Madalena passa por dúvidas e hesitações sobre a notícia da morte do marido, apelando aos outros para obter esclarecimentos ou ajuda. Manuel e Jorge não a ajudam muito e convencem-na da verdade da situação. Madalena resigna-se à decisão já tomada pelos outros.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Madalena contrasta com outros na peça Frei Luís de Sousa
1.
2. Nas cenas VII e VIII, a atitude de
Madalena contrasta com a de outras
personagens, a cujos argumentos
acabará por se render já na cena IX.
Explica esta evolução.
3. Madalena, que não identificara o
Romeiro com o antigo marido, ainda se
procura convencer com a possibilidade
de a notícia assim trazida não ser
verdadeira. Ao contrário, Manuel, ciente
dos factos, acolhe a mulher com frieza, o
que a admira. Jorge, que já dissuadira
Telmo de avançar com a estratégia
combinada com o Romeiro, também
chama à razão a cunhada. Manuel
sintetiza (não sem ter de
4. se conter no desejo de dar um último
abraço a Madalena): as mortalhas de
religiosos são o que lhes resta. Este
percurso de Madalena, da ilusão que lhe
permitiam as dúvidas até à resignação,
por se confrontar com a decisão já tomada
pelos outros, torna-se mais dramático.
5.
6. Comprova a adequação do estado
de espírito de Maria através dos recursos
estilísticos na fala das linhas 24-43 (pp.
215-216).
7. O estado de prostração e agonia de
Maria é bem vincado pela abundância de
exclamações, repetições, interrogações
retóricas, pausas, frases suspensas,
vocativos.
10. Almeida Garrett pretendia escrever uma
peça de natureza clássica, mas,
formalmente, trata-se de um drama
romântico; o primeiro ato desenrola-se
no palácio de Manuel de Sousa Coutinho
e o segundo e o terceiro atos
desenrolam-se no palácio de D. João de
Portugal.
16. O título corresponde ao nome que Manuel
de Sousa toma ao entrar para o convento.
17. O facto de a peça ter múltiplas
interpretações deve-se aos vários temas
que aborda.
18.
19. Madalena debate-se entre dúvidas,
entrevê possibilidades de solução
benigna, apela aos outros, estranha
reações frias. (Nem Manuel nem Jorge a
esclarecem ou ajudam muito.)
20. Sam vive em conflito interior, mostra-se
esquivo, agride-se e agride os outros,
porque pretende desabafar. (Só Grace
percebe que ele tem alguma pena a
remir.)
21. Final é trágico (quando Madalena hesita,
e Telmo e João combinam estratégia
salvadora, os irmãos Manuel e Jorge
impedem uma solução
contemporizadora).
22. Final só por pouco não é trágico (na
cena do desespero-quase-suicídio de
Sam, ação do irmão Tommy é crucial
para se poder evitar desfecho mortal).
23. Expiação da culpa é obtida por ingresso
na vida religiosa e por morte de Maria.
24. Expiação da culpa é obtida pelo
internamento e pela confissão a Grace.
25. Final é relativamente fechado, embora
haja pontos por esclarecer (destino de
João). Abre-se para os protagonistas um
novo ciclo, puramente religioso (mas
essa já não é a história contada no
drama — mesmo se, historicamente,
quase só agora comece o escritor Frei
Luís de Sousa).
26. Final é aberto. (Não fica claro o
desfecho. Supõe-se para breve a
recuperação da felicidade anterior da
família?)
27. TPC — Lança no ficheiro respetivo
as emendas que fiz ao comentário sobre
canção e Frei Luís de Sousa e envia-mo.
(A classificação — relativa à primeira
versão, sobretudo, mas que depende da
verificação da segunda — ficará junto
dos textos em Gaveta de Nuvens.)
Vai já trazendo o teu exemplar de Os
Maias, sem esquecer também o manual.
28. (Lembro a quem não chegou a
entregar a gravação de apreciação crítica
pedida ainda no 1.º período, nem mesmo
no prazo que estabeleci já neste 2.º
período, que, a manter-se, essa falta terá
consequências antipáticas na
classificação deste período.)