5. «Andava a Terra a correr os céus em
torno do Sol à velocidade de trinta
quilómetros por segundo» (ll. 1-3)
pretende
a) ironizar sobre a real importância do facto que
se refere depois.
b) mostrar que o facto que se enuncia depois
ocorreu num momento excecional.
c) esclarecer que, naquela época, a velocidade
da Terra era menor do que a de hoje.
d) situar no tempo, com precisão, o nascimento
do narrador.
6. «um dos mais quentes desse ano» (5-6)
é uma informação
a) figurada, que não deve ser tomada à letra.
b) decerto factual, portanto denotativa.
c) justificada por o autor ser um
meteorologista famoso.
d) que não é, evidentemente, verdadeira.
8. «Abri os olhos para o mundo em plena
hora da sesta» (6-7) significa que
a) o narrador, quando estava a fazer a sesta,
viu o mundo.
b) o narrador viu o mundo à hora da sesta.
c) o narrador nasceu quando alguém, nas
imediações, fazia a sesta.
d) o parto acabou ao começo da tarde.
9. O «prémio de bebé mais bonito nascido
na maternidade naquela semana» (16-18)
visa
a) indiciar que o bebé era normalíssimo.
b) indicar que o bebé era excecionalmente
bonito.
c) informar que houvera um concurso para
eleger o bebé mais bonito da semana.
d) esclarecer que a tradição dos Prémios Tia
Albertina vem de longe.
10. Mme Kaufmann e Bertinha (20-22)
seriam
a) proprietárias de creches.
b) colega e professora, respetivamente.
c) professoras.
d) colegas de Caraça.
11. «tive umas primeiras letras e uns
primeiros números (bem como uns
primeiros amores)» (22-24) faz referência
a) ao ensino da leitura e da escrita, da
aritmética e da educação sexual.
b) à aprendizagem de leitura, escrita e
aritmética, aludindo também aos namoricos
infantis.
c) à letra da turma e ao número que tinha João
Caraça.
d) a endividamentos e investimentos feitos por
Caraça.
12. Nas linhas 26-28 [«E que a curiosidade era
a arma mais certeira de que dispunha
nessa aventura.»] faz-se a defesa
a) da importância da vontade de saber.
b) de que a curiosidade é uma arma perigosa.
c) de que a curiosidade é uma arma.
d) da aventura como meio para se chegar à
sabedoria.
13. Rómulo de Carvalho (33) foi
a) professor de Matemática e de Físico-
Químicas de Jaime Leote.
b) o poeta António Gedeão, mas não foi
professor de João Caraça.
c) professor de Físico-Químicas de Caraça e
autor do verso «à razão de trinta quilómetros
por segundo».
d) professor de Matemática de João Caraça.
14. «Aliás na primeira frase deste texto
introduzi um verso do “Poema para
Galileu” de António Gedeão, pois tive a
sorte de beneficiar da sabedoria de
Rómulo de Carvalho como professor de
Físico-Químicas.»
Rómulo de Carvalho foi professor de Físico-
Químicas de Caraça e autor do verso «à
razão de trinta quilómetros por segundo».
15. «entrei para o quadro da Junta de
Energia Nuclear» (41-42) significa que
João Caraça
a) passou a figurar no retrato anual dos
funcionários da JEN.
b) passou a integrar a JEN.
c) foi retratado por pintor da JEN.
d) se iniciou na pintura, por essa época.
16. O período «O 25 de Abril apanhou-me
no quartel de Paço de Arcos» (49-51)
diz-nos que Caraça
a) foi preso na ocasião da revolução.
b) assaltou o quartel de Paço de Arcos no dia
25 de abril.
c) estava a fazer a tropa à época do 25 de
abril de 74.
d) foi apanhado no quartel de Paço de Arcos
por um colega cuja alcunha era «25 de
Abril».
17. Ter adicionado à sua «profissão de fé nas
ciências ‘duras’ o doce perfume de
amante das ciências ‘moles’» (56-59)
reporta que João Caraça
a) se tornou apreciador de fezes moles
(vulgarmente: ‘cocós de cão diarreicos’).
b) detestava o cheiro dos cocós de cão.
c) evoluiu da biologia para a matemática.
d) se apercebeu de que as ciências humanas
também eram gratificantes.
18. No último período (62-65), «em 1976» está
isolado por vírgulas
a) indevidamente. [mas podia não haver vírgulas]
b) por ser um modificador.
c) por ser um vocativo.
d) por aludir a data relevante.
19. E foi num suave dia de maio (o 17.º), em
1976, que me nasceu a Mariana, a minha
mais perfeita e conseguida realização.
20. No último período (62-65), uma vírgula
separa «Mariana» de «a minha mais
perfeita e conseguida realização», porque
a) este último segmento é um modificador
apositivo (uma explicação adicional).
b) Mariana era realmente uma perfeita
realização.
c) o narrador não está convicto da afirmação.
d) o narrador quer vincar o que está a afirmar.
21. E foi num suave dia de maio (o 17.º), em
1976, que me nasceu a Mariana, a minha
mais perfeita e conseguida realização.
modificador apositivo do nome
22.
23.
24. 3.1 O advérbio que corresponde ao
tempo da história é «ontem» (l. 11); os
advérbios que marcam o tempo da
escrita são «agora» (9) e «hoje» (10).
3.1.1 «Ontem» remete para um passado que,
embora distante, está vivo nas recordações
da narradora e que, por isso, parece ter
acontecido no dia anterior.
25.
26. 3.2
O tempo da escrita é posterior ao dos
acontecimentos que se narram; no
entanto, neste presente da enunciação, o
passado acaba por ser recuperado e,
pela memória, vivido de novo.
27.
28. 1. Com o uso da conjunção «mas»,
o enunciador introduz uma relação de
oposição em relação à ideia
anteriormente expressa. (h)
30. 2. Com o recurso ao advérbio
«certamente»,
o enunciador reforça a ideia expressa na
frase. (f)
31. E vejo mais, vejo o que então não via e,
certamente, vejo menos do que então vivia.
32. 3. Com a utilização do travessão,
o enunciador destaca as palavras que
funcionam como conclusão das suas
reflexões anteriores. (e)
33. e que decide o que muito bem entende
— recordar ou esquecer.
e que decide o que muito bem entende:
recordar ou esquecer.
e que decide o que muito bem entende,
recordar ou esquecer.
34. 4. Com o uso do elemento «etc.»,
o enunciador indica que seria possível
prolongar a enumeração. (c)
40. Na linha 13, a pontuação «(…)» assinala
uma supressão de texto. Qual destes
segmentos estará nesse ponto do
original e foi omitido no manual?
a) Regresso ao passado à velocidade de
Flash Gordon.
b) Regresso ao passado, na Figueira.
c) Regresso ao passado, com saudade.
d) Regresso ao passado, com lentidão
nostálgica.
41.
42. Na l. 19, nova supressão, depois de
«Buarcos.» Que estaria no texto
efectivamente escrito por Isabel Ruth?
a) Há uma Nossa Senhora no nicho, na esquina
da fachada, mesmo ao lado da janela do quarto
dos meus pais. [E prossegue-se com descrição
de Buarcos.]
b) Há um cartaz de Tony Carreira, que, disso
não me esqueço, fora o meu grande ídolo de
infância. [E prossegue-se com descrição de
Buarcos.]
c) Há um cartaz de Tony Carreira, que, disso
não me esqueço, fora o meu grande ídolo de
infância. [E prossegue-se com o retrato de
Carreira.]
43.
44. Na autobiografia original saída no Jornal de
Letras, o texto de Isabel Ruth continuava ainda
para além de «labirintos.» (l. 28). Qual destes
trechos se lhe seguia?
a) E esses labirintos são o âmago de mim, um
caminho para o auto-conhecimento, um postigo
para a minha alma.
b) Tenho uma imaginação que me assusta,
conheço esse meu lado sem horizontes onde o
nada é mesmo o nada e perco-me nesse infinito
que eu sou.
c) Labirintos esses que foram, para sempre, a
escuridão do meu sol, o brilho do meu
negrume... Ah! Barquilhos de Buarcos que eu já
não saborearei mais!...
45.
46. Qual será o último período do original da
autobiografia de Isabel Ruth tal como
publicada na íntegra no Jornal de Letras?
a) Afinal de contas foram eles que substituíram
as lojas dos trezentos, caramba!
b) E que bem que se estava na banheirinha,
com água quente e montanhas de espuma!...
c) Enojavam-me todos aqueles labirintos de
dejetos caninos, de que mal me conseguia
desviar...
d) Esta é a minha história incompleta mas o
tempo escasseia. Interessará a alguém a vida
dos outros?
50. TPC — Em vez de tepecê, deixo uma
sugestão de participação em concurso.
Está a decorrer, até 29 de outubro, um
concurso promovido pela Fundação
Calouste Gulbenkian, «Dá voz à letra»,
para leitores em voz alta (dos 13 aos 17
anos). Aqueles que têm já certa
capacidade de leitura em voz alta podiam
muito bem concorrer (ou todos os que
queiram, mesmo que não sejam ainda
grandes leitores em voz alta).
51. A narradora tem consciência de que a sua
biografia inclui muitos acontecimentos,
«muitos presentes»; porém, acrescentará
a seguir que só alguns desses momentos
se fixaram na sua memória (e são esses
que, por serem recordados, permanecem
vivos).
52.
53.
54. Pus já link para regulamento e
outras informações úteis em Gaveta de
Nuvens. Implica a leitura em voz alta —
com expressividade — de um texto
escolhido pelo concorrente. Essa leitura
não pode exceder os três minutos e é
gravada em vídeo.
(Para se ter ideia do tempo: um texto como «História
Incompleta» corresponderá a dois minutos e tal. No
fundo, perto de uma página do nosso manual dará o
tempo máximo. Se se tratar de poema, pode até ser
mais do que uma página.)
55. O próprio texto deve ser bem
escolhido, mas a vossa leitura será ainda
mais decisiva. Embora as informações
fiquem respondidas pelo regulamento e
pelo site próprio que a Gulbenkian fez
para o efeito, tenho todo o gosto em, se
for caso disso, ajudar no cumprimento
das regras de envio e na própria
correção dos primeiros resultados (se
me enviarem a gravação, eu direi se há
aspetos a melhorar).
56. Os prémios são (1.º lugar) viagem a
Londres para duas pessoas; (2.º) iPad;
(3.º) iPad. Portanto, quase tão bons como
os melhores prémios Tia Albertina.