Endocardite infecciosa: fatores de risco, diagnóstico e tratamento
1.
2. ENDOCARDITE
INFECCIOSA
Stephany Lukeni Carvalho e Silva
Interno de Medicina Intensiva
2º Ano
2016
CLÍNICA MULTIPERFIL
INTERNATO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS
SERVIÇO DE NEFROLOGIA E HEMODIÁLISE
3. Conceito
Infecção do endocárdio por microorganismos de diversa
natureza e poder destrutivo envolvendo principalmente o
endocárdio valvular.
European Heart Journal (2015) doi:10.1093/eurheartj/ehv319
4. Factores de risco
Idade
Portadores de cardiopatias congénitas e de próteses
valvulares
Usuários de drogas endovenosas
Pacientes com prolápso da válvula mitral
Doentes com manipulações invasivas.
European Heart Journal (2015) doi:10.1093/eurheartj/ehv319
6. MICROORGANISMOS
ENVOLVIDOS
Organismos gram-positivos permanecem sendo os principais
causadores de EI. Dentre eles destacam-se os estafilococos.
Os organismos gram-negativos são responsáveis pela
minoria dos casos, podendo ser divididos no grupo HACEK
(Haemophilus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella, e
Kingella) e não HACEK, mais comumente por Escherichia
coli e Pseudomonas aeruginosa.
Sexton, D.J. Epidemiology, risk factors and
microbiology of infective endocarditis.
UpToDate. Abril 2013
7. Classificação epidemiológica
Adquirida na comunidade
Associada aos cuidados de saúde
Hospitalar
Bacteremia S. aureus
Hemodiálise
Dispositivos instalados por longo prazo
EI do lado direito – 5% a 7% CVC
8. PATOGENIA
Infecção respiratória
Manobras instrumentais genito – urinárias
Infecções cutâneas
Infecções ósseas
Infecções e ou extracções dentarias
Amigalectomia
Queimaduras
Utilização de hemodiálise
Shunt ventrículo – venoso de hidrocefalia
Cateteres intravenosos
Colocação de próteses
Drogas intravenosa
Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular
Medicine, 2-Volume Set, 10th Edition
9. PATOGENIA
O mecanismo mais comum e a lesão endotelial por
turbulencia do fluxo sanguineo, seja o gerado por meio de
uma valva defeituosa (reumatica, valva aortica
bicuspide, protese valvar disfuncionante), seja por
alguma anomalia congenita que cause turbulência do fluxo
(comunicacao interventricular, cardiomiopatia hipertrofica
obstrutiva, coarctacao aortica).
Revista HUPE, Rio de Janeiro,
2013;12(Supl 1):100-109
13. CLASSIFICAÇÃO
AGUDA: UMA A DUAS SEMANAS. (BACTÉRIAS MAIS
VIRULENTAS)
SUBAGUDA: + DE DUAS SEMANAS (MAIS COMUM E
VIRULÊNCIA MENOR DOS MICROORGANISMOS
ENVOLVIDOS)
Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular
Medicine, 2-Volume Set, 10th Edition
14. AGUDA
Causada por microrganismos altamente virulentos,
invasivos que se podem implantar em válvulas sãs, com
alto poder destrutivo.
Embolização séptica frequente.
Elevada mortalidade, > 50% mesmo com tratamento
adequado.
Rápida instalação das manifestações clínicas e
progressão da doença.
Duração dias – duas semanas.
Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular
Medicine, 2-Volume Set, 10th Edition
15. Subaguda
É a forma + frequente de apresentação.
Curso clínico + lento e progressivo.
Ocorrência habitual em válvulas previamente lesadas.
Efeito destrutivo progressivo, menor virulência.
Mais fácil o controlo terapêutico e maior sobrevivência.
Duração variável semanas a meses ou mesmo em anos
Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular
Medicine, 2-Volume Set, 10th Edition
16. Classificação segundo a
localização das vegetações
Do coração esquerdo
Mitral
Do coração direito
Tricúspide: + frequente
Atingimento habitual válvula tricúspide
Nos viciados em drogas endovenosas
No puerpério ou pós aborto
Nos cateteres endovenosos infectados
Prótese valvular
Pós cirurgia de substituição valvular precoce até 60 dias
19. Manifestações específicas
Nódulos de Osler : intradérmicos, dolorosos, nas polpas
digitais. Causada por vasculite por
imunocomplexos.
Lesões de Janeway : eritematosas ou hemorrágicas
indolores nas regiões palmares e plantares. Por
microembolia séptica.
22. Exames complementares
Comprovativos de infecção
HEMOGRAMA
HEMOCULTURAS
VS
Comprovativos de repercussões cardíacas
ECG
ECOCARDIOGRAMA
Transtorácico sensibilidade de 40%
Transesofágico sensibilidade de 90-100%
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(Supl
1):100-109Endocardite infecciosa: o que mudou
na última década?
23.
24.
25.
26.
27.
28. ATT
E importante que se pese o paciente para a prescrição da dose correta
de gentamicina.
Deve-se usar o peso real do paciente, exceto se ele tiver indice de
massa corporal (IMC) maior que 30, quando o peso ideal devera ser
usado.
A gentamicina deve ser administrada em solução endovenosa em cerca
de 40 minutos, para evitar eventos adversos como paralisia respiratoria.
Os niveis séricos pré e pós-dose de gentamicina devem ser
determinados apos a terceira dose administrada, especialmente em
pacientes com comorbidades como hipertensao arterial, diabetes, uso
de anti- Inflamatorios não esteroides ou com idade superior a 60 anos.
No pós-operatorio não complicado, ou na volta para a enfermaria,
sugere-se substituir ampicilina por ceftriaxona 2 g ao dia, ate se
completar o tempo de tratamento.
29. COMPLICAÇÕES
Insuficiência cardíaca
Embolização
cérebro 20%
pulmões 15%
coronárias, baço e membros 6%
Rim 5%
Intestino 3%
BRAUNWALD. TRATADO DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES.
30. Complicações renais da EI
Enfartes renais por embolia séptica
Glomerulonefrite pós enfecciosa mediada por imunocomplexos
Doença renal renal aguda induzida por drogas.
Nefrite insterstitcial aguda
Necrose tubular aguda
Beta-lactamicos
Sulfonamidas
Vancomicina
Rifampicina
Redução do
fluxo sanguineo
renal
Renal involvement in infectious endocarditis
Juliana Alves Manhães de Andrade e Jocemir Ronaldo Lugon. Disciplina de
Nefrologia, Departamento de Medicina Clínica, Universidade Federal Fluminense.
Niterói. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
31. EI NO DOENTE EM REGIME DE
HEMODIÁLISE.
Este grupo apresenta um risco elevado de morbi-mortalidade
por endocartdite.
Manipulações frequentes
Acesso venoso
Ambiente multibacteriano nas salas de diálise.
Imunidade diminuída.
Risco acrescido de 7% de mortalidade se tratamento cirúrgico
da endocardite.
Ming-Ting Chou
•1. Epidemiologic features and long-term outcome of dialysis
patients with infective endocarditis in Taiwan. 2015
INFECTIVE ENDOCARDITIS IN DIALYSIS PATIENTS: IS IT WORTH
OPERATING? Sajjad Raza; Asif Ansari;
32. REFERÊNCIAS
INFECTIVE ENDOCARDITIS IN DIALYSIS PATIENTS: IS IT WORTH
OPERATING? Sajjad Raza; Asif Ansari; Matteo Trezzi; Thomas
Fraser; Jeevanantham Rajeswaran; Joseph F. Sabik; Eugene H.
Blackstone; Gosta B. Pettersson
Ming-Ting Chou
•1. Epidemiologic features and long-term outcome of dialysis patients
with infective endocarditis in Taiwan. 2015
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2013;12(Supl 1):100-109Endocardite infecciosa: o
que mudou na última década?
Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular Medicine,
2-Volume Set, 10th Edition
eurheartj.oxfordjournals.org
... Mick N, Nettles R, Fowler VG, Jr., Ryan T, Bashore T, Corey GR.
Proposed modifications to the Duke criteria for the diagnosis of infective
endocarditis.