2. Introdução
Amados, como é bom saber que pertencemos ao Senhor Deus. A
esse respeito muito nos informam as Escrituras:
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a
minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre
todos os povos; porque toda a terra é minha” (Êx 19.5).
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, [...], diz o
SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no
coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo” (Jr 31.33).
Acredito que o fato de pertencermos a Deus implica em sermos
instrumentos em Suas mãos para anunciá-Lo às pessoas.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
(1Pe 2.9).
3. Contextualização
Anunciar as maravilhas de Deus não depende das circunstâncias.
A época de Elias era uma época difícil. O rei Acabe fez “mais abominações
para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que
foram antes dele” (1Rs 16.30).
Outro fato interessante é que Hiel edificou a Jericó e pagou com a vida de
seus filhos” (Josué 6.26 comparar com 1Rs 16.34).
Naquele tempo, Josué fez o povo
jurar e dizer: maldito diante do
Senhor seja o homem que se
levantar e reedificar esta cidade
de Jericó; com a perda do seu
primogênito
lhe
porá
os
fundamentos e, à custa do mais
novo, as portas (Js 6.26).
Em seus dias, Hiel o betelita,
edificou a Jericó; quando lhe
lançou os fundamentos, morreulhe Abirão, seu primogênito;
quando lhe pôs as portas, morreu
Segube, seu último segundo a
palavra do Senhor, que falara por
intermédio de Josué, filho de Num
(1Rs 16.34).
4. Narração
Alguns comentaristas dizem que no velório do filho caçula de Hiel, o
rei Acabe estava presente e o profeta Elias foi lá e disse:
“Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face eu
estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha
palavra” (1Rs 17.1).
Queridos, creio que a graça de Deus está sobre nós e se manifesta
por meio de nós. Creio que Deus nos usa conforme o Seu propósito.
Creio que somos instrumentos em Suas mãos para proclamar as suas
maravilhas.
Assim, com base no texto lido, pretendo tratar de duas verdades que
julgo serem importantes para a nossa compreensão do que significa
pertencer a Deus.
Para tanto, o tema do nosso estudo nessa manhã e:
6. 1. Somos instrumentos nas mão de Deus para proclamarmos
verdades a respeito de um Deus que tem poder para mudar a
situação.
Deus disse para Elias:
Dispõe-te, e vai a Sarepta, que
pertence a Sidom;
Demora-te ali;
Ordenei a uma mulher viúva que te
dê comida.
O profeta obedece a Deus.
Chegando à porta da cidade, estava
ali uma mulher viúva apanhando
lenha;
Ele a chamou e lhe disse: Traze-me,
peço-te, uma vasilha de água para
eu beber. Ela foi buscar;
Ele a chamou e lhe disse: Traze-me
também um bocado de pão na tua
mão.
7. 1. Somos instrumentos nas mão de Deus para proclamarmos
verdades a respeito de um Deus que tem poder para mudar a
situação.
Não podemos esquecer que foi o Senhor
quem mandou Elias ir à Sarepta. O pedido do
profeta envolve toda uma dramaticidade.
Ele pediu água e pão, ela respondeu: tão certo
como vive o Senhor, teu Deus, nada tenho; há
somente um punhado de farinha numa
panela, e um pouco de azeite numa botija.
A palavra do profeta exige fé e confiança tanto
de quem fala como de que ouve, ele disse:
Não temas; vai e faze o que disseste; mas
primeiro faze dele para mim um bolo pequeno
e traze-mo aqui fora. Assim diz o Senhor, Deus
de Israel: A farinha da tua panela não se
acabará, e o azeite da tua botija não faltará
até ao dia em que o Senhor fizer chover sobre
a terra (1Rs 17.14).
8. 1. Somos instrumentos nas mão de Deus para proclamarmos
verdades a respeito de um Deus que tem poder para mudar a
situação.
Amados, aquela viúva era uma gentia.
Ela não era judia.
Ela não estava debaixo da aliança
abraâmica, mas tinha uma disposição
para crer na palavra do Senhor, dita
pelo Seu profeta. Era Deus quem falava.
Teríamos essa mesma disposição?
Como reagiríamos diante de tal
situação?
Ilustração (juiz adverte a igreja).
A Bíblia diz que: “ela fez segundo a
palavra de Elias; assim, comeram ele,
ela e a sua casa muitos dias” (1Rs 17.15).
9. 2. Somos instrumentos nas mãos de Deus para proclamarmos que
existe um Deus que tem poder sobre a morte porque Ele é o Deus da
vida.
Não raro ouvimos alguém dizer: “A vida
nos pregou esta peça”, se referindo a uma
tragédia.
Pensamos que está tudo bem com a nossa
vida. Não teremos mais problemas.
Foi isso o que aconteceu com aquela viúva.
Ela não tinha mais esperança. Esperava a
sua morte e a do seu filho. Então apareceu
o homem de Deus e a sua vida mudou.
Quando ela pensou que tudo estaria bem,
que as dificuldades seriam superadas.
Quando pensou que voltaria a sorrir, foilhe cravado no coração uma das maiores
dores que alguém pode sentir:
A morte de um filho.
10. 2. Somos instrumentos nas mãos de Deus para proclamarmos que
existe um Deus que tem poder sobre a morte porque Ele é o Deus da
vida.
Ela reclamou com o profeta, disse que
vinda dele era para trazer a sua memória
os seus pecados (1Rs 17.18).
Qual foi a atitude do profeta?
Tomou a criança em seus braços;
Levou para o seu quarto;
Deitou a criança na sua cama;
Orou a Deus.
O que aconteceu?
O Senhor atendeu a sua oração;
O menino tornou a viver;
O profeta pegou a criança e a deu a
sua mãe e disse-lhe: “Vê, teu filho
vive”.
11. Conclusão
Aquela mulher teve uma experiência
única. Ela viu o seu filho morrer e ser
ressuscitado pelo profeta.
Sua reação, a sua compreensão sobre o
que acabara de ver foi declarada
nestes termos:
“Nisto conheço agora que tu és
homem de Deus e que a palavra do
Senhor na tua boca é verdade” (1Rs
17.24).
A palavra de Deus deve ser verdade
na nossa boca.
Disse o salmista: “guardo no coração as
tuas palavras”; e, Jesus Cristo: “a boca
fala do que está cheio o coração”.