1. O documento é uma cantiga de amigo medieval portuguesa que convida três amigas à dança sob avelaneiras floridas.
2. A cantiga descreve a primavera e o baile como locais de encontro entre amigos para a dança, amor e fecundidade se o amigo amar.
3. A cantiga é constituída por três estrofes com um refrão intercalado onde se reitera o convite à dança condicionado ao amor do amigo.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
1.
2. Não ter seguido os tempos/pessoas que
eu pedia (na ordem dada)
Usar verbos aparentemente pouco
relevantes do ponto de vista pessoal
3.
4. Bailemos nós todas três, ai amigas,
debaixo destas avelaneiras floridas
e quem for bonita como nós bonitas,
se amigo amar,
debaixo destas avelaneiras floridas
virá bailar.
5. Bailemos nós todas três, ai irmãs,
sob este ramo florido de avelãs
e quem for louçã como nós louçãs
se amigo amar,
sob este ramo florido de avelãs,
virá bailar.
6. Sem mais cuidados, bailemos amorosas
debaixo destas avelaneiras frondosas
e quem for formosa como nós formosas,
se amigo amar,
debaixo destas avelaneiras frondosas
virá bailar.
7.
8. 1. Recria-se um espaço medieval da vida
coletiva, o baile e as festas populares. O
baile era local privilegiado de encontro
amoroso.
9. 2.1 O recetor são as amigas e o convite é
à dança, concretizado através do uso do
presente do conjuntivo («Bailemos») e
da apóstrofe «ai amigas».
10. 3. a) F (o convite só é válido para quem
for «velida», «louçana», «bem pare-cer»
e «amigo amar»),
b) F (as «avelaneiras frolidas» indi-ciam
que se passa na primavera);
c) V.
11. 4. As avelaneiras simbolizam a
feminilidade, a beleza e a delicadeza. A
juventude e fecundidade das donzelas
espelham-se nas avelaneiras em flor.
12. 5. O enunciador é feminino, faz referência
ao amor pelo «amigo»; a nível formal está
presente o paralelismo.
13. 6. O refrão é «se amigo amar/verra bailar».
Reitera o convite à dança realizado nas
coblas, introduzindo a condição «se amigo
amar».
14. 7. Trata-se de uma cantiga paralelística,
constituída por três coblas. Cada cobla é
uma quadra, com um dístico como refrão.
Note-se que o primeiro verso do refrão
encontra-se intercalado entre o terceiro e
o quarto versos da quadra. Tanto as
quadras como o refrão têm rima
monórrima.
15. 8. Em «Bailemos nós...», o espaço
«frolido» é referido a) só nas coblas / só
no refrão, de modo a enfatizar a época
primaveril, símbolo da b) fertilidade /
infertilidade, propícia ao namoro. A
jovialidade, a beleza e a alegria das
donzelas c) enquadram-se na / contrastam
com a natureza circundante. O baile,
perante d) «os amigos» / a família, permite
o contacto verbal e físico, associando-se,
assim, a um ritual de fecundidade.
18. Fernão Lopes esteve ativo como
escritor no século XV e a esse século
pertencem os factos que nos relata.
ao século anterior (sobretudo)
[terá nascido c. de 1380, escreve em 1400 e
tal, sobre acontecimentos que de não se
lembrará bem ou nem viveu]
No documentário, usa-se a metáfora
«as Crónicas [de Fernão Lopes] são
um livro que é um país».
19. Em 1383, D. Fernando morreu e deixou
a filha, D. Beatriz, casada com um rei
catalão, D. Puigdemont Wally.
castelhano, D. João.
D. Leonor, viúva de D. Fernando, apoia
a subida ao trono de D. João, de
Castela.
20. Fernão Lopes terá nascido em Lisboa e
na década em que decorrem estes
acontecimentos que nos relata.
Durante a revolução de 1383-85, o povo
estava a favor de D. Cristiano, que
preferia a D. Sérgio Ramos.
João (Mestre de Avis) / Beatriz-João (de
Castela)
21. Depois de estudar, Fernão Lopes
tornou-se taberneiro, na Taberna dos
Tombos, sendo nomeado guarda-mor
em 1418.
tabelião (= notário) [Torre do Tombo]
Em 1434 é nomeado cronista-mor do
reino, por D. Duarte, que o encarrega
de escrever a história dos reis de
Portugal.
22. Ao longo de vinte anos, Fernão Lopes
terá cumprido esse objetivo, mas só
chegaram até nós as crónicas de D.
Pedro, D. Fernando e D. João.
Que será feito das Crónicas dos primeiros
reis?
E a 3.ª parte da Crónica de D. João I é
mesmo de Zurara?
23.
A Crónica de D. Pedro, segundo António
Borges Coelho, é a «meno rica»
historiograficamente, mas é fabulosa do
ponto de vista literário.
menos rica > menorrica
24. O caso dos amores de D. Inês de Castro
é-nos relatado na Crónica de D.
Fernando.
D. Pedro
Da relação de Pedro e Inês nasceram
Dinis e João, mas, antes, já Pedro e
Constança tinham gerado o legítimo
Fernando.
25. D. Pedro teve ainda outro filho João, de
uma outra senhora.
João, futuro Mestre de Avis
Fernão Lopes, trata D. Fernando,
cognominado «o feioso»,
elogiosamente.
«o formoso», depreciativamente
26. O povo gostava de Leonor Teles,
mulher de Fernando, a quem chamava
«princesa do povo».
detestava / «aleivosa»
D. Beatriz casou com D. João I, de
Castela, com onze anos.
27. Quando D. Leonor é regente, há quatro
candidatos ao trono: D. Beatriz, D.
João, D. Dinis, D. João (Mestre de
Avis).
D. Beatriz, filha de Fernando & Leonor, casada
com D. João de Castela
D. Dinis e D. João, filhos de Pedro & Inês
D. João (Mestre de Avis), filho de Pedro & Teresa
Lourenço (mais bastardo ainda, portanto)
28. D. João, Mestre de Avis, é convencido
a matar o alegado amante da rainha-
viúva, Andeiro; e corre por Lisboa a
notícia de que estavam a matar o
Mestre no Terreiro do Paço.
nos paços da rainha
29. O Bispo foi morto porque o povo
achava que estava ao lado dos
castelhanos.
No ano seguinte, 1385, o rei de Castela
cercaria Lisboa.
1384
30. Biografia de Fernão Lopes: 1. Data
de nascimento: c. 1380; 2. Local de
nascimento: Lisboa (talvez); 3. tabelião,
guarda-mor (da Torre do Tombo),
cronista-mor; 4. Tarefa confiada por D.
Duarte: escrever a história dos reis de
Portugal; 5. Data provável da morte:
após l459.
31. Obras de Fernão Lopes: 1. Crónica
de Pedro I (sobre o reinado deste rei); 2.
Crónica de D. Fernando (sobre o reinado
deste rei); 3. Crónica de D. João I (sobre
revolução de 1383-1385 e reinado deste
rei).
32. Figuras históricas: 1. Morre em 1383:
D. Fernando; 2. Putativa rainha de
Portugal: D. Beatriz; 3. Casada com: D.
João I de Castela; 4. Figura coletiva:
povo; 5. Líder da revolução: D. João,
Mestre de Avis; 6. Filho de: D. Pedro I; 7.
Figura assassinada pelo Mestre: Conde
Andeiro.
33. Acontecimentos históricos: 1. O povo
revolta-se contra a vinda do rei de Castela.
2. O povo aclama D. João, Mestre de Avis,
regedor e defensor do reino. 3. Os
castelhanos cercam Lisboa (1384). 4.
Os castelhanos levantam o cerco por
causa da peste. 5. Revela-se pela primeira
vez uma identidade nacional. 6. Em 1385,
em Coimbra, as Cortes aclamam D. João
rei de Portugal. 7. Em 1385, trava-se a
Batalha de Aljubarrota.
34.
35.
36. Escreve uma exposição sobre a
(importância) da dança, fazendo, em
algum momento do teu texto, uma alusão
ao filme Orgulho e Preconceito e à cantiga
de amigo «Bailemos nós já todas tres, ai
amigas».
Cerca de 150 palavras.
A caneta.
37.
38. TPC — Prepara a leitura em voz alta
dos seguintes trechos do livro (ver
tabela). Em aula, serás chamado a ler
apenas um passo, que indicarei no
momento. De qualquer modo, deverás
treinar todos os textos indicados para a
tua fila. Nota que «preparar» não é ler à
pressa no intervalo... Convém exercitar
em casa várias vezes.