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O homem e sua hora,
   de Mário Faustino
      Manoel Neves
MÁRIO FAUSTINO
                diretrizes da poesia da terceira geração
                           renovação estética
uso da métrica e da rima          dicção clássica           volta do soneto


       valorização da técnica da composição
    metalinguagem                perfeição formal         linguagem elaborada


ampliação do poder de significação da palavra
   recursos sonoros          intertextualidade clássica    culto da metáfora
O HOMEM E SUA HORA
             Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo
                                  Terceira Geração do Modernismo Brasileiro
1955           resgate da dicção tradicional + busca de uma poesia elevada + lirismo metafísico


                              livro dividido em 3 partes
     1) disjecta membra           2) sete sonetos de amor e morte         3) o homem e sua hora

   membro disjunto, partido         sonetos rimados e metrificados       poema longo de 235 versos

      influência clássica              retoma a tradição lírica      tom triste e fúnebre, anuncia o caos


                                       linhas gerais
         MELOPEIA                            FANOPEIA                           LOGOPEIA

aspectos imagéticos [metáforas]    aspectos melódicos [sonoridade]         discursividade e razão

                              evolução ligada aos valores tradicionais
a poesia que valoriza principalmente os aspectos imagéticos e melódicos em detrimento da razão
O HOMEM E SUA HORA
            Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo
                               E no céu donde a noite rui só vemos
                                  Pálidos anjos, livros e balanças,
                                  Candelabros, cavalos, crocodilos
                                 Vomitando tranquilos cogumelos
                             Róseos de sangue e lava – bestas, bestas
                                 Aladas pairam, à hora de o futuro
                              Fazer-se flama, e a nuvem derreter-se
                              Em cinza de presente. – Vê, em torno

                                            forma
                          decassílabos brancos [influência clássica]

  aliterações [pálidos anjos, livros, balanças], assonâncias [candelabros, cavalos, crocodilos]

 analogias/metáforas: anjos vomitam cogumelos róseos; nuvem derrete-se cinza de presente

                                          conteúdo
          o poema se articula por intermédio de uma colagem de elementos díspares

                não se preocupa com a lógica do sentido [influência surrealista]

musicalidade [simbolismo], sensorialismo [barroco, simbolismo], analogias absurdas [surrealismo]
O HOMEM E SUA HORA
             Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo
                                 Estava lá Aquiles, que abraçava
                                Enfim Heitor, secreto personagem
                               Do sonho que na tenda o torturava;
                                 Estava lá Saul, tendo por pajem
                               Davi, que ao som da cítara cantava;
                               E estavam lá seteiros que pensavam
                              Sebastião e as chagas que o mataram.
                             Nesse jardim, quantos as mãos deixavam
                               Levar aos lábios que os atraiçoaram!
                                Era a cidade exata, aberta, clara:
                                  Estava lá o arcanjo incendiado
                               Sentado aos pés de quem desafiara;
                                 E estava lá um deus crucificado
                               Beijando uma vez mais o enforcado.

                             fusão de tradições díspares
               soneto inglês com versos decassílabos rimados e metrificados

              procedimento surrealista/barroco de fusão de tradições díspares

personagens da Guerra de Tróia, da Bíblia, do início da Era Cristã e até o próprio Cristo aparecem

  em atitude de fraternidade; neste soneto, tradições díspares se irmanam e se confraternizam
PARTE 01
                                     disjecta membra
                                   fontes intertextuais
01) título: poeta latino [clássico] Horácio [partes desmembradas, disjuntas, partidas, esquartejadas]

       02) filiação poética: Jorge de Lima, autor de Invenção de Orfeu, como se vê a seguir

                                         Jorge de Lima
                               Nasce do suor da febre uma alimária

                                        Mário Faustino
                                Nasce do solo sono uma armadilha
PARTE 01
                      disjecta membra
                     aspectos técnicos

uso do decassílabo      intertextualidades    metalinguagem


                     aspectos temáticos

 autorreferência        unidade temática     lirismo metafísico
MENSAGEM
                                     disjecta membra
                                                                          Dize a eles que tombam
                                                     como chuvas de sêmen sobre campos de sal
                                                                       sem mancha, mas terríveis
 Em marcha, heróico, alado pé de verso,
                                                            que desçam sobre a urna deste olvido
 busca-me o gral onde sangrei meus deuses;
                                                                        e engendrem rosas rubras
 conta às suas relíquias, ontem de ouro,
                                                 do estrume em q tornei ss dons d trigo e vinho.
 hoje de obscura cinza, pó de tempo,
                                                              Segue, elegia, busca-me nos portos
 que ele os venera ainda, o jogral verde
                                                 e nas praias d Antanho, e nas rochas de Algures
 q outrora celebrou seus milagres mais fecundos.
                                                           os deuses que afoguei no mar absurdo
 Dize a eles que vinham                                                     de um casto sacrifício.
 tecer silentes minha eternidade                           Apanha estas palavras do chão túmido
 que a lava antiga é pura cal agora                             onde as deixo cair, findo o dilúvio:
 e queima-lhes incenso, e rouba-me farrapos                    forma delas um palco, um absoluto
 de seus mantos desertos de oferendas                              onde possa dançar de novo, nu
 onde possa chorar meu disfarce ferido.            contra o peso do mundo e a pureza dos anjos,
                                                                 até que a lucidez venha construir
                                                          um tempo justo, exato, onde cantemos.
        metalinguagem              barroco, simbolismo, surrealismo         intertextualidade

   decassílabos e hexassílabos            jogos de opostos            imagens absurdas [surrealismo]

    retomada explícita de Mensagem e de imagens bíblicas + concepção subjetiva do ato poético

a poesia se associa à ideia de redenção [apropriada da Mensagem, de Fernando Pessoa] e revelação
DOM SEBASTIÃO
a história, o mito e a Mensagem
                  Último e verdadeiro rei de Portugal. caiu em
                  Alcácer Quibir, e presumivelmente ali
                  morreu. Não se tendo encontrado o cadáver
                  do rei, reza a lenda que ele teria sido visto na
                  mesma noite da batalha, envolto por uma
                  capa e um grande chapéu inclinado.
                  O sebastianismo é uma espécie de messianismo
                  português que acredita na volta de Dom
                  Sebastião. Segundo os que esperam sua volta,
                  o rei não está morto, foi levado para as Ilhas
                  Afortunadas e ali espera por seu momento de
                  retorno, que se dará em Lisboa, numa manhã
                  de nevoeiro.
                  Mensagem, único poema publicado em vida
                  por Pessoa, conta a história de Portugal, das
                  origens até a morte de Dom Sebastião [fins
                  do século XVI]. Apresenta ainda versões do
                  mito sebastianista e a discute, poeticamente, a
                  relação existente entre a volta do Encoberto e
                  a Restauração da época de glória de Portugal.
BRASÃO
                                       disjecta membra
                                   Nasce do solo sono uma armadilha
                                    das feras do irreal para as do ser
                                   – Unicórnios investem contra o Rei.
                                    Nasce do solo sono um facho fulvo
                                 transfigurando a rosa e as armas lúcidas
                                    do campo de harmonia que plantei.
                                   Nasce do solo sono um sobressalto.
                                 Nasce o guerreiro. A torre. Os amarelos
                                  corcéis da fuga de ouro que implorei.
                                   E nasce nu do sono um desafio.
                             Nasce um verso rampante, um brado, um solo
                                   de lira santa e brava – minha lei
                                  até que nasça a luz e tombe o sonho,
                                  o monstro de aventura que eu amei.
  quatro tercetos e um dístico      imagens desconexas [surrealismo]        versos decassílabos

                    derivação imprópria              a forma sobrepuja o conteúdo

 “Brasão” é o título de uma das partes do poema épico Mensagem, de Fernando Pessoa referido

        não só neste texto, mas no anterior, cujo título é, emblematicamente, “Mensagem”

substantivos como “rei”, “solo”, “torre”, “guerreiro”, “sonho” e “aventura” retomam o referido poema.
LEGENDA
                                    disjecta membra
No princípio
Houve treva bastante para o espírito
Mover-se livremente à flor do sol                            Havia então mais sombra em nossa via.
Oculto em pleno dia.                                               Menos fragor na farsa da agonia,
No princípio                                                         Mais êxtase no mito da alegria.
Houve silêncio até para escutar-se                                  Agora o bandoleiro brada e atira
O germinar atroz de uma desgraça                                 Jorros de luz na fuga de meu dia —
Maquinada no horror do meio-dia.
                                                                 e mudo sou para contar-te, amigo,
E havia, no princípio,
                                                                 O reino, a lenda, a glória desse dia.
Tão vegetal quietude, tão severa
Que se estendia a queda de uma lágrima
Das frondes dos heróis de cada dia.
  quatro estrofes irregulares       rimas e assonâncias em “i”           predomínio de decassílabos

   intertertualidade bíblica            lirismo metafísico                     metalinguagem

“Legenda” apresenta uma versão faustiniana da criação bíblica; o discurso do sujeito poético se

articula como uma tentativa de explica o estar no mundo; fala-se da calmaria dos dias da criação;

o locutor declara paradoxalmente sua função: a de contar como foram os dias do início do mundo
ROMANCE
                                    disjecta membra
           Para as Festas da Agonia                               Era tão cálido o peito
           Vi-te chegar; como havia                           Angélico, onde meu leito
           Sonhado que já chegasses:                           Me deixaste então fazer,
           Vinha teu vulto tão belo                           Que pude esquecer a cor
           Em teu cavalo amarelo,                            Dos olhos da Vida e a dor
           Anjo meu, que, se me amasses,                      Que o Sono vinha trazer.
           Em teu cavalo eu partiria                            Tão celeste foi a Festa,
           Sem saudade, pena, ou ira;                       Tão fino o Anjo, e a Besta
           Teu cavalo, que amarraras                          Onde montei tão serena,
           Ao tronco de minha glória                     Que posso, Damas, dizer-vos
           E pastava-me a memória.                       E a vós, Senhores, tão servos
           Feno de ouro, gramas raras.                   De outra Festa mais terrena -
                                     Não morri de mala sorte,
                                     Morri de amor pela Morte.
uma estrofe longa e um dístico   diálogo com a poesia de Azevedo    único heptassílabo da coletânea

a morte aparece erotizada neste poema; ela chega para o sujeito poético como uma bela mulher

montada a cavalo amarelo; o locutor logo se apaixona [intertextualidade com Álvares de Azevedo];

                tal qual os românticos, o locutor se apaixona e anseia pela morte.
PARTE 02
         sete sonetos de amor e morte
                fontes intertextuais
   tradição lírica ocidental [de Safo a Vinícius de Moraes]

mitologia grega + tradição cristã + Bíblia + literatura ocidental
PARTE 02
                     sete sonetos de amor e morte
                          aspectos técnicos

uso do decassílabo           intertextualidades     grandiloquência


                         aspectos temáticos

      amor                     tom elevado              morte
INFERNO, ETERNO INVERNO...
                           sete sonetos de amor e morte
                                 Inferno, eterno inverno, quero dar
                                Teu nome à dor sem nome deste dia
                               Sem sol, céu sem furor, praia sem mar,
                                 Escuma de alma à beira da agonia.
                                Inferno, eterno inverno, quero olhar
                                De frente a gorja em fogo da elegia,
                                   Outono e purgatório, clima e lar
                                  De silente quimera, quieta e fria.
                                Inverno, teu inferno a mim não traz
                                Mais do que a dura imagem do juízo
                                 Final com que me aturde essa falaz
                                  Beleza de teus verbos de granizo:
                                    Carátula celeste, onde o fugaz
                                     Estio de teu riso — paraíso?

      forte musicalidade                vocaculário elevado             uso de rimas consoantes

o tom pessimista e amargurado perpassa o poema que fala sobre o sofrimento da passagem/morte

  a ideia de esterilidade [dia sem sol, céu sem furor, prais sem mar] se funde à agonia do locutor

        que apresenta a morte de modo tétrico, terrível, tal qual os simbolistas e barrocos
O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR
                           sete sonetos de amor e morte
                               O mundo que venci deu-me um amor,
                                   Um troféu perigoso, este cavalo
                                 Carregado de infantes couraçados.
                               O mundo que venci deu-me um amor
                                  Alado galopando em céus irados,
                               Por cima de qualquer muro de credo,
                                Por cima de qualquer fosso de sexo.
                               O mundo que venci deu-me um amor
                               Amor feito de insulto e pranto e riso,
                              Amor que força as portas dos infernos,
                                Amor que galga o cume ao paraíso.
                              Amor que dorme e treme. Que desperta
                                  E torna contra mim, e me devora
                                E me rumina em cantos de vitória...
          antíteses               intertertualiza c/ a tradição lírica    analogias, imagens absurdas

   Cavalo de Troia       O mundo que venci deu-me um amor/ um troféu perigoso, este cavalo/ carregado...

Perseu monta Pégasus          O mundo que venci deu-me um amor/ alado galopando em céus irados

Orfeu resgata Eurídice                          Amor que força as portas do Inferno

a ideia de intertextualidade plena reverbera neste poema que vê o amor como batalha perdida
PARTE 03
    O homem e sua hora
     fontes intertextuais
   tradição bíblica [agonia de Cristo]

Como esse dia é mais que sexta-feira
  E a hora mais que sexta e roxa.

     diálogo com a mitologia grega
PARTE 03
                       o homem e sua hora
                        aspectos técnicos

dividido em 3 partes      intertextualidades   metalinguagem


                       aspectos temáticos

origem do Cosmos          origem da Poesia     criação literária
o poema
                             o homem e sua hora
                               primeira parte
        caos originário; o poeta, perdido e inquieto, interroga os mitos do passado
       por fim, descobre que a Grécia é a nação que guarda a poesia e a verdade


                               segunda parte
               caminhada histórico-poética: do caos faz nascer o Cosmos;

              o locutor, associado ao Pigmalião grego, começa seu trabalho


                                terceira parte
    finalização da estátua [poema], que concederá nova ordem ao que antes era Caos

a poesia é um instrumento quase divino q oferece ao homem outra maneira de ver o mundo
PREFÁCIO
 metapoesia e crítica literária
  Quem fez esta manhã, quem penetrou
      À noite os labirintos do tesouro,
    Quem fez esta manhã predestinou
     Seus temas a paráfrases do touro,
      As traduções do cisne: fê-la para
     Abandonar-se a mitos essenciais,
       Desflorada por ímpetos de rara
      Metamorfose alada, onde jamais
Se exaure o deus que muda, que transvive.
    Quem fez esta manhã fê-la para ser
    Um raio a fecundá-la, não por lívida
      Ausência sem pecado e fê-la ter
   Em si princípio e fim: ter entre aurora
    E meio-dia um homem e sua hora.
PREFÁCIO
                        metapoesia e crítica literária
                               aspectos técnicos

        soneto                        decassílabos                    rimas alternadas

                    metalinguagem                    intertextualidade

                               aspectos temáticos

funciona como uma preparação para a obra; caráter metalinguístico: como fazer poesia

as imagens eróticas [v.10] e bíblicas [v.8] convivem antiteticamente e, num barroquismo,

  compõem o texto no qual se fala sobre a manhã que virá [poema a ser construído],

    fundindo tradições clássicas e cristãs, imagens fortes [touro] e delicadas [cisne].

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Terceira Geração

  • 1. O homem e sua hora, de Mário Faustino Manoel Neves
  • 2. MÁRIO FAUSTINO diretrizes da poesia da terceira geração renovação estética uso da métrica e da rima dicção clássica volta do soneto valorização da técnica da composição metalinguagem perfeição formal linguagem elaborada ampliação do poder de significação da palavra recursos sonoros intertextualidade clássica culto da metáfora
  • 3. O HOMEM E SUA HORA Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo Terceira Geração do Modernismo Brasileiro 1955 resgate da dicção tradicional + busca de uma poesia elevada + lirismo metafísico livro dividido em 3 partes 1) disjecta membra 2) sete sonetos de amor e morte 3) o homem e sua hora membro disjunto, partido sonetos rimados e metrificados poema longo de 235 versos influência clássica retoma a tradição lírica tom triste e fúnebre, anuncia o caos linhas gerais MELOPEIA FANOPEIA LOGOPEIA aspectos imagéticos [metáforas] aspectos melódicos [sonoridade] discursividade e razão evolução ligada aos valores tradicionais a poesia que valoriza principalmente os aspectos imagéticos e melódicos em detrimento da razão
  • 4. O HOMEM E SUA HORA Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo E no céu donde a noite rui só vemos Pálidos anjos, livros e balanças, Candelabros, cavalos, crocodilos Vomitando tranquilos cogumelos Róseos de sangue e lava – bestas, bestas Aladas pairam, à hora de o futuro Fazer-se flama, e a nuvem derreter-se Em cinza de presente. – Vê, em torno forma decassílabos brancos [influência clássica] aliterações [pálidos anjos, livros, balanças], assonâncias [candelabros, cavalos, crocodilos] analogias/metáforas: anjos vomitam cogumelos róseos; nuvem derrete-se cinza de presente conteúdo o poema se articula por intermédio de uma colagem de elementos díspares não se preocupa com a lógica do sentido [influência surrealista] musicalidade [simbolismo], sensorialismo [barroco, simbolismo], analogias absurdas [surrealismo]
  • 5. O HOMEM E SUA HORA Mário Faustino e a Terceira Geração do Modernismo Estava lá Aquiles, que abraçava Enfim Heitor, secreto personagem Do sonho que na tenda o torturava; Estava lá Saul, tendo por pajem Davi, que ao som da cítara cantava; E estavam lá seteiros que pensavam Sebastião e as chagas que o mataram. Nesse jardim, quantos as mãos deixavam Levar aos lábios que os atraiçoaram! Era a cidade exata, aberta, clara: Estava lá o arcanjo incendiado Sentado aos pés de quem desafiara; E estava lá um deus crucificado Beijando uma vez mais o enforcado. fusão de tradições díspares soneto inglês com versos decassílabos rimados e metrificados procedimento surrealista/barroco de fusão de tradições díspares personagens da Guerra de Tróia, da Bíblia, do início da Era Cristã e até o próprio Cristo aparecem em atitude de fraternidade; neste soneto, tradições díspares se irmanam e se confraternizam
  • 6. PARTE 01 disjecta membra fontes intertextuais 01) título: poeta latino [clássico] Horácio [partes desmembradas, disjuntas, partidas, esquartejadas] 02) filiação poética: Jorge de Lima, autor de Invenção de Orfeu, como se vê a seguir Jorge de Lima Nasce do suor da febre uma alimária Mário Faustino Nasce do solo sono uma armadilha
  • 7. PARTE 01 disjecta membra aspectos técnicos uso do decassílabo intertextualidades metalinguagem aspectos temáticos autorreferência unidade temática lirismo metafísico
  • 8. MENSAGEM disjecta membra Dize a eles que tombam como chuvas de sêmen sobre campos de sal sem mancha, mas terríveis Em marcha, heróico, alado pé de verso, que desçam sobre a urna deste olvido busca-me o gral onde sangrei meus deuses; e engendrem rosas rubras conta às suas relíquias, ontem de ouro, do estrume em q tornei ss dons d trigo e vinho. hoje de obscura cinza, pó de tempo, Segue, elegia, busca-me nos portos que ele os venera ainda, o jogral verde e nas praias d Antanho, e nas rochas de Algures q outrora celebrou seus milagres mais fecundos. os deuses que afoguei no mar absurdo Dize a eles que vinham de um casto sacrifício. tecer silentes minha eternidade Apanha estas palavras do chão túmido que a lava antiga é pura cal agora onde as deixo cair, findo o dilúvio: e queima-lhes incenso, e rouba-me farrapos forma delas um palco, um absoluto de seus mantos desertos de oferendas onde possa dançar de novo, nu onde possa chorar meu disfarce ferido. contra o peso do mundo e a pureza dos anjos, até que a lucidez venha construir um tempo justo, exato, onde cantemos. metalinguagem barroco, simbolismo, surrealismo intertextualidade decassílabos e hexassílabos jogos de opostos imagens absurdas [surrealismo] retomada explícita de Mensagem e de imagens bíblicas + concepção subjetiva do ato poético a poesia se associa à ideia de redenção [apropriada da Mensagem, de Fernando Pessoa] e revelação
  • 9. DOM SEBASTIÃO a história, o mito e a Mensagem Último e verdadeiro rei de Portugal. caiu em Alcácer Quibir, e presumivelmente ali morreu. Não se tendo encontrado o cadáver do rei, reza a lenda que ele teria sido visto na mesma noite da batalha, envolto por uma capa e um grande chapéu inclinado. O sebastianismo é uma espécie de messianismo português que acredita na volta de Dom Sebastião. Segundo os que esperam sua volta, o rei não está morto, foi levado para as Ilhas Afortunadas e ali espera por seu momento de retorno, que se dará em Lisboa, numa manhã de nevoeiro. Mensagem, único poema publicado em vida por Pessoa, conta a história de Portugal, das origens até a morte de Dom Sebastião [fins do século XVI]. Apresenta ainda versões do mito sebastianista e a discute, poeticamente, a relação existente entre a volta do Encoberto e a Restauração da época de glória de Portugal.
  • 10. BRASÃO disjecta membra Nasce do solo sono uma armadilha das feras do irreal para as do ser – Unicórnios investem contra o Rei. Nasce do solo sono um facho fulvo transfigurando a rosa e as armas lúcidas do campo de harmonia que plantei. Nasce do solo sono um sobressalto. Nasce o guerreiro. A torre. Os amarelos corcéis da fuga de ouro que implorei. E nasce nu do sono um desafio. Nasce um verso rampante, um brado, um solo de lira santa e brava – minha lei até que nasça a luz e tombe o sonho, o monstro de aventura que eu amei. quatro tercetos e um dístico imagens desconexas [surrealismo] versos decassílabos derivação imprópria a forma sobrepuja o conteúdo “Brasão” é o título de uma das partes do poema épico Mensagem, de Fernando Pessoa referido não só neste texto, mas no anterior, cujo título é, emblematicamente, “Mensagem” substantivos como “rei”, “solo”, “torre”, “guerreiro”, “sonho” e “aventura” retomam o referido poema.
  • 11. LEGENDA disjecta membra No princípio Houve treva bastante para o espírito Mover-se livremente à flor do sol Havia então mais sombra em nossa via. Oculto em pleno dia. Menos fragor na farsa da agonia, No princípio Mais êxtase no mito da alegria. Houve silêncio até para escutar-se Agora o bandoleiro brada e atira O germinar atroz de uma desgraça Jorros de luz na fuga de meu dia — Maquinada no horror do meio-dia. e mudo sou para contar-te, amigo, E havia, no princípio, O reino, a lenda, a glória desse dia. Tão vegetal quietude, tão severa Que se estendia a queda de uma lágrima Das frondes dos heróis de cada dia. quatro estrofes irregulares rimas e assonâncias em “i” predomínio de decassílabos intertertualidade bíblica lirismo metafísico metalinguagem “Legenda” apresenta uma versão faustiniana da criação bíblica; o discurso do sujeito poético se articula como uma tentativa de explica o estar no mundo; fala-se da calmaria dos dias da criação; o locutor declara paradoxalmente sua função: a de contar como foram os dias do início do mundo
  • 12. ROMANCE disjecta membra Para as Festas da Agonia Era tão cálido o peito Vi-te chegar; como havia Angélico, onde meu leito Sonhado que já chegasses: Me deixaste então fazer, Vinha teu vulto tão belo Que pude esquecer a cor Em teu cavalo amarelo, Dos olhos da Vida e a dor Anjo meu, que, se me amasses, Que o Sono vinha trazer. Em teu cavalo eu partiria Tão celeste foi a Festa, Sem saudade, pena, ou ira; Tão fino o Anjo, e a Besta Teu cavalo, que amarraras Onde montei tão serena, Ao tronco de minha glória Que posso, Damas, dizer-vos E pastava-me a memória. E a vós, Senhores, tão servos Feno de ouro, gramas raras. De outra Festa mais terrena - Não morri de mala sorte, Morri de amor pela Morte. uma estrofe longa e um dístico diálogo com a poesia de Azevedo único heptassílabo da coletânea a morte aparece erotizada neste poema; ela chega para o sujeito poético como uma bela mulher montada a cavalo amarelo; o locutor logo se apaixona [intertextualidade com Álvares de Azevedo]; tal qual os românticos, o locutor se apaixona e anseia pela morte.
  • 13. PARTE 02 sete sonetos de amor e morte fontes intertextuais tradição lírica ocidental [de Safo a Vinícius de Moraes] mitologia grega + tradição cristã + Bíblia + literatura ocidental
  • 14. PARTE 02 sete sonetos de amor e morte aspectos técnicos uso do decassílabo intertextualidades grandiloquência aspectos temáticos amor tom elevado morte
  • 15. INFERNO, ETERNO INVERNO... sete sonetos de amor e morte Inferno, eterno inverno, quero dar Teu nome à dor sem nome deste dia Sem sol, céu sem furor, praia sem mar, Escuma de alma à beira da agonia. Inferno, eterno inverno, quero olhar De frente a gorja em fogo da elegia, Outono e purgatório, clima e lar De silente quimera, quieta e fria. Inverno, teu inferno a mim não traz Mais do que a dura imagem do juízo Final com que me aturde essa falaz Beleza de teus verbos de granizo: Carátula celeste, onde o fugaz Estio de teu riso — paraíso? forte musicalidade vocaculário elevado uso de rimas consoantes o tom pessimista e amargurado perpassa o poema que fala sobre o sofrimento da passagem/morte a ideia de esterilidade [dia sem sol, céu sem furor, prais sem mar] se funde à agonia do locutor que apresenta a morte de modo tétrico, terrível, tal qual os simbolistas e barrocos
  • 16. O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR sete sonetos de amor e morte O mundo que venci deu-me um amor, Um troféu perigoso, este cavalo Carregado de infantes couraçados. O mundo que venci deu-me um amor Alado galopando em céus irados, Por cima de qualquer muro de credo, Por cima de qualquer fosso de sexo. O mundo que venci deu-me um amor Amor feito de insulto e pranto e riso, Amor que força as portas dos infernos, Amor que galga o cume ao paraíso. Amor que dorme e treme. Que desperta E torna contra mim, e me devora E me rumina em cantos de vitória... antíteses intertertualiza c/ a tradição lírica analogias, imagens absurdas Cavalo de Troia O mundo que venci deu-me um amor/ um troféu perigoso, este cavalo/ carregado... Perseu monta Pégasus O mundo que venci deu-me um amor/ alado galopando em céus irados Orfeu resgata Eurídice Amor que força as portas do Inferno a ideia de intertextualidade plena reverbera neste poema que vê o amor como batalha perdida
  • 17. PARTE 03 O homem e sua hora fontes intertextuais tradição bíblica [agonia de Cristo] Como esse dia é mais que sexta-feira E a hora mais que sexta e roxa. diálogo com a mitologia grega
  • 18. PARTE 03 o homem e sua hora aspectos técnicos dividido em 3 partes intertextualidades metalinguagem aspectos temáticos origem do Cosmos origem da Poesia criação literária
  • 19. o poema o homem e sua hora primeira parte caos originário; o poeta, perdido e inquieto, interroga os mitos do passado por fim, descobre que a Grécia é a nação que guarda a poesia e a verdade segunda parte caminhada histórico-poética: do caos faz nascer o Cosmos; o locutor, associado ao Pigmalião grego, começa seu trabalho terceira parte finalização da estátua [poema], que concederá nova ordem ao que antes era Caos a poesia é um instrumento quase divino q oferece ao homem outra maneira de ver o mundo
  • 20. PREFÁCIO metapoesia e crítica literária Quem fez esta manhã, quem penetrou À noite os labirintos do tesouro, Quem fez esta manhã predestinou Seus temas a paráfrases do touro, As traduções do cisne: fê-la para Abandonar-se a mitos essenciais, Desflorada por ímpetos de rara Metamorfose alada, onde jamais Se exaure o deus que muda, que transvive. Quem fez esta manhã fê-la para ser Um raio a fecundá-la, não por lívida Ausência sem pecado e fê-la ter Em si princípio e fim: ter entre aurora E meio-dia um homem e sua hora.
  • 21. PREFÁCIO metapoesia e crítica literária aspectos técnicos soneto decassílabos rimas alternadas metalinguagem intertextualidade aspectos temáticos funciona como uma preparação para a obra; caráter metalinguístico: como fazer poesia as imagens eróticas [v.10] e bíblicas [v.8] convivem antiteticamente e, num barroquismo, compõem o texto no qual se fala sobre a manhã que virá [poema a ser construído], fundindo tradições clássicas e cristãs, imagens fortes [touro] e delicadas [cisne].