2. O autor deste texto é o dono do cão, e o pai da
família. Ou seja, o autor, que também é narrador
deste livro, faz parte da história. Este livro fala do
cão de Manuel Alegre, o Kurika.
Kurika, sentia-se muito feliz quando estava com os
seus donos. Era exibicionista e não gostava de
obedecer ás ordens que os donos lhe davam.
Kurika não era mais novo na família, ele foi para
casa de Manuel Alegre antes de o novo elemento da
família nascer.
Kurika era um herói para a filha do meio de
Manuel Alegre, pois tinha salvado o seu dono, de
morrer no rio, enquanto pescava. E sempre que
Manuel Alegre ralhava com Kurika por ele fazer
asneiras, a filha do meio, defendia o cão, e
relembrava o pai que Kurika o tinha salvo de morrer
afogado no rio.
Quando o pai de Manuel alegre morreu, Kurika
correu a casa toda. Manuel alegre e a família
achavam que ele sentia uma presença que a família
fisicamente já não sentia.
Kurika foi envelhecendo e toda a família sabia que
o dia da sua morte estava a chegar. Kurika, adoeceu,
e teve pela primeira vez um ataque, que foi
fortíssimo. Teve convulsões, tentava levantar-se e
voltava a cair, esperneava-se e revirava os olhos.
3. Levaram Kurika a clínica veterinária. A família fez
um grande luto. Quase ninguém comia, choravam a
todo o tempo e o Manuel Alegre não saia da porta de
clínica.
Finalmente o cão saiu do veterinário, mas nunca
voltou a ser o mesmo. Kurika estava cada vez mais
velho. Todos sabiam que estava na altura de ele
morrer mas Kurika não se queria render à morte.
Sucederam-se outros ataques, outras corridas para o
veterinário, outros lutos antecipados. E Kurika
recusava-se a morrer!
Em Fevereiro o cão começou a andar ás voltas sobre
si mesmo. Estava tonto e não se conseguia aguentar
em pé. Começou a ir contra tudo. Tiveram de o levar
para a clínica.
Por fim, Kurika tinha dado o braço a torcer à
morte. Kurika morreu. Toda a família chorou imenso
e sentiam um enorme vazio em casa. Manuel Alegre
diz que ao escrever este livro, “Cão Como Nós”,
ainda sentia Kurika deitado ao lado dos seus pés,
como sempre fazia enquanto era vivo. Manuel
Alegre e toda a família dizem que ainda continuam a
sentir Kurika lá em casa, mas doutra maneira Kurika
ficou para sempre no coração de todos!