Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 111-112
1.
2. Entrudo, Quaresma (procissão de
penitência) [cap. III]
todas as classes
a religião como pretexto para a prática
de excessos; sensualidade/misticismo
3. Histórias de milagres e de crimes [XIV; II;
XVII]
clero e povo;
o frade ladrão
superstição e crendice; libertinagem
9. Procissão do Corpo de Deus [XIII]
todas as classes
sobreposição do profano ao sagrado;
a libertinagem do rei
10. Cortejo de casamento [XXII] *cfr. exame
respondido em aula
casal real, infantes, nobreza, clero;
(povo assistindo)
o casamento na realeza, a vida das
mulheres; luxo e ostentação; contraste
com a miséria do povo; estado dos
caminhos
11.
12. a. A epopeia, sendo um poema, pertence
ao modo lírico.
A epopeia pertence ao modo narrativo
13. b. Um texto épico deve despertar um
interesse alargado, embora possa incluir
situações e figuras inverosímeis.
interesse alargado mas através das
«personagens» e acontecimentos» com
«uma certa credibilidade».
14. c. Os acontecimentos relatados numa
epopeia destinamse a provocar espanto
e a incutir respeito nos leitores.
15. d. Os heróis de uma narrativa épica são
marcados apenas pela excelência física.
Os heróis de uma narrativa épica são
marcados pela excelência física e moral
(«nobreza de espírito»).
16. e. O género épico é determinado por
diversas regras de produção.
17. f. A utilização do maravilhoso na epopeia
visa embelezar os acontecimentos
narrados e contribuir para o estatuto de
excecionalidade dos heróis e respetivas
ações.
18. g. O Renascimento introduziu na epopeia
uma vertente humana do herói, que
adquire uma dimensão coletiva
simbólica.
19.
20. «Memorial do Convento é — e não é —
uma epopeia.»
Num texto de cerca de 140 palavras,
comenta esta ideia.
23. A analepse não é recurso essencial,
mas, por vezes, somos informados de
factos anteriores à história que está a ser
narrada: por exemplo, as diligências, por
parte dos franciscanos, anteriores a 1711
(já em 1624 e em 1705), para se construir
um convento.
24. As prolepses são mais significativas, até
porque costumam ser menos habituais nos
romances. Há algumas que remetem para os
nossos dias ou para o século XX genericamente:
referência às cores da bandeira republicana [cap.
XII]; a praia como local de lazer [cap. XIII]; cravos e
25 de abril de 74 [cap. XIII], ida à lua, Junot em
Mafra, cinema [cap. XVII], Fernando Pessoa [cap.
XVIII]. Também há prolepses que dão conta de
situações futuras mas pertencentes à própria
intriga do romance (vimos há dias como se
antecipava a morte de Álvaro Diogo; logo no início
alude-se aos vindouros bastardos de D. João V:
«quando acabar a sua história se hão de contar
por dezenas os filhos assim arranjados»).
25. A analepse é um recurso essencial. A
história é-nos dada in media res — no
momento em que o protagonista sabe da
morte de Alfredo —, pelo que se tem de
fazer depois um recuo no tempo, consti-
tuindo esse flash back a maior parte do
filme. (Salvo erro há um ou dois brevís-
simos regressos à atualidade, só para
lembrar que o tempo da enunciação não é
aquele, até a história contada em analepse
chegar ao presente em que começara e
termos depois o resto do enredo, quase um
mero epílogo.)
26. Não há propriamente prolepses, a
não ser talvez algumas falas de Alfredo,
que, a certa altura, alude, velada mas
certeiramente, ao futuro de Totó.
28. Há elipses (cortes, saltos no relato):
«Meses inteiros se passaram desde então,
o ano é já outro» [cap. VIII]; «Encerrados na
quinta, Baltasar e Blimunda assistem ao
passar dos dias. Agosto acabou. Setembro
vai em meio» [cap. XVI]. Há resumos (em
que um grande lapso de tempo é dado em
poucas pinceladas): «tornou o padre aos
estudos, já bacharel, já licenciado, doutor
não tarda...»; a busca de Baltasar por
Blimunda também é dada em resumo/elipse.
Estes momentos, como é óbvio, aceleram o
ritmo da narrativa.
29. Ao contrário, haverá zonas em que o
relato parece demorar-se
excessivamente, abrandando assim a
velocidade da narrativa (por exemplo, a
narração da «epopeia da pedra», em que
o tempo do discurso parece mais lento
do que o da história).
30. Uma elipse notável consiste no salto dos
anos entre o Totó criança e o Salvatore
adolescente (o truque é descobrirmos um novo
ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve
também um problema que se põe aos filmes que
percorrem gerações: acompanhar o crescimento
físico das personagens). Há outros momentos
recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a resumos, que aproveitam aa
imagens passadas na sala de cinema (pela
justaposição de trechos de filmes que vão
acompanhando a história do cinema, do preto e
branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos
estão a ser dados vários anos em poucos
minutos).
31. Ao contrário, uma história contada
por Alfredo a Totó (que só veremos na
próxima aula) parece fazer demorar o
discurso relativamente ao tempo «real».
32. TPC — Lê (para compreensão) «Os
Lusíadas: Uma Visão Global» (pp. 159-
160).