Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 57-58
1.
2. TPC — Completa «Definição
telegráfica» de Crónica de D. João I.
3. O envio do trabalho de gravação (para
quem não o fez) tem de ser feito agora.
4. No filme O amor acontece
Em O amor acontece
Em «Do alvoroço que foi na cidade […]»
(Crónica de D. João I), Fernão Lopes…
5. No filme relata / diz
O filme diz / relata
No filme diz-se / relata-se
6. Do meu ponto de vista, acho que
A meu ver, considero que
Na minha opinião, penso que
Do meu ponto de vista, …
A meu ver, ….
Na minha opinião, …
Considero que …
Acho que ….
Penso que …
7. Repetir o que se ouviu informalmente ou o
que estava nos textos ou nas folhas —
não era para tratar das alusões aos
portugueses nas duas obras; era para
aludir às duas obras (logo, referi-las
apenas de passagem).
Ter ideias; pensar.
10. O SUJEITO concorda com o verbo. Se
experimentarmos alterar o número ou
pessoa do sujeito, isso refletir-se-á no
verbo que é núcleo do predicado:
Caiu a cadeira. → Caíram as cadeiras
(Para se confirmar que «a cadeira» não é aqui o
complemento direto: → *Caiu-a.)
11. O PREDICADO pode ser identificado se
se acrescentar «e» + grupo nominal +
«também» (ou «também não») à oração:
O Egas partiu para o Dubai. →
O Egas partiu para o Dubai e o Sancho
também (também partiu para o Dubai).
12. O VOCATIVO distingue-se do sujeito
porque fica isolado por vírgulas e não é
com ele que o verbo concorda. Antepor-
lhe um «ó» pode confirmar que se trata de
vocativo.
Tu, Rosa, não percebes nada disto! →
Tu, ó Rosa, não percebes nada disto!
13. Para distinguir o MODIFICADOR DE
FRASE do modificador do grupo verbal,
pode ver-se que as construções que
ponho à direita (a interrogar ou a negar)
são possíveis com o modificador do grupo
verbal mas não com o advérbio que incide
sobre toda a frase.
Evidentemente, a Uber tem razão. →
*É evidentemente que a Uber tem razão?
Talvez Portugal ganhe. → *Não talvez Portugal
ganhe.
Com um modificador de grupo verbal o resultado
seria gramatical:
Ele come alarvemente. → É alarvemente que ele come?
14. O COMPLEMENTO DIRETO é substituível
pelo pronome «o» («a», «os», «as»):
Dei mil doces ao diabético. → Dei-os ao
diabético.
15. O COMPLEMENTO INDIRETO, introduzido
pela preposição «a», é substituível por
«lhe»:
Ofereci uma sopa de nabiças ao arrumador. →
Ofereci-lhe uma sopa de nabiças.
16. O COMPLEMENTO OBLÍQUO, e mesmo
quando usa a preposição «a» (uma das
várias que o podem acompanhar), nunca
é substituível por «lhe»:
Assistiu ao jogo contra as Ilhas Faroé. →
*Assistiu-lhe.
17. Para identificarmos um MODIFICADOR DO
GRUPO VERBAL, podemos fazer a pergunta
«O que fez [sujeito] + [modificador]?» e tudo
soará gramatical:
Marcelo fez um discurso na segunda-feira.
Que fez Marcelo na segunda-feira? Fez um
discurso.
Se se tratar de um complemento oblíquo, o resultado
já será agramatical:
Dona Dolores foi à Madeira.
*Que fez Dona Dolores à Madeira? Foi.
18. O COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA
começa com a preposição «por»,
precedida por verbo na passiva, e
podemos adotá-lo como sujeito da mesma
frase na voz ativa:
A casa foi comprada por Monica Bellucci. →
Monica Bellucci comprou a casa.
As joias de Kim foram roubadas pelos ladrões.
→ Os ladrões roubaram as joias de Kim.
19. O PREDICATIVO DO SUJEITO é uma
função sintática associada a verbos
copulativos (como «ser», «estar»,
«parecer», «ficar», «permanecer»,
«continuar», mas também «tornar-se»,
«revelar-se», «manter-se», etc.). Atribui
uma qualidade ao sujeito ou localiza-o
no tempo ou no espaço.
Os taxistas andam revoltados.
A Violeta está em casa.
20. O PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO é
uma função sintática associada a verbos
transitivos-predicativos (como «achar»,
«considerar», «eleger», «nomear», «designar» e
poucos mais), os que selecionam um
complemento direto e, ao mesmo tempo, lhe
atribuem uma qualidade / característica.
A ONU elegeu Guterres secretário-geral.
(Para confirmar que «Guterres» é o complemento direto e
«secretário-geral», o predicativo do complemento direto: →
A ONU elegeu-o secretário-geral.)
Eles deixaram a porta aberta. (→ Eles deixaram-na
aberta.)
21. O COMPLEMENTO DO NOME, quando tem
a forma de grupo preposicional, é selecio-
nado pelo nome (ou seja, é obrigatório,
mesmo se, em alguns casos, possa ficar
apenas implícito). Os nomes que selecio-
nam complemento são muitas vezes deri-
vados de verbos.
A absolvição do réu desagradou-me. (Seria
aceitável «A absolvição desagradou-me» num
contexto em que a referência ao absolvido
ficasse implícita.)
A necessidade de estudar gramática é uma
balela. (*A necessidade é uma balela.)
22. Quando tem a forma de grupo adjetival, o
complemento do nome constitui uma
unidade com o nome, ficando tão
intimamente ligado a ele, que, na sua
ausência, aquele parece ter já outro
sentido. (Reconheça-se que estes casos
não são fáceis de distinguir de certos
modificadores restritivos do nome.)
A previsão meteorológica falhou.
Os conhecimentos informáticos são úteis.
23. O MODIFICADOR RESTRITIVO DO NOME
restringe a realidade que refere, mas não é
selecionado pelo nome (não é «obrigató-
rio»).
Comprei o casaco azul.
Cão que ladra não morde.
24. O MODIFICADOR APOSITIVO DO NOME,
sempre isolado por vírgulas, travessões
ou parênteses, não restringe a realidade a
que se refere nem é selecionado pelo
nome (a sua falta não prejudicaria o
sentido da frase).
O filme de que te falei, Birdman, está a acabar.
O Renato Alexandre, que é amigo do seu
amigo, conhece o Busto.
25. O COMPLEMENTO DO ADJETIVO é
selecionado por um adjetivo (embora seja,
frequentemente, opcional).
Ela ficou radiante com os presentes. (Ela
ficou radiante.)
Isso é passível de pena máxima. (*Isso é
passível.)
26. Ver na p. 325 as listas de verbos que
selecionam complemento oblíquo,
predicativo do sujeito, predicativo do
complemento direto
27. Alguns verbos que selecionam
complemento oblíquo
Gostar de
Ir a / para
Vir de
Insistir em
Entrar em
Desistir de
Aludir a
Chegar a
…
28. Verbos copulativos (os que pedem
predicativo do sujeito)
Ser
Estar
Parecer
Ficar
Continuar
Permanecer
Tornar-se
Revelar-se
29. Verbos transitivos predicativos (os que
pedem predicativo do complemento direto)
Eleger
Achar
Designar
Declarar
Considerar
Julgar
Ter por
…
43.
O Ulisses põe o livro na estante.
complemento oblíquo
*Que faz o Ulisses na estante? Põe o livro.
44. Todas estas funções (complementos
direto, indireto, oblíquo, agente da pas-
siva, predicativos do sujeito e do comple-
mento direto, modificador do grupo
verbal) integram o Predicado.
45.
46.
47. Sinto-o nos meus dedos,
Sinto-o nos meus pés,
o = complemento direto (cujo referente são
os versos 4-7; trata-se, portanto de uma
catáfora).
48. Ø Sinto-o nos meus dedos,
Ø Sinto-o nos meus pés,
[eu] (subentendido) = sujeito
49. O amor anda à minha volta,
à minha volta = complemento oblíquo
50. O Natal está à minha volta,
à minha volta = predicativo do sujeito
65. Conheces as reportagens que são
incluídas em telejornais ou programas de
informação. A jornalista faz introdução
(descreve o contexto), depois ouve uns
populares ou uns especialistas, volta a
sintetizar, pode até dialogar com o pivô no
estúdio, etc.
Escreve um desses diretos, no
momento do cerco de Lisboa, baseando-te
no texto de Fernão Lopes (pp. 90-92), mas
criando também parte do contexto.
74. TPC — Lê as páginas sobre ‘Funções
sintáticas’ que estão copiadas em Gaveta
de Nuvens. Talvez possas ler sobretudo as
das funções sintáticas ao nível da frase
(sujeito, predicado, vocativo, modificador
de frase) e as internas ao grupo verbal
(complementos direto, indireto, oblíquo,
agente da passiva, predicativo do sujeito,
modificador do verbo; há ainda o
predicativo do complemento direto, que
daremos brevemente).