Alguns jovens desenvolvem seu trabalho
na própria Pastoral da Juventude. O
militante pode atuar na formação e
acompanhamento de novos grupos, na
assessoria de coordenação, em cursos
de formação e em outras equipes de
trabalho.
28. Outros assumem uma militância
dentro da igreja, na catequese,
Liturgia, participação na equipe
da Campanha da Fraternidade,
nas festas da comunidade, no
diálogo ecumênico e outras
pastorais da Igreja.
29. Outros ainda assumem sua militância no meio social,
atuando diretamente nos partidos políticos,
movimentos populares, grêmios estudantis,
associações de bairro, sindicatos , grupos de defesa
dos direitos humanos, de promoção da mulher, etc.
FÓRUM AMAZONENSE
DE REFORMA URBANA
Inclusão Social no
Direito a Terra e Habitação
CARITAS
ARQUIDIOCESANA
Movimento Fé ePolítica
ConstruindooPoderPopular
30. Na PJ a Formação do Jovem é Integral
desenvolvendo 5 dimensões da fé:
Personalização (eu e eu),
Integração(eu e o
próximo/Comunidade), Teológica-
Teologal (eu e Deus), Sócio-Política
(Eu e a sociedade) e Capacitação
Técnica.
31. O grupo é o principal meio
para levar o jovem a percorrer
este caminho, passando por
todas as etapas.
33. Dimensão da
personalização A dimensão pessoal
corresponde ao universo
psicoafetivo do ser
humano, compreendendo
o aspecto do eu, da
relação consigo mesmo. É
o espaço da busca
constante de resposta à
pergunta: “Quem sou eu?”.
Nesta dimensão, a PJB
propõe que o jovem faça
suas opções de valores,
assumindo-os em sua vida
35. Dimensão da integração
grupal e comunitária
. Corresponde à dimensão social da
vida, da relação com o outro na busca
da integração grupal e comunitária. É
o momento de descoberta do grupo
como lugar de encontro e de
compreensão do outro como ser
diferente (CNBB, 1998, pp. 162).
36. O jovem descobre que precisa do
grupo para se sentir importante e útil.
Aprende que o relacionamento é algo
fundamental para o ser humano.
A experiência comunitária e tomada
como referência para sua vida,
realizando-se como pessoa na
relação com o outro.
Dimensão da integração
grupal e comunitária
37. Dimensão da integração
grupal e comunitária
Ele é levado a saber lidar com o conflito e a
conviver com quem pensa diferente.
Reconhece os valores dos outros, as
diversidades e os limites de cada um.
Passa a ver as pessoas como algo mais
importante que as normas, os objetos e as
coisas. Cresce e amadurece nessas
relações, descobrindo que a educação na fé
é concebida como caminho a ser percorrido
comunitariamente.
38. Dimensão sócio-política:
Relação com a
sociedade. É o momento
de inserção do jovem na
sociedade e da sua
participação cidadã. A
PJB afirma que a
promoção do bem
comum e a construção
de uma ordem social,
política e econômica
humana justa e solidária,
devem ser para o jovem
39. A política aqui, é não apenas a partir
da política partidária, mas é a política
como uma dimensão da formação
humana que busca uma relação
madura com a sociedade.
Sendo a presença da juventude na
política de fundamental importância
para que ocorram as mudanças na
sociedade e na Igreja.
40. Portanto, no processo
de formação da PJ,
fazer política é um
dever humano. Por
isso a política é
concebida como algo
positivo na vida do
cristão que tem como
missão utilizá-la como
um instrumento de
organização da
“Civilização do Amor”.
41.
42. Dimensão mística e teológica:
Corresponde à dimensão da relação com
Deus.
Dimensão da manifestação e presença do
Pai na vida, no qual ocorre um crescimento
na fé a partir da vivência e fundamentação
comunitária cristã. Para a PJB, ao fazer o
jovem vivenciar sua experiência de fé, essa
experiência faz com que ele passe a viver
como um autêntico cristão (CNBB, 1998, p.
164).
43. Fazer a opção pelo seguimento de
Jesus Cristo, assumindo sua pessoa e
seu projeto. Há um encontro com Jesus
e o desenvolvimento de uma
espiritualidade centrada em sua
proposta.
O sentido da vida está na experiência do
seguimento e passa-se a discernir a
ação do Espírito Santo nos sinais dos
tempos.
Busca-se uma experiência de Deus com
uma compreensão teórica e prática da
própria fé.
45. Dimensão da Capacitação
Técnica ou Metodológica
Diz respeito à estratégia metodológica
do jovem com relação à ação em seu
processo dentro das dimensões
anteriores.
46. É a dimensão da capacitação técnica
do jovem para o planejamento,
desenvolvimento e avaliação da ação
transformadora. A PJ propõe que o
jovem se capacite constantemente
para o seu trabalho pastoral (CNBB,
1998, p. 165).
47. A relação com a ação refere-se
às habilidades de liderança, que
devem ser desenvolvidas no
processo de crescimento da fé,
fundamentais na preparação para
a vida.
49. No mundo juvenil o exemplo é mais
importante que a palavra, por isso o
cristão precisa ser profissional na
evangelização, preparando sua ação
e sendo o primeiro responsável por
sua formação. A dimensão da
Capacitação é fundamental na
proposta de formação da PJ.
50. A CRISE DE PERSPECTIVAS
final da década de 1980
momentos de intenso engajamento social e político,
participando dos vários processos desencadeados
naquele período: eleições, constituinte, governo civil.
No entanto, no período seguinte começa a viver uma
crise de perspectivas, em decorrência do retorno da
presença do movimento pentecostal/carismático no
interior da IC
profundas mudanças que o cenário nacional e
internacional passava naquele momento: queda do
Muro de Berlim, fim da União Soviética, vitória da
direita nas eleições de 1989, crise da modernidade com
advento da pós-modernidade e desenvolvimento do
neoliberalismo no Brasil.
No próximo tópico destaca-se, a partir da análise do
documento 76 da CNBB, as mudanças ocorridas no
interior da PJB, principalmente em seu método de
formação.