1. O documento discute diferentes tipos de determinantes e quantificadores na língua portuguesa, incluindo artigos, pronomes e numerais.
2. São fornecidos exemplos de uso dos determinantes e quantificadores em frases.
3. Há também uma discussão sobre classes gramaticais como substantivos, verbos e adjetivos.
24. a) As (det. artigo definido) pessoas
deviam praticar algum .
b) Comprei o teu (det. possessivo)
presente na loja perto da minha escola.
c) Um (det. artigo indefinido) dia vou até
ao .
d) Aquelas (det. demonstrativo)
são mais antigas do que estas.
29. A — Os quantificadores são palavras que
quantificam os elementos de um
conjunto.
B — Qualquer é um quantificador
existencial. Universal
30. C — Ambos é um quantificador
universal.
D — Um quantificador existencial
expressa uma quantidade não exata de
elementos de um conjunto.
31. E — Os numerais ordinais são um tipo
de quantificadores. Adjetivos
numerais
F — Na frase «Fiz tudo quanto pude», a
palavra quanto é um quantificador
interrogativo. Quantificador relativo.
32.
33. a) Alguns quadros foram pintados por
Renoir.
b) Nunca tinha visto tantas gaivotas à
volta de um barco! Deve vir cheio de
gomas.
34. c) Eu conheço muitas pessoas capazes
de ajudar os outros sem esperar nada
em troca.
d) Comprei trinta garrafas de vodca para
beber ao jantar; vinte para ti, quinze para
mim.
e) Quantos anos viveste em Angola?
35.
36.
37. Eu já vos disse que eles são anões?
eu = pronome pessoal (suj.)
vos = pronome pessoal (c. ind.)
eles = pronome pessoal (suj.)
38. Este pau sozinho matou trinta alemães.
este = determinante demonstrativo
trinta = quantificador numeral
39. Este pau fez a segunda guerra mundial.
este = determinante demonstrativo
a = artigo definido
segunda = adjetivo numeral
40. Meu general, temos outra dúvida.
meu = determinante possessivo
outra = determinante indefinido
41. Nós também somos muitos, soldado
Meireles.
nós = pronome pessoal (suj.)
muitos = pronome indefinido
42. Os inimigos dispõem unicamente de
canhões, algumas metralhadoras e três
mísseis.
os = artigo definido
algumas = quantificador existencial
três = quantificador numeral
43. São os soldados mais cobardolas que
alguma vez vi na minha vida.
os = artigo definido
alguma = quantificador existencial
minha = determinante possessivo
44. Isso é verdade.
isso = pronome demonstrativo
Eles são trinta mil.
Eles = pronome pessoal (suj.)
trinta mil = quantificador numeral
45. Somos só nós os três.
nós = pronome pessoal (suj.)
os = artigo definido
três = quantificador numeral
46. Ainda bem que faz essa pergunta.
essa = determinante demonstrativo
47. São uma vergonha para o exército!
uma = artigo indefinido
o = artigo definido
48.
49. Eu queria ser astronauta,
O meu país não deixou,
Depois quis ir jogar à bola,
A minha mãe não deixou.
50. Tive vontade de voltar à escola,
Mas o doutor não deixou,
Fechei os olhos e tentei dormir,
Aquela dor não deixou...
51. Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...
52. O meu quarto é o meu mundo,
O ecrã é a janela,
Não choro em frente à minha mãe,
Eu que gosto tanto dela.
53. Mas esta dor não quer desaparecer
Vai-me levar com ela...
Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...
54. Acordar, meter os pés no chão.
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltar, voltar...
Voltarei... (8x)
Acordar, meter os pés no chão,
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltarei...
55. queria —verbo principal transitivo direto;
minha — determinante possessivo;
vontade — nome comum não contável;
O — determinante artigo definido;
não — advérbio de negação;
eu — pronome pessoal;
tanto — advérbio de quantidade e grau;
mas — conjunção coordenativa adversativa;
Ó — interjeição;
a — preposição.
56.
57. a) O João frequenta a minha faculdade,
que fica em Entrecampos.
58. b) Os meus amigos, que trabalharam
durante as férias para juntar dinheiro,
compraram um .
63. TPC — À medida que for devolvendo,
já corrigidas por mim, as primeiras
versões da análise-comentário de
Canção/Memorial, lança no ficheiro word
as alterações que sugeri e envia-mo com o
texto já alterado (Convento corrigido de
Heliodoro do 12.º 0.º). Entretanto, como
tenho multiplamente assinalado, aproveita
para terminar leitura de Memorial.
64. TPC — Lê em Gaveta de Nuvens o
que há sobre as ‘Classes de palavras’ em
que nos detivemos hoje.
65.
66.
67. 1. Observe com atenção o quadro do
pintor impressionista Claude Monet,
intitulado «Le Déjeuner».
68.
69. 1.1. Relacione o quadro com uma das
temáticas estruturantes da poesia de
Cesário Verde.
72. A dimensão realista e pictórica da poética de
Cesário Verde é indiscutível, tanto mais que o
próprio poeta afirma «Pinto quadro por letras». A
essa dimensão associa-se a introdução do
quotidiano na poesia. De facto, composições
poéticas como «Num Bairro Moderno» e «De
Tarde» oferecem-nos uma visão cinematográfica
de figuras individualizadas ou coletivas que
protagonizam realidades e vivências sociais
burguesas, envoltas em sabores e cores. Assim, é
possível relacionar este quadro com motivos
cesarianos, como as referências a cenas
domésticas, ora situadas em casas apalaçadas e
em jardins acolhedores, ora em ambientes
campestres.
73. 1.2. Associe a figura feminina retratada
na pintura com um dos tipos da
imagética feminina característicos da
poesia de Cesário Verde.
74.
75.
76. Na poesia de Cesário Verde, são
retratados fundamentalmente dois tipos
de imagética feminina: a mulher vítima
de injustiça e de humilhação social -—
que desperta no sujeito poético
sentimentos de piedade e de revolta pela
situação degradante em que vive — e a
mulher fatal, altiva — que o humilha e
despreza, mas que também o atrai,
pelo seu porte e pela sua sensualidade.
É este segundo tipo de imagética que
poderá ser associado à figura feminina
representada no quadro de Monet.
82. Na obra de Cesário Verde emerge
um sentimento da modernidade,
revelando o poeta-pintor, na busca da
dimensão humana da cidade-mulher,
fatal, sensual e inquietante, em imagens
justapostas e objetivas, por vezes
transfiguradas por algum bucolismo.
Recorde a poesia de Cesário Verde
que teve a oportunidade de estudar no
11.º ano.
83. 1. Procure associar a qualidade de poeta-
pintor a um sentimento de modernidade
que a poesia de Cesário evidencia.
84. 1. Verdadeiro artista plástico
impressionista, fixa a população da cidade
em processo, recorrendo a sinestesias e
acumulando pormenores das sensações
captadas. Não lhe interessa a visão
estática da realidade, mas a sua visão
particular. De facto, Cesário Verde
antecipa a modernidade quer ao ocupar
com a poesia o espaço da prosa narrativa,
quer na construção de imagens intensas e
sonoras das pessoas, da cidade e do
campo ou das emoções. Além disso, é
85. capaz de recolher simples temas quotidianos e
de encontrar neles uma face poética.
A visão plástica do «poeta-pintor» assume
lugar de destaque, por exemplo, no poema «De
tarde», através do registo do pormenor de «uma
coisa simplesmente bela», digna de ser pintada,
ou do cenário do campo com o granzoal e os
penhascos, onde acampam para o «piquenique
de burguesas». Ainda o facto de se tratar de um
fim de tarde («inda o Sol se via»), associado aos
frutos («melão», «damascos», «pão de ló») e às
cores: o azul (do granzoal), o rubro (da papoula),
o amarelo (da bola de Berlim com recheio).
86. 2. Comprove a existência de uma
dimensão humana da cidade na poesia
de Cesário, muitas vezes associada à
mulher e às suas características.
87. 2. A modernidade da obra de Cesário
observa-se também na figura da cidade,
humanizada, com feições singulares,
tradutoras da efemeridade da mutação
do mundo. Ao deambular pela cidade,
revive, por evocação, o passado e os
seus dramas, ou sofre uma opressão que
lhe provoca um desejo «absurdo de
sofrer», como diz em «O Sentimento dum
Ocidental».
Na poesia de Cesário, a cidade
aparece viva, com homens vivos, mas
88. nela há a doença, a dor, a miséria, o grotesco, a
beleza e a sua decomposição fatal. De facto, as
imagens da cidade surgem, frequentemente,
com uma dimensão humana. Podemos mesmo
falar numa metáfora de cidade-mulher que atrai,
fatalmente, pela sua beleza e sensualidade, mas
que, frequentemente, arrasta para a morte.
Assim, em imagens justapostas, esta cidade-
mulher torna-se fria e perde a sensualidade
devido ao capitalismo que subjuga o operário;
associa-se à ausência de amor, pois menospreza
a naturalidade.
89. 3. Servindo-se de dois exemplos, refira o
modo como foi tratado o tema da mulher
fatal na obra poética do autor.
90. 3. A mulher fatal surge na poesia de Cesário
Verde incorporando um valor erótico que,
simultaneamente, desperta o desejo e arrasta
para a perdição. O poeta vê esse corpo belo e
luminoso ao mesmo tempo que o fantasia pelo
poder da sedução. Mas se, por um lado, desse
corpo de mulher irradia uma luz que o torna
cada vez mais nítido e sensual, por outro lado,
há um pressentimento de fatalidade que
lentamente o transforma em símbolo da morte.
Em «Esplêndida», considera que «Ela, de olhos
cerrados, a cismar, / Atrai como a voragem!» e
em «Vaidosa», diz «eu sei que tu, que como um
ópio / Me matas, me desvairas e adormeces».
91. Nestes poemas, a mulher fatal arrasta para a
morte; em «Frígida», é a mulher o símbolo direto
da própria morte, que leva o poeta «ao persegui-
la, penso acompanhar de longe / O sossegado
espetro angélico da Morte!» Cesário dá-nos
conta, frequentemente, da voluptuosidade da
mulher fascinante, mas acaba por se sentir
humilhado. Na vida social, encontra um paralelo
entre as classes poderosas que, como as
burguesinhas ricas, o fascinam, e as classes
oprimidas, que têm de se remeter à sua baixa
condição.