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ATENÇÃO À MULHER NO
PUERPÉRIO
 Puerpério: período do
ciclo gravídico puerperal
em que as modificações
locais e sistêmicas,
provocadas pela gravidez
e parto no organismo da
mulher, retornam à
situação do estado pré-
gravídico.
 Inicía-se uma a duas horas
após a saída da placenta e
tem término imprevisto,
dependendo do período de
lactância e do retorno dos
ciclos menstruais.
 Puerpério Imediato: 1° ao 10° dia
 Puerpério Tardio: 11° ao 42° dia
 Puerpério Remoto: a partir do 43° dia
 As primeiras duas horas correspondem ao
chamado Quarto Período do parto. Período de
risco de hemorragias onde a mulher deve ser
acompanhada ou no próprio centro obstétrico ou
em enfermaria com suporte clínico. Estabilizada
hemodinamicamente e formado o globo de
segurança de Pinard, deverá ser encaminhada ao
alojamento conjunto.
 A mulher no puerpério
passa por uma série de
transformações,
devendo ser vista
integralmente, no seu
lado endócrino, genital
e psíquico.
 É comum que a mulher
se sinta insegura,
experimente
sentimentos
contraditórios. Cabe à
equipe estar disponível
para perceber a
necessidade de cada
mulher, na medida do
possível.
Alterações anatômicas e fisiológicas
 A puérpera apresenta um estado de exaustão e
relaxamento, que se manifesta por sonolência,
devido principalmente, ao longo período sem
adequada hidratação, alimentação e esforço.
Necessita de repouso e após despertar,
alimentação adequada, sem restrições. Poderá
deambular e cuidar de seu filho.
 Ligeira elevação da temperatura axilar nas
primeiras 24 horas sem que corresponda a quadro
infeccioso.
 Padrão respiratório é restabelecido.
 O sistema cardiovascular, experimenta nas
primeiras horas um aumento do volume
circulante.
 A volta das vísceras abdominais à sua situação
original, promovendo um melhor esvaziamento
gátrico.
 Nas mulheres submetidas a cesárea deve-se
observar íleo paralítico pela manipulação da
cavidade abdominal.
 Pode haver queixa ou desconforto à micção por
trauma uretral. Em geral há um aumento do
volume urinário pela redistribuição dos líquidos
corporais.
 Leucócitos, plaquetas e fibrinogênio estão
aumentadas nas primeiras semanas. Deve-se
atentar para complicações tromboembólicas no
caso de imobilizações prolongadas.
 Pele seca e queda de cabelos podem ocorrer. As
estrias tendem a se tornar mais claras e a
diminuírem de tamanho.
 O útero atinge a cicatriz umbilical após o parto,
regridindo em torno de 1 cm ao dia. Inicialmente
surgem os lóquios sangüíneos (até o 5° dia), em
volume variável semelhante a uma menstruação.
A partir do 5° dia torna-se serossanguíneo e por
volta do 10° dia, seroso. O odor é característico.
Quando fétido sugere infecção.
 A recuperação do endométrio inicia-se em torno
do 25° dia pós-parto. Logo após o parto o colo
fica edemaciado e pode apresentar lacerações. Em
torno do 10° dia estará fechado.
 A vagina apresenta-se edemaciada, congesta e
atrófica, iniciando sua recuperação após o 25°
dia.
 A vulva e o assoalho pélvico sofrem também
modificações.
 Deve-se atentar para as alterações de humor, com
labilidade emocional que podem sinalizar apatia
ou psicose puerperal.
 Mulheres que tiveram óbito fetal ou malformados
devem ter uma atenção especial.
Assistência ao puerpério
 Estimular a deambulação precoce.
 Estimular o banho de chuveiro. Não há
necessidade de antissépticos na região perineal.
Em casos de cesáreas pode-se molhar o curativo e
renovar no primeiro dia devendo permanecer
descoberto a partir do 2° dia.
 É recomendado o uso de sutiã.
 Atenção à involução uterina e à ferida cirúrgica.
 Inspecionar região perineal com atenção aos
lóquios. Edema, equimoses e hematomas implica
na necessidade de aplicação de frio no local.
 Pesquisar sinais de trombose venosa profunda.
 Nas puérperas que estão bem e não se detectam
anormalidades, a alta pode ser consentida após as
primeiras 24 horas e nas cesáreas, com 48 horas.
 Não se deve dar alta sem checar a tipagem
sangüinea da mãe, sorologia para sífilis e HIV.
 A revisão puerperal deve ser marcada em torno
do 7 ao 10° dia de puerpério em unidade de saúde
mais próxima da residência da mulher.
 Nova avaliação deverá ser realizada entre 30° e o
42° dia pós-parto.
 Nestes momentos de pós-parto é fundamental o
incentivo, o apoio, o acolhimento nas questões
referentes ao aleitamento materno.
 Contracepção.
ALEITAMENTO MATERNO
 São inúmeros os benefícios que a prática do
aleitamento materno oferece tanto para o
crescimento e desenvolvimento dos lactentes
como para a mãe, do ponto de vista biológico e
psicossocial.
 O aleitamento materno exclusivo é recomendado
por um período de 6 meses.
 Deve-se respeitar e compreender o desejo
materno de amamentar ou não. A escolha
informada deve ser acatada pelo profissional.
 Vantagens do aleitamento para a mulher.
 Vantagens para a criança.
 Vantagens para a família e a sociedade.
 Padrões de aleitamento materno:
AM exclusivo
AM predominante
AM parcial
Composição e características do leite humano
 Alimento ideal.
 Anticorpos (IgA), macrófagos,
polimorfosnucleares e linfócitos, fator bífido e
lactoferrina.
 Fatores de crescimento
 O leite sofre alterações em sua composição, em
relação ao início e fim da mamada. O leite do
começo “mata a sede” e o do fim “engorda”.
A produção de leite
Corpúsculo de
Montgomery
Mamilo
Aréola
Músculo de
sustentação e
gordura
Alvéolos ou
Glândulas mamarias
Células de secreção
do leite
Ductos
Ampolas
lactíferas
Bico ou mamilo
Aréola
Corpúsculo de
Montgomery
 Parto – início da produção lática
 Sucção do bebê – aumento da produção de
leite.
 Hormônios:
 Prolactina
 Ocitocina
SANGUE
⇓
LEITE
PROLACTINA
 A prolactina faz os alvéolos
produzirem leite.
 Ela pode fazer a mãe sentir-se
sonolenta e relaxada.
 Os níveis de prolactina devem
ser mantidos altos para que o
alvéolo produza leite.
 Mesmo com níveis elevados,
se a sucção não for eficiente ou
o leite retirado da mama, a
produção será interrompida
nessas partes.
 Sucção - impulsos
sensoriais – secreção de
prolactina -Produção de
leite.
 Estudo revelam uma maior
liberação de prolactina à
noite – importância da
mamada noturna
 Também relacionam com a
inibição da ovulação
 Mais prolactina é
secretada à noite
 Inibe a ovulação
Impulsos
sensoriais do
mamilo
Prolactina no
sangue
Bebê
sugando
PROLACTINA
Secretada APÓS a mamada para
produzir PRÓXIMA mamada
3/2
A ocitocina contrai as cel mioepiteliais ao redor dos
alvéolos e faz o leite descer pelos ductos até os seios
lactíferos. Esse processo é chamado reflexo de ejeção
ou de descida.
No pós parto imediato, quando ocorre a ejeção, a mãe
pode sentir contrações uterinas; sede; vazamento do leite
da outra mama.
Quando ocorre a ejeção o ritmo da sucção muda de
rápido para regular, profundo e lento.
Diretamente ligada ao emocional da mãe ( positivo e
negativo); aspectos como dor, estresse, vergonha, etc.
podem inibir a liberação da ocitocina.
OCITOCINA
 Faz o útero
contrair
Impulsos
sensoriais do
mamilo
Ocitocina no
sangue
Bebê
sugando
REFLEXO DA OCITOCINA
Atua ANTES ou DURANTE a
mamada para fazer o leite DESCER
3/3
Preocupação
Stress
Dor
Dúvidas
Pensar no bebê
com carinho.
Olhar o bebê.
CONFIANÇA
REFLEXO DA OCITOCINA
 Estes AJUDAM o reflexo  Estes INIBEM o reflexo
3/4
Inibidor do leite materno
 Auto-regulação da produção lática (
Peptídeos supressores da lactação)
 Ingurgitamento mamário ( seio empedrado)
 Mastite
 Stress materno
INIBIDOR DO LEITE MATERNO
 Se o peito permanece
cheio de leite, a secreção
pára
3/5
O BEBÊ DEVE SUGAR COM FREQUENCIA E DE FORMA
ADEQUADA
Para que o bebê coloque
um volume adequado de
tecido da mama dentro
de sua boca, ele deve ser
posicionado bem próximo
da mama, de frente para
ela.
APTIDÕES
Mãe aprende a
posicionar o
bebê
Bebê aprende a
abocanhar o seio
Reflexo de busca e
apreensão
Quando algo toca o lábio, o
bebê abre a boca, põe a língua
para baixo e para fora
Reflexo de
sucção
Quando alguma
coisa toca o palato
o bebê suga
Reflexo de
deglutição
Quando a boca está
cheia de leite, o
bebê engole
3/12
RELEXOS DO
BEBÊ
Pega ao seio:
 Abocanha maior parte da
aréola;
 Os seios lactíferos estão
sendo comprimidos;
 Estira o tecido da mama
formando um longo bico;
 O bêbe suga parte da aréola
não só o bico.
 Existe um movimento de
ondulação da língua do bebê
de diante para trás. A língua
pressiona o bico contra o
palato – o leite sai dos seios
lactíferos e é deglutido.
3/6
PEGA AO SEIO
3/7
SUCÇÃO
Sucção efetiva
 Quando o bebê pega corretamente o
seio, remove leite facilmente
1
2
Observe a pega:
Sinais de Pega Correta ao seio
 O queixo do bebê toca a mama;
 Sua boca esta bem aberta;
 Seu lábio inferior está virado para o lado de
fora;
 Pode-se ver mais da aréola acima do que
embaixo da sua boca.
Sinais de Pega ineficaz ao seio.
 O queixo do bebê não toca o seio;
 Sua boca não está bem aberta;
 Seu lábio inferior está para dentro;
 Pode-se notar a mesma quantidade de aréola
para cima e abaixo. ( Depende??)
Dor ao amamentar
Conseqüências :
 O bebê pode provocar dor e machucar o
mamilo;
 O bebe não remove o leite materno com
eficiência;
 Ingurgitamento mamário;
 Choro,fome,mamadas freqüentes, mamadas
longas, recusa em mamar, ganho de peso
insuficiente, diminuição da produção lática.
Causas de uma pega incorreta
 Uso de mamadeiras e
chupetas;
 Mães inexperientes;
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funcionais:
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  • 1. ATENÇÃO À MULHER NO PUERPÉRIO
  • 2.  Puerpério: período do ciclo gravídico puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto no organismo da mulher, retornam à situação do estado pré- gravídico.  Inicía-se uma a duas horas após a saída da placenta e tem término imprevisto, dependendo do período de lactância e do retorno dos ciclos menstruais.
  • 3.  Puerpério Imediato: 1° ao 10° dia  Puerpério Tardio: 11° ao 42° dia  Puerpério Remoto: a partir do 43° dia  As primeiras duas horas correspondem ao chamado Quarto Período do parto. Período de risco de hemorragias onde a mulher deve ser acompanhada ou no próprio centro obstétrico ou em enfermaria com suporte clínico. Estabilizada hemodinamicamente e formado o globo de segurança de Pinard, deverá ser encaminhada ao alojamento conjunto.
  • 4.  A mulher no puerpério passa por uma série de transformações, devendo ser vista integralmente, no seu lado endócrino, genital e psíquico.  É comum que a mulher se sinta insegura, experimente sentimentos contraditórios. Cabe à equipe estar disponível para perceber a necessidade de cada mulher, na medida do possível.
  • 5. Alterações anatômicas e fisiológicas  A puérpera apresenta um estado de exaustão e relaxamento, que se manifesta por sonolência, devido principalmente, ao longo período sem adequada hidratação, alimentação e esforço. Necessita de repouso e após despertar, alimentação adequada, sem restrições. Poderá deambular e cuidar de seu filho.  Ligeira elevação da temperatura axilar nas primeiras 24 horas sem que corresponda a quadro infeccioso.  Padrão respiratório é restabelecido.
  • 6.  O sistema cardiovascular, experimenta nas primeiras horas um aumento do volume circulante.  A volta das vísceras abdominais à sua situação original, promovendo um melhor esvaziamento gátrico.  Nas mulheres submetidas a cesárea deve-se observar íleo paralítico pela manipulação da cavidade abdominal.  Pode haver queixa ou desconforto à micção por trauma uretral. Em geral há um aumento do volume urinário pela redistribuição dos líquidos corporais.
  • 7.  Leucócitos, plaquetas e fibrinogênio estão aumentadas nas primeiras semanas. Deve-se atentar para complicações tromboembólicas no caso de imobilizações prolongadas.  Pele seca e queda de cabelos podem ocorrer. As estrias tendem a se tornar mais claras e a diminuírem de tamanho.  O útero atinge a cicatriz umbilical após o parto, regridindo em torno de 1 cm ao dia. Inicialmente surgem os lóquios sangüíneos (até o 5° dia), em volume variável semelhante a uma menstruação. A partir do 5° dia torna-se serossanguíneo e por volta do 10° dia, seroso. O odor é característico. Quando fétido sugere infecção.
  • 8.  A recuperação do endométrio inicia-se em torno do 25° dia pós-parto. Logo após o parto o colo fica edemaciado e pode apresentar lacerações. Em torno do 10° dia estará fechado.  A vagina apresenta-se edemaciada, congesta e atrófica, iniciando sua recuperação após o 25° dia.  A vulva e o assoalho pélvico sofrem também modificações.  Deve-se atentar para as alterações de humor, com labilidade emocional que podem sinalizar apatia ou psicose puerperal.  Mulheres que tiveram óbito fetal ou malformados devem ter uma atenção especial.
  • 10.  Estimular a deambulação precoce.  Estimular o banho de chuveiro. Não há necessidade de antissépticos na região perineal. Em casos de cesáreas pode-se molhar o curativo e renovar no primeiro dia devendo permanecer descoberto a partir do 2° dia.  É recomendado o uso de sutiã.  Atenção à involução uterina e à ferida cirúrgica.  Inspecionar região perineal com atenção aos lóquios. Edema, equimoses e hematomas implica na necessidade de aplicação de frio no local.  Pesquisar sinais de trombose venosa profunda.
  • 11.  Nas puérperas que estão bem e não se detectam anormalidades, a alta pode ser consentida após as primeiras 24 horas e nas cesáreas, com 48 horas.  Não se deve dar alta sem checar a tipagem sangüinea da mãe, sorologia para sífilis e HIV.  A revisão puerperal deve ser marcada em torno do 7 ao 10° dia de puerpério em unidade de saúde mais próxima da residência da mulher.  Nova avaliação deverá ser realizada entre 30° e o 42° dia pós-parto.  Nestes momentos de pós-parto é fundamental o incentivo, o apoio, o acolhimento nas questões referentes ao aleitamento materno.  Contracepção.
  • 13.  São inúmeros os benefícios que a prática do aleitamento materno oferece tanto para o crescimento e desenvolvimento dos lactentes como para a mãe, do ponto de vista biológico e psicossocial.  O aleitamento materno exclusivo é recomendado por um período de 6 meses.  Deve-se respeitar e compreender o desejo materno de amamentar ou não. A escolha informada deve ser acatada pelo profissional.
  • 14.  Vantagens do aleitamento para a mulher.  Vantagens para a criança.  Vantagens para a família e a sociedade.  Padrões de aleitamento materno: AM exclusivo AM predominante AM parcial
  • 15. Composição e características do leite humano  Alimento ideal.  Anticorpos (IgA), macrófagos, polimorfosnucleares e linfócitos, fator bífido e lactoferrina.  Fatores de crescimento  O leite sofre alterações em sua composição, em relação ao início e fim da mamada. O leite do começo “mata a sede” e o do fim “engorda”.
  • 16. A produção de leite Corpúsculo de Montgomery Mamilo Aréola
  • 17. Músculo de sustentação e gordura Alvéolos ou Glândulas mamarias Células de secreção do leite Ductos Ampolas lactíferas Bico ou mamilo Aréola Corpúsculo de Montgomery
  • 18.  Parto – início da produção lática  Sucção do bebê – aumento da produção de leite.  Hormônios:  Prolactina  Ocitocina SANGUE ⇓ LEITE
  • 19. PROLACTINA  A prolactina faz os alvéolos produzirem leite.  Ela pode fazer a mãe sentir-se sonolenta e relaxada.  Os níveis de prolactina devem ser mantidos altos para que o alvéolo produza leite.  Mesmo com níveis elevados, se a sucção não for eficiente ou o leite retirado da mama, a produção será interrompida nessas partes.  Sucção - impulsos sensoriais – secreção de prolactina -Produção de leite.  Estudo revelam uma maior liberação de prolactina à noite – importância da mamada noturna  Também relacionam com a inibição da ovulação
  • 20.  Mais prolactina é secretada à noite  Inibe a ovulação Impulsos sensoriais do mamilo Prolactina no sangue Bebê sugando PROLACTINA Secretada APÓS a mamada para produzir PRÓXIMA mamada 3/2
  • 21. A ocitocina contrai as cel mioepiteliais ao redor dos alvéolos e faz o leite descer pelos ductos até os seios lactíferos. Esse processo é chamado reflexo de ejeção ou de descida. No pós parto imediato, quando ocorre a ejeção, a mãe pode sentir contrações uterinas; sede; vazamento do leite da outra mama. Quando ocorre a ejeção o ritmo da sucção muda de rápido para regular, profundo e lento. Diretamente ligada ao emocional da mãe ( positivo e negativo); aspectos como dor, estresse, vergonha, etc. podem inibir a liberação da ocitocina. OCITOCINA
  • 22.  Faz o útero contrair Impulsos sensoriais do mamilo Ocitocina no sangue Bebê sugando REFLEXO DA OCITOCINA Atua ANTES ou DURANTE a mamada para fazer o leite DESCER 3/3
  • 23. Preocupação Stress Dor Dúvidas Pensar no bebê com carinho. Olhar o bebê. CONFIANÇA REFLEXO DA OCITOCINA  Estes AJUDAM o reflexo  Estes INIBEM o reflexo 3/4
  • 24. Inibidor do leite materno  Auto-regulação da produção lática ( Peptídeos supressores da lactação)  Ingurgitamento mamário ( seio empedrado)  Mastite  Stress materno
  • 25. INIBIDOR DO LEITE MATERNO  Se o peito permanece cheio de leite, a secreção pára 3/5
  • 26. O BEBÊ DEVE SUGAR COM FREQUENCIA E DE FORMA ADEQUADA Para que o bebê coloque um volume adequado de tecido da mama dentro de sua boca, ele deve ser posicionado bem próximo da mama, de frente para ela.
  • 27. APTIDÕES Mãe aprende a posicionar o bebê Bebê aprende a abocanhar o seio Reflexo de busca e apreensão Quando algo toca o lábio, o bebê abre a boca, põe a língua para baixo e para fora Reflexo de sucção Quando alguma coisa toca o palato o bebê suga Reflexo de deglutição Quando a boca está cheia de leite, o bebê engole 3/12 RELEXOS DO BEBÊ
  • 28. Pega ao seio:  Abocanha maior parte da aréola;  Os seios lactíferos estão sendo comprimidos;  Estira o tecido da mama formando um longo bico;  O bêbe suga parte da aréola não só o bico.  Existe um movimento de ondulação da língua do bebê de diante para trás. A língua pressiona o bico contra o palato – o leite sai dos seios lactíferos e é deglutido.
  • 31. Sucção efetiva  Quando o bebê pega corretamente o seio, remove leite facilmente
  • 33. Sinais de Pega Correta ao seio  O queixo do bebê toca a mama;  Sua boca esta bem aberta;  Seu lábio inferior está virado para o lado de fora;  Pode-se ver mais da aréola acima do que embaixo da sua boca.
  • 34. Sinais de Pega ineficaz ao seio.  O queixo do bebê não toca o seio;  Sua boca não está bem aberta;  Seu lábio inferior está para dentro;  Pode-se notar a mesma quantidade de aréola para cima e abaixo. ( Depende??) Dor ao amamentar
  • 35. Conseqüências :  O bebê pode provocar dor e machucar o mamilo;  O bebe não remove o leite materno com eficiência;  Ingurgitamento mamário;  Choro,fome,mamadas freqüentes, mamadas longas, recusa em mamar, ganho de peso insuficiente, diminuição da produção lática.
  • 36. Causas de uma pega incorreta  Uso de mamadeiras e chupetas;  Mães inexperientes;  Dificuldades funcionais:  Bebê muito pequeno,  Mamilos plano e invertido;  Seios ingurgitados.  Falta de apoio
  • 37. Reflexos principais - BEBÊS Busca Apreensão Sucção