O documento descreve o processo de cálculo da iluminação natural em ambientes internos através de janelas. Primeiro, calcula-se o aclaramento do céu disponível e a porção visível através da janela. Em seguida, determinam-se fatores como os caixilhos, vidros, manutenção, ambiente e espessura das paredes para calcular o fluxo de luz interno útil. Por fim, calcula-se o aclaramento interno médio para compará-lo com os níveis recomendados para diferentes atividades.
4. A estudar as trajetórias aparentes do sol na frente da abertura
5. A dimensionar uma proteção de acordo com a quantidade de insolação direta desejada
6. Até a pensar em paisagismo para controlar o desempenho do sombreamento
7. MAS QUANDO QUEREMOS AVALIAR A ILUMINAÇÃO NATURAL LATERAL EM UM AMBIENTE é preciso desconsiderar o sol (a radiação direta) e considerar apenas a luz, ou seja, a radiação difusa emitida ou refletida pela abóbada celeste.
8.
9. Devemos considerar a porção de céu visível em frente à janela, usando, para tanto, o gráfico de máscara com todas as obstruções existentes
10. Queremos estimar o aclaramento em um plano de trabalho horizontal através de uma janela vertical, ou seja, a quantidade de luz que chega no plano de trabalho.
11. Primeiro, precisamos saber qual o aclaramento do céu Tabela de aclaramentos de céu médios em diversas latitudes latitude E CÉU (lux) 1º 18.000 5º 16.500 10º 15.000 15º 13.500 20º 12.000 23,5º (SP) 11.000 25º 10.500 30º 9.000 33º 8.000
12. Para avaliarmos a quantidade de luz disponível em cada porção da abóbada celeste, utilizamos o diagrama de Pleyel Neste diagrama há 502 bolinhas A abóbada celeste contém 1.004 bolinhas
13. Assim é possível verificar a quantidade de luz natural disponível na face exterior da janela, utilizando para tanto o diagrama de máscaras da janela sobreposto ao diagrama de Pleyel (bolinhas) E contamos o número de bolinhas contidas na porção de céu visível.
14. Com esta “continha”, achamos o aclaramento do lado externo da janela. E EXTERNO = E CÉU x N o de bolinhas / 1004 (em lux)
16. Determinamos a área de transmissão da janela, isto é, o coeficiente de caixilhos C C , opacos, que impedem a entrada de luz S JANELA – S CAIXILHO C C = --------------------------- S JANELA
20. Determinamos o coeficiente de transmissão do vidro C V Tabela de coeficientes de transmissão de planos transparentes / translúcidos descrição C V vidro plano liso 0.80 a 0.90 acrílico transparente claro 0.80 a 0.92 acrílico translúcido branco 0.20 a 0.50
22. Determinamos o coeficiente de manutenção C M Tabela de coeficientes de manutenção em função dos intervalos de limpeza tipo de construção intervalo de limpeza locação em área não industrial locação em área industrial escritórios 12 meses 0,7 0,6 hospital 6 meses 0,7 0,6 escolas 12 meses 0,7 0,6 fábricas 3 meses 0,6 0,5 laboratórios e fábricas especiais 1 mês 0,6 0,5
27. Finalmente, determinamos o coeficiente de perda pela espessura das paredes C P Tabela para coeficiente de parede C P espessura da parede C P 25 cm 0,90 15 cm 0,95
28. PODEMOS ENTÃO CÁLCULAR O FLUXO INTERNO ÚTIL F INT.UTIL = E EXTERNO x S JANELA x C C x C V x C M x C A x C P ( em lumens = lux / m 2 )
29. E PARA OBTERMOS O ACLARAMENTO INTERNO MÉDIO E INTERNO = F INT.UTIL / S AMBIENTE (em lux)
30. Podemos agora comparar o resultado obtido com as recomendações de acordo com a função desejada.
31. Tabela de aclaramentos recomendados para o plano de trabalho atividade Aclaramento (lux) Visão casual 100 Leitura, trabalhos de escritório 200 Leitura prolongada e detalhamentos médios 400 Desenhos de precisão 600 Trabalhos prolongados e rigorosos (exigindo percepção de pequenos detalhes) 900 Trabalhos excepcionalmente rigorosos 2000 - 3000