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Entrudo, Quaresma (procissão de
penitência) [cap. III]
todas as classes
a religião como pretexto para a prática
de excessos; sensualidade/misticismo
Histórias de milagres e de crimes [XIV; II;
XVII]
clero e povo;
o frade ladrão
superstição e crendice; libertinagem
Autos-de-fé [V; XXV]
cfr. leitura em aula
todas as classes
repressão religiosa e política; fanatismo
Baptizados e funerais régios [VIII; X]
rei e rainha; nobreza e clero;
(povo assistindo)
luxo e ostentação; vida e morte como
espectáculo
Elevação a cardeal do inquisidor [VIII]
clero e nobreza;
(povo assistindo)
luxo e ostentação
Vida conventual [II; VIII]
frades e freiras;
nobreza
desrespeito pelas normas religiosas;
libertinagem
Tourada [IX]
todas as classes
o sangue e a morte como espectáculo
Procissão do Corpo de Deus [XIII]
todas as classes
sobreposição do profano ao sagrado;
a libertinagem do rei
Cortejo de casamento [XXII] *cfr. exame
respondido em aula
casal real, infantes, nobreza, clero;
(povo assistindo)
o casamento na realeza, a vida das
mulheres; luxo e ostentação; contraste
com a miséria do povo; estado dos
caminhos
a. A epopeia, sendo um poema, pertence
ao modo lírico.
A epopeia pertence ao modo narrativo
b. Um texto épico deve despertar um
interesse alargado, embora possa incluir
situa­ções e figuras inverosímeis.
interesse alargado mas através das
«personagens» e acontecimentos» com
«uma certa credibilidade».
c. Os acontecimentos relatados numa
epopeia destinam­se a provocar espanto
e a incutir respeito nos leitores.
d. Os heróis de uma narrativa épica são
marcados apenas pela excelência física.
Os heróis de uma narrativa épica são
marcados pela excelência física e moral
(«nobreza de espírito»).
e. O género épico é determinado por
diversas regras de produção.
f. A utilização do maravilhoso na epopeia
visa embelezar os acontecimentos
narrados e contribuir para o estatuto de
excecionalidade dos heróis e respetivas
ações.
g. O Renascimento introduziu na epopeia
uma vertente humana do herói, que
adquire uma dimensão coletiva
simbólica.
«Memorial do Convento é — e não é —
uma epopeia.»
Num texto de cerca de 140 palavras,
comenta esta ideia.
Alteração da ordem dos acontecimentos
A analepse não é recurso essencial,
mas, por vezes, somos informados de
factos anteriores à história que está a ser
narrada: por exemplo, as diligências, por
parte dos franciscanos, anteriores a 1711
(já em 1624 e em 1705), para se construir
um convento.
As prolepses são mais significativas, até
porque costumam ser menos habituais nos
romances. Há algumas que remetem para os
nossos dias ou para o século XX genericamente:
referência às cores da bandeira republicana [cap.
XII]; a praia como local de lazer [cap. XIII]; cravos e
25 de abril de 74 [cap. XIII], ida à lua, Junot em
Mafra, cinema [cap. XVII], Fernando Pessoa [cap.
XVIII]. Também há prolepses que dão conta de
situações futuras mas pertencentes à própria
intriga do romance (vimos há dias como se
antecipava a morte de Álvaro Diogo; logo no início
alude-se aos vindouros bastardos de D. João V:
«quando acabar a sua história se hão de contar
por dezenas os filhos assim arranjados»).
A analepse é um recurso essencial. A
história é-nos dada in media res — no
momento em que o protagonista sabe da
morte de Alfredo —, pelo que se tem de
fazer depois um recuo no tempo, consti-
tuindo esse flash back a maior parte do
filme. (Salvo erro há um ou dois brevís-
simos regressos à atualidade, só para
lembrar que o tempo da enunciação não é
aquele, até a história contada em analepse
chegar ao presente em que começara e
termos depois o resto do enredo, quase um
mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a
não ser talvez algumas falas de Alfredo,
que, a certa altura, alude, velada mas
certeiramente, ao futuro de Totó.
Omissão e resumo de factos;
abrandamento e aceleração do ritmo
Há elipses (cortes, saltos no relato):
«Meses inteiros se passaram desde então,
o ano é já outro» [cap. VIII]; «Encerrados na
quinta, Baltasar e Blimunda assistem ao
passar dos dias. Agosto acabou. Setembro
vai em meio» [cap. XVI]. Há resumos (em
que um grande lapso de tempo é dado em
poucas pinceladas): «tornou o padre aos
estudos, já bacharel, já licenciado, doutor
não tarda...»; a busca de Baltasar por
Blimunda também é dada em resumo/elipse.
Estes momentos, como é óbvio, aceleram o
ritmo da narrativa.
Ao contrário, haverá zonas em que o
relato parece demorar-se
excessivamente, abrandando assim a
velocidade da narrativa (por exemplo, a
narração da «epopeia da pedra», em que
o tempo do discurso parece mais lento
do que o da história).
Uma elipse notável consiste no salto dos
anos entre o Totó criança e o Salvatore
adolescente (o truque é descobrirmos um novo
ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve
também um problema que se põe aos filmes que
percorrem gerações: acompanhar o crescimento
físico das personagens). Há outros momentos
recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a resumos, que aproveitam aa
imagens passadas na sala de cinema (pela
justaposição de trechos de filmes que vão
acompanhando a história do cinema, do preto e
branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos
estão a ser dados vários anos em poucos
minutos).
Ao contrário, uma história contada
por Alfredo a Totó (que só veremos na
próxima aula) parece fazer demorar o
discurso relativamente ao tempo «real».
TPC — Lê (para compreensão) «Os
Lusíadas: Uma Visão Global» (pp. 159-
160).
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 111-112

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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 67-68
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 65-66
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 61-62
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 63-64
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 57-58
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 59-60
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 55-56
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 53-54
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 49-50
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 51-52
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 47-48
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 45-46
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 41-42
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 43-44
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 37-38
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
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Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
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Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 111-112

  • 1.
  • 2. Entrudo, Quaresma (procissão de penitência) [cap. III] todas as classes a religião como pretexto para a prática de excessos; sensualidade/misticismo
  • 3. Histórias de milagres e de crimes [XIV; II; XVII] clero e povo; o frade ladrão superstição e crendice; libertinagem
  • 4. Autos-de-fé [V; XXV] cfr. leitura em aula todas as classes repressão religiosa e política; fanatismo
  • 5. Baptizados e funerais régios [VIII; X] rei e rainha; nobreza e clero; (povo assistindo) luxo e ostentação; vida e morte como espectáculo
  • 6. Elevação a cardeal do inquisidor [VIII] clero e nobreza; (povo assistindo) luxo e ostentação
  • 7. Vida conventual [II; VIII] frades e freiras; nobreza desrespeito pelas normas religiosas; libertinagem
  • 8. Tourada [IX] todas as classes o sangue e a morte como espectáculo
  • 9. Procissão do Corpo de Deus [XIII] todas as classes sobreposição do profano ao sagrado; a libertinagem do rei
  • 10. Cortejo de casamento [XXII] *cfr. exame respondido em aula casal real, infantes, nobreza, clero; (povo assistindo) o casamento na realeza, a vida das mulheres; luxo e ostentação; contraste com a miséria do povo; estado dos caminhos
  • 11.
  • 12. a. A epopeia, sendo um poema, pertence ao modo lírico. A epopeia pertence ao modo narrativo
  • 13. b. Um texto épico deve despertar um interesse alargado, embora possa incluir situa­ções e figuras inverosímeis. interesse alargado mas através das «personagens» e acontecimentos» com «uma certa credibilidade».
  • 14. c. Os acontecimentos relatados numa epopeia destinam­se a provocar espanto e a incutir respeito nos leitores.
  • 15. d. Os heróis de uma narrativa épica são marcados apenas pela excelência física. Os heróis de uma narrativa épica são marcados pela excelência física e moral («nobreza de espírito»).
  • 16. e. O género épico é determinado por diversas regras de produção.
  • 17. f. A utilização do maravilhoso na epopeia visa embelezar os acontecimentos narrados e contribuir para o estatuto de excecionalidade dos heróis e respetivas ações.
  • 18. g. O Renascimento introduziu na epopeia uma vertente humana do herói, que adquire uma dimensão coletiva simbólica.
  • 19.
  • 20. «Memorial do Convento é — e não é — uma epopeia.» Num texto de cerca de 140 palavras, comenta esta ideia.
  • 21.
  • 22. Alteração da ordem dos acontecimentos
  • 23. A analepse não é recurso essencial, mas, por vezes, somos informados de factos anteriores à história que está a ser narrada: por exemplo, as diligências, por parte dos franciscanos, anteriores a 1711 (já em 1624 e em 1705), para se construir um convento.
  • 24. As prolepses são mais significativas, até porque costumam ser menos habituais nos romances. Há algumas que remetem para os nossos dias ou para o século XX genericamente: referência às cores da bandeira republicana [cap. XII]; a praia como local de lazer [cap. XIII]; cravos e 25 de abril de 74 [cap. XIII], ida à lua, Junot em Mafra, cinema [cap. XVII], Fernando Pessoa [cap. XVIII]. Também há prolepses que dão conta de situações futuras mas pertencentes à própria intriga do romance (vimos há dias como se antecipava a morte de Álvaro Diogo; logo no início alude-se aos vindouros bastardos de D. João V: «quando acabar a sua história se hão de contar por dezenas os filhos assim arranjados»).
  • 25. A analepse é um recurso essencial. A história é-nos dada in media res — no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo —, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, consti- tuindo esse flash back a maior parte do filme. (Salvo erro há um ou dois brevís- simos regressos à atualidade, só para lembrar que o tempo da enunciação não é aquele, até a história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)
  • 26. Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, alude, velada mas certeiramente, ao futuro de Totó.
  • 27. Omissão e resumo de factos; abrandamento e aceleração do ritmo
  • 28. Há elipses (cortes, saltos no relato): «Meses inteiros se passaram desde então, o ano é já outro» [cap. VIII]; «Encerrados na quinta, Baltasar e Blimunda assistem ao passar dos dias. Agosto acabou. Setembro vai em meio» [cap. XVI]. Há resumos (em que um grande lapso de tempo é dado em poucas pinceladas): «tornou o padre aos estudos, já bacharel, já licenciado, doutor não tarda...»; a busca de Baltasar por Blimunda também é dada em resumo/elipse. Estes momentos, como é óbvio, aceleram o ritmo da narrativa.
  • 29. Ao contrário, haverá zonas em que o relato parece demorar-se excessivamente, abrandando assim a velocidade da narrativa (por exemplo, a narração da «epopeia da pedra», em que o tempo do discurso parece mais lento do que o da história).
  • 30. Uma elipse notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam aa imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos minutos).
  • 31. Ao contrário, uma história contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer demorar o discurso relativamente ao tempo «real».
  • 32. TPC — Lê (para compreensão) «Os Lusíadas: Uma Visão Global» (pp. 159- 160).