Este documento descreve um projeto para automatizar pontes rolantes utilizando controle remoto por radiofrequência. O projeto visa aumentar a segurança do operador ao remover o cabo de controle e permitir o controle remoto da ponte. O documento explica a metodologia do projeto, incluindo o transmissor, receptor, codificação de sinais e fluxograma. Os resultados demonstraram que o projeto foi desenvolvido com sucesso com baixo custo e trará benefícios como mais segurança e eficiência.
1. AUTOMAÇÃO DE PONTES
ROLANTES POR RÁDIO
FREQUÊNCIA
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
PROFESSOR: ALEXANDRE SAI171
2. Introdução
As Pontes Rolantes são utilizadas para transportar cargas e percorrer uma determinada distância no
interior de grandes pavilhões ou hangares.
3. Controle a Cabo
Geralmente estas pontes possuem um controle de comandos a cabo, que fica na mão do operador. Este cabo
de comando pode vir a se enroscar durante o seu trajeto ocasionando falhas devido a ruptura de um ou mais
de seus fios, resultando num tempo de manutenção alto. Além disso, a existência do cabo de comando pode
também representar um risco à segurança do operador, uma vez que este tem que caminhar junto da ponte
rolante com a peça suspensa. Se um cabo de sustentação partir ou a peça simplesmente escapar, pode atingir o
operador.
4. Automação por RADIOFREQUÊNCIA
Atualmente existe um grande número de máquinas e equipamentos nas indústrias que estão
sendo automatizados e o objetivo da proposta é de apresentar a melhoria que a automação traz
com a utilização da rádio frequência no controle de pontes rolantes para ser adaptado em
equipamentos com o controle a cabo, formados por um conjunto de vários fios chamados de “vias
de controle”. Quando a ponte rolante passa a operar com controle remoto sem fio por
radiofrequência, usando um receptor e um emissor de sinal para realizar as funções de operação, o
tempo de manutenção diminui, e a segurança do operador aumenta, podendo ficar distante do
equipamento em movimento.
5. Metodologia
O transmissor do sistema faz com que ao ser pressionada uma
tecla, um sinal seja emitido em direção ao receptor acoplado à
ponte rolante que ativa um relé (interruptor eletromecânico) ligado
ao comutador dos motores que se deseja operar.
O primeiro bloco apresenta o controle manual, que possui controle
de funções e acionamento de emergência. Sendo que através dele
é realizada a emissão de sinais. Os botões podem ser acionados
com um simples toque para ajustes de posicionamento e
pressionamento contínuo para deslocamentos maiores. Já o botão
de emergência, com um simples toque, bloqueia todas as demais
funções.
• fluxograma do projeto de uma ponte rolante operada
por controle em radiofrequência.
6. Metodologia
O segundo bloco do diagrama mostra o receptor que transfere os
sinais do controlador e inverte os sinais de frequência em funções e
as envia para os atuadores. Caso haja uma perda de sinal, emite-se
um comando imediato do bloqueio das funções, semelhante ao
obtido através do acionamento do botão de emergência.
A função do multiplicador está relacionada ao movimento contínuo
dos atuadores, ou função de repetição, utilizada para o
deslocamento da ponte em distâncias maiores.
O terceiro bloco refere-se aos atuadores que executam os
comandos do controlador diretamente sobre os comutadores da
ponte.
• fluxograma do projeto de uma ponte rolante operada
por controle em radiofrequência.
7. Controle Remoto sem fio
Transmissor Portátil, foi desenvolvido para o projeto, porém pode ser utilizado outros tipos
de materiais com formato ergonômico ( ideal, dentro dos padrões do sistema)
8. Controle Remoto Sem Fio
Os controles remotos são conhecidos por sua performance em matéria
de alcance e qualidade de transmissão, por não deixar a interferência de
outra freqüência atuar na sua faixa de uso. A freqüência de operação do
projeto será de 49 MHZ.
É o transmissor do sistema, possui um teclado munido de seis botões de
movimento mais o botão de emergência.
9. Controle Remoto Sem Fio
Ao todo são 7 acionamento diferentes que serão enviados ao
receptor podendo apenas, pressionar um botão por vez.
A ponte não executará nenhum movimento, caso seja
pressionado mais de um botão.
Para que seja possível enviar a informação que o botão foi
pressionado foi utilizado um codificador de sinal em um número
binário e associá-lo para cada movimento.
Ex.: Descer talha é enviado um sinal 001 para o próximo estágio
que é a conversão paralela/serial (CI MC 145026), onde cada
botão possui seu código de entrada, um equivalente decimal e o
equivalente binário.
10. Características Técnicas Principais
• Resistente a choques (quedas) e a temperatura elevada.
• Sistema automático de gerenciamento das frequências.
• Potência de saída: 10 mW.
• Transmissão bidirecional.
• Display com indicação gráfica da carga da bateria, status
do equipamento e sinais de alerta.
• Botão de emergência para parar o equipamento
conforme norma EN 934.
• Alcance aproximado do enlace é de 100 m.
• Alta disponibilidade para o programa de manutenções.
• Baterias podem ser recarregáveis de NiMH, totalmente livre de
cádmio e mercúrio.
• Utiliza-se uma frequência de operação de 433,1 - 434,75 MHz.
• Possui o botão de comando com variação continua sem
escalonamento e uma chave eletrônica como proteção contra uso
indevido. (proteção IP 65)
•Duas versões de transmissor de fácil manuseio para um
comando preciso.
•A carcaça é feita em material sintético, com proteção IP 65 e
tem a antena integrada a esta.
•A escolha da frequência é automática e a saída via relês.
11. Velocidades de Operação
Utilizando-se de parâmetros padrão para operações de ponte rolante as funções serão executadas nas seguintes velocidades:
Para elevação e descida:
▪ 0,4 metros por minuto
▪ 0,6 metros por minuto
Para movimento transversal:
▪ 1,5 metros por minuto
▪ 6,0 metros por minuto
Para movimento longitudinal:
▪ 10 metros por minuto
▪ 40 metros por minuto
12. RECEPTOR
Programado para executar as funções descritas no organograma fluxograma, responsável
por receber os comandos de controle remoto, decodificá-los e distribuir todos os sinais
para o painel elétrico da ponte rolante. Permite controlar de 1 a 8 relés.
Receptor de Sinal projetado para o comando dos relés.
13. RECEPTOR
No circuito foi utilizado um codificador de sinais (CI
74147), que possui 9 entradas e saída binária de 4
dígitos. Sendo utilizada somente 7 entradas.
As entradas são ativadas em nível baixo ou seja,
quando o botão é pressionado deve enviar um sinal de
nível 0 para a entrada do CI, e quando não estiver
pressionado envia o sinal nível 1. (lógica inversa).
Após ser convertido o sinal paralelo ao serial é enviado
um comando para a atuação dos motores de
movimentação da ponte.
Diagrama do Receptor de Sinal
Diagrama de Comando dos Motores
14. Objetivos
O projeto tem como objetivo, passar
mais segurança ao operador, evitando
acidentes, que causam mortes e perdas
materiais. eliminando a movimentação dos
cabos e tendo uma visualização de toda a
área de trabalho.
15. Resultados
Foram gastos para o desenvolvimento do projeto o valor de R$ 240,00 com materiais e
equipamento para a confecção do mesmo. Onde foi suficiente para obter o resultado
desejado de funcionamento do projeto.
Para a implantação de um sistema por radiofrequência em uma empresa estima-se um
gasto de até R$8.000, incluindo a mão de obra para adaptação do sistema nas
empresas que utilizam controle por cabo.
Apresenta um pequeno prazo de instalação, com eficiência, confiabilidade e segurança
de operação.
Redução significativa no número de falhas durante a operação.
16. Vantagens
▪ Segurança para o operador, podendo ficar mais distante
da carga elevada.
▪ Maior agilidade e redução de tempo na movimentação
de cargas.
▪ Facilidades de manutenção preditiva, corretiva e
preventiva.
Desvantagem
• Custo elevado em um primeiro momento, mas
posterior ganho relacionado a segurança.
17. Conclusão
Conclui-se a importância de usufruirmos da tecnologia e
utilizar a automação a nosso favor colocando sempre a
segurança em primeiro lugar, conseqüentemente trazendo
maior economia e eficiência na industria.
18. Referências
Bibliográficas
- DEMAGCRANES & Components, Disponível em:
http:// www.demagcranes.com.br/empresa.htm.
Acesso em 26 março de 2008.
- EVL Rádio Controles, Disponível em: http://
www.evlradiocontroles.com.br. Acesso em 26 abril
de 2008.
- IDOETA, Ivan Valeije. Elementos de Eletrônica
Digital. 36. ed. São Paulo: Editora Érica, 1998.
- MALVINO, Albert Paul, Eletrônica Vols 1 e 2,
4.ed. São Paulo: Editora Makron Books, 1997.
- REIS, M. C. Instrumentos para Oficina Eletrônica.
7. ed. Caraguatatuba: Editora Letron, 2002.
19. Luis Varoli 1311255
Silas Freire 1311131
Yuri Alexander 131411X
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
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